domingo, 27 de janeiro de 2013

ANÃS MARRONS(ANÃS MARRONS!) - glossario dicionario


Depois de longo tempo de escriba
passei a desprezar as pessoas do verbo.
Desprezei-as por respeito
aqueles que não são pessoas,
mas seres humanos
fora do "front", do teatro e do discurso.

Desprezei as pessoas do discurso
para respeitar as reais, naturais.
outrossim, desprezo votei
às pessoas do direito,
todas fictícias, irreais,
ilusórias e alienadas.

As pessoas do discurso,
do verbo em latim
do "logos" em grego,
que dá "pathos" à filosofia,
as personagens do teatro,
do estado e do direito
são seres e não entes,
pois seres não existem,
são apenas palavras e conceitos
e pensamentos
e o discurso não é mais
que urros escritos.

As pessoas do discurso
são frias anãs marrons da classe y,
enquanto os  seres humanos
que não são pessoas,
não representam, mas são o que são,
essas não estão cobertas
ou descobertas pelos andrajos do verbo,
que virou carne
e habitou entre nós
conforme quer o escriba
do Novo Testamento,
que testou e atestou,
foi testemunha fiel,
fidedigna desses eventos
que o vento carregou.

Que são as pessoas do discurso,
que fazem as artes, o teatro,
a filosofia, a alteridade,
ante a beleza inexcedível
da minha musa,
- da minha medusa?!

Que são todas as pessoas do mundo
e mesmo todos os seres humanos
ante minha medusa?!

O mundo todo
povoado de pessoas
em grande quantidade
e seres humanos
em pequena quantidade,
praticamente povoado por crianças,
poderiam me faltar,
porém não minha medusa:
sem ela eu não viveria
nem mais um minuto.

Ouviria, então, a Tocatta e Fuga em Ré Menor,
da autoria de Bach (há quem diga ser composição
da lavra de Buxtehude,
um organista da  minha "Capela Gótica de Sainte-Chapelle"
escondida na aldeia congelada na minha imaginação)
e, faltando cinco minutos para terminar a tocata,
pararia involuntariamente de respirar,
pois meu sistema nervoso vegetativo
daria essa ordem de suicídio ao corpo
e as células encetariam o processo do deus Thânatus.

( Do ensaio poético-filosófico "Buxtheud, O Organista da Minha Capela Gótica de Sainte-Chapelle", Enclavada entre a " A Aldeia Congelada e Abandona na Minha Imaginação", opúsculo em poesia, os "Os Apócrifos da Medusa", obra  filológica com perspectiva filosofante e o livro  "Andares e Vagares do Cavaleiro Andante, Sem Ser Sombra de Dom Quixote, O Da Triste Figura").



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