Compreendo Deus
E o leio à boca dos profetas(profeta!)
Como os patriarcas faziam,
Mormente Jacó,
Que tinha mais intimidade com Ele,
Porquanto contra Ele porfiara
No transcurso da noite negra
E O vencera
Quando descera do céu
O clarão da barra da alva
E o anjo do Senhor
Desistiu de pelejar
Contra tão persistente
E perspicaz homem,
Que a todos pegava e
derrubava
pelo calcanhar
desde o momento em que nascera,
quando derrubou seu irmão gêmeo,
pois veio logo em pós o primogênito germano.
O anjo do Senhor
Ao abrir a alma da alva
A iluminar com
nitidez
A escada de Jacó,
cuja função então era
ligar
céus e terras,
fulgiu e fugiu
escada acima
Por onde subiam e desciam anjos
De todos os azuis em inquietude
E com todas as
brancas vestes talares
No Quietismo ativo nos conventos
“sub plumbo” da Bula “Quoties Cordis”,
Que pôs as Clarissas
Sob os auspícios dos
frades menores.
Deus, quando me concede oitiva,
fala-me por seus
profetas
Que são momentâneos
Jeremias Chorão,
Amós, Oséias, Elias, Elizeu, Jonas...:
Todos homens comuns
Editados por símbolos
Que, por milagre de
entendimento,
E por escapismo à inteligência comezinha,
Transmuta-se em realidade instantânea,
por um breve caminho no tempo
que eleva o violoncelo
a alguns pés do céu plúmbeo
na pomba em cor de
dar à pena
A luz dos
olhos dos Narcisos,
Que se miram n’água límpida.
Esses profetas suscitados ao simbólico
Repisam incansáveis
O que diz o Senhor
Pela boca de homens comuníssimos
E no mais das vezes inexpressivos,
Que nem sabem o que falam
Ao mesclar sua voz
Com a fala de Deus
Tonitruante no trovão
No instante em que cala o homem
E diz o Senhor
Pela boca do homem
Que emudece em meio
ao oráculo
Que professam... - por Deus!...,
Senhor dos sete céus, sete mares,
Setenários de dores...
Aliás, esses mesmos
pobres homens,
Derviches de cá,
Contrapostos aos dervixes de lá,
A dançar, bailar, rodopiar no Oriente,
Sequer suspeitam furtivamente,
Que estão aliados à Javé
Numa aliança
Que Ele propôs
E sob a qual os tomou
Apenas para anunciar em profecia
Sobre a vinda do Dia
do Senhor,
Que vejo como uma espécie de parúsia,
De um modo amplo,
Em sentido lato,
Que vai do leite ao luto.
( O leite no leito da torrente,
Com seu ubre,
E o luto na asa dum anum preto
Que no baticum
Vem emitir seu
crasnado...
De emissário das trevas espessas
Que derramam o leite das trevas
Para catervas em cavernas).
Outrossim, homens em
profecias simbólicas
Em afrescos espargidos em santas capelas,
Pintam profecias em
Fra Angelico,
Giotto de Bandano...
Porquanto a
Anunciação do Anjo
Obedece à mesma norma
Que dá credibilidade às profecias,
Sopradas ao ouvido do rei de Israel.
São nestes momentos de ouro
Que Deus me faz
ouvido de Jacó,
Tirando-me o homem do simbólico
E me transportando à simbiose
espiritual
Na transcendência
Que somente o homem pode sentir e pensar
Com a clarividência do anjo.
Porém, depois desse ato de heroísmo místico,
Muda-me o mudo nome
meu,
Que nada dizia de mim,
Mas de uma multidão
Enfileirado na mesma palavra,
E me rebatiza
Com o nome que ribomba
Mais adequado ao feito realizado
Num Israel místico,
Nação com solo em terras dos sentidos.
Porquanto rebatiza o homem
Com novo nome
Quando este sofre ou age
com rara sabedoria e
coragem
A ponto de mudar a própria vida
E, concomitantemente
,
abandonar a denominação puída
De falena em vetusta Era Noturna
E tomar o novo nome
Que a crisálida
oferta para o vôo
De longo curso no planador do solitário piloto
Alongado em procelária sobre o oceano:
Vasto deus natural a bramir.
Lá me quer Jonas,
No abdômen da baleia,
Davi na harpa, na funda
E no reinado sem fim
De sua casa perene ...
Mas a cá
Por Trás-Os-Montes,
Alerta-me sobre
o comezinho
Onde vou agir sem
utopia
Para melhorar minha
saúde,
Mitigar uma doença...
- Ou me salvar da morte certa
Que está na armadilha do caminho comprido,
Mas não cumprido por mim,
Pois, quando o ouço em sopro de profeta,
nos ossos do ouvido,
Não cumpro a missão
A que me encaminha o
pegureiro
Indicado por um falso
profeta.
Todavia, para isso ocorrer
Mister saber aplicar o ouvido
E escutar na voz fanhosa
Do rude homem comum
O que oculta da finura
Que caracteriza o balbuciar
de uma inteligência do gênio
que nada menos é
que a divindade falando
com a doçura do amor do poeta
que canta o amor à enamorada
ou a fúria de um profeta indignado
com o opróbrio
que cobre o homem
mais que todas as
chagas pútricas da lepra
que são suas iniqüidades expostas.
Do simbólico colocado em equações
Matemático-poéticas,
Algébricas-filosóficas,
Vem uma tecnologia espiritual
Que cria a simbiose
Entre Deus e o ser humano
Que sabe ouvir
O que é o profeta
E dar ao olvido
O que é do falso profeta,
Que, no caso, é o homem comum,
Que se julga taumaturgo,
Mas apenas deixam expostas
As partes pudendas
Tanto quanto o fez Isaías
Profeta que Deus ressuscita
Quando põe na boca
de um homem do vulgo
eivado de
superstições banais
que fala por si
porém, sem pudor,
diz que é o Senhor
quem levanta a
serpente
no deserto da língua.
Essa mentira custa
caro,
Traz a despesa da serpente que cobra
O seu quinhão
Para dá-lo a Satanás.
Vale a moeda que
cobra
Da peçonha da víbora.
Neste ato está o
sinal
De morte pela voz
do falso profeta
que inocula a
peçonha.
O profeta do Senhor
Abre a fonte da água da vida
Porque ele é espontâneo
Como uma criança
E sua abordagem sincera e desinteressada
Vem na espontaneidade do ato
E não custa um dólar furado,
Vez que não furta o
incauto
Afligido por dores,
Como o faz o falsário, o farsante,
O feiticeiro e o charlatão.
O profeta fala ao patriarca
que, por via do simbólico,
Faz simbiose comigo e
Deus
E nos une num só ser,
Bem como com todo home
que percebe e recebe
de boa-vontade a
sabedoria,
Que é outro nome e atributo do Senhor
Que está escrito no sagrado da minha exegese
E nos textos da histologia
De outros hermeneutas
Da obra de Deus
Na terra em geoglifos e petroglifos
E na natureza do homem
Em linguagens para as matemáticas
E línguas que lambem o mel da poesia
E o fel da filosofia
Que passa pelos barrentos
Cursos d’água
De jusante à montante.
A água, a luz e Narciso
São a mesma coisa se entreolhando,
Sucumbindo ao mutualismo da paixão,
- Que impacta...!...
Donde se depreende com clareza meridiana
Que Deus é e está
Nos atos humanos
: em vida!
Não há Deus na morte,
Nem antes ou depois
da vida,
Pois vida é alma
Ou dá de beber o
leite e o mel
Que alimenta e mantém
viva a alma.
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