quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MONÇÃO(MONÇÃO!) - etimologia wikdicionario


A Cadeira de Inquisição
de per si (per si!)
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!A Cadeira de Inquisição
de per si
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!A Cadeira de Inquisição
de per si
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,

em desassossego,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção(monção!)
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!

golfo omã

axonomia pinacoteca camille pissarro pinacoteca biografia corão alcorãomedusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científico dicionario cientifico nomenclatura binomial nomenclatura


PER SI(PER SI!) - etimologia wikcionario


A Cadeira de Inquisição
de per si (per si!)
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!A Cadeira de Inquisição
de per si
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!A Cadeira de Inquisição
de per si
já é prova suficiente
e notória
de que o ser humano
é  louco varrido,
vive sob a economia da loucura
ou "Encomiam Moriae",
obra do erudito filósofo holandês,
o humanista Erasmo de Rotterdan,
um dos tratados não-tratados na doutrina
da psiquiatria e psicanálise
sob a forma de arte satírica
ou poesia cômica
com um travo trágico.

Na cadeira inquisitória
o réu sentava nu
 as nádegas assentes
em assentos cobertos de espinhos
ou pregos.
Somente esse contexto
com cadeira no texto
e no desenho esquemático
podemos concluir
que o ser humano é um louco
e que o ridículo no contexto de ontem
é o mesmo no contexto atual,
só que não podemos percebê-lo
assim como os medievos inquisidores
não o percebiam
por falha no contexto
que cega os olhos,
tapa os ouvidos,
faz omissão dos sentidos
e transmuta o bom-senso
em loucura inconteste,
que, no entanto,  se jacta piedosa
e em benefício do réu
e do céu des'azul,
inazul,  aazul, não-azul
no seu céu de não-ser-céu.

Assim em desazul,
jejum de anil,
o céu sim cinza,
sim com cilício
sem minha medusa
e a me molhar
com  o arroio
que rumoreja em seu olhar
- o qual me faz nadar
peixe vivo,
dá-me um leito de riacho
com cacho na cachoeira...
que corre por dentro
e por fora do peixe
e do pescador da barcarola
em frouxo balouço
no rio São Francisco
com cisco no olho
do hipócrita
e cabelos com cobras
na cabeça de Medusa,
minha bela musa.

Sem ela o céu-café,
céu sem fé,
céu com ceifa de foice
na lua falciforme, 
anemia falciforme
sem o negro nos olhos dela
- que me ilumina
e me aquece
e não me permite
cair do trapézio
sem rede
- para peixe :
para-peixe,
ó sereia!

O que serei de mim
sem a sereia! :
um peixe sem espada
na rede da escuridão
que é o país da morte
ou Hades, se há Hades;
se não o há,
há-de haver
na ausência dela
na vela do meu olho
que a vela
viaja com ela,
acende a imagem dela,
ilumina-a vaga-lume-ando verde luz,
aquece-a na monção
do coração do mar :
mar de amar
- não de Omã!

golfo omã

axonomia pinacoteca camille pissarro pinacoteca biografia corão alcorãomedusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científico dicionario cientifico nomenclatura binomial nomenclatura

domingo, 27 de janeiro de 2013

ANÃS MARRONS(ANÃS MARRONS!) - glossario dicionario


Depois de longo tempo de escriba
passei a desprezar as pessoas do verbo.
Desprezei-as por respeito
aqueles que não são pessoas,
mas seres humanos
fora do "front", do teatro e do discurso.

Desprezei as pessoas do discurso
para respeitar as reais, naturais.
outrossim, desprezo votei
às pessoas do direito,
todas fictícias, irreais,
ilusórias e alienadas.

As pessoas do discurso,
do verbo em latim
do "logos" em grego,
que dá "pathos" à filosofia,
as personagens do teatro,
do estado e do direito
são seres e não entes,
pois seres não existem,
são apenas palavras e conceitos
e pensamentos
e o discurso não é mais
que urros escritos.

As pessoas do discurso
são frias anãs marrons da classe y,
enquanto os  seres humanos
que não são pessoas,
não representam, mas são o que são,
essas não estão cobertas
ou descobertas pelos andrajos do verbo,
que virou carne
e habitou entre nós
conforme quer o escriba
do Novo Testamento,
que testou e atestou,
foi testemunha fiel,
fidedigna desses eventos
que o vento carregou.

Que são as pessoas do discurso,
que fazem as artes, o teatro,
a filosofia, a alteridade,
ante a beleza inexcedível
da minha musa,
- da minha medusa?!

Que são todas as pessoas do mundo
e mesmo todos os seres humanos
ante minha medusa?!

O mundo todo
povoado de pessoas
em grande quantidade
e seres humanos
em pequena quantidade,
praticamente povoado por crianças,
poderiam me faltar,
porém não minha medusa:
sem ela eu não viveria
nem mais um minuto.

Ouviria, então, a Tocatta e Fuga em Ré Menor,
da autoria de Bach (há quem diga ser composição
da lavra de Buxtehude,
um organista da  minha "Capela Gótica de Sainte-Chapelle"
escondida na aldeia congelada na minha imaginação)
e, faltando cinco minutos para terminar a tocata,
pararia involuntariamente de respirar,
pois meu sistema nervoso vegetativo
daria essa ordem de suicídio ao corpo
e as células encetariam o processo do deus Thânatus.

( Do ensaio poético-filosófico "Buxtheud, O Organista da Minha Capela Gótica de Sainte-Chapelle", Enclavada entre a " A Aldeia Congelada e Abandona na Minha Imaginação", opúsculo em poesia, os "Os Apócrifos da Medusa", obra  filológica com perspectiva filosofante e o livro  "Andares e Vagares do Cavaleiro Andante, Sem Ser Sombra de Dom Quixote, O Da Triste Figura").



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sábado, 26 de janeiro de 2013

OS CANTOS SOBRANCEIROS DO JARDIM DE UM DEUS EPICÚERO - etimologia


O pensamento com perspectiva filosofante
não  passa de um ceticismo teórico,
mas a vida
não se reduz à razão,
pois esse reducionismo empobrece
a relação humana
que é mais rica
que o Quietismo.

