segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

OMÃ(OMÃ!) - verbete glossario lexico

Sem ela,
que será de mim?!

Sem ela,
sem hora,
senhora, ó senhora,
o que será de mim?!:
Serei senhor
sem mundo,
terra aonde irei replantar o mar...:
o mar de Omã.(Omã!)
Ãhn!

Sem ela,
Martim pescador
vira a canoa
no rio bravio
com gorgulhos,
em engulhos...

Sem ela
não há luar,
cantar, olhar, chorar,
respirar, inspiração, paz,
pás de moinhos de vento
acenando,
desenhando o amor
no aceno
escondido do adeus
nas palmas das palmeiras
que me deram adeus
quando eu era ateu
e vivia sob o breu
com uma noite escura
sobre a  alma
sem Cassiopéia.
Ela é Cassiopéia
em estrela no céu
e Cássia no vegetal
que alimenta a mulher,
que amo tanto!...
De bilhões de tamanhos do céu
( ò céus tamanhos!)
é o tanto que meço
do que amo ela.
"Ad infinitum".

Sem ela
não há ar,
nem mar há
a encher um  mar
de Omã...
Ãhn!

Queria tanto ficar com ela
- e para  sempre!
Entrementes, sei que as mulheres
são eminentemente práticas,
prosaicas mesmo;
e nada líricas,
sem liras,
excepto as libras esterlinas...;
são lírios não líricos;
liliáceas são as mulheres,
- liliáceas com nomenclatura binomial
e binômio de Newton,
o físico que era, em verdade,
um filósofo natural,
o qual jamais quantificou
o quanto queriam os "quanta"
que avivam a brasa
no braseiro do pau-brasil
e da física dita quântica,
a qual quantifica o pau
inquantificável
que foi para a freguesia de Alquerubim
no concelho de Albergaria-a-Velha.

Espero que ela
não seja assim
- quântica
tal qual um jasmim
sem mim
no arbusto
- adusto?!(Adusto)

Sem ela não há moinhos,
não há ventos,
ou se há ventos,
e se há ventos,
estes são
eventos de morte
no expirar dos moinhos
e não no ato de inspirar
que fez um moinho de vento
- do vento das ventas
de Van Gogh
e outro moinho plantado no vento
que "semelhe",
assemelhe-se  e semeie
a mil Monet em movimento de clausura,
expiando  moinhos de ventos
e cata-ventos asfixiados.
Pobres inventos dados aos ventos
que emitiram o último suspiro,
sem ela
em amplexo comigo
a caçar eternidade.

 
Sem ela
não há eu
porquanto meu coração
foi transplantado
do meu peito
para o peito dela;
e agora bate
sob o seio dela.
Porém,  se o coração dela
não fez o mesmo trajeto,
então não é amor,
nem um "pathos"
há aqui
na terra do pequi;
e sem "pathos"
não há pactos,
pois o amor é recíproco
e não havendo mutualismo
não há de se ver paixão,
abrasão cega...,
mas apenas obsessão,
solidão em solitude,
monomania
sem empatia,
histeria,
histerese...

Sem ela,
cujo codinome é medusa,
não há eu :
- e eu estou sem ela!;
logo, sem mim,
sem meu ego.
( Estou no escuro
do meu ego de menino,
perdido para ela,
procurando por ela,
entregue a ela!...).

Sem ela
estarei sem hora...
- Senhora da minha vida!:
- Inexistirei:
sem hora,
senhora!...

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