terça-feira, 28 de junho de 2011

FAC-SÍMILE DE FANTASMAS, ASSOMBRAÇÕES, ABANTESMAS, AVANTESMAS...

Uma tarde-noite
lusco-lusco no fuso da abóbada celeste
vi uma nuvens passando
numa velocidade insólita

Pareciam, as nuvens passageiras,
fac-símile de fantasmas
cobertos com lençóis brancos
esgarçados no matiz branco
da garça branca
- esgarçada nas nuvens implumes
com plumagem de gaivota-hiperbórea
( O fusco-fusco é um verbete
no dicionário ou enciclopédia da noite
- um apontamento para a madrugada subsequente
com a sequela do terror no ar rarefeito no peito )

As nuvens cantam a garça
- a graça da garça branca
antes da barra da alva
lavar a flor de laranjeira
com abelhas operárias
mel e orvalho matinal
para quem pisou outro rocio
depois de passar a madrugada
no mundo onírico
de onde levantou com o levante
para amar a luz viva
de outra aurora com alma
a espreguiçar no corpo vivo
depois dos passos sobre o aljôfar
arroio sem rumor
brotando da madrugada em vergônteas
dissimuldas nas trevas
medrando a medo
( A madrugada é a hora de alma
queda no corpo
quedo no leito
com o sonho dentro
a nadar a cavaleiro sobre o cavalo-marinho
no mar vermelho
revisitando o sangue
mar-oceano em clave no corpo humano )

Todavia, vida de ave pernalta
com asas brandas-brancas
a adejar sobre a brandura da lagoa
em mansuetude de Jesus
plumas matizadas na brancura-alvura pura
flutuando suaves no canto vocal da nomenclatura de Lineu
em latim de missa
língua com a qual o sábio erudito
escreveu um poema de amor de naturalista
uma autêntica epopéia digna da Musa
cantando a beleza coral do canto trágico dos gregos
emulando o belo poema épico : " A Eneida!"
da lavra de Virgílio Romano
ou a obra magnífica do excelso poeta latino Lucrécio
epicureu, epicurista de gênio
da pena do qual foi editada a obra "De Rerum natura"
com fulcro na filosofia de Epicuro de Samos
filósofo grego que fundo a doutrina do epicurismo
uma intuição genial da ciência moderna e coeva

Lineu deixou como legado de sua erudição
e inteligência viva e natural
um glossário da língua e da filosofia natural
que ainda contém sua alma viva
na inteligência viva aplicada à ciência taxionômica
- na sua taxionomia navega no ar
seu espírito encravado na alma
e esta grafada indelevelmente no pensamento
dentro de sua alma
conservada em gênios da natureza
escrita na estela dos genes

As nuvens fugiam no vento
com almas de fantasmas
em formas fantasmagóricas
que mostrei à minha filha
quando ela tinha nove para dez anos
tempo que eu olhava para o verde do abacateiro
assomando sobre o telhado
da casa onde minha companheira
era a melancolia

Assombrações, abantesmas, visagens de cemitérios
( a casa era adjacente à necrópole )
seres que não estão fora do homem
não estão na existência natural
mas apenas na existência fictícia
enquanto seres dados pelo pensamento humano
porquanto para o homem
há uma existência intrínseca
onde convivem um acervo de seres
criados pelo pensamento
e que não têm existência de fato
porém apenas em ato
- no ato de pensar e imaginar
os seres dos sentidos internos
genuínos monstros de Frankenstein
modelados à base dos seres
percebidos pelos sentidos externos
na mixórdia entremeada de sonho e vigília
- noite apagada e dia aceso
Uma tarde-noite
lusco-lusco no fuso da abóbada celeste
vi uma nuvens passando
numa velocidade insólita