A filosofia enquanto crítica acerba
do conhecimento teórico
não permite que o pensamento
chegue ao ponto de fé
ou ao ponto de orvalho
face de areia
lavada pelos olhos
do outro que chora.

A fé,  que é a vida,
que é a esperança,
que salva,
que é o amor,
que é a caridade,
na acepção latina de "caritas" :
amor divino,
a fé e a razão
têm que ser equalizada
na equação
que cabe na física e na matemática
em linguagens poéticas para-glaciares,
sem a libido,
mas não no homem
e na mulher,
onde cabe o amor,
que na paixão vem destroçar
- o coração irrequieto.

A filosofia moderna
livre até no conhecimento,
e do próprio conhecimento liberta,
insurreta, sempre amotinada,
iconoclasta,
indiferente à limitação que representa a ciência,
mera encenação para gente limitada
que não tem cérebro para ato filosófico,
sabe que  o conhecimento científico,
ou da razão ("Scientia rationis")
se restringe ao teorético,
e, portanto, não contamina a prática
do homem comum
nem a práxis do sábio,
pois o fazer
casa-se com o saber
que é pura fé,
vida, amor, caridade...,
porquanto a sabedoria
é inata, ingênita,
viva na inteligência viva da criança
e morta nos adultos amortecidos,
embotados, estapafúrdios, basbaques...

Quando eu era um filósofo epicúreo

olhava com tamanho desdém,
abrangia com um olhar irônico,
sobranceiro e eivado de indiferença
todos os seres humanos.
Hoje fico a cismar
se não foi pelo meu antigo desprezo
pela torpe humanidade
que me apaixonei de verdade
e,à primeira vista me encantei,
desmensuradamente
ao deparar com a medusa
subindo as escadas
que eu então descia
e o desdém aliado à sua beleza
evocou-me o meu ar escarninho de antanho
como o escárnio
apegado à minha inteligência livre e natural,
tirada ao gênio da natureza,
- ao gênio nas crianças!

Será que quando vi a medusa
o que amei foi o epicureu em mim,
observando-o nela refletido
como se fora um Narciso
em forma feminina?!

Ah! o amor!
A paixão, pacto com fogo,
esta lava
que lava a face,
a face de areia
em banho na clepsidra,
com a água da clepsidra,
que apaga a areia
e cava a face
como se fosse uma fauce
ou  uma cova
antes da cova a final.
Vinca-a, ao andar sobre a areia,
o tempo, este filósofo epicurista,
aqui escriba.

As faces dela e minha
na areia da ampulheta
contadas em tempo
são fauces
e foices da morte
que sega.

Quando a vi
subindo a escada
toda tesa
em sua beleza exuberante
fiquei embevecido, extasiado!
Só depois do choque tremendo
é que me ocorreu
que eu era assim
um deus epicúreo
com todo o direito
de desprezar o mundo
dos homens vis
e das mulheres venais
que valem os seus míseros reais,
mas não valem uma flor-de-lis,
nem um miosótis pequenino :
- gente abortada,
sem beleza e destituída de inteligência,
sem dignidade nem honra,
decrépitos, insolentes, levianos,
ineptos para o amor,
inermes vermes...

Vi-a e só então recordei-me,
caí em mim de maduro,
- que eu sou assim
igual a ela,
não similar nem semelhante,
mas igual a ela na equação,
seja no odor que exala da carne
e dos cabelos negros
ou no que mais possa ser
a quatro olhos negros na noite.

Somos um ser ( em dois!) assim
- sem perfumes, nem disfarces, nem ciúmes...
simples, porém não simplórios,
capazes de desprezar o mundo inteiro,
mas a nos amar
até a eternidade passar
e escrever o saltério e os cantares
dessa paixão de vulcão em erupção
nos céus, em rolos de pergaminho,
e na terra, onde nasce o papiro,
epicúrea medusa!

( Excerto dos "Apócrifos da Medusa" e do livro "Os  Cantos Sobranceiros do Jardim de um Deus Epicúreo")
Ficheiro:AUGUST RODIN O pensador (vista frontal).jpg
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EPICÚREO9EPICÚREO!) - etimologia glossario


O pensamento com perspectiva filosofante
não  passa de um ceticismo teórico,
mas a vida
não se reduz à razão,
pois esse reducionismo empobrece
a relação humana
que é mais rica
que o Quietismo.

A filosofia enquanto crítica acerba
do conhecimento teórico
não permite que o pensamento
chegue ao ponto de fé
ou ao ponto de orvalho
face de areia
lavada pelos olhos
do outro que chora.

A fé,  que é a vida,
que é a esperança,
que salva,
que é o amor,
que é a caridade,
na acepção latina de "caritas" :
amor divino,
a fé e a razão
têm que ser equalizada
na equação
que cabe na física e na matemática
em linguagens poéticas para-glaciares,
sem a libido,
mas não no homem
e na mulher,
onde cabe o amor,
que na paixão vem destroçar
- o coração irrequieto.

A filosofia moderna
livre até no conhecimento,
e do próprio conhecimento liberta,
insurreta, sempre amotinada,
iconoclasta,
indiferente à limitação que representa a ciência,
mera encenação para gente limitada
que não tem cérebro para ato filosófico,
sabe que  o conhecimento científico,
ou da razão ("Scientia rationis")
se restringe ao teorético,
e, portanto, não contamina a prática
do homem comum
nem a práxis do sábio,
pois o fazer
casa-se com o saber
que é pura fé,
vida, amor, caridade...,
porquanto a sabedoria
é inata, ingênita,
viva na inteligência viva da criança
e morta nos adultos amortecidos,
embotados, estapafúrdios, basbaques...

Quando eu era um filósofo epicúreo(epicúreo!)

olhava com tamanho desdém,
abrangia com um olhar irônico,
sobranceiro e eivado de indiferença
todos os seres humanos.
Hoje fico a cismar
se não foi pelo meu antigo desprezo
pela torpe humanidade
que me apaixonei de verdade
e,à primeira vista me encantei,
desmensuradamente
ao deparar com a medusa
subindo as escadas
que eu então descia
e o desdém aliado à sua beleza
evocou-me o meu ar escarninho de antanho
como o escárnio
apegado à minha inteligência livre e natural,
tirada ao gênio da natureza,
- ao gênio nas crianças!

