domingo, 29 de janeiro de 2012

ARRECIFES CORALINOS PELAS ANTILHAS DOS PIRATAS - POEMA COM RIMAS, POESIA, CIÊNCIA E FILOSOFIA - DICIONÁRIO WIKCIONARIO ETIMOLOGIA VERBETE WIKIQUOTE


Garça branca desenhada contra o azul do céu
brando de nuvens brancas
retratada quadro a quadro
espaço a espaço
plano a plano
pela vida
- que é o pensamento
e ação natural
( O olho dá o ser
que dá a realidade
em retorno ao ser dado
através da linguagem dos olhos
em diálogo da natureza com o animal
observante-observado )

A graça voante-esvoaçante
a apagar a branquidão-cal ( escuridão para formatar tecido xadrez )
das nuvens em branco-tinta-tinto-tinte ( tinteiro inteiro )
no voo-mostra de que a vida quer ser eterna
- e anela por eternizar-se no indivíduo
porém a oxidação é lei
que proíbe Newton de pensar mais
ao "instilar" pena de morte
em corpo individual
- que malgrado sobrevive no corpo da espécie
( Mendeleiev com a Tabela Periódica dos Elementos
prova que o tempo existe
( Mendeleiev prova intelectualmente
o tempo físico e químico
ao exprimir demonstrativamente
a existência do tempo
nos diferentes "corpúsculos-partículas" atómicas
que se formam na sucessão do tempo
encadeados em períodos
e se alocam, "cristalizam-se" em matéria
num determinado espaço físico
após o surto energético
que cria e dispersa ou fulmina a matéria )
É o tempo no nicho de tempo denominado período
que separa um átomo de outro átomo
que cria ou suscita o primeiro átomo
e, ao suscitar o átomo primevo,
cria o tempo
que é uma função escrita em linguagem matemática-algébrica
para designar inúmeros movimentos
como o calor, o frio, o eletromagnetismo...
enfim as forças ou energias motivos do universo
- berçário do cosmos
O Tempo ou "período" de tempo
no qual o átomo de hidrogénio
se transmuta em átomo de hélio
sendo o hélio um átomo
que difere do hidrogénio
por um eléctron e um próton e um nêutron ( neutrões ) a mais
que o gás nobre ( átomo de hélio)
e se estratifica numa camada ou período
das camadas atômicas-eletrônicas atômicas
que abrigam os elétrons ( electrões ), prótons (protões) e nêutrons ( neutrões )
existindo espacialmente
num espaço-temporal
depois do espaço-tempo envolto no átomo do hidrogénio
geométrica-espacialmente desenhando em torno de matéria
( seu "corpo-corpúsculo" que fez os olhos
mas não o olhar à luz dos olhos )
ocupando outra faixa estratigráfica e real de espaço
circunvizinha ao período e local do átomo primacial de hidrogénio
que o tempo fabricou em outro estrato da sucessão das funções-energias
ao fazer o próximo e subsequente átomo
que dobra o primeiro na "torsão-punção" das energias sobre a matéria
que encurva em ângulos
senos, senóides girantes-gigantes-mirabolantes-ante-o-instante-de-pasmaceira-do-amante
utilizando e "otimizando" as discrepâncias de frio e calor
e todos os outros motores
tal qual se faz com a água
a pálida água a mudar de estado
ou de solidez-liquidez-vaporização do "corpo" maleável
fugindo de estado a estado
- do estado líquido
ao sólido e ao gasoso
consoante o bramido do tempo
a espocar em trovão ou luzir em raio ( radiação-radiciação )
e leve o leve "corpo" da água
a um espaço denominado "estado" da matéria
- estado esse que depende da temperatura
que tempera o tempo
com humidade e fogo...
O período fica
o átomo se desintegra
e a energia ou energias inteligíveis como tempo
na memória e na matemática
que imagina funções
e as põe em linguagem fictícia do tempo