Pareciam, as nuvens passageiras,
fac-símile de fantasmas
cobertos com lençóis brancos
esgarçados no matiz branco
da garça branca
- esgarçada nas nuvens implumes
com plumagem de gaivota-hiperbórea
( O fusco-fusco é um verbete
no dicionário ou enciclopédia da noite
- um apontamento para a madrugada subsequente
com a sequela do terror no ar rarefeito no peito )

As nuvens cantam a garça
- a graça da garça branca
antes da barra da alva
lavar a flor de laranjeira
com abelhas operárias
mel e orvalho matinal
para quem pisou outro rocio
depois de passar a madrugada
no mundo onírico
de onde levantou com o levante
para amar a luz viva
de outra aurora com alma
a espreguiçar no corpo vivo
depois dos passos sobre o aljôfar
arroio sem rumor
brotando da madrugada em vergônteas
dissimuladas nas trevas
medrando a medo
( A madrugada é a hora da alma
queda no corpo
quedo no leito
com o sonho dentro
a nadar a cavaleiro sobre o cavalo-marinho
no mar vermelho
revisitando sub-repticiamente o sangue
- mar-oceano em clave no corpo humano
sorvendo os eflúvios que emanam da noite
na dama-da-noite dançante em perfumes
com o jasmim feio um arlequim
no baile à fantasia )

Todavia, vida de ave pernalta
conquanto não seja periclitante
com asas brandas-brancas
a adejar sobre a brandura da lagoa
em mansuetude de Jesus
plumas matizadas na brancura-alvura pura
flutuando suaves no canto vocal da nomenclatura de Lineu
em latim de missa
aspirando ao céu de brigadeiro
naquela língua com a qual o sábio erudito
escreveu um poema de amor de naturalista
uma autêntica epopéia digna da Musa
cantando a beleza coral do canto trágico dos gregos
emulando o belo poema épico : " A Eneida!"
da lavra de Virgílio Romano
ou a obra magnífica do excelso poeta latino Lucrécio
epicureu, epicurista de gênio
da pena do qual foi editada a obra "De Rerum natura"
com fulcro na filosofia de Epicuro de Samos
filósofo grego que fundo a doutrina do epicurismo
uma intuição genial da ciência moderna e coeva

Lineu deixou como legado de sua erudição
e inteligência viva e natural
um glossário da língua e da filosofia natural
que ainda contém sua alma viva
na inteligência viva aplicada à ciência taxionômica
- na sua taxionomia navega no ar
seu espírito encravado na alma
e esta grafada indelevelmente no pensamento
dentro de sua alma
conservada em gênios da natureza
escrita na estela dos genes

As nuvens fugiam no vento
com almas de fantasmas
em formas fantasmagóricas
que mostrei à minha filha
quando ela tinha nove para dez anos
tempo em que eu olhava admirado o verde do abacateiro
ébrio violinista verde
assomando sobre o telhado
da casa onde minha companheira
era a melancolia

Assombrações, abantesmas , visagens de cemitérios
( a casa era adjacente à necrópole )
seres que não estão fora do homem
não estão na existência natural
mas apenas na existência fictícia
enquanto seres dados pelo pensamento humano
porquanto para o homem
há uma existência intrínseca
onde convivem um acervo de seres
criados pelo pensamento
e que não têm existência de fato
porém apenas em ato
- no ato de pensar e imaginar
os seres dos sentidos internos
genuínos monstros de Frankenstein
modelados à base dos seres
percebidos pelos sentidos externos
na mixórdia entremeada de sonho e vigília
- noite apagada e dia aceso
madrugada em carvão
dilúculo em brasa
tempo Carbonífero ou Carbônico
éon Fanerozóico
sucessor do Devoniano
precede o Permiano
Eras, Épocas, Períodos
para as rochas calcárias
- tempo sem o homem
na Gondwana e na Pangéia
quando a vida vem montada na cavalinha
com alma verde-clorofila de amazona
a desbastar a antítese por hipérbato
e outras ( ostras sem ostracismo!) figuras geométricas de linguagem
recursos da oratória

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