Será que quando vi a medusa
o que amei foi o epicureu em mim,
observando-o nela refletido
como se fora um Narciso
em forma feminina?!

Ah! o amor!
A paixão, pacto com fogo,
esta lava
que lava a face,
a face de areia
em banho na clepsidra,
com a água da clepsidra,
que apaga a areia
e cava a face
como se fosse uma fauce
ou  uma cova
antes da cova a final.
Vinca-a, ao andar sobre a areia,
o tempo, este filósofo epicurista,
aqui escriba.

As faces dela e minha
na areia da ampulheta
contadas em tempo
são fauces
e foices da morte
que sega.

Quando a vi
subindo a escada
toda tesa
em sua beleza exuberante
fiquei embevecido, extasiado!
Só depois do choque tremendo
é que me ocorreu
que eu era assim
um deus epicúreo
com todo o direito
de desprezar o mundo
dos homens vis
e das mulheres venais
que valem os seus míseros reais,
mas não valem uma flor-de-lis,
nem um miosótis pequenino :
- gente abortada,
sem beleza e destituída de inteligência,
sem dignidade nem honra,
decrépitos, insolentes, levianos,
ineptos para o amor,
inermes vermes...

Vi-a e só então recordei-me,
caí em mim de maduro,
- que eu sou assim
igual a ela,
não similar nem semelhante,
mas igual a ela na equação,
seja no odor que exala da carne
e dos cabelos negros
ou no que mais possa ser
a quatro olhos negros na noite.

Somos um ser ( em dois!) assim
- sem perfumes, nem disfarces, nem ciúmes...
simples, porém não simplórios,
capazes de desprezar o mundo inteiro,
mas a nos amar
até a eternidade passar
e escrever o saltério e os cantares
dessa paixão de vulcão em erupção
nos céus, em rolos de pergaminho,
e na terra, onde nasce o papiro,
epicúrea medusa!

Ficheiro:AUGUST RODIN O pensador (vista frontal).jpg
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

UM DEUS EPICÚREO - wikcionario etimo


O pensamento com perspectiva filosofante
não  passa de um ceticismo teórico,
mas a vida
não se reduz à razão,
pois esse reducionismo empobrece
a relação humana
que é mais rica
que o Quietismo.

A filosofia enquanto crítica acerba
do conhecimento teórico
não permite que o pensamento
chegue ao ponto de fé
ou ao ponto de orvalho
face de areia
lavada pelos olhos
do outro que chora.

A fé,  que é a vida,
que é a esperança,
que salva,
que é o amor,
que é a caridade,
na acepção latina de "caritas" :
amor divino,
a fé e a razão
têm que ser equalizada
na equação
que cabe na física e na matemática
em linguagens poéticas para-glaciares,
sem a libido,
mas não no homem
e na mulher,
onde cabe o amor,
que na paixão vem destroçar
- o coração irrequieto.

A filosofia moderna
livre até no conhecimento,
e do próprio conhecimento liberta,
insurreta, sempre amotinada,
iconoclasta,
indiferente à limitação que representa a ciência,
mera encenação para gente limitada
que não tem cérebro para ato filosófico,
sabe que  o conhecimento científico,
ou da razão ("Scientia rationis")
se restringe ao teorético,
e, portanto, não contamina a prática
do homem comum
nem a práxis do sábio,
pois o fazer
casa-se com o saber
que é pura fé,
vida, amor, caridade...,
porquanto a sabedoria
é inata, ingênita,
viva na inteligencia viva da criança
e morta nos adultos amortecidos,
embotados, estapafúrdios, basbaques...

Quando eu era um filósofo epicúreo
olhava com tamanho desdém,
abrangia com um olhar irônico,
sobranceiro e eivado de indiferença
todos os seres humanos.
Hoje fico a cismar
se não foi pelo meu antigo desprezo
pela torpe humanidade
que me apaixonei de verdade
e,à primeira vista me encantei,
desmensuradamente
ao deparar com a medusa
subindo as escadas
que eu então descia
e o desdém aliado à sua beleza
evocou-me o meu ar escarninho de antanho
como o escárnio
apegado à minha inteligência livre e natural,
tirada ao gênio da natureza,
- ao gênio nas crianças!

Será que quando vi a medusa
o que amei foi o epicureu em mim,
observando-o nela refletido
como se fora um Narciso
em forma feminina?!

Ah! o amor!
A paixão, pacto com fogo,
esta lava
que lava a face,
a face de areia
em banho na clepsidra,
com a água da clepsidra,
que apaga a areia
e cava a face
como se fosse uma fauce
ou  uma cova
antes da cova a final.
Vinca-a, ao andar sobre a areia,
o tempo, este filósofo epicurista,
aqui escriba.

As faces dela e minha
na areia da ampulheta
contadas em tempo
são fauces
e foices da morte
que sega.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EXCERTO DOS "APÓCRIFOS DA MEDUSA" - etimologia


O amor beija de verdade
com unhas e dentes
língua e saliva trocada
sem nojo
com gosto
Beija furiosamente
com todo o ser,
o corpo em frenesi
a alma em gáudio
O primeiro beijo do amor
tem toda a sede do deserto
- sede que acha sede no oásis.
O amor é oásis no deserto
e oaristos sob o ruflar das cefeidas.
Ósculo que sela o pacto
- este o selo do "pathos".
O amor é um "pathos"
que faz esquecer a renite da filosofia
e a economia da política
Aliás tudo é política
na economia humana!,
ainda o amor,
a paixão efervescente,
incipiente, incisiva, evasiva...

A paixão beija na boca com  sofreguidão,
beija bem demais!
- e sempre esganada,
sempre desesperada
como se aquele fosse
o último beijo,
o beijo de adeus!
A paixão sempre dá adeus
porque não sabe
se haverá amanhã,
se outro dia virá
com a bola do sol
e a lã caprina da noite
escura no ventre livre,
escusa que nem precisa se escusar.