que é o movimento em função das forças enredadas
- as energias ficam em cristal de matéria
que se dissolve em água
muda a forma da matéria
que vai na corrente de matéria-energia e energia-matéria
- vaivém que o pensamento humano vem a captar,
ó capitão de longo curso de física-química-matemática-geometria
que vai em captação de água
rio afora
mar adentro...
Na Escala de tempo Geológico,
o tempo de formação da terra,
em estratigrafia geológica,
a marca ou parâmetro para o movimento da crosta terrestre
é, antes das rochas estratificadas,
a vida a se espargir abundantemente sobre o planeta
nos períodos
porquanto o homem também vive envolto num período
com a matéria que as energias criaram
dando empuxo ao período
em que o ser humano é matéria cristalizada
- fito-zoo-mineral
na água que o plasma em forma ( paleozóico ser das palmeiras
e dos palmípedes a pé no "quá-quá"
onomatopeia de marreco e ganso para água
( em aquático e aquífero )
Outrossim o tempo é dividido
em geologia,
para fins de mensurar o tempo na ciência,
em escala geológica de tempo ;
a saber : éons eras períodos épocas e idades
Para mensurar o tempo em que a vida chega à rocha
graças à rocha magmática
e á rocha em estado de água mineral
que banha o mar vermelho no corpo enfiado
( mar interior ao escarlate
donde "late" o coração
em cor corrente carmesim sim
em eritrócitos hemácias hemoglobina trombina...
que são escolhos no mar adentro
mar adentro
- com arrecifes coralinos pelas Antilhas dos piratas
Na escala geológica de tempo estratificado em rochas sedimentares
o tempo conta período para a vida útil
ou a meia-vida de um átomo
de um homem
um animal
um fármaco.. :
o tempo tem como paradigma-parametrial a vida
do átomo ao homem
que pensa na vida
Assim os períodos focalizam a vida
o surgimento da vida
sempre em antropogênese bíblica
Após o período Paleógeno vem o neógeno ou Neogênico ( Neogéico )
no qual ocorre a expansão dos mamíferos
e o advento dos hominídeos
Outrossim, período, em linguagem cientifica,
nomeia a vida
tal qual a história "vive"
do antes e depois de Cristo
- o ressurreto
o que retornou à vida!
A primeira e maior medida de tempo em escala geológica é o éon
No éon Arqueano
a abordagem fere o tempo mais antigo, remoto
só atingido pelo raciocínio puro do intelecto humano ( "a priori" )
que faz do tempo uma máquina
( - a verdadeira máquina do tempo é o tempo! )
O eón Arqueano
contempla um tempo longínquo
anterior à vida biológica
( há outras formas de vida nas rochas
que não conceituamos como vida
Depende de abrir ou alargar a concepção de vida
sem ir ao metafórico-matemático-alquímico )
O segundo éon ( Éon ) foi o Proteozóico
e o derradeiro o Farenozóico
- tudo tempo com voz para dizer da vida
nos períodos em que se circunscreve a vida
- que é o mesmo que tempo-de-vida
ou tempo vital
na forma que o grego diz com "óico" ou "oidos" "eidos"
gregos gregários dizeres
que dão a ideia (forma, o entorno da matéria ) de vida animal
no "zoo" de "farenozoico"
A Tabela Periódica dos Elementos
exprime a "vida" ou a formação da vida
na formação dos átomos
no tempo que cava o espaço
no mover vital
- com o motor da vida
que tudo move ( tempo-calor-frio-humidade-seca...)
aproxima ( amor-paixão-imã-eletromagnetismo-conexão-ligação-covalente-iônica... )
e separa ( forças de repulsão-ódio-desprezo... )
O tempo se fecha em matéria
nos espaços que constrói com energia
mas continua fluindo
construindo e ruindo
rumo ao que denominamos futuro

