quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

PROLIXOS(PROLIXO!) - glossario glossário

File:Egypt.KV6.04.jpg
Um  lídimo, incréu amigo,
único e quiçá último
a fazer frente ao basilisco
errabundo pela terra
aonde pisa
não a torre
mas minh'alma aristotélica.
- Homem na senda de filósofo epicúreo,
não crê, pindoramicamente,
sob a vara da Vera Cruz,
que é bastão também da ciência,
que sou o  guardião da memória
dos meus oito meses de idade!
- Tudo porque uns e outros cientistas patetas
pássaros sem asas
prisioneiros de um contexto
que lhes "colga" uma máscara de ferro à face
decidiram depois de rigorosas pesquisas patéticas
que não se tem memória dessa idade
- E ponto final, lobo mal!:
Cumpra-se o mito e rito
e dê voz ao pregoeiro do estado
ou à matraca da sogra.

Certa vez disse à minha mãe,
já casado, pai de filho e filha,
- disse eu a ela, minha mãe,
que meu pai,
que fora atirador emérito,
nem sempre atilado,
certa vez, num evento ocorrido na varanda
ao fundo da casa,
sobre uma balaustrada
que servia de encosto aos cotovelos,
estava com "Bitencourt",
amigo do meu pai,
a praticar tiro ao alvo com espingarda.

Recordo-me perfeita e nitidamente,
como não se fora uma memória antiga,
mas atual, atuante ante mim,
que Bittencourt ( ou fora pai?!)
com um tiro sem "tirocínio"
acertou o pé de uma galinha
fato que deixou em alvoroço
e comentar já espevitado:
"acertou o pé da galinha!"
Este o meu dito
com algum ricto
( A frase inteira não merece um "sic",
deve sofrer com solecismos sofríveis
que não hão de dar azo
a debiques de gramáticos pernósticos)

Minha mãe, ao ouvir-me mais serenamente,
depois do baita susto,
retorquis, sem pestanejar,
que era impossível
eu me lembrar daquele fato
porque era, então, uma criança
com apenas oito meses.
Chegou a aventar a hipótese,
se não me falha a memória ( a memória!)
- exercício mnemônico mais fresco que aquele
do menino de oito meses!,
que ela teria narrado o caso para mim.

( Ora! Um episódio narrado
não é igual ao um fato,
pois na história há palavras
e se se lembra o ouvinte
de coisas visíveis
são coisa imaginadas
pelos olhos não paginadas
com olhos fechados nas paisagens surreais
e não abertos a paisagens reais,
quer seja em obras de arte
ou em natureza exuberante
porquanto coisas visíveis
pode ser imaginadas
ou rebuscadas na memória
já, então com o gosto da imaginação
a pervertê-las, maculá-las,
por nelas um tempo mofo
onde medrou o bolor;
- o que não se dá com coisas vistas
na torrente do existir,
à beira da vida :
estas estão acesas no acervo da memória
e não no cabedal da imaginação,
que faz do artista um caudal
de obras de arte,
miscelânea de memória e imaginação
( um centauro vivo cavalgando Picasso! :
este o artista antes de sua apoteose
- que é seu apocalipse)
O poeta é assim
um alienado de si, sim;
porém não o homem,
que somente se mescla com o artista,
quando aliena a memória na imaginação
ao postular seu pensamento
ou sentimento no  mundo
por meio de uma obra de arte
ou outra forma de opúsculo
para oitiva de organista
do porte de um Buxtehude ou Bach)

Entrementes, parece-me que logrei
convencer minha mãe
não com o rigor de acurada
lembrança visual
demonstrada por mim,
mas porque ela me conhece
desde as entranhas.
Árdua tarefa seria
convencê-la de uma mentira
e se eu fosse mendaz ou fantasista
ela seria a primeira a saber
da fealdade de tal defeito.
Ela sabe que sempre fui veraz
e se deixei enganar
foi por mim,
o que não é o caso "in casu".

Sem embargo, nem desembargadores
a me embargar a liberdade,
falei do tiro que alvejou a galinha,
de cujo destino vim a saber por ela :
a ave foi para a panela
conforme soía ocorrer com os galináceos
que meu pai matava ou furtava,
aos céus  em pombas-verdadeiras e ariris
e na terra aos incautos vizinhos
crédulas criaturas
que meu pai iludia
pondo o sumiço das aves
na conta de alguma raposa
que inventava ele que vira
à espreitar o ambiente;
isso se dava
quando morávamos no mato.
(Velha raposa das fábulas!:
Quanto vento, quanta uva!,
quanta saúva na chuva
que respinga curvas no ar...)

Naquele tempo, já sob Evangelhos canônicos,
( apócrifos não!),
a vida dos homens
ainda  estava a salvo
dos desassisados que tomaram a terra
- de assalto!
e instituíram a escravidão
na esteira da estupidez
que se configurou em doutrina
nos meandros labirínticos
dos meios de comunicação de massa
com os copistas de textos
com suas mentes de xerocopiadoras.

Minha mãe, então, contou-me
que, à época em tela,
estava grávida ("esperando") de minha irmã,
cuja diferença de idade para comigo
é de exatos dez meses (sem matemática!)
- e que eu estava ao colo materno
quanto ocorreu o "indigitado(?)" incidente
debaixo da Betelgeuse ("Alpha Orionis"),
sob a Coma da Berenice
e da cabeleira negra da Medusa.
Adorável medusa!

Assegurou-me, outrossim, minha mãe,
que eu "adorava!" armas de fogo
e, quiçá, por isso, também,
o episódio nunca foi dado por mim ao olvido
nem  fiz ouvidos moucos
aos loucos disparos a espocar
nos meus tímpanos tenros
naqueles idos...

Acho (sem acinte!)
que me lembra até o lugar
onde se fixou esta memória:
era numa casinhola, por certo,
algo torta, qual aquelas
esboçadas e pintadas por Van Gogh,
contígua ao "Colégio do Santíssimo Sacramento".
Contudo, isso pode bem ser, reconheço,
memória em mixórdia
- com imaginação pendular,
pois não tenho memória visual
dos arredores e da rua,
tampouco do exterior do casebre,
que não navegava em prantos
na rua Inácio Quinaud,
o poeta suicida
numa memória douda
que penso guardar
do que minha mãe
supostamente me contou
ou quis eu mesmo,
por conveniência poética,
com licença poética,
assim imaginar
e por em um obelisco
na minha aldeia voltada para dentro de mim
em grito para estribilho de alma rascante
no seguir o voo de ornitólogo
que, logo, no "logos", não sou.
Sou-o a rogo da ornitologia
que clama por mim
nas pombas que rasgam o céu.
( Fico de olho :
- Sou de olho...
na ave, não na ornitologia :
um ornitólogo sou

solto com o besouro
e o tesouro da entomologia.
Entomólogo, logo homologo
um apologo)

O que me entristece
e me cresce em "tristesse"
e tece uma prece dentro de mim,
é não lembrar-me de fato,
ato a ato,
com "pathos" filosófico,
que, enquanto eu saltava freneticamente
no colo de minha mãe,
- minha irmã se remexia no ventre da madre
( Não a madre superiora
do colégio supramencionado,
a qual não era qualquer abadessa,
que desça do pedestal de deusa
em templo cristão,
para-templários,
mas apenas uma mera freira com hábito
e véu negros(nigérrimo!)
ocultando bela cabeleira negra,
de onde surgia tipo a lua branca
parte da bela face
de uma mulher com modos distintos,
flora inquieta)

Todavia o que mais lamento
é aquilo que ficou em quilos
dados ao olvido :
- que eu, segundo ouvi em segundos
evangelhos, na voz de minha mãe,
que, aos oito meses
já era um entomologista
formado ( no vento ou no ventre?),
pois estudava os besouros com afinco
depois da meia-noite
(por isso amo tanto os coleópteros!)
e as formigas saúvas também
(por isso amo os himenópteros,
mormente os com asas
no tempo das águas?!,
senhor Deus de Moisés,
que era gago, ou tartamudo,
e Aarão, que não era gago,
mas tinha um nome bom
para o tartamudo irmão tartamudear).