Amar se aprende
ou nos pegamos amando outrem?!
Na quadra infantil
somos tão mimados,
parece que o sol cintila
dentro do nosso corpo
(e como rutila!)
que o mundo em pessoas
se volta para a criança
como se fora um rei guerreiro, tirano,
uma rainha mimosa, despótica.
Chega a puberdade
e o amor é retirado bruscamente
quando, então, o "abandonado" à indiferença
e pertinazes cobranças
se sente perdido
e se procura em outro
- que passa a ser seu sol exterior
iluminado pelo na pele
e no interior,
no plexo em brasas,
nos abraços abrasivos,
num amor de abracadabra,
com fulcro no pensamento mágico.
O adolescente ensaia o amor,
que, na maioria das vezes,
jamais chega,
ou se chega, não temos maturidade,
mesmo aos 30, 40, 50 ou mais anos,
para amar ou não sabemos mais amar,
nem ser amados.
já nos esquecemos
porque estamos casados,
acomodados, acovardados,
proibidos de amar pela moral,
a falsa moral,
pelas leis e pelos costumes
e outros estrumes
que sedimentam a hipocrisia
e amplia a solidão a dois, a três...
a quantos filhos e amigos forem
os comensais e os beberrões
a rir de suas momices toscas
com se fossem
as pessoas mais felizes do mundo
enquanto houver acepipes,
quitutes e bebidas fermentadas ou destiladas.

Amar é sinônimo de vida,
mas somos proibidos por lei
de amar e temos que amargar
um péssimo enlace matrimonial
tudo por medo de mudar,
como se não fôssemos mudando
ata a transformação da morte.
A lei e os médicos meticulosos
nos aventam a ideia esdrúxula
de que somos eternos
e que o amor dura
igual a pedra dura
ou a tez da juventude,
com os arroubos todos.
- Um teatro para marionetes,
míseros títeres
é esse amor legal,
responsável (com quem?
- se não respondem
nem corresponde o sentimento
do casal em divórcio
- sem voz
e sem razão salutar?!
Precisamos viver esse velório
por causa dos filhos,
que nos deixarão?!).

O amor é, de fato,
a economia da loucura;
por isso os velhos e jovens
e as pessoas maduras
de todas as idades,
são coagidos por lei
a desistir da amar.
O amor é proibido e coibido.
Por que se fala tanto
e em todo canto
- de amor?!
Porque é raro
e não é tolerado
- pelos invejosos
e, principalmente, pelas invejosas, frustradas.

O amor beija na boca,
mas só com esta paixão
se faz tanto,
pois se não se estiver
doudamente apaixonado
não há ósculo
nem amplexo
mas nojo, repulsa.
O amor se busca
um no olho do outro
e depois um na boca do outro...
beijo febril qual vulcão em chamas
erupção e lava ardente
e fluxo piroclástico.
Somente a paixão grega agrega
que é o mesmo amor latino, romano,
que na igreja é chama de serafim
na palavra "Caritas".
Só o amor, a paixão,
vence o asco
e beija com ternura,
embora ansiosamente,
sequioso da água
da boca do outro
ou da outra.
água para beber,
água para a vida eterna,
fonte do amor sublime
que na igreja é o amor dos serafins
que em chamas é denominado "Caritas"
e no anjo grego
se diz ágape.
( o amor não é escolhido por nós,
mas pelo corpo,
que o reconstitui das cinzas do vulcão,
levanta-o das cinzas da fênix,
das cinzas do tempo).

O amor beija
e com esse ato bizarro
vence o asco natural.
A paixão faz perder o juízo,
o siso vira cizânia
e joga sobre o corpo
cinzas de penitencia
cilício e outros instrumento de tortura
trapos cobrem o penitente...:
a paixão é a economia da loucura.

O amor empreende fuga
da colônia penal
sob a qual vivemos
sob  os nomes mais angelicais
de cultura e civilização,
fábricas de prisioneiros da responsabilidade,
que nos faz esquecer
que não somos eternos,
mas ternos seres
despojados da ternura
pelas vestes da lei.

Amar é sair de si
doar-se a outro
sem qualquer interesse
que não seja amar
e ser correspondido plenamente
até o tempo assassino
matar o amor
e os enamorados.

Eu sou um filósofo,
não um professor de filosofia,
- e um filósofo é um poeta
um homem livre
inclusive da alienação que representa;
um filósofo é às vezes
um epicureu, outras um cínico,
na acepção de escola filosófica,
um estóico, um tomista...
enfim, um homem que absorveu
todo o acervo filosófico e poético,
toda a literatura,
toda a erudição de  todos os tempos
e das várias culturas, línguas e civilizações.
o filósofo é um homem livre,
não se deixa prender nas armadilhas políticas;
um homem independente,
emancipado,
livre de si e do peso dos imbecis
e da da parvoíce deles
e de sua grei.
O filósofo , que nem se admite filósofo,
porquanto não faz da filosofia profissão de fé
e está cônscio da alienação
que é o papel teatral, cômico,
do professor de filosofia,
que assume ares de filósofos
para os pobres efebos.
Um filósofo faz da filosofia
um cepticismo teórico do conhecimento,
consonante Nietzsche,
mas nunca um ceticismo prático
dos porões onde estão presos os bobalhões,
dos histriões que pensam ter poder :
reis, governadores, catedráticos, escritores...
- porque um ceticismo prático não existe,
o homem é mais complexo que o filósofo,
que o poeta , o monge, o político...
de que todos os atores do ser humano
representando a peça teatral na moda do tempo
ou o texto em contexto.
O cepticismo é teorético,
pois na realidade intrincada e rica
do ser humano vivo,
atarefado atravessando o rio caudaloso da vida,
distraído e inquieto com esta travessia,
preciso da fé,
- da fé no amor  reciprocado
em eco na garganta profunda,
de onde se grita
- por ela,
a medusa, neste instante,
longe fisicamente,
mas quão próxima mentalmente,
nas mensagens que vem
e ondas eletromagnética no ar,
dispersas ( em Persas!),
comunicando-se comigo
e eu com ela
de átomo em átomo,
batendo o tambor atômico
que a tecnologia ainda não descobriu
na psiquê humana
e quiçá animal.
Alias, a fé é a profissão de fé do poeta,
do profeta e do sacerdote,
do místico sublime,
do asceta e do monge,
de cada uma das alienações do homem
e da mulher!
cada um de seu lado
e com seu interesse político
( tudo é política
na economia humana!)