Que a vida é eterna
ou para fluir eternamente
já vaticinaram os vates de todos os tempos
em todas as liras
com todas as iras
que a morte causa
( ocasiona?)

Ao menos no ser humana
a vida não veio para ser passageira
Basta ver a alegria de um menino
em algum dos cumes de sua infância
( que é toda uma culminância
e exuberância do ser! )
para se concluir
que a felicidade apregoada na Ética de Nicômaco
é uma miséria comparada
a mais simples e modesta expressão de alegria de um menino
à sombra ou ao sol-luar da infância
( essa estrela inteira!... intraduzível
ainda em linguagem de poesia
com laivos de equação agnóstica à Kant
que não equacionou em linguagem matemática-algébrica)

Todavia a vida
ou a natureza que da energia migra para a matéria
e vice-versa quando versa em universo
uníssono sono em tono ( toada trítono moda ária tónus...)
é trágico grego
- poeta cuja poesia
esmorece até achar a cor da morte
no coração que para
sem para-queda
para anjo torto ou reto
na geometria escolhida

Marconi que viajava já nas ondas senoidais do radio
desde pequenino cheio de graça
( da graça que Deus concede ao ateu
e a todo menino feliz
fechado no seu mundo exclusivo
cercado de proteção milimétrica
dos que o amam intensamente )
- neto de boticário
sobrinho de farmacêutico e médico proeminente em intelecto
e saber de ofício ( e de ofídio!
- que a serpente do paraíso edênico
é o anel que forma a farmácia ( Pharmacia )
no traje grego do "Pharmacon"
e se enrosca no ofício
do ofídio ao boticário
- todos à boca da noite da mamba negra
no xadrez material
do qual é tecido tempo e espaço
por dentro e por fora
do olho e da luz
e das trevas nos cabelos encaracolados
do belo exposto na mulher jovem e bela
cujas madeixas cobrem a pele da noite
trançam o renovo do espaço e tempo
em xadrez com cor
e sem cor
- para corpo
e coração )

Marconni, Marconi Freire Martins,
dileto amigo,

diletante em todas as artes e ciências
mestre e douto e erudito
faleceu sem atendimento médico
provavelmente no hospital
ou fundação hospitalar
que trazia no frontispício
o nome de seu tio médico
que fora uma lenda local
no exercício da medicina
( O mito "do" Esculápio
Asclépio
do deus grego Apolo
e do centauro Quíron
floresce assim
- é um assim sim-sempre-sempiterno
nas ervas que ficam esparsas ao largo
provando a vida
da qual provê aos muares equinos suínos lebres
herbívoros em geral
a qual, vida, no homem que carregamos em corpo e alma hostil ao pasto
à pastoral de Baudelaire,

saboreamos enquanto indivíduos
e enquanto vivos permanecemos
fora do coração do mito-rito
e do Buda em estado de nirvana
plácido
ao fundo da flor do lago em placidez de garça
parada à luz
refletindo e rebatendo o sol
no branco do olho do espectro
- no olho de Lúcifer
a cintilar noite e dia
no estofo xadrez do olho
que fabrica a visão
e o deus vivo
- na água corrente e queda
caída em anjo do azul precipitado
em chuva
de garças na volúpia das mariposas )

Contudo
pior que morte física-química-eletromagnética
que nos desliga da parte branca da luz do cosmos
é a vida que vivemos
- vivemos vidas alheias
sendo personagens de dramas dos outros
abrigando no cérebro ideias de outros pensadores e poetas
- outros que não nós
Acorrentados a doutrinas
não pensamos ao vivo
nem com coerência
- pois nossa cor
é roubada doutrinariamente pela ciência
- nossa cor é furta-cor lesada
pela ditadura das pesquisas
que nos aniquilam
enquanto seres pensantes
e sapientes
- sapientíssimos somos
mas não sabemos
ou nos enganam
acenando com cientistas
e outras autoridades
donas dos vários poderes
que nos fazem crer
ser três ( podres odres! )

Eis a tragédia que Ésquilo
Eurípedes ou Shakespeare ou Goethe
não registraram
em elegia sem dó maior

A comédia que Aristófanes não leu
nem tampouco escreveu Plauto
( hoje todos os Plauto's e Goethe's "vigentes"
enquanto autoridades reconhecidas por lei (" Dura lex!'...)
arrumam palcos de anfiteatro
na profissão de fé do sociólogo-aprendiz-de-feiticeiro-eternamente
ou médicos advogados engenheiros
inviáveis ao luar luarescente
ou quando luarescendo sem irisar
ou não-irisado em arco ou abóbada... :
A morte atual é metálica
- é metal que diametralmente acaba com a mente
Hoje a morte é mental
com menta e pimenta na encomenda
- da especiaria
( ou especialidade-cátara?!
Há outra heresia no catarismo atual
dos sempre santos
déspotas governantes
de todas as nações
nos proibindo por lei
- sempre marciais e bélicos?! ) )