Pena que me não recordo
da vez em que, com a habilidade,
que minha mãe me disse
que me era peculiar,
eu pegara uma saúva
e a colocara no berço
da minha irmã recém-nascida,
num ato de crueldade infantil
da qual tenho saudade
para gáudio da minh'alma aristotélica
e desfalecimento dos hipócritas,
gente que nem Jesus perdoou.
( Jesus sabia quem merecia a remissão
e quem a danação das Danaides).

Que me "pendoem"
mas me não  perdoem
estes atores e autores da farsa
cabalmente perpetrada por eles
- que crucificaram
queimaram Cristos em fogueiras exteriores
e nas fogueiras que são suas vanidades.

Porém "tudo é vaidade"
assevera o Predicador
perdoando-os
- antes de Cristo
( porque eles, os hipócritas,
ignorantes que são
não sabem que antes de queimarem outrem
eles jã se queimaram e se crucificaram
mesmo ( e muitas vezes!)
depois de mortos em vida
- mortos por eles próprios
que se odeiam tanto
que o ódio, o despeito, a inveja, o rancor...
que os atribula a existência
transborda para o mundo
e essa enxurrada de regurgitação do mal
afoga o homens
antes  que possam ser de queimados,
torturados,  crucificados
também se nutrindo por enganados,
esganados e, assim, danados,
dos pesticidas presentes nas crucíferas,
que não são sãs feras
como os homens...
- que são santos e demônios
na alma da nicomaquéia
que passou ao latim
e depois à entidade cristã
com outro móvel
- movimento que tirou a alma
do ânimo do animal
( A palavra em latim me "anima",
mas desanima os etimologistas em Cristo.
Que sol os cresta, crespo Cresto?!)).

Pobres não são os diabos,
mas estes pobres-diabos :
- os hipócritas, esses danados!

Com toda essa arenga
não quero ter a pretensão
de convencer (converter) o amigo,
ao meu credo, que é irrelevante,
ou ao meu cruz-credo! de todos os credos,
credores e crediários;
pois isso seria contra a minha filosofia
da qual sou livre.
( Minha liberdade só esbarra na medusa
quando a barra da alva
solta seus cabelos
que me envenenam :
é a cobra e o rato!
Só não sei quem é a serpente
nesta história predatória...)

A minha,quase-minha!, filosofia,
a qual não me apego,
( como poderia me apegar às alheias!)
constituída por porções ( poções?!)
ou pedaços tortos
em línguas tortas para mim
de muitos filósofos,
que vieram de cambulhada
depois de uma queda da torre de Babel
sobre meu cérebro em chamas.
Por isso, minha quase-doutrina
não tem a presunção burlesca
de nada querer provar
com ânsia de prosélito,
com fanatismo sectário religioso.
( provar é sempre mentir em conjunto
no contexto e em  texto probante)
e seria contra minha ( quase-minha!) filosofia
que é verdade de eremita,
aletheia de poeta azul,
paixão de enamorado da medusa,
demência de cavaleiro andante,
provar qualquer coisa, ato ou fato,
mesmo porque o que tenho
é licença poética
para não provar nada
e penso ancho,
mas não acho,
que minha verdade
-  é verdade verde
furtada à cor do violinista verde
- verdade que só vale para mim!,
enquanto verdade viva,  vital,
e não a verdade avençada
para paz e pasto ao rebanho,
- verdade de pasto, pastoral
 e o pastor de ovelhas.

Tampouco tenho a presunção brutal da lei
confeccionada sob medida
para prender a canalha
e os canalhas e arrivistas
que estão no timão
da nau dos insensatos

Antes os poetas Hesíodo e Homero
eram os doutos e eruditos
que formaram mentes
tipo Ésquilo, Sófocles, Aristófanes,
que deram em filósofos do porte de Platão;
eles escreviam poemas gigantescos
e não se pensavam em prolixidade
porque usavam a poesia para pensar
através da visão do belo nos versos
e nas imagens e metáforas;
sabia-se que não eram prolixos,
mas filósofos que uniam a beleza à verdade,
o útil ao agradável,
na união  do ser de Parmênides, o eleata,
que escreveu em versos.
Hoje uns poetastros
escrevem duas estrofes
ou três versos para simplórios
e se imaginam versáteis e econômicos,
quando não passam de encômios
cômicos e incômodos até para Cômodo,
um imperador de Roma.

Outrossim há uns Filostratos
que enchem mil páginas
e milhões de animais vestidos,
paramentados pára um ritual,
com um assunto monocórdio
que lembra um coração partido
que vai ao médico com arritmia severa....
( Isto não tem fim, Fábio...
(Gostaria de conhecer o deus epicúreo,
o deus dos jardins,
grande desprezador dos homens,
que escrevera trezentos livros
- num jardim!
Diz Nietzsche que Epicuro
passou anos para ser reconhecido na Hélade,
se é que sua doutrina é compreendida hoje!
Imagine Husserl
que escreveu 40.000 páginas!)
(Espero que a física quântica
consiga realizar a travessia
pelas dobras do tempo...
- se é que a doutrina quântica
e a equação de Einstein
não passe de mera formalidade contextual
ou passe de mágica ( mágico, mago!)
ou outro tipo de passe...
Que passe!
- de passista no samba, mulata
com cara de dama de Picasso! :
um impasse na arte
de passar um olhar pelo existir
com geometria irisada no olho
- euclidiano...)). 

( Excertos do opúsculo do organista da Igreja de Saint-Sulpice : "Escolha de Luares para o Pastor Enamorado pela Medusa : um Poeta Árcade Árabe que não Sabe a Cajado nem a Mar Arabescado")


lquiria Odin valquiriaestatua de valquiria equestre cavalo aladoviolinista azul celeste violinista azul celeste violinista verde verde violinista da clorofila fila clorofila verde ver
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científ
 
 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

BASILISCO(BASILISCO!) - dicionário dicionario

Um  lídimo, incréu amigo,
único e quiçá último
a fazer frente ao basilisco(basilisco!)
errabundo pela terra
aonde pisa
não a torre
mas minh'alma aristotélica,
-  homem na senda de filósofo epicúreo,
não crê, pindoramicamente,
sob a vara da Vera Cruz,
que é bastão também da ciência,
que sou o  guardião da memória
dos meus oito meses de idade!
- tudo porque uns e outros cientistas patetas
pássaros sem asas
prisioneiros de um contexto
que lhes "colga" uma máscara de ferro à face
decidiram depois de rigorosas pesquisas patéticas
que não se tem memória dessa idade
- E ponto final, lobo mal!:
Cumpra-se o mito e rito
e dê voz ao pregoeiro do estado
ou à matraca da sogra.

Certa vez disse à minha mãe,
já casado, pai de filho e filha,
- disse eu a ela, minha mãe,
que meu pai,
que fora atirador emérito,
nem sempre atilado,
certa vez, num evento ocorrido na varanda
ao fundo da casa,
sobre uma balaustrada
que servia de encosto aos cotovelos,
estava com "Bitencourt",
amigo do meu pai,
a praticar tiro ao alvo com espingarda.