O amor beija
com duas línguas de fogo
ou em fogo no serafim :
a paixão, que beija em grego
e o ósculo do amor em latim.

Amar é agir como se o tempo não existisse;
é como se não fôssemos jamais
destruir nossas faces de areia
ao levá-la à água doce
e lavá-la com a água
que mensura o tempo na clepsidra
ou na ampulheta
que vai contando o tempo
em areia da face
que passa pelo rio da vida,
arroio que rói.

Desmanche de faces
não conta no nebuloso
Relógio de Areia
em Nebulosa no céu.
Quão nebulosa é ela!...

Oh! o amor à amada medusa,
musa!
- dura setecentos anos
escrito em poemas no cálcio dos ossos
- de um Matusalém.
( O amor é outro Matusalém
que vai além
- do mal e do bem!,
do pobre e restrito,
tímido, maniqueísmo no pensar :
a  máquina maniquéia de pensar).

( Sou, de certa forma, incréu,
não creio em nada
de modo absoluto,
nem tampouco na "ditadura do relativismo",
consoante diz o Papa Bento XVI,
mas, sem ser quixotesco,
entrego-te a minha vida,
- a ti que és a medusa!

- de dar medo!).
(Excerto dos "Apócrifos da Medusa").
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

EXCERTO DA OBRA "O OPÚSCULO DO ORGANISTA INIMAGINÁVEL DA CAPELA GÓTICA DE SAINTE-CHAPELLE - verbeteLE


O poeta é o filósofo
no plano vegetal,
no sistema nervoso autônomo:
o arquiteto do "pathos"
e do pacto com Deus;
o filósofo é o poeta
no plano social :
o engenheiro do caos.

Tem licença poética
e pode escrever em versos
sem compromisso algum
com as verdades alheias,
alhures na ciência
ou na filosofia,
que também só tem compromisso
com a liberdade.

Por isso pode escrever assim,
conforme abaixo,
depois dos dois pontos,
sua  ação em dissertação de filósofo vegetal,
pois o poeta é o filósofo natural,
mas e mais para a natureza do fenomenológico,
fenomenologista ou fenomenólogo que é :
No transcurso do sono,
reza o poeta,
o livre-pensador,
o filósofo em sistema de erva daninha,
durante o sono
o que pode levar à morte
é a bradicardia,
porquanto o sono relaxa o corpo
e o coração então tende a parar
e só não para, na maioria das vezes
graças às leis complexas da inércia,
o que é um paradoxo,
pois leis trazem sempre anfibologia.
Inobstante, uma bradicardia severa
pode levar à morte
por apnéia ou dispnéia
o indefeso adormecido.

Todavia, não é a dispnéia ou apnéia
que mata,
porém sim a bradicardia,
uma vez que a dispnéia
é apenas um problema do sono
quando o coração diminui
ou, quem sabe, aumenta o ritmo cardíaco
no transcurso do repouso
porque o sistema é cardio-respiratório-vascular
e, portanto, não seria inteligente inferir
que os transtornos do sono
recaiam apenas na apnéia noturna.

Na realidade, talvez,
a morte súbita venha
( que não me venha!
nem a ti, Medusa,
que és toda a minha vida!:
sem ti não saberei viver mais,
pois só haveria ontem
e não outro dia,
outra manhã...)
da parte parada, em aparte,
do coração que está no peito
batendo no ritmo do carnaval
que vitimou uma personagem de Jorge Amado.
( Adeus Vadinho!, de Dona Flor,
de Jorge Amado!
Adeus, Vadinho tão amado
pela bela flor que tinha!).
(Quão feliz seria
se me amasse a Medusa!,
que não é minha...
- mas minha musa é,com fé! ).

Ao ocorrer a bradicardia severa,
no escuro do sono,
o cérebro entra em pânico
e age pelo pesadelo,
que é uma reação desesperada
para acordar a bela adormecida.
Caso o sistema nervoso autônomo
não tenha sucesso
advém a  parada cardíaca
e, concomitantemente, respiratória
e, consequentemente, a morte.
Há vários tipos de pesadelos.
Uma vez tive um pesadelo
no qual uma víbora negra,
grande e pesada
estava sobre o meu peito enrodilhada;
ao acordar espavorido
a cobra ainda pesava na anatomia,
mas não me entrou na retina
e sumiu no ar
sem peso algum,
sem massa corporal.
D"outra feita era o demônio
que me sufocava
e no pesadelo
estava eu cônscio
que se não me movesse minimamente
morreria ali deitado, inerte, inerme.
Mexi um dedo,
movi um mundo
e o corpo voltou à superfície
ansioso para respirar
e sentir a inspiração da vida,
o sopro doce e musical do oboé
tocada pelo anjo do Senhor,
no dia do Senhor.
O diabo não me afogou
- no fogo do inferno?!
Não pode comigo, amigo.
( Os sistemas nervosos
sabem da iminência da morte
e lançam pesadelos
nos quais estão presentes
entes queridos falecidos
a fim de que o "paciente" do cérebro
(cadê o Pink?!)
acorde para a vida
ao invés de se deixar afundar
num  poço de águas profundas
aonde irá se afogar
- saiba nadar ou não,
seja peixe ou feixe de lenha na corredeira do rio
que quer mar
como quero minha medusa.
Ah! quanto querer!!!).

