quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

EXEGESES, EXEGESE - verbete glossario etimologia





A existência humana é pura exegese(exegese!);
As grandes obras  são insufladas
Mais pelo espírito do exegeta
Que pela alma do escriba.
 Palas Atena.
Os livros  ou bíblias (“Biblos”),
Eram rolos de papiros;
Daí a locução, quiçá :  pequenos livros, livrinhos.
Representam mais o labor do hermeneuta,
“Homo faber”, ( O Fabiano de Graciliano Ramos
Em  “Vidas Secas”, toadas sem veleiro para água?)
Do que o emaranhado de signos e símbolos
Que carreiam a alma do autor,
O “Homo sapiens  sapiens  sapiens”,
Sagaz , porém  prisioneiro  em sua  trama,
Falida falena,
De teia que torpedeia a bruxa
Descrita num poema de Drummond
Atrás do monte da solidão
Com minas gerais,
Riscada num bosquejo a lápis
Pela alma em noite negra
Do bailarino sobre o lápis
Com a mão a dançar,
Tracejar o tráfico
Do que enriquece em demasia,
Mas deixa o homem
Mais solitário e pobre
Que antes de encetar
A trilha do andarilho
Com o peso do ouro e diamante
A fazer do caminho
Um espinho em cada fardo
Daquele que carrega
A cruz  da riqueza,
Que lhe leva a liberdade,
Custa-lhe a saúde
E todo o bem da alma,
Que se perde no  mundo :
Esta agulha no palheiro.
A fortuna tem o efeito colateral
Da paz, da leveza e da alegria genuína, gratuita...

O autor do Auto da Imaculada
Ou dos autos do processo penal,
É o primeiro ator
A quem a trama se destina
Em primeiro motor Otto.
Seu  palco é esotérico,
Nele se encontra o deus Dionísio
Perambulando pelo coro de sátiros.
O poeta trágico
é sempre o filho inocente,
ferido e imolado  por sua cria,
que lhe deixa exangue
depois que lhe suga o sangue
e o devora carne e alma
sem piedade ou pieguice matreira,
Ao passo que o glosador 
Observa-a de cima
Tal qual um deus  epicureu ,
Eivado de desdém e mofa,
Livre de suas injunções
E suas doutrinas a bater na bigorna
Com o labor do ferreiro Hefesto, o coxo,
Em sua Forja.
Todo ser humano,
Qualquer indivíduo
É um livro escrito em linguagem de exegeta,
Pois se trata de uma exegese
Da vida de todos os homens,
De todas as histórias,
Lendas e mitos ,
Poema épicos e trágicos ,
Comédias, novelas, enfim,
Vários pequenos livros que se junta em um grande livro
Que faz a hermenêutica e narra a história
Da vida de todos os homens
Fazendo uso esporádico
De qualquer indivíduo
Que tropeça no caminho
Longo, largo e com cardo.
As obras completas dos grandes mestres da literatura
Representam essa coletânea antológica,
Bem como todos  as escrituras sagradas.

A escrita é o mito do homem:
A exegese seu ritual.
Ao descrever com o uso
Dos símbolos das geometrias
O espaço em ato
E pintá-lo com o cromatismo do tempo,
Giotto Di Bondone
Descreve em parábola exegética
A fuga da sagrada família
(”Do Egito chamei meu filho”,
Diz o Senhor  com voz subjacente à fala  do profeta).
A exegética do artista
Tira essa parábola da morte da letra
E dá-lhe à vida
Que vem no espaço das geometrias
Desenhado num burrinho,
que cheira a leite
Da mulinha de leite
Do poeta Carlos Drummond de Andrade
Que diz das ordens do pasto :
Verde ordem de Deus
Em violino com violinista a se perder  de verde
E de vista no mar verde-vertigem
Que li no relvado e no dossel .
Quem foge para o Egito
É o homem, em menino,
Mas não um homem
ou menino Jesus específico,
Porém cada um de nós,
Soldados nos nós
Górdios dos marujos.
E o Egito, donde clamei por meu filho,
É qualquer lugar
Para onde fugi
Um dia ou numa noite
Da fúria inconcebível dos Herodes imaginários ou reais,
Equacionados ou formulados
No teorema de Pitágoras
Para o triângulo retângulo
Com seus catetos e hipotenusas
Que na vida,
Fora da existência que o intelecto
Fabrica e verte
Tal qual a abelha ao mel,
- são capetas e hipótese nua
Que não cabe na poesia   pitagórica,
Perfeita como uma obra de arte dos mestres
Das artes plásticas,
As quais são um ou enclave
Contido  no livro do profeta Ezequiel,
Que, sendo esteta,
 descreve  a  beleza
E a inteligência suprema
E  lhas chama “A Glória do Senhor”:
Uma chama viva do amor
Que arde  ainda nas achas.