Recordo-me perfeita e nitidamente,
como não se fora uma memória antiga,
mas atual, atuante ante mim,
que Bittencourt ( ou fora pai?!)
com um tiro sem "tirocínio"
acertou o pé de uma galinha
fato que deixou em alvoroço
e comentar já espevitado:
"acertou o pé da galinha!"
Este o meu dito
com algum ricto
( A frase inteira não merece um "sic",
deve sofrer com solecismos sofríveis
que não hão de dar azo
a debiques de gramáticos pernósticos)

Minha mãe, ao ouvir-me mais serenamente,
depois do baita susto,
retorquis, sem pestanejar,
que era impossível
eu me lembrar daquele fato
porque era, então, uma criança
com apenas oito meses.
Chegou a aventar a hipótese,
se não me falha a memória ( a memória!)
- exercício mnemônico mais fresco que aquele
do menino de oito meses!,
que ela teria narrado o caso para mim.

( Ora! Um episódio narrado
não é igual ao um fato,
pois na história há palavras
e se se lembra o ouvinte
de coisas visíveis
são coisa imaginadas
pelos olhos não paginadas
com olhos fechados nas paisagens surreais
e não abertos a paisagens reais,
quer seja em obras de arte
ou em natureza exuberante
porquanto coisas visíveis
pode ser imaginadas
ou rebuscadas na memória
já, então com o gosto da imaginação
a pervertê-las, maculá-las,
por nelas um tempo mofo
onde medrou o bolor;
- o que não se dá com coisas vistas
na torrente do existir,
à beira da vida :
estas estão acesas no acervo da memória
e não no cabedal da imaginação,
que faz do artista um caudal
de obras de arte,
miscelânea de memória e imaginação
( um centauro vivo cavalgando Picasso! :
este o artista antes de sua apoteose
- que é seu apocalipse)
O poeta é assim
um alienado de si, sim;
porém não o homem,
que somente se mescla com o artista,
quando aliena a memória na imaginação
ao postular seu pensamento
ou sentimento no  mundo
por meio de uma obra de arte
ou outra forma de opúsculo
para oitiva de organista
do porte de um Buxtehude ou Bach)

Entrementes, parece-me que logrei
convencer minha mãe
não com o rigor de acurada
lembrança visual
demonstrada por mim,
mas porque ela me conhece
desde as entranhas.
Árdua tarefa seria
convencê-la de uma mentira
e se eu fosse mendaz ou fantasista
ela seria a primeira a saber
da fealdade de tal defeito.
Ela sabe que sempre fui veraz
e se deixei enganar
foi por mim,
o que não é o caso "in casu".

Sem embargo, nem desembargadores
a me embargar a liberdade,
falei do tiro que alvejou a galinha,
de cujo destino vim a saber por ela :
a ave foi para a panela
conforme soía ocorrer com os galináceos
que meu pai matava ou furtava,
aos céus  em pombas-verdadeiras e ariris
e na terra aos incautos vizinhos
crédulas criaturas
que meu pai iludia
pondo o sumiço das aves
na conta de alguma raposa
que inventava ele que vira
à espreitar o ambiente;
isso se dava
quando morávamos no mato.
(Velha raposa das fábulas!:
Quanto vento, quanta uva!,
quanta saúva na chuva
que respinga curvas no ar...)

Naquele tempo, já sob Evangelhos canônicos,
( apócrifos não!),
a vida dos homens
ainda  estava a salvo
dos desassisados que tomaram a terra
- de assalto!
e instituíram a escravidão
na esteira da estupidez
que se configurou em doutrina
nos meandros labirínticos
dos meios de comunicação de massa
com os copistas de textos
com suas mentes de xerocopiadoras.

Minha mãe, então, contou-me
que, à época em tela,
estava grávida ("esperando") de minha irmã,
cuja diferença de idade para comigo
é de exatos dez meses (sem matemática!)
- e que eu estava ao colo materno
quanto ocorreu o "indigitado(?)" incidente
debaixo da Betelgeuse ("Alpha Orionis"),
sob a Coma da Berenice
e da cabeleira negra da Medusa.
Adorável medusa!

Assegurou-me, outrossim, minha mãe,
que eu "adorava!" armas de fogo
e, quiçá, por isso, também,
o episódio nunca foi dado por mim ao olvido
nem  fiz ouvidos moucos
aos loucos disparos a espocar
nos meus tímpanos tenros
naqueles idos...

Acho (sem acinte!)
que me lembra até o lugar
onde se fixou esta memória:
era numa casinhola, por certo,
algo torta, qual aquelas
esboçadas e pintadas por Van Gogh,
contígua ao "Colégio do Santíssimo Sacramento".
Contudo, isso pode bem ser, reconheço,
memória em mixórdia
- com imaginação pendular,
pois não tenho memória visual
dos arredores e da rua,
tampouco do exterior do casebre,
que não navegava em prantos
na rua Inácio Quinaud,
o poeta suicida
numa memória douda
que penso guardar
do que minha mãe
supostamente me contou
ou quis eu mesmo,
por conveniência poética,
com licença poética,
assim imaginar
e por em um obelisco
na minha aldeia voltada para dentro de mim
em grito para estribilho de alma rascante
no seguir o voo de ornitólogo
que, logo, no "logos", não sou.
Sou-o a rogo da ornitologia
que clama por mim
nas pombas que rasgam o céu.
( Fico de olho :
- Sou de olho...
na ave : não na ornitologia,
um ornitólogo.)

O que me entristece
e me cresce em "tristesse"
e tece uma prece dentro de mim,
é não lembrar-me de fato,
ato a ato,
com "pathos" filosófico,
que, enquanto eu saltava freneticamente
no colo de minha mãe,
- minha irmã se remexia no ventre da madre
( Não a madre superiora
do colégio supramencionado,
a qual não era qualquer abadessa,
que desça do pedestal de deusa
em templo cristão,
para-templários,
mas apenas uma mera freira com hábito
e véu negros(nigérrimo!)
ocultando bela cabeleira negra,
de onde surgia tipo a lua branca
parte da bela face
de uma mulher com modos distintos,
flora inquieta)

Todavia o que mais lamento
é aquilo que ficou em quilos
dados ao olvido :
- que eu, segundo ouvi em segundos
evangelhos, na voz de minha mãe,
que, aos oito meses
já era um entomologista
formado ( no vento ou no ventre?),
pois estudava os besouros com afinco
depois da meia-noite
(por isso amo tanto os coleópteros!)
e as formigas saúvas também
(por isso amo os himenópteros,
mormente os com asas
no tempo das águas?!,
senhor Deus de Moisés,
que era gago, ou tartamudo,
e Aarão, que não era gago,
mas tinha um nome bom
para o tartamudo irmão tartamudear).

Pena que me não recordo
da vez em que, com a habilidade,
que minha mãe me disse
que me era peculiar,
eu pegara uma saúva
e a colocara no berço
da minha irmã recém-nascida,
num ato de crueldade infantil
da qual tenho saudade
para gáudio da minh'alma aristotélica
e desfalecimento dos hipócritas,
gente que nem Jesus perdoou.
( Jesus sabia quem merecia a remissão
e quem a danação das Danaides).

Que me "pendoem"
mas me não  perdoem
estes atores e autores da farsa
cabalmente perpetrada por eles
- que crucificaram
queimaram Cristos em fogueiras exteriores
e nas fogueiras que são suas vanidades.

Porém "tudo é vaidade"
assevera o Predicador
perdoando-os
- antes de Cristo
( porque eles, os hipócritas,
ignorantes que são
não sabem que antes de queimarem outrem
eles jã se queimaram e se crucificaram
mesmo ( e muitas vezes!)
depois de mortos em vida
- mortos por eles próprios
que se odeiam tanto
que o ódio, o despeito, a inveja, o rancor...
que os atribula a existência
transborda para o mundo
e essa enxurrada de regurgitação do mal
afoga o homens
antes  que possam ser de queimados,
torturados,  crucificados
também se nutrindo por enganados,
esganados e, assim, danados,
dos pesticidas presentes nas crucíferas,
que não são sãs feras
como os homens...
- que são santos e demônios
na alma da nicomaquéia
que passou ao latim
e depois à entidade cristã
com outro móvel
- movimento que tirou a alma
do ânimo do animal
( A palavra em latim me "anima",
mas desanima os etimologistas em Cristo.
Que sol os cresta, crespo Cresto?!)).