A natureza espelhada no lago do menino bem-nascido
e na bela estampa da donzela em flor de miosótis trémulo
diz que a vida é eterna
e a morte melo dramática em demasia
para merecer um panegírico de Nietzsche
- o filósofo-filólogo trágico
( O filósofo é outro poeta trágico
com a tragédia narrada em ditirambos dionisíacos
sonhos apolíneos e faustianos...
- todo o surrealismo metafísico de Giorgio de Chirico
- o artista trágico
o poeta trágico em geometria e cores )

sábado, 28 de janeiro de 2012

ODRES - dicionario wik dicionario wikcionario etimologia verbete terminilogia cientifica nomenclatura binomial sinonimia onomastico enciclopedia


Garça branca desenhada contra o azul do céu
brando de nuvens brancas
retratada quadro a quadro
espaço a espaço
plano a plano
pela vida
- que é o pensamento
e ação natural
( O olho dá o ser
que dá a realidade
em retorno ao ser dado
através da linguagem dos olhos
em diálogo da natureza com o animal
observante-observado )

A graça voante-esvoaçante
a apagar a branquidão-cal ( escuridão para formatar tecido xadrez )
das nuvens em branco-tinta-tinto-tinte ( tinteiro inteiro )
no voo-mostra de que a vida quer ser eterna
- e anela por eternizar-se no indivíduo
porém a oxidação é lei
que proíbe Newton de pensar mais
ao "instilar" pena de morte
em corpo individual
- que malgrado sobrevive no corpo da espécie

Que a vida é eterna
ou para fluir eternamente
já vaticinaram os vates de todos os tempos
em todas as liras
com todas as iras
que a morte causa

Ao menos no ser humana
a vida não veio para ser passageira
Basta ver a alegria de um menino
em algum dos cumes de sua infância
( que é toda uma culminância
e exuberância do ser! )
para se concluir
que a felicidade apregoada na Ética de Nicômaco
é uma miséria comparada
a mais simples e modesta expressão de alegria de um menino
à sombra ou ao sol-luar da infância
( essa estrela inteira!... intraduzível
ainda em linguagem de poesia
com laivos de equação agnóstica à Kant
que não equacionou em linguagem matemática-algébrica)

Todavia a vida
ou a natureza que da energia migra para a matéria
e vice-versa quando versa em universo
uníssono sono em tono ( toada trítono moda ária tónus...)
é trágico grego
- poeta cuja poesia
esmorece até achar a cor da morte
no coração que para
sem para-queda
para anjo torto ou reto
na geometria escolhida

Marconni que viajava já nas ondas senoidais do radio
desde pequenino cheio de graça
( da graça que Deus concede ao ateu
e a todo menino feliz
fechado no seu mundo exclusivo
cercado de proteção milimétrica
dos que o amam intensamente )
- neto de boticário
sobrinho de farmacêutico e médico proeminente em intelecto
e saber de ofício ( e de ofídio!
- que a serpente do paraíso edênico
é o anel que forma a farmácia ( Pharmacia )
no traje grego do "Pharmacon"
e se enrosca no ofício
do ofídio ao boticário
- todos à boca da noite da mamba negra
no xadrez material
do qual é tecido tempo e espaço
por dentro e por fora
do olho e da luz
e das trevas nos cabelos encaracolados
do belo exposto na mulher jovem e bela
cujas madeixas cobrem a pele da noite
trançam o renovo do espaço e tempo
em xadrez com cor
e sem cor
- para corpo
e coração )

Marconi, dileto amigo,
diletante em todas as artes e ciências
mestre e douto e erudito
faleceu sem atendimento médico
provavelmente no hospital
ou fundação hospitalar
que trazia no frontispício
o nome de seu tio médico
que fora uma lenda local
no exercício da medicina
( O mito do Esculápio
Asclépio
do deus grego Apolo
e do centauro Quíron
floresce assim
nas ervas que ficam esparsas ao largo
provando a vida
a qual no homem
saboreamos enquanto indivíduos
e enquanto vivos permanecemos
fora do coração do mito-rito
e do Buda em estado de nirvana
plácido
ao fundo da flor do lago em placidez de garça
parada à luz
refletindo e rebatendo o sol
no branco do olho do espectro
- no olho de Lúcifer
a cintilar noite e dia
no estofo xadrez do olho
que fabrica a visão
e o deus vivo
- na água corrente e queda
caída em anjo do azul precipitado
em chuva
de garças na volúpia das mariposas )