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

PROFETAS, PROFETA - wikcionario wikdicionario etimo




Compreendo Deus
E o leio à boca dos profetas(profeta!)
Como os patriarcas faziam,
Mormente Jacó,
Que tinha mais intimidade com Ele,
Porquanto contra Ele porfiara
No transcurso da noite negra
E  O vencera
Quando descera do céu
O clarão da barra da alva
E o anjo do Senhor
Desistiu de pelejar
Contra tão persistente
E perspicaz homem,
Que  a todos pegava e derrubava
 pelo calcanhar
desde o momento em que nascera,
quando derrubou seu irmão gêmeo,
pois veio logo em pós o primogênito germano.

O anjo do Senhor
Ao abrir a alma da alva
A  iluminar com nitidez
A  escada de Jacó,
cuja  função então era ligar
 céus  e terras,
fulgiu e fugiu
escada acima
Por onde subiam e desciam anjos
De todos os azuis em  inquietude
E com todas as  brancas vestes talares
No  Quietismo  ativo nos conventos
“sub plumbo” da Bula “Quoties Cordis”,
 Que pôs as  Clarissas
Sob os  auspícios dos frades menores.

Deus, quando me concede oitiva,
 fala-me por seus profetas
Que são  momentâneos Jeremias Chorão,
Amós, Oséias, Elias, Elizeu, Jonas...:
Todos homens comuns
Editados por  símbolos
Que,  por milagre de entendimento,
E por escapismo à inteligência comezinha,
Transmuta-se em realidade instantânea,
por um breve caminho no tempo
que eleva o violoncelo
a alguns pés do céu plúmbeo
na  pomba em cor de dar à pena
A   luz dos  olhos dos Narcisos,
Que se miram n’água límpida.

Esses profetas suscitados ao simbólico
Repisam incansáveis
O  que diz o Senhor
Pela boca de homens comuníssimos
E no mais das vezes inexpressivos,
Que nem sabem o que falam
Ao mesclar sua voz
Com a fala de Deus
Tonitruante no trovão
No instante em que cala o homem
E diz o Senhor
Pela boca do homem
Que emudece em meio  ao oráculo
Que professam... - por Deus!...,
Senhor dos sete céus, sete mares,
Setenários  de dores...
Aliás,  esses mesmos pobres homens,
Derviches  de cá,
Contrapostos aos dervixes de lá,
A dançar, bailar, rodopiar no Oriente,
Sequer suspeitam furtivamente,
Que estão aliados à Javé
Numa aliança
Que  Ele  propôs
E sob a qual os tomou
Apenas para anunciar em profecia
Sobre a vinda  do Dia do Senhor,
Que vejo como uma espécie de parúsia,
De um modo amplo,
Em sentido lato,
Que vai do leite ao luto.
( O leite no leito da torrente,
Com seu ubre,
E o luto na asa dum  anum preto
Que no baticum
Vem  emitir seu crasnado...
De emissário das trevas espessas
Que derramam o leite das trevas
Para catervas em cavernas).