Pobres não são os diabos,
mas estes pobres-diabos :
- os hipócritas, esses danados!

Com toda essa arenga
não quero ter a pretensão
de convencer (converter) o amigo,
ao meu credo, que é irrelevante,
ou ao meu cruz-credo! de todos os credos,
credores e crediários;
pois isso seria contra a minha filosofia
da qual sou livre.
( Minha liberdade só esbarra na medusa
quando a barra da alva
solta seus cabelos
que me envenenam :
é a cobra e o rato!
Só não sei quem é a serpente
nesta história predatória...)

A minha,quase-minha!, filosofia,
a qual não me apego,
( como poderia me apegar às alheias!)
constituída por porções ( poções?!)
ou pedaços tortos
em línguas tortas para mim
de muitos filósofos,
que vieram de cambulhada
depois de uma queda da torre de Babel
sobre meu cérebro em chamas.
Por isso, minha quase-doutrina
não tem a presunção burlesca
de nada querer provar
com ânsia de prosélito,
com fanatismo sectário religioso.
( provar é sempre mentir em conjunto
no contexto e em  texto probante)
e seria contra minha ( quase-minha!) filosofia
que é verdade de eremita,
aletheia de poeta azul,
paixão de enamorado da medusa,
demência de cavaleiro andante,
provar qualquer coisa, ato ou fato,
mesmo porque o que tenho
é licença poética
para não provar nada
e penso ancho,
mas não acho,
que minha verdade
-  é verdade verde
furtada à cor do violinista verde
- verdade que só vale para mim!,
enquanto verdade viva,  vital,
e não a verdade avençada
para paz e pasto ao rebanho,
- verdade de pasto, pastoral
 e o pastor de ovelhas.

Tampouco tenho a presunção brutal da lei
confeccionada sob medida
para prender a canalha
e os canalhas e arrivistas
que estão no timão
da nau dos insensatos

Antes os poetas Hesíodo e Homero
eram os doutos e eruditos
que formaram mentes
tipo Ésquilo, Sófocles, Aristófanes,
que deram em filósofos do porte de Platão;
eles escreviam poemas gigantescos
e não se pensavam em prolixidade
porque usavam a poesia para pensar
através da visão do belo nos versos
e nas imagens e metáforas;
sabia-se que não eram prolixos,
mas filósofos que uniam a beleza à verdade,
o útil ao agradável,
na união  do ser de Parmênides, o eleata,
que escreveu em versos.
Hoje uns poetastros
escrevem duas estrofes
ou três versos para simplórios
e se imaginam versáteis e econômicos,
quando não passam de encômios
cômicos e incômodos até para Cômodo,
um imperador de Roma.

Outrossim há uns Filostratos
que enchem mil páginas
e milhões de animais vestidos,
paramentados pára um ritual,
com um assunto monocórdio
que lembra um coração partido
que vai ao médico com arritmia severa....
( Isto não tem fim, Fábio...
(Gostaria de conhecer o deus epicúreo,
o deus dos jardins,
grande desprezador dos homens,
que escrevera trezentos livros
- num jardim!
Diz Nietzsche que Epicuro
passou anos para ser reconhecido na Hélade,
se é que sua doutrina é compreendida hoje!
Imagine Husserl
que escreveu 40.000 páginas!)
(Espero que a física quântica
consiga realizar a travessia
pelas dobras do tempo...
- se é que a doutrina quântica
e a equação de Einstein
não passe de mera formalidade contextual
ou passe de mágica ( mágico, mago!)
ou outro tipo de passe...
Que passe!
- de passista no samba, mulata
com cara de dama de Picasso! :
um impasse na arte
de passar um olhar pelo existir
com geometria irisada no olho
- euclidiano...)). 

( Excertos do opúsculo do organista da Igreja de Saint-Sulpice : "Escolha de Luares para o Pastor Enamorado pela Medusa : um Poeta Árcade Árabe que não Sabe a Cajado nem a Mar Arabescado")


lquiria Odin valquiriaestatua de valquiria equestre cavalo aladoviolinista azul celeste violinista azul celeste violinista verde verde violinista da clorofila fila clorofila verde ver
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científ
 
 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

CIDADE DE RUI MUNIZ(CIDADE DE RUIZ MUNIZ!) - verbete


Os Montes Claros das Minas Gerais:
esta a terra de Rui Muniz,
homem todo-poderoso,
um deus epicúreo
a olhar compassivo
os reles mortais :
a ralé a seus pés
- por escabelo.
( Nos cabelos da Medusa
com "endechas" em mechas de serpentes
não há como trilhar caminho
nem se perder o caminhante
em meio ao caminho do meio
que leva a um pequizeiro
que oculta o amarelo,
alelo nos genes,
estampado em estampido de cor
na polpa da fruta,
refeição frugal,
que vem que vem escapsulada
e chama a voz em língua nativa,
faz vibrar  as cordas vocais
na boca, caixa de ressonância,
da língua do tupi,
que havia aqui
ou alhures,
junto ao pequi,
no glossário do idioma indígena,
na própria palavra pequi ("cayocar brasiliense"),
por aí, ali, lá e acolá
( no lá lá lá e blá blá blá)
desde o tempo do tupi e do guarani,
antes do guaraná,
junto ao lobo-guará,
- que Deus o tenha!,
porquanto não é mais espécie extante,
mas extinta tinta de melanina...

Sim, acho, no cacho da língua
que se edita,
neste meu achado chato,
no charco da chávena,
dado ao bolor
ou ao mel de jataí
que, na língua aborígene
de um povo autóctone,
ou no canto de desencanto da juriti,
que o vocábulo "pequi"
não é nenhum  idiotismo,
tampouco mero achaque meu,
ou "homérico" "achismo",
sem licença poética
nem mérito de nenhum anum,
mas usufrui do consentimento dos etimologistas,
senhores da gesta
e da onomástica da besta :
arma e arminho.
( O rei Rui,
o Rui rei,
rói o pequi
sem ruído?!)

A etimologia de pequi
rima e é do tupi,
idioma indígena,
não alienígena,
- isso assevera
a severa enciclopédia não-tupi,
tinhosa, garbosa,
dos enciclopedistas europeus,
que gostam de ouropéis,
- tudo ao gosto de Voltaire
em Dicionário Filosófico
cheio de bazófia e empáfia,
lábia e "máfia",
olhando do empíreo
para o que inferem ser sub-reptício
na ortografia dos gramáticos
que sonham ser
chapeleiros malucos
ou tontos zonzos sonsos :
tudo de um vez e voz,
ó pós-modernos,
hodiernos!).