Não, senhores que se julgam doutores
e não o são
( doutos são os filósofos,
que além de eruditos
põe no mundo sua tese original
e não mera cópia reprográfica
de doutrinas alheias
esparsas alhures
pelos alfarrábios
com vasta população de traças e carunchos,
ácaros e acaricidas...
Não dá mais alergia
o ácaro que o acaricida?!);
não, senhoras com doutorados,
mas não são doutas,
antes são doudas borboletas ligeiras;
entretanto, possuem o título mercantil,
no Brasil dos asnos de ouro,
mas sem Apuleyos (Apuleio!);
não, não, não-doutos médicos,
não é a apnéia
ou a dispnéia
que mata o dorminhoco oco :
é a bradicardia severa!
ou, quiçá, quem sabe,
um complexo de problemas
sem emblemas, enfisemas
ou outras lexemas.
( Viva a ema
e a seriema
e a serra e o planalto da Borborema!)

Nunca, jamais vi um notório "roncador",
senhor doutor,
( na Serra do Roncador ou alhures!)
que tenha morrido no curso do sono.
Não, aqueles que roncam
voltam a pescar a aurora viva
no peixe vivo tomado à mão do canoeiro
- na barcarola do rio São Francisco,
que é um monge franciscano descalço,
não uma carmelita descalça,
não uma das "Teresas"
de Santa Teresa de Ávila,
doutora da Igreja
de fato e de direito.
( Foi Santa Terezinha do Menino Jesus
uma de suas "Teresas"?!
- Esta outra douta,
santa cujo símbolo
é a rosa que viaja no ar...
com minha Medusa?!).

O sistema nervoso vegetal
ou autônomo, ou o poeta interior,
- no interior da aldeia
conglomerada na junção da imaginação,
- aldeia que é o ser humano individual
convivendo "coletivamente"
com seus fantasmas
em aldeias-fantasmas
e com o populacho bronco,
os vilões das "vilas" ricas,
com reino por dentro do sono
e império a constituir-se por fora
no sonho de olhos abertos,
- o sistema vegetativo
que mantem o ser vivo,
peleja ininterruptamente
contra a morte
em seus surtos intermitentes,
qual fosse um paladino
com o gládio do pesadelo em riste
passando à espada as hostes da morte.

O  cérebro bifronte,
com sistema involuntário
e sistema voluntário,
frente ao desafio
que lhe lança a morte
à galope no corcel amarelo
desafia o frontispício do templo do deus Jano,
o bifronte, no tempo,
enquanto o diabo
fica sentado em meio ao redemoinho
pondo a girar seu corpo em areia e vento
no pião do menino
e, destarte diabólica,
maquiavélica,
do demônio em circunvolução de poeira,
faz de si em giro
um  outro Adão
em "alter ego".
Esta a alteridade do diabo com o homem
e na mulher com as serpentes nos cabelos
- da Medusa!

Quem não tem licença poética...
que não me perdoe!
- mas que saiba! :
que sou homem indômito,
selvagem, ermitão,
santo, monge, casto...
e não há mito
que me subjugue
no rito,
- nem rito
que me faça dançar,
( faca nos dentes!)
cantar, tocar cítara,
escrever ou representar um drama
sacro ou profano, ufano...
- que me faça dançar um mistério popular!

(Mas ela pode tudo comigo,
a minha Medusa...
que me domina
com um simples olhar
ou modo de mexer a cabeça,
os olhos, o gingado simples e honesto
- e a boca bela entreabrir-se
num sussurro de comando
que acato embevecido...).

( Excerto da obra "O Opúsculo do Organista Inimaginável da Capela Gótica de Sainte-Chapelle").
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O OPÚSCULO DO ORGANISTA IMAGINÁRIO DA CAPELA GÓTICA DE SAINTE-CHAPELLE - wikcionario



Em menino, as moças,
mormente minha prima distante,
Maria Helena,
era uma anã marrom da classe y,
conquanto não fosse ela de baixa estatura
e crescesse em vanidade.
Não obstante, desprezava-a eu
por me parecer volúvel
e apaixonar-se frequentemente
por rapazes feios e imbecis.
( Como se o mundo contivesse
um contingente melhor de gente!
o mundo no zoológico social
é mais ou menos assim
(uma comédia dantesca,
se não a "Commedia dell'Arte" ) :
Adultos boçais, burlescos,
velhos caindo de ridículos
e tantas populações de idiotas
- horripilantes anti-deuses gregos,
anti-heróis da tragédia,
- do poema trágico
que é o canto da vida
em pura poesia
de sublime esteta,
do poeta trágico
dissecando a anatomia da morte
no ser humano vivo
- o herói, o deus apaixonado!
Que este é o homem,
"Ecce Homo"!
e não o cômico pateta,
"patético", histriônico,
fantasiada com capa e máscara
a velar sua mendacidade,
sua miséria de corpo presente
e espírito ausente.
( Vê-se que comecei a observar os papalvos
ainda em tenra idade).

Aquela Helena desvalida, inane,
que não era de Tróia,
nem valia (avalia!...)
uma guerra de Tróia,
( dos meus ciúmes infantis?!)
fez-me ver as mulheres
com maus-olhos
ou com tapa-olho para pirata
no curso de um lapso de tempo tampão.
Olhar temporão, extemporâneo...

Depois conheci algumas mulheres
nebulosas e frias, álgidas
como ( não como!)  a Nebulosa do Bumerangue
que não chega a rasgar as trevas
do céu em noturno de Chopin ao piano.

Arquitetei algumas mulheres
dentro de minha aldeia mental,
a aldeia congelada em minha imaginação,
para onde podia fugir,
um escapismo do mundo cão :
- Canis Major e Canis Minor
no céu que é um bando de anum
e noite de morcego cego,
 coruja no coruchéu
e mocho no campanário
da igreja de Santa Maria Novella,
onde imaginei um organista virtuose
que escrevera um opúsculo obscuro,
"quase"-apócrifo, "meio"-canônico,
tudo em ficção de interlúdio.