Contudo
pior que morte física-química-eletromagnética
que nos desliga da parte branca da luz do cosmos
é a vida que vivemos
- vivemos vidas alheias
sendo personagens de dramas dos outros
abrigando no cérebro ideias de outros pensadores e poetas
- outros que não nós
Acorrentados a doutrinas
não pensamos ao vivo
nem com coerência
- pois nossa cor
é roubada doutrinariamente pela ciência
- nossa cor é furta-cor lesada
pela ditadura das pesquisas
que nos aniquilam
enquanto seres pensantes
e sapientes
- sapientíssimos somos
mas não sabemos
ou nos enganam
acenando com cientistas
e outras autoridades
donas dos vários poderes
que nos fazem crer
ser três ( podres odres! )

Eis a tragédia que Ésquilo
Eurípedes ou Shakespeare ou Goethe
não registraram
em elegia sem dó maior

A comédia que Aristófanes não leu
nem tampouco escreveu Plauto
( hoje todos os Plauto's e Goethe's "vigentes"
enquanto autoridades reconhecidas por lei (" Dura lex!'...)
arrumam palcos de anfiteatro
na profissão de fé do sociólogo-aprendiz-de-feiticeiro-eternamente
ou médicos advogados engenheiros
inviáveis ao luar luarescente
ou quando luarescendo sem irisar
ou não-irisado em arco ou abóbada... :
A morte atual é metálica
- é metal que diametralmente acaba com a mente
Hoje a morte é mental
com menta e pimenta na encomenda
- da especiaria
( ou especialidade-cátara?!
Há outra heresia no catarismo atual
dos sempre santos?! ) )

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

GAVIÃO-BELO - dicionario wik dicionario wikcionario etimologia terminologia cientifica nomenclatura binomial verbete glossario etimo wikisource

Elanoides forficatus
Um gavião veio em veio de voo rasante
e com um grito rascante
furou-me um olho imaginário
( Explicitamente :
tenho olho imaginário
um olho redondo
no ciclope que sou
- Polifemo
e o turbilhonante Arges na titanomaquia... )
Mas o imaginário
poderia voar no real
nas costas do gavião-de-rabadilha branca ("Buteo leucorrous" )
Outrossim uma mamba negra
poderia sair desse imaginário escondido
dentre as folhas
e entrar em minha casa
- longa
veloz e feroz
predadora
como come o olho imaginado
o gavião-pedrês ( "Asturina nitida")
que entrou na zona dos meus olhos
sonhadores no azul
e no escuro
- de Chirico!
nas diabruras das brancuras descobertas
em cada casa e telha
nas curvas que os olhos fazem
nos ângulos
que constroem cor
e preto e branco
que enxadrezam os olhos
- feitos nesse xadrez trançado
que Giorgio de Chirico olhou
e pôs o gavião-belo ("Busarellos nigricollis")
e o gavião-branco ("Leucopternis albicollis")
a fulgir nos olhos
de quem é pintor
e olha casas
e solidões abandonadas
aos fantasmas danados
- Danação!
nas torres que olha
- e olham
procurando a melancolia
e a solidão
irmanadas por toda parte
( Toda parte é uma solidão partida
- em solitude
de logradouros vazios...:
Estava Giorgio de Chirico só no mundo
ou se sentia assim
- que a solidão é
um sentido desenvolvido pelo homem
ao mirar a solitude
na casa branca pintada
entre as sombras
sob a asa do gavião-bombachina
e dentro da boca
- da mamba negra )

sábado, 21 de janeiro de 2012

ÓRYX, ÓRIX : TRAVESSIA DO ENXADRISTA ( vide dicionario etimologia enciclopedia )

Ficheiro:Oryx gazella.jpg
A vida é a travessia no claro
no branco do dia
com a alma alva de sol a sal
dentro da casa branca
do tabuleiro do enxadrista

Travessia pelo clarão de luar
em claro de lua
sob vela-padrão
no céu de cefeida
com pé na erva daninha
corpo no metabolismo
cabeça no solidéu
olho na ponta da pomba
que a luz delineia a forma
com a sombra
que circunda
o escuro
afogado no corpo
- aquático
( um patético quase-pato :
Pato branco
pato preto
é o conteúdo
delimitado na forma
desenhada do corpo
exposto à luz e à sombra
- seus escultores
pintores... do pacto em pato
que somos
no plano piloto da geometria
e na engenharia da matéria
química, física
movida pelo engenheiro elétrico
que faz engenharia elétrica
dentro de nós à sombra... )