Senhor deus do dia
e Canis Major
à noite, a tenebrosa rosa negra,
Antares a rutilar nos ares
- direto do empíreo sobre o império:
Este é Rui Muniz,
ou penso que seja
Rui Muniz
no canto que amanhece
e não arrefece,
mas aquece a prece
ou o salmo engasgado ou engastado
na minha garganta
como se fora uma procelária
imigrante dos sete mares
ou Aldebarã ("Apha tauri"), Aldearan!
- a cintilar sobre pomares,
faces de bruxas em esgares
na faceta medieva do tempo
no qual a teologia teoriza
( Teoriza é ministro coevo
do Supremo Tribunal Federal)
e teorizava, aterrorizava,
que as feiticeiras tinham algo
a ver com algas
marinhas ou ilhas maninhas
ou ervas daninhas
danosas e danadas,
que eram e são
na Era coeva,
aquelas mansas "doninhas",
megeras ou moçoilas,
as quais em pecados capitais de luxúrias
e outros que tais,
mantinham relações imorais
com Íncubos e Súcubos,
pois que eram sodomitas heréticas
assentadas na cadeira inquisitória
para maior gloria da história
da cristandade cavalheiresca
e burlesca, dantesca,
antes de ser burguesa
egressa dos burgos da baronesa
e dos conventos das "Teresas",
monjas em maus lençóis,
porém sempre caridosas,
nos cabelos soltos de Rapunzel,
longas madeixas
estendidas para a fuga
dos pobres condenados
-  sentenciados e no rol dos coitados
por uma ninharia
e um juiz corrompido pela vaidade,
que valia menos que a mais-valia
ou menos, ao menos,
 que uma nonada
ou apenas trinta moedas
aptas a comprar para si
o Campo do Oleiro
ou trinta siclos,
preço de custo de um servo
segundo reza o Código de Hamurábi
na antiga Babilônia
da torre de Babel
e dos homens de papel
em signos e símbolos desenhados
quiçá em pergaminhos de Pérgamo
ou do mar que é Morto maroto
ou papiros do vetusto Egipto dos egiptólogos
e dos Ptolomeus
e dos escravos arameus
em cativeiro, na diáspora.

Esta a cidade dos Montes Claros
na poética sem ética
longe da Ática e do Monte Parnasso
pelo Peloponeso do não-ser eleata.
Terra enclavada entre as Minas Gerais,
a qual temos que dividir, malgrado,
com o "Aedes Aegypti"
e outras moscas mortas
junto ao outono de folhas mortas
no outeiro adusto
a amarelar ao rás do chão
feito um anjo decaído
morto o motor em corpo de voo
sem corvo planador
a aplainar o plano ar da planície
e do planalto da Borborema
no rebordo oriental.

(Ah! esqueci-me do caminho
no meio do caminhão
e da metade do cominho("Cuminum cyminum")
no meio do colmilho
e do dente do siso
no veio do siso do assisado.
Insto a Deus para este olvido
não seja o mal
nem me ponha a bailar
com Alzheimer
o médico geriatra que detectou
alguma disfunção
que se dá no idoso
a cavaleiro do lado escuro da lua:
Todos somos estes cavaleiros embuçados
a caminho do negro lado do luar,
encapuzado quer seja no Minho,
quer seja nas Minas Gerais
de Montes Claros
de um preclaro Rui
que não rui,
conquanto a ruína
reine ruinosa
a trote no corcel
do cavaleiro amarelo
e do ginete negro do Apocalipse
a espera da eclipse
e do desenho do movimento em elipse
na equação elipsóide
que capta em linguagem matemática
a forma ou ideia da elipse,
um conceito de geometria plana
que refoge ao analítico:
figura do movimento de um tempo
em metáfora e algo de metonímia matemática,
linguagem algébrica
e engenharia árabe
para arabescos de Alhambra
sem sombra de alfombra.
Saído da Capela Gótica de Sainte-Chapelle
ou na Igreja de Saint-Sulpice
o cavaleiro templário
em fuga desabalada do fogo
na Igreja de Santa Maria Novella,
brasileira à beça
ou à beca...
com o martelo das bruxas e toga
para caçar bruxas à noite
manchado pelo incêndio
que devorou vidas
qual praga de gafanhotos
sobre a lavoura do Egito faraônico
que ficou sem primogênito algum,
exceto os filhos de Israel).

Esta a cidade de Rui Muniz
um plenipotenciário
- o príncipe de Maquiavel
e o super-homem de Nietzsche
para além do mal e do amém
não refém da moral, do imoral
nem do amoral,
ao pé da amora,
livre para ser consigo
e com os outros.
Não um homem mefistofélico
como querem seus detratores
que, dissimulados, fingem não saber,
hipócritas que são,
que um homem de verdade
está isento do bem e do mal,
mas não infenso à maniquéia
doutrinária e prática
que vige no mundo.
Ah! aqueles senhores
não sabem que ser justo
é impossível com o corpo de pó
levantado pelo ar
e coesa na água,
qual fosse uma obra poética-filosófica,
cuja unidade é a mesma
do ser de Parmênides, o eleata.
Aqueles maledicentes, pusilânimes,
jamais fizeram a travessia
por qualquer  Rubicão
montados no alazão
em silhueta de centauro
debuxada entre céus e terras
- refletida na água cristalina
em imagem de Narciso
admirando o belo
que há em si
- musical.
Todavia, fê-lo Rui Muniz,
porquanto  Rui não rui
nem faz ruir os ruins,
os ruinosos, ruivos ou não;
nem cala com a noite, a calada,
por toda a madrugada na adaga
queda e muda com madrigal,
galos em rapsódia e cães a ladrar,
ao léu para o ladrão,
- madrugada que não cala a fala,
tampouco é tampo, tampa,
para o rumor dos ruidosos!
( Apiade-se quem quiser
que "Apiedacea" é da família
que bota botânica nas ervas daninhas
que não deixam a terra maninha
consoante pensa o senso-comum
em homem medíocre
que serve vinho aos odres
podres)

Esta, outrossim, a cidade-estado
da minha Medusa,
cujos ofídios nas mechas dos cabelos
cor de ameixas nigérrimas,
são ofídios que não me ofendem
- são endechas que descrevo
para notação do cantochão.
Ela me suplicia
e o suplício do Império Romano
que vingou por toda parte
nos crucifixos, cruzeiros de igrejas,
Cruzeiro do Sul,
nos céus em anil
ou anum preto
onde os aeroplanos
são cruzes aladas
( Cruz-credo!),
com sinistras suásticas
na guerra pretérita,
cruzes que sobrevoam em planador
sobre o plano de Euclides
e o Plano Piloto
e Brasília de planos infames
pata pilotos perdidos
ou fora da esquadrilha da fumaça,
dentro da quadrilha formada
quase em paralaxe...
- o suplício do império de Roma
que desce ao rés-do-chão
com as crucíferas
que não falam latim,
mas por certo são "faladas",
cantadas e escritas em latim,
em nomenclatura binomial de Lineu
e outros ateus com Deus...
não é suplício maior
do que o que me propicia
a medusa
que não é um mito grego
mas uma mulher que se enamora
do tom carmesim da amora
e eu um homem nada prosaico
plantado na terra
que é a mulher,
sendo que o homem
é um mito cultural
e um rito vegetal
radicado na terra-mãe,
que é a mulher,
que pode ser a medusa ou a musa,
- nela, na mulher
o homem é um vegetal
em exercício no rito do amor,
que é todo o fundamento da religião
e da divindade...
- o homem, mera erva daninha,
danosa, não-maninha,
danada como o danado,
que medra nos meus poemas,
os quais são longos diabos,
gordos demônios,
longevos deuses,
sempre daninhos,
( os diabos não existem,
nem resistem à existência,
mas são seres
entre o pensar humano
e o nada a nadar com nadadeiras ligeiras...)
Já a mulher
jamais é daninha,
nem tampouco danosa,
mas Danaide....
- ai! de mim, derviche:
vixe! dervixe!
rodopiante dervixe!
- disperso na Pérsia
que não existe mais
- em geografia,
mas está em história geopolítica,
geológica, geoglífica...
O homem é um vegetal
- rito em erva
na foto do fóton,
na equação de Max Planck,
na constante da luz
que funda a glicose
no fundo do verde
que funda a glicose
na funda da vida:
o verde é o violinista verde
- de verdade,
com sacarose
e maltose...

Esta cidade ubérrima,
libérrima,
de libélula a libélula
é uma folha bela de bétula
conquanto não haja por aqui
uma floresta de bétula,
mas sim um alameda
por onde caminho
a caminho do ninho,
não do Minho
e do ouro do Douro
Trás-os-Montes.