Das mulheres arquitetadas por mim,
talhadas por Fídias e Pigmalião,
pintadas por Modigliani e Picasso,
que adoravam pintar
e amar mulheres azuis-Picasso
e de um furta-cor-Modigliani,
- dessas belas senhoras
 uma empreendeu uma fuga da minha aldeia,
atravessou o fosso que a separava do mundo
e veio parar na Medusa de Bernini,
mas logo que me viu
ganhou vida,
saiu, fugiu da prisão do mármore,
que prendia-a à estátua,
e de mulher de pedra,
qual é a maioria,
maioris ou não maoris,
os maiorais nativos da Nova Zelândia.

Depois da fuga
ela pôs víboras
em suas madeixas negras,
a fim de se defender
da maioria em assembléia,
a maioria não-maori,
- e tomou conta de minha alma,
graças à sua virtude,
graças, Medusa bela,
à sua fortaleza de caráter!
( Eu que não sou nenhum pastor,
mas o pastor apaixonado sou!...).

Ela nasceu dentro de mim,
na aldeia abandonada à imaginação do arquiteto
e engenheiro  de estruturas poéticas,
- nutriu-se do líquido amniótico
 do meu sonho,
que gestou uma mulher,
depois fugiu num veleiro brigue,
com vento à bolina,
cresceu e multiplicou-se
em duas filhas
e agora que a encontrei
quero por-me dentro dela
- num filho,
que serei eu, dentro dela,
em parte e pacto de sangue com ela.
Eterna aliança. 


( Excerto do livro "O Opúsculo do Organista Imaginário da Capela Gótica de Sainte-Chapelle")

 
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sábado, 19 de janeiro de 2013

ÕMEGA(ÔMEGA!0 - etimologia glossario wikcionario


Amanhã pode não ser outro dia
o tempo poderá ter se acabado
esgotado o relógio
e a noite continuará
já sem tempo
fora do tempo
- noite de trevas tenebrosas
que sepultam o ser humano em vida
ou por dentro da alma
- que então vira túmulo,
funda cova.

Amanhã, no dia útil,
a manhã permanecerá nas trevas,
o dia restará escuro,
véu negro
cobrindo a face da medusa
em "férias forenses"
n'outras plagas fluminenses
aonde não irão meus olhos
sem luz do sol
que irradia os olhos dela
negros nas trevas
que é o mundo dos homens vulgares
e das mulheres que não me interessam.

Amanhã o tempo poderá
tentar girar o pião em si
mas pode não achar espaço
fora do tempo
que mitigou
ou mão existe mais,
pois sem ela
o tempo não olha à gelosia
nem espera besouro
nem ouve a guitarra dos "Beatles"
com o guitarrista George Harrison
poeta menor
que em simplicidade maior,
sem pretensões filosóficas
ou filosofantes perspectivas,
canta a paixão,
trovador, rapsodo,
na rapsódia pata Medusa,
que é um codinome de mulher.
( O amor por uma mulher
é que constrói a vida
e traz de volta ao entorno
a vontade de viver
- com ela ao lado
do coração cálido, tépido,
lípido como um lepidóptero
hermético como um coleóptero,
porquanto a paixão
se fecha em si
- no cantar de dois corações
a ouvir ademais
um imaginário organista da igreja de Santa Maria Novella
que supostamente deixou um opúsculo.
Sem esse amor
emitido e reciprocado por nós dois
não há luz, calor,
o sol apaga a alma
e a peçonha escorre
dos cabelos da medusa
para a boca dos homens,
mulheres e crianças).

Amanhã pode não ser outro dia,
mas a perpetuação das trevas eternas
que invadem a alma
com o tenebroso e hostil
exército das trevas,
pois hoje à noite
qualquer um de nós
pode, no curso do sono,
ter uma bradicardia severa
que nem todo o esforço hercúleo do cérebro
lutando para acordar
quem dorme e sonha
através da força de arranque
e do torque todo-poderoso
do mais apavorante dos pesadelos,
o qual tem o fito
de nos tirar dos braços de Morfeu
e também da morte
que se avizinha
na noite da coruja e do mocho do campanário
da igreja de Santa Maria Novella.

Malgrado o mal
que paira qual harpia
haveremos de acordar
com a manhã
que vem
e as que virão
porque temos um amor
para viver
- quase eternamente,
no tempo
que muito tempo
há-se voltar amanha
na manhã
ainda que malsã
na maçã.

Entrementes, haverá o dia
em que não haverá a manhã
e sem amanhã
não haverá tempo
para o corpo humano
mergulhado, afogado
na noite negra da alma.

Então as duas almas amorosas
hão-se se amar
malgrado o escuro
em um amplexo eterno
que deixa a madeixa negra,
na noite fria e macabra,
fora do corpo
mas se aquece por dentro
do que já não é mais corpo
e sim alma
que se tornou corpo etéreo
de outra alma mais interna
que se guardara
para o abraço a final,
pois não há final
na paixão do amor,
porém algo que se afina
a final,
- afinal o amor
é o fim e o meio
e ainda o alfa
sem ômega(ômega!)
que não enseje
o ômega 3,
um ácido graxo,
encontradiço nos pescados
sem pecados de pescadores
- de homens pensadores!

 ( Excertos do alfarrábio "O Opúsculo do Organista da Igreja de Santa Maria novella").
   

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COPTA(COPTA!) - etimologia glossario verbete



A quase-imortalidade inscrita está
no corpo plástico e criador da criança:
a criança é o criador criando-se
e não sendo criado,
consoante gostamos de pensar e expressar.

A língua é babélica torre
bélica.
Todo idioma é babélico,
só se salva e sai da salva de tiros
pelas linguagens,
as quais, quase,  exprimem o silêncio matemático,
noctâmbulo no voo dos morcegos
( O mor-cego seria o maior cego
por onde baila o nome?!)

Toda língua é dúbia :
um mulo, um dromedário
com a carga da anfibologia
é o idioma,
todo idioma,
com seu acervo de idiotismos,
pois cada idioma
fala(canta!) e escreve de si,
sobre si,
em volta de si,
do seu si musical
ou melódico,
melodramático,
matemático;
enfim, de sua identidade,
do idem do latim
ao "id" de Freud
até os confins
do enunciado pelo anum
no princípio da identidade,
que se cobre de cobre
pintado de anum branco,
mas não bronco,
na voz dos filósofos
em discurso ontológico
à beira do abismo do lógico,
que é o "logos"
ou verbo latino
ou o dizer e escrever
desta língua
em que me exprimo
e me espremo.
( Supremo é Deus
e a natureza que existe
para gáudio dos pensadores e estetas
e gládio dos guerreiros e guerrilheiros,
pegureiros sob uma lua magoada).

