Sem ela
não há janela
ao encontro de coleóptero,
lepdóptero,
himenóptero...
Sem ela não há novena,
novela, hiena, avena...
Sem ela não há
como arranchar
amar mar
marcar marco
martirizar Marte
ser mártir em Martirológio(martirológio!)
e coisas mais loucas
postas em palavras
que estas aqui postadas.
Postuladas?!
Sem ela,
que será de mim?!
Será...: ai! de mim!
É o que será!
( Espero, oro
para que não seja
triste assim!
No fim
há sempre um amendoim...
e uma amêndoa
que doa a casca,
castanha, carapaça!
Que isto não doa!,
em mim, a final... )
Sem ela,
sem hora,
senhora, ó senhora,
o que será de mim?!:
Serei senhor
sem mundo,
terra aonde irei replantar o mar...:
o mar de Omã.
Ãhn!
Sem ela,
Martim pescador
vira a canoa
no rio bravio
com gorgulhos,
em engulhos...
Sem ela
não há luar,
cantar, olhar, chorar,
respirar, inspiração, paz,
pás de moinhos de vento
acenando,
desenhando o amor
no aceno
escondido do adeus
nas palmas das palmeiras
que me deram adeus
quando eu era ateu
e vivia sob o breu
com uma noite escura
sobre a alma
sem Cassiopéia.
Ela é Cassiopéia
em estrela no céu
e Cássia no vegetal
que alimenta a mulher,
que amo tanto!...
De bilhões de tamanhos do céu
( ò céus tamanhos!)
é o tanto que meço
do que amo ela:
"Ad infinitum"
amo-a, ainda que amuada,
amada amudada!
Sem ela
não há ar,
nem mar há
a encher um mar
de Omã...
Ãhn!
Queria tanto ficar com ela
- e para sempre!
Entrementes, sei que as mulheres
são eminentemente práticas,
prosaicas mesmo :
sói que assim sejam...
- e nada líricas,
sem liras,
excepto as libras esterlinas...;
lírios não líricos,
liliáceas, são as mulheres,
- liliáceas com nomenclatura binomial
e binômio de Newton,
o físico que era, em verdade,
um filósofo natural,
o qual jamais quantificou
o quanto queriam os "quanta"
que avivam a brasa
no braseiro do pau-brasil
e da física dita quântica,
a qual quantifica o pau
inquantificável
que foi para a freguesia de Alquerubim
no concelho de Albergaria-a-Velha.
Espero que ela
não seja assim
- quântica
tal qual um jasmim
sem mim
no arbusto
- adusto?
Sem ela não há moinhos,
não há ventos,
ou se há ventos,
e se há ventos,
estes são
eventos de morte
no expirar dos moinhos
e não no ato de inspirar
que fez um moinho de vento
- do vento das ventas
de Van Gogh
e outro moinho plantado no vento
que "semelhe",
assemelhe-se e semeie
mil Monet em movimento de clausura,
expiando moinhos de ventos
e cata-ventos asfixiados.
Pobres inventos dados aos ventos
que emitiram o último suspiro,
sem ela
em amplexo comigo
a caçar eternidade.
Sem ela
não há eu
porquanto meu coração
foi transplantado
do meu peito
para o peito dela;
e agora bate
sob o seio dela.
Porém, se o coração dela
não fez o mesmo trajeto,
então não é amor,
nem um "pathos"
há aqui
na terra do pequi;
e sem "pathos"
não há pactos,
pois o amor é recíproco
e não havendo mutualismo
não há de se ver paixão,
abrasão cega...,
mas apenas obsessão,
solidão em solitude,
monomania
sem empatia,
histeria,
histerese...
Se o amor é platônico
não passa de um solilóquio
fundido com a solidão do insano
e a solitude do ermitão.
Em vão.
Amor catatônico!Bah!(catatonia!)
Sem ela,
cujo codinome é medusa,
não há eu :
- e eu estou sem ela!;
logo, sem mim,
sem meu ego.
( Estou no escuro
do meu ego de menino,
perdido para ela,
procurando por ela,
entregue a ela!...).
Sem ela
estarei sem hora...
- Senhora da minha vida!:
- Inexistirei:
sem hora,
senhora!...
Ela : estrela no céu constelar : Cassiopeia!
Árvore da vida no jardim edênico : Cassia!
Mulher em cuja espécie
está classificada a Medusa,
cantada em apócrifos.
medusa
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013
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