Esta cidade é minha
e não há de ruir
abaixo do serpentário("Ophiuchus")
suspenso no céu
em anel ou abóbada
que bate embaixo
na rastejante abóbora
ao rés-do-chão
deitada deidade verde na planície
ou no planalto que olha do alto
qual fosse um filósofo epicúreo
a rir com o menosprezo arrogante de um deus
ante a miséria e mesquinharia humanas
que se derramam em demasia
até dar em azia
ou no nirvana oriundo a Ásia.

Esta cidade de Rui Muniz,
homem cuja fama o precede,
é a cidade dos emigrantes,
de todos os imigrantes
e de todas as aves de arribação
que para cá migrar,
que migraram aos milhares
ao pé dos milharais
ao sopé dos montes claros,
aclarados na metáfora
que não é de se jogar fora.

É terra de todas as etnias
em algaravia
em oitiva e escrita
em línguas fossilizadas
e geometrias com figuras em fósseis.

 O homem é um complexo com plexo
que não se comanda,
antes é regido
pela lei dos genes,
que é a lei da casa :
um código escrito
que esculpe e pinta o corpo
incute a teologia n'alma
( beba do sumo da  "Summa Teologica"
e do abstruso raciocínio de Duns Scott)
e a literatura no espírito.
Fauna e flora
o ser humano é o fauno,
no macho caprídeo
e a flora na mulher
que cora feito amora
quando ama
um fauno na flora.

O homem é a sua tragédia
fossilizada no paleolítico
e a poesia da comédia,
a zombaria da sátira,
a picardia da farsa
e o sonho da filosofia
posto no livre-arbítrio :
a voz sardônica-roufenha do sábio ancião
cheio da erudição
e  o timbre cândido da criança
e dos enamorados sob as teias amarelas
que  poeta denomina palor de luar,
um pilar do olhar
e do amar a mar
a insuflar velas
do veleiro brigue
( que não brigue!)
e exibir no céu
estrela polar
a apontar a proa para o norte
aonde vão navegando sobre as vagas
os argonautas de Malinowski,
o grande etnógrafo,
ou aqueles da mitologia grega
que buscavam o tosão de ouro).

Esta cidade de Montes Claros
viva nos vivos,
morta nos seus mortos,
torta nos seus tortos,
rota nos seus rotos,
reta nos seus homens retos,
os justos de Deus
que abençoam a terra
e a água em orvalho,
mar e rio.
Mas o que é a retidão, Nietzsche?!
O que a justiça
ante a justeza
de um homem probo?!
Não há respostas,
mas se as há
são como um ás do baralho
na manga do trapaceiro,
porque o homem é mais profundo
que as fendas ou Fossas Marianas,
doutos oceanógrafos,
biólogos marinhos,
biologistas maninhos...
capitães de corveta
e capitães de fragata
que o digam
discutindo com a corveta à bolina
ou a fragata à deriva...:
nau é pau para naufrágio,
pau frágil
onde se agarra o náufrago.
( Naufrago a seco
no Restelo : Ermida de São Jerônimo
nu em pelo
qual São João Batista
asceta, anacoreta
que se alimentava de gafanhotos,
mel silvestre
e vivia no deserto).

Pelo orifício do olho
do Edifício Flamboyant
com seu tom róseo
abre-se o olho da lua
cortando com foice as trevas
e o olhar que não vem do sol
em desalinho de estrela D'alva.
O edifício vê e vela a cidade
e a cidade desvela o edifício
o que não é ofício difícil,
mas santo ofício
infenso a ofídio
nos cabelos da Medusa,
que me olha
e me transforma em pedra
do Edifício Flamboyant,
coração da cidade.

Rui Muniz,
agora rei Muniz,
munificente ente,
por que foi que fui(ui!, meu Deus!),
enfeixar-te entre meus diatribes?!
Serás magnânimo? - Será?!
Deus dirá
a Dirac
que nos profetizará
em formalismo de linguagem matemática
o que virá
depois da descrição do comportamento do férmion
que preconizou a antimatéria
teses descritas e postuladas
em equações de mecânica quântica e ondulatória,
uma genuína loucura dos tresloucados
seres de barro
- do mesmo barro do João-de-barro
e de João, o Batista
que molhava o barro com água
na torrente do rio Jordão.
( Tenha dó, vovó!,
diria Ovídio
se tivesse ouvido
isto que soaria melhor,
ou mulher, se dado ao olvido
em corredeira no rio Lethes.
Aletheia, ó aletheia
que teia a mulher aranha,
na teia da aranha,
-  com manha de teia da vida!...
ecologicamente inserta
feito a seta certeira
que parte da besta
em galope no paradoxo de Zenão de Eléia,
na bissetriz nominal
que passa em Zeno, o eleata:
dois nomes no mesmo lugar geométrico).

Esta é, no tiro da besta,
em tirocínio do arqueiro,
a cidade das três pessoas do discurso
ou em discurso:
as pessoas singulares e plúrimas,
o Trivium e o Quadrivium
nas pessoas do verbo
- do verbo... - que se enfeite de carne!
- e logo!,
antes que chegue o "logos"
e demonstre, desconstrua (a grua!), desmonte
com o trato e o trator da filosofia,
em "pathos" trágico com Nietzsche,
que o verbo virou homem
e o homem se apagou,
subsumiu-se
na areia movediça,
ponte levadiça
na engenharia do ser
e reengenharia do não-ser
- senão títeres!
sem tretas e tetas,
betas sem metas,
bestas à sombra
- à sombra de alfas
( alfas-homens
ao invés de "alpha centauri")
e alfarrábios sem biosfera
de traça (troça!), carunchos, ácaros...

Esta a terra de Rui
homem virtuoso ou vicioso?
Ou ambas as coisas da alma?
Ou ainda nenhuma delas?
Ou uma terceira coisa de alma aristotélica
que não conhecemos,
mas negamos ignorância até o fim
porque presumimos com o Direito
que tudo conhecemos
oficialmente ou em oficioso
ofício de santo ofídio...
santa inquirição dos anjos descaídos
em folhas de outono
que as derriba no amarelo...:
amarela a febre, a vida no corpo
e a morte na alma
que o filósofo pintou
em belos caracteres
na Nicomaquéia.

Esta a terra de ninguém
com vintém ou sem vintém
porquanto a morte vem
na miscelânea da barra da alva
e o dia amanhece escuro
qual fosse cem anos de noite
no preto sem branco no olho do morto homem
-que seremos, serenos, empós
o romper dos cavaleiros do apocalipse individual.
De febre tifóide ou tifo moído
morreremos quando a barra da alva
for o escuro do ventre materno da terra.
De tifo faleceu Anne Frank.
Gostamos de pensar e crer assim
porque um atestado de óbito
precisa conhecer
da doença ou do mal
que vitimou o ser humano
no dia da ceifa
- no o claro da vindima
que vitima a uva...
Esta a terra que não ficará para ninguém,
pois ninguém sobreviverá
a guerra dos negócios,
nem ao ócio,
nem ao cio,
nem tampouco ao siso ao dente
porquanto desassisado restará
apenas o mal
- o mal de Alzheimer
ou o temor com tremor de Parkinson
que levantaram dois conceitos
( e caíram na cova rasa!)
para tentar ludibriar o frio
que move o olhar da morte
com olhos vidrados
e a indigência intelectual
que motiva a ciência
que encena a verdade
a cada tempo
costurado na fantasia de carnaval em contexto.
( Em descontexto com desconto
de contos de réis
e de contistas célebres
samba o texto sem contexto
trôpego ébrio
ao modo do poeta Verlaine
que morreu no pleno gozo
das funções de beber
algo com álcool e absinto).