A semi-imortalidade de um Matusalém
vige no corpo virgem da menina
e esta é a fonte da juventude
pela qual procurou Ponce de Leon
em seu desvario
que ainda não era médico-científico,
mas mirífico
na costura do tempo.

A meia-imortalidade
jaz no corpo do menino
mas Ponce de Léon
a buscou alhures
onde não estava,
pois jorrava dentro dele
em fonte de hormônios
e outras secreções
que o corpo secreta.

Assim está escrito
num alfarrábio
que compõe o livro intitulado
"O Opúsculo do Organista da Igreja de Santa Maria Novella",
em Florença, Itália,
cujo mapa desenha
uma vetusta bota.
que quase arremeda o andar gingado
de um homem que um dia
sob lume de sol e luar
- foi meu pai
e agora se enterrou
na terra que fica
no fundo  de dentro de mim
numa aldeia que inventei
e congelei na minha imaginação
aonde os homens não poderão
ir e vir com seus aparatos bélicos
em hostil ofensiva
ao violinista azul celeste
e ao violinista verde
do campo
aonde mora o pastor apaixonado
e o ermitão que escreveu em copta(copta!)
a "Lírica Eremita".
Escreveu-a para ninguém ler,
excepto sua pastora,
sua ermitoa.

( Excertos do alfarrábio "O Opúsculo do Organista da Igreja de Santa Maria novella").
 
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O OPÚSCULO DO ORGANISTA DA IGREJA DE SANTA MARIA NOVELLA - glossario etimo

O criador fez tudo com água
matéria tão plástica
quão flexível
quase invisível
equidistante do sabor
essa obra de arte
arquitetura e engenharia
do senhor dos universos
paralelos, bolhas...
quânticos e não quantificados
nas dobras do tempo
e do espaço baço,
escuro no escuro,
preto no negro,
anum no anum preto
com o branco no olho
que olha o anum branco,
mas não bronco
consoante muitos humanos
do mesmo barro
molhado com a água do pote
que faz o hipopótomo
e a mesopotâmia(mesopotâmia!)

A vida é água
gravada na planta
que planta o homem ao solo arenoso
sem raiz que não o pisar
flutuar sobre areia e água
no levantar o pé,
pé a pé em sucessão.

O homem que se levanta
do vegetal
graças à graça da glicose
energia que constrói
e mantém o corpo
( carga de energia,
pesado fardo
que o animal carrega
qual cruz de vida,
nas crucíferas,
e também de morte,
no crucifixo romano).

A água com areia
se ergueu no corpo vegetal
e depois deixou para trás a raiz
que o prendia ao chão
e encetou o movimento da liberdade
que vai do animal ao filósofo de fato,
não o PHD (" philosophiae doctor"),
filosofastro de direito,
que ganhou alma e título da catedrático
na teologia dum Duns Scot
e suras no Corão ditado,
recitado por um político
e escrito por  eruditos,
sábios poetas árabes
com filosofia, geometria
arabescada,
pelo belo do arabesco
que desenha a álgebra
em conceitos puros,
eminentemente abstratos
na iminência de filosofar
em transliteração do grego
no idioma árabe,
que identifica um povo,
uma cultura e uma civilização.

Mas quem é o criador de fato
e não apenas de direito
como até aqui foi
antes do marco merencório de Nietzsche,
o inimigo e litigante de Deus?!

O criador é o amor
que vive, morre
e recomeça como a erva.
que brota viçosa
em qualquer reentrância.

A paixão move o mundo
e começamos a mover o mundo
pelo nosso microcosmo
que é a economia individual
ou doméstica, da casa:
a asa da borboleta
na teoria do caos,
meus Deus Caos!

Quem ama muda mundo,
pois é o melhor,
o enamorado, o pastor apaixonado,
o melhor amante
com a mulher que ama
com todo o ser :
corpo, alma, espírito...
- com o mais santo espírito!
Quem ama de verdade,
na verdade,
é um anjo operante,
não um anjo decaído,
morto junto às folhas outonais,
no outeiro,
na oitava do violino
que chora gentilmente
qual fosse guitarra dos "Beatles"
dedilhada por George Harrison
e voz de John Lennon
e Paul MacCarthney.
Ai! Minha guitarra!...
que chora e ora,
- ora por ela!
numa hora
e n'outra ora
- ora por ela, ora!
( Ela que viaja já,
não sei se a jato,
a bordo do supersônico).

Quem ama sofre,
a paixão é sofrimento
exatamente igual a vida
que é dor
( morto não sente dor!).
Quem está apaixonado sofre
porque está mais vivo
que os mortos-vivos
que não sabem amar :
não sabem a mar,
que é amar
na maresia.

Não digo que o poeta seja um apaixonado,
pois o poeta apaixonado
é uma redundância grotesca,
quase soluça no solecismo
e tropeça nas aliterações.
Minha paixão é a do pastor apaixonado
que se esparge pelas suas ovelhas
e das abelhas
tira o mel
que oferece á pastora
- apaixonada!
( As pessoas incultas
soem distinguir paixão de amor.
A paixão e o amor
canta um sentimento similar
só que um em língua e cultura grega
e outra, o amor,
em idioma de Roma :
o latim pagão,
pois no latim cristão
- o amor se vira em caridade
ou "Caritas!
"Deus Caritas Est":
eis o criador dos mundos
- e dos meninos e das meninas
que se apaixonam
e amam mesmo entre as madeixas da Medusa,
- minha amada medusa!
que Deus leve e traga sã e salva
de viagem pela paisagem
a caminho de Camille Pissarro, Corot...).


( Fragmento do livro "O Opúsculo do Organista da Igreja de Santa Maria Novella")




CAMILLE PISSARRO - AS LAVADEIRAS,  1886.
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