sábado, 5 de janeiro de 2013

ENSAIO(ENSAIO!) - glossario lexico wikdicionario


Um ensaio(ensaio!) sobre a Medusa, uma das Górgonas (Górgonas!) dos gregos antigos, é, em geral, feito à base de informações visuais sobre a figura geométrica daquela górgona com cabelos de serpentes.É como se uma criança observasse a imagem passada pela tradição geométrica na figura simbólica de uma mulher ou uma espécie de mulher em sociedade; enfim, uma espécie social individuada em inúmeras medusas. Essa criança observadora colocaria a medusa vista no contexto pobre de si, do seu ego e inteligência de alcance limitado,  e, outrossim, nos egos e inteligências limitadas pelos intelectos subdesenvolvidos de seus pais, os quais, por seu turno, costurariam a górgona no contexto sócio-cultural ( o que pressupõe econômico e político), igualmente limitado, mas mais abrangente,  em que se inserem na sociedade e cultura de que são parte na comunidade, cultura essa que são os pais dos pais nossos e, quiçá, com variantes, dos avós, bisavós, mas que vai diminuindo de coincidências nos tataravós e demais antepassados, cujas tábuas de valores eram outras e a tecnologia  também divergia.
O que fazem, faziam e farão  com a inteligência que temos da medusa, nossos pais, avós, filhos e nós mesmos, e mesmo o mais sábio, erudito e experiente, lido, viajado homem, o pota mais erudito ou o filósofo mais livre, ainda não torna possível uma leitura completa, senão aproximada, da ideia que a medusa representava no cosmos social e cultural grego. O que dizia aquele grego antigo, em língua, e em poesia, sobre a medusa? E o que queria dizer?
Os poetas, eruditos sensibilíssimos e inteligentíssemos, sábios personalíssimos que provam da vida, do amor e conhecem o abismo infame e glorioso em  que  estamos todos  seres humanos mergulhados; os poetas, que são criadores e co-criadores, partícipes na criação dos mitos ( estão perenemente a recriar a medusas e outras obras poéticas escritas no papiro, pergaminho, no areal frouxo, no papel, em luz, no mármore ou na pedra-sabão, no entalhe em madeira, nas pinturas em ânforas, quadros, afrescos nas paredes das capelas "Sistinas", no ar pelo som, nos olhos e no corpo da mulher amada, do filho, da filha, do neto e da neta mui queridos; enfim, nas artes, - estes poetas que estão por aí bebendo da corrente da vida, saboreando com gosto e sentidos vitais a vida e a paixão que é viver, amar, sentir, experenciar, pensar, observar,  estes  estetas que produzem a verdade e são a criam, destarte, a filosofia, na tragédia e na lírica, - estes sábios escribas de cultura enciclopédica,  tem poderio para  achar e seguir as pistas, descobrir ou inventar, re-inventar o caminho,  nos rastos da medusas, os quais podem ser mãos enormes e aptas a abir o livro de ouro da aletheia grega e nos ensinar sobre o que a medusa significava e era ( o ser do mito) para aqueles gregos agregados em comunidades. Gregários "gregos".Evidente que não só os gregos são gregários, as todos o somos quando estamos em assembléia, igreja, agremiação, grêmio, palavras que dançam em grego

 ( e me todos nós) até os nossos dias estivais.
Existem muitas medusas na história social afora e na atualidade. Basta olhar os bastos cabelos que os olhos e a luz recalcam. Cabelos recalcados, cabelos medulares de medusa, na língua dos anjos e arcanjos que libertam a poesia em versos ou em cores, desenhos, danças (desenhos no vácuo, abstraindo o ar ou a atmosfera que impera). Vou olvidar o etc da boa praxe.
A mulher do mito é a que passa de fora, do mundo real, natural, externo na captação dos sentidos, que capturam essa imagem em natureza ou e luz, sombras, cores, odores, tatos, gosto gustativo

 ( gustação) e um sexto sentido eletromagnético e um sétimo sentido, dito social, que completa o indivíduo ao inserí-lo  perenemente e todo o tempo em comunidade, que o contextualiza ou re-escreve ( o homem, a mulher e uma escriba de si na perenidade do re-escrever-se exaustivamente). O grupo, através da escrita de gestos e falas da política, re-escreve o indivíduo humano e o prende nesta escrita.  A escrita é a prisão do homem pela eternidade que existir o homem : é um berçário e túmulo em signos e símbolos que se enrola em cobertores, cobertas, panos que envolvem o recém-nascido e, outrossim o adulto,  durante o transcurso da existência; por fim, n findar a vida,  uma veste mortuária para múmias que acompanha e mantém o ser humanos ainda humano mesmo após longos anos ou séculos, milênios do seu passamento. Essas vestes por fora e as por dentro , confeccionadas pelo escriba ( o poeta, o filósofo, o sábio, o engenheiro, o inventor, o legislador) que nos faz humanos e co-partícipes de um banquete no mundo.
A mulher, no caso a medusa, do mito, que é uma introjeção que cabe na mente humana, pois somente percebemos e fazemos ou completamos um estudo da coisa enquanto objeto nosso, dado pelos sentidos e burilado pela razão. A medusa e outros mitos e ritos é esse instrumento abstrato na mente, objeto de filósofos, ou seja, doutos, e concreto, objeto de poetas, em concreção nas escritas de signos e desenhos refinados e encimados por  símbolos geométricos, semióticos, semiológicos e de outras linguagens, que concebem e são concebidos pela mente e pela destreza da mão. Da destra e da sinistra.O que pensa e faz o homem em movimento ( suas danças nas linguagens corporais e mentais, com sete véus na dança do véu da política e dos políticos!) é que faz o homem anjo e demônio, no entoar do canto lírico ou trágico, nos movimentos mentais, que se desabrocham nos labiais, labiodentais...( movimentos, dança do espírito ou do pensamento, no dançarino Nietzsche que osmos todos nós, não importa o retardamento mental ou o o grau de autismo;  destro e si nisto nos movimentos requintados da mão e do corpo.

Medusa

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