( Ah! para atravessar o transepto do amar
arquitetado e construído
pela  engenharia constritora da bruxa,
digo que o grou e a grua
sou eu e medusa
a sós na medula espinhal,
escada do corpo para a alma.
O resto das pessoas no discurso
dou ao olvido
ou às água do rio Letes
que a medusa é tudo
- e o resto, resto de locução,
restolho, rebotalho...).

II
Depois de longo tempo de escriba
passei a desprezar as pessoas do verbo.
Desprezei-as por respeito
àquelas que não são pessoas,
mas seres humanos
fora do "front", do teatro e do discurso.

Desprezei as pessoas do discurso
para respeitar as reais, naturais,
não infensas a atos cadastrais
de teatrais ritos do Direito,
que aqui se chama Direito das "Obrigações".
 
Outrossim, desprezo votei
às pessoas do Direito,
todas fictícias, irreais,
ilusórias e alienadas
tocadas em fanfarras.

As pessoas do discurso,
do verbo em latim,
do "logos" em grego,
que dá "pathos" à filosofia,
as personagens do teatro,
do Estado e do Direito
são seres e não entes,
pois seres não existem,
são apenas palavras e conceitos
e pensamentos d mente que mente à toa,
imperceptivelmente,
no invólucro do véu
ou sob a burca inviolável
aos olhos dos infiéis.
No que tange ao discurso,
mesmo na lira e na cítara
 não é muito mais
que urros escritos
e socos desferidos a esmo
pelo mesmo.

As pessoas do discurso
são frias anãs marrons da classe y,
enquanto os  seres humanos
que não são pessoas,
excepto nas alienações-para-sobreviência,
não representam, porém são o que são,
são o que Deus é
e asseverou que é.
Tais seres humanos,
que são o que Deus é,
 não estão cobertas
ou descobertas 
pelos andrajos do verbo,
que virou carne
e habitou entre nós,
a consonar com o quer 
o sonar do escriba
do Novo Testamento,
que testou e atestou,
foi testemunha fiel,
fidedigna desses eventos
que o vento carregou
nas ventas
que não iventa vento:
aspira-os, inspira-os.
 
São as pessoas do discurso,
que fazem as artes, o teatro,
a filosofia, a alteridade,
ante a beleza inexcedível
da minha musa,
- da minha medusa!

Mas o que sã
ou ousam ser 
todas as pessoas do mundo
e mesmo todos os seres humanos
ante minha medusa?!

O mundo todo
povoado de pessoas
em grande quantidade
- e seres humanos
em pequena quantidade,
(praticamente povoado por crianças,
pois os adultos 
e os jovens se perdem na folia,
viram foliões, proxenetas
santos padres, sábios... )
- o mundo inteiro
com suas pessoas em locução
 poderiam me faltar
que falta nenhuma me ocasionaria,
porém não minha medusa:
sem ela eu não viveria
nem mais um minuto.
Seria a falta do sol
e o advento da Era Glacia mais severa e letífera.

Seria o fim da linha do tempo
Então, eu ouviria a Tocatta e Fuga em Ré Menor,
da autoria de Bach (há quem diga ser composição
da lavra de Buxtehude,
um organista da  minha "Capela Gótica de Sainte-Chapelle"
escondida na aldeia congelada na minha imaginação)
e, faltando cinco minutos para terminar a tocata,
pararia involuntariamente de respirar,
pois meu sistema nervoso vegetativo
daria essa ordem de suicídio ao corpo
e as células encetariam o processo
dirigido pelo deus Thânatus.
 
O que digo do discurso
é que não importa o verbo,
mas a carne queimada pela paixão,
não pela fogueira da vanidade aleatória das Moiras,
porém pela  flor do amor
que nasce e medra metros no coração 
do homem mais desprezador de tudo,
o mais cético dos cépticos,
do filósofo cínico intransigente.
E cada musa
que conquista um desses escarnecedores
tem alguém como eu
ou Rui Muniz
( divido com ele
e com todos os outros homem,
numa gentileza de alteridade)
- cada bela mulher
( toda mulher amada é bela,
a fealdade vem do desamor
que tem um homem a amá-la
ainda que ela seja uma mala
difícil de carregar
no burro das costas
- de camelo ou dromedário!      
( Ou não é,
Rui Muniz?!...: é Kafka?!,
ou seria Maquiável,
que não foi nenhuma cascavel...)  

( Do ensaio poético-filosófico "Buxtheud, O Organista da Minha Capela Gótica de Sainte-Chapelle", Enclavada entre a " A Aldeia Congelada e Abandona na Minha Imaginação", opúsculo em poesia, os "Os Apócrifos da Medusa", obra  filológica com perspectiva filosofante e o livro  "Andares e Vagares do Cavaleiro Andante, Sem Ser Sombra de Dom Quixote, O Da Triste Figura" e do licro "Da Engenharia e Reengenharia da Bruxa Bronca").

 
lquiria Odin valquiriaestatua de valquiria equestre cavalo aladoviolinista azul celeste violinista azul celeste violinista verde verde violinista da clorofila fila clorofila verde ver
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científ
 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

VINDIMA(VINDIMA!) - verbete verbete


Bem-nascido...
- mal nasci e recusei o seio de minha mãe,
então pletora:
ato número um de sublevação.

Nasci sublevado
conjurado mineiro
cresci insurreto
porém reto
direto no direito
diletante no dilema :
digesto à dieta
em indigesto regime.

 
Por volta dos oito meses
falava tudo, cantava, arremedava bichos
e estudava, depois da meia-noite,
sob meia-lua ou lua inteira,
na não forma de foice (falciforme)
-  estudava besouros!,
os quais, escaravelhos, posteriormente,
 aprendi a denominar "coleópteros"
graças a um amigo
cujo nome era o do inventor do rádio
( mas não das ondas senoidais).
Para mim, na minha etimologia,
esta palavra ("coleóptero")

pertence àquele amigo
hoje separado do corpo
pela foice da morte
que ceifa na hora da ceifa
- que vitima à vindima.
( Tudo isso são versos da poesia de minha mãe,
hoje não mais pletora,
mas macróbio
a caminho do pesadelo de Alzheimer

pior que o de Fussli
que, comparado, parece uma ode
sem ódio de Odin ).

( O mal de Alzheimer é uma demência,
sendo demência tudo que mitiga
a capacidade cognitiva.
Seriam dementes para fora,
no bota-fora com alforria da ciência
e seu padrões tópicos,
às vezes utópicos,
num âmbito mais amplo, ancho
deste conceito psiquiátrico,
todas as pessoas
cuja mente ou intelecto
tem capacidade cognitivas limitadas?!
- sob doença ou não?
Vendo assim ancho
essa concepção do mal
do médico Alzheimer
se infla num anjo gordo.
Pobre Alzheimer!))
(Parkinson outrossim descobriu um mal
que cavalga a galope de Apocalipse, cataclismo...;
tão-só Platão desvelou o bem
no alumbramento da aletheia.
Ainda bem!,
que nem tudo vá bem mal)).

Aquele meu amigo
que me forneceu os instrumentos para pensar
- tornar-me pescador na barcarola
de homens e epicúreos
cheios de tédio
deste mundo de criaturas
(que se atura
até que tolerância satura!!)
- criaturas afogadas pela demência
que paira divinamente,
em companhia da Moira,
sobre o espirito pensante
- e mercante.

Aquele ótimo amigo jamais conheceu
- nem eu,
nenhum Epicuro,
só epicureus, cepas de maniqueus, jebuseus...,
- homens que não tiraram o pensamento de si,
mas de outrem,
dos homens judiciosos.
Criaturas dementes,
tementes, sem mente
e sem necessidade do desenho
concebido por Alzheimer
para algo que doa,
- ocasione muita dor,
porquanto a demência
nos animais que vagam em rebanhos
não é inata
mas adquirida
na histeria do rebanho
que fácil estoura
no pânico invertido no mata-mouros,
ferrabrás...