Outrossim,  homens em profecias simbólicas
Em afrescos espargidos em santas capelas,
Pintam profecias em  Fra Angelico,
Giotto de Bandano...
Porquanto  a Anunciação do Anjo
Obedece à mesma norma
Que dá credibilidade às profecias,
Sopradas ao ouvido do rei de Israel.
São nestes momentos de ouro
Que  Deus me faz ouvido de  Jacó,
Tirando-me   o homem  do simbólico
E me transportando  à simbiose espiritual
Na transcendência
Que somente o homem pode sentir e pensar
Com a clarividência do anjo.
Porém, depois desse ato de heroísmo místico,
Muda-me  o mudo nome meu,
Que nada dizia de mim,
Mas de uma multidão
Enfileirado na mesma palavra,
E me rebatiza
Com o nome que ribomba
Mais adequado ao feito realizado
Num  Israel místico,
Nação com solo em terras dos sentidos.
Porquanto rebatiza o homem
Com  novo nome
Quando este sofre ou age
 com rara sabedoria e coragem
A ponto de mudar a própria vida
E,  concomitantemente ,  
abandonar a denominação puída
De falena em vetusta Era Noturna
E tomar o novo nome
Que a  crisálida oferta para o vôo
De longo curso no planador do solitário piloto
Alongado em procelária sobre o oceano:
Vasto deus natural a bramir.
Lá me quer  Jonas,
No abdômen da baleia,
Davi na harpa, na funda
E no reinado sem fim
De sua casa perene ...
Mas  a cá
Por Trás-Os-Montes,
Alerta-me  sobre o  comezinho
Onde  vou agir sem utopia
Para  melhorar minha saúde,
Mitigar uma doença...
- Ou me salvar da morte certa
Que está na armadilha do caminho comprido,
Mas não cumprido por mim,
Pois, quando o ouço em sopro de profeta,
nos ossos do ouvido,
Não cumpro a missão
A que me encaminha  o pegureiro
Indicado  por um falso profeta.
Todavia, para isso ocorrer
Mister saber aplicar o ouvido
E escutar na voz  fanhosa
Do rude homem comum
O que oculta da finura
Que caracteriza o balbuciar
de uma inteligência do gênio
que nada menos é
que a divindade falando
com a doçura do amor do poeta
que canta o amor à enamorada
ou a fúria de um profeta indignado
com o opróbrio
que cobre o homem
mais  que todas as chagas  pútricas da lepra
que são suas iniqüidades expostas.

Do simbólico colocado em equações
Matemático-poéticas,
Algébricas-filosóficas,
Vem uma tecnologia espiritual
Que cria a simbiose
Entre Deus e o ser humano
Que sabe ouvir
O que é o profeta
E  dar ao olvido
O que é do falso profeta,
Que, no caso, é o homem comum,
Que se julga taumaturgo,
Mas apenas deixam expostas
As partes pudendas
Tanto  quanto o fez  Isaías
Profeta que Deus ressuscita
Quando  põe na boca
de um homem do vulgo
eivado  de superstições banais
que fala por si
porém,  sem pudor,
 diz que  é o Senhor
quem  levanta a serpente
no deserto da língua.
Essa mentira  custa caro,
Traz a despesa da serpente que cobra
O seu quinhão
Para dá-lo a Satanás.
Vale a moeda  que cobra
Da peçonha da víbora.
Neste ato está  o sinal
De morte pela voz
do falso profeta
que  inocula a peçonha.

O profeta  do Senhor
Abre a fonte da água da vida
Porque ele é espontâneo
Como uma criança
E sua abordagem sincera e desinteressada
Vem na espontaneidade do ato
E não custa um dólar furado,
Vez que não furta  o incauto
Afligido por dores,
Como o faz o falsário, o farsante,
O feiticeiro e o charlatão.

O  profeta fala ao patriarca
 que, por via do  simbólico,
Faz  simbiose comigo e Deus
E nos une num só ser,
Bem como com todo home
que percebe e recebe
de boa-vontade  a sabedoria,
Que é outro nome e atributo do Senhor
Que está escrito no sagrado da minha exegese
E nos textos da histologia
De outros hermeneutas
Da obra de Deus
Na terra em geoglifos e petroglifos
E na natureza do homem
Em linguagens para as matemáticas
E línguas que lambem o mel da poesia
E o fel da filosofia
Que passa pelos barrentos
Cursos d’água
De jusante à montante.
A água, a luz e Narciso
São a mesma coisa se entreolhando,
Sucumbindo ao mutualismo da paixão,
- Que impacta...!...
Donde se depreende com clareza meridiana
Que  Deus é e está
Nos atos  humanos :  em vida!
Não há Deus na morte,
Nem antes ou depois  da vida,
Pois vida é alma
Ou dá de beber  o leite e o mel
Que alimenta  e mantém viva a alma.
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