Aquele lídimo amigo
morreu de forma triste e lamentável
e o seu cadáver,
ao que consta de relatos sucintos,
estava horrível e enegrecido.
Ele, que fora belo em vida,
sábio e erudito,
ingênuo e nobre,
faleceu sob o peso da tragédia
que assola a todos os mortais.

Toda a morte é feia :
bela é a tragédia
- que tem o fito
de ocultar no sublime
o horror do esgar
na face da morte,
que é a máscara do morto,
mortuária máscara
na cara do homem morto
que não encontra mais destino,
mas sim sino que bimbalhe
num macabro baile
e carpideiras que espalhe
- o vento vão
sem sangue de coração
nos olhos de quem olha
para o nada exposto:
o homem morto,
um anjo morto,
ancho, gordo de vermes.

Tão-somente o "pathos" filosófico da tragédia
avocada pelo filósofo Nietzsche
a compor um penso penoso no apenso,
pode salvar o homem
na Paixão de Cristo
- uma tragédia genuinamente grega
para arameus, cananeus, amorreus
e muitos outros eus
metidos no capote dos adustos
Augustos dos Anjos ateus,
com maus augúrios
nos versos do poeta "Augusto" ,
coveiro, caveira e corvo da poesia lírica.

( Conto que contarei,
cantarei
minha história
em cápsulas de memória
e resquícios de Moiras
porquanto os conceitos
não cabem na vida
muito menos as palavras sem ar
daqueles que não respiram
a pira flamejante
que queima meteoricamente
uma inteligência emancipada,
milagre raro de demiurgo raro,
porém fato na personalidade de Van Gogh,
Epicuro de Samos(Epicuro de Samos!)
e poucos outros.

O que somos
Epicuro de Samos?!
Pergunta aquele que estudou entomologia
sem o logos grego,
no âmbito do pensamento mágico
de uma criança recém-nascida.
( Não responda dos túmulo dos signos,
Epicuro de Samos
corpo em retorno á terra
e alma em movimento contínuo
na dança dos signos
que faz dançar o pensamento vivo,
eterno no cavar os signos
nos pensamentos dos leitores
e leitoras "pletores", pletoras).


( Excerto da obra "Da Engenharia da Bruxa" )

Ficheiro:Valkyrie Copenhagen.jpg
valquiria Odin valquiriaestatua de valquiria equestre cavalo alado
violinista azul celeste violinista azul celeste violinista verde verde violinista da clorofila fila clorofila verde ver
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científ

PLETORA(PLETORA!) - glossario glossário


Bem-nascido...
- mal nasci e recusei o seio de minha mãe,
então pletora:
ato número um de sublevação.

Nasci sublevado
conjurado mineiro
cresci insurreto
porém reto
direto no direito
diletante no dilema :
digesto à dieta
em indigesto regime.

Por volta dos oito meses
falava tudo, cantava, arremedava bichos
e estudava, depois da meia-noite,
sob meia-lua ou lua inteira,
na não forma de foice (falciforme)
-  estudava besouros
os quais, posteriormente,
 aprendi a denominar "coleópteros"
graças a um amigo
cujo nome era o do inventor do rádio
( mas não das ondas senoidais).
Para mim, na minha etimologia,
esta palavra pertence àquele amigo
hoje separado do corpo
pela foice da morte
que ceifa na hora da ceifa
- que vitima a vindima.
( Tudo isso são versos da poesia de minha mãe,
hoje não mais pletora,
mas um macróbio
a caminho do pesadelo de Alzheimer).

( O mal de Alzheimer é uma demência,
sendo demência tudo que mitiga
a capacidade cognitiva.
Seriam dementes para fora,
no bota-fora com alforria da ciência
e seu padrões tópicos,
às vezes utópicos,
num âmbito mais amplo, ancho
deste conceito psiquiátrico,
todas as pessoas
cuja mente ou intelecto
tem capacidade cognitivas limitadas?!
- sob doença ou não?
Vendo assim ancho
essa concepção do mal
do médico Alzheimer
se infla num anjo gordo.
Pobre Alzheimer!))
(Parkinson outrossim descobriu um mal
que cavalga a galope de Apocalipse, cataclismo...;
tão-só Platão desvelou o bem
no alumbramento da aletheia.
Ainda bem!,
que nem tudo vá bem mal)).

Aquele meu amigo
que me forneceu os instrumentos para pensar
- tornar-me pescador na barcarola
de homens e epicúreos
cheios de tédio
deste mundo de criaturas
(que se atura
até que tolerância satura!!)
- criaturas afogadas pela demência
que paira divinamente,
em companhia da Moira,
sobre o espirito pensante
- e mercante.

Aquele ótimo amigo jamais conheceu
- nem eu,
nenhum Epicuro,
só epicureus, cepas de maniqueus, jebuseus...,
- homens que não tiraram o pensamento de si,
mas de outrem,
dos homens judiciosos.
Criaturas dementes,
tementes, sem mente
e sem necessidade do desenho
concebido por Alzheimer
para algo que doa,
- ocasione muita dor,
porquanto a demência
nos animais que vagam em rebanhos
não é inata
mas adquirida
na histeria do rebanho
que fácil estoura
no pânico invertido no mata-mouros,
ferrabrás...

Aquele lídimo amigo
morreu de forma triste e lamentável
e o seu cadáver,
ao que consta de relatos sucintos,
estava horrível e enegrecido.
Ele, que fora belo em vida,
sábio e erudito,
ingênuo e nobre,
faleceu sob o peso da tragédia
que assola a todos os mortais.

Toda a morte é feia :
bela é a tragédia
- que tem o fito
de ocultar no sublime
o horror do esgar
na face da morte,
que é a máscara do morto,
mortuária máscara
na cara do homem morto
que não encontra mais destino,
mas sim sino que bimbalhe
num macabro baile
e carpideiras que espalhe
- o vento vão
sem sangue de coração
nos olhos de quem olha
para o nada exposto:
o homem morto,
um anjo morto,
ancho, gordo de vermes.

Tão-somente o "pathos" filosófico da tragédia
avocada pelo filósofo Nietzsche
a compor um penso penoso no apenso,
pode salvar o homem
na Paixão de Cristo
- uma tragédia genuinamente grega
para arameus, cananeus, amorreus
e muitos outros eus
metidos no capote dos adustos
Augustos dos Anjos ateus,
com maus augúrios
nos versos do poeta "Augusto" ,
coveiro, caveira e corvo da poesia lírica.

( Conto que contarei,
cantarei
minha história
em cápsulas de memória
e resquícios de Moiras
porquanto os conceitos
não cabem na vida
muito menos as palavras sem ar
daqueles que não respiram
a pira flamejante
que queima meteoricamente
uma inteligência emancipada,
milagre raro de demiurgo raro,
porém fato na personalidade de Van Gogh,
Epicuro de Samos(Epicuro de Samos!)
e poucos outros.

O que somos
Epicuro de Samos?!
Pergunta aquele que estudou entomologia
sem o logos grego,
no âmbito do pensamento mágico
de uma criança recém-nascida.
( Não responda dos túmulo dos signos,
Epicuro de Samos
corpo em retorno á terra
e alma em movimento contínuo
na dança dos signos
que faz dançar o pensamento vivo,
eterno no cavar os signos
nos pensamentos dos leitores
e leitoras "pletores", pletoras).


( Excerto da obra "Da Engenharia da Bruxa" )

Ficheiro:Valkyrie Copenhagen.jpg
valquiria Odin valquiriaestatua de valquiria equestre cavalo alado
violinista azul celeste violinista azul celeste violinista verde verde violinista da clorofila fila clorofila verde ver
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científ