Apagada a vela
desmancha-se o caminho
e a mancha negra
vela o corpo
que retorna
à casa escura
velada

Xadrez
da morte
e vida
na vela
que vela
e desvale
o ser
( O xadrez
no jogo de luz e treva
da casa branca
versus a casa preta
esculpe a forma
e o conteúdo
do órix )

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ESCOLÁSTICA - dicionario wik dicionario wikcionario etimologia


Nenhuma questão tem uma resposta
- todas as respostas são irrisórias
( para o pensador de Rodin
na Porta do Inferno )

Fútil e tolo quem tem a pretensão
de responder qualquer quesito
escolar
( escolástica)
do eleata
peripatético
cínico
jônico...
do gregário povo grego
- para não conjurar
outros povos
inquisidores
pois todos o são
em demasia
inquisitivos
às mancheias
com flor pesada
a ouro enluarado
banhado ao palor
no cadinho

Qualquer e toda resposta
posta
representará
apenas e sempre
o limite da escola
- da escolástica
e do cinturão de escol
que elaborou a resposta
- que não vale
nem para quem respondeu
laboriosamente
após elucubrações monumentais
eruditos périplos
esforço hercúleo...

sábado, 14 de janeiro de 2012

LAGO, CANTO DO CISNE ( wik dicionario wikcionario cisne wik dicionario wikcionario wikiquote byron)


Pervagar por pervagar
pervaga o vaga-lume
pervagante
pertinaz em seu lume
Lucífero
luciferino
difundindo em si musical
na sua pauta-partitura
um pouco da luz do anjo
- de Lúcifer
o homem decaído no pó
para banquete dos gusano
que se contorcem em frenesi
parecendo dançar um balé
de Tchaikovsky
no lago dos cisnes
no canto do cisne
ou de Stravinsky
no Petruska
( "Petrushka,
Petrouchka Ballet Russian" )

Pervagando vai
o viandante
à sombra de Nietzsche
à sombra intermitente da amoreira em flor
- dos pessegueiros folheados a ouro-sol
da asa da perdiz
que não diz
o que canta
no que encanta
( - como encanta!
uma balada de amor
em língua inglesa
para quem ouve
The Beatles
Bob Dylan
Românticos de Cuba...
e fala-escuta-escreve-lê
tem inteligencia
extensa-delimitado em língua de português
encapelado no mar de caravela Cabrália
vascaína
no luso difuso pelo idioma
de Camões e Pessoa
Drummond e Bandeira
Baudelaire Byron em wikiquote ( Byron-wikiquote-Bayron num tipo de dança de São Guido ...)
enfim, a poesia
na música sem-fim
e quase nua em letra
hiper-vocal nos instrumentos para musicólogos
ou com signos vocálicos
desbravados-destecidos
ou re-tecidos histologicamente
e historialmente
em senóides no ar
- de tecitura energética
codificada em "língua-linguagem" geométrica-matemática-eletromagnética
torneando-toureando a matéria táureo-táurea
que nada em parco significado
arrastando o ouvir ao ouvido insulado na paixão de Bach
- Paixão de Cristo! nos evangelhos velhos-escaravelho
segundo São Mateus
- Paixão"pathos" em Baco e Eros
Pacto-"pathos"
paixão de Vênus
- venérea paixão
Veneranda e venerável
na vela em estrela-cefeida padrão
que tange o banjo do amor
nas cordas de um violino de ar
( vários Stradivarius tocam o ar
- vários Stradivarius de Stravinsky-Petrushka
blindados com armadura de clave
assim como vários oboés
dão a tonalidade cromática do é
no ar desenhado-balouçante
assentados no mar-ar em ondas senoidais
onde navega o navio das musas... )
- a poesia
o poética em literatura-filosofia cantante
cantarolando
diz mais que as palavras
( todas-tolas-de-touca-na-toca-
tosca-da-tosse
que tosse-tosse-tosse em crise aguda )
e faz o amor
ser mais belo
do que é
- faz do amor
o senso do belo
- um ser
sem verbo
sem Parmênides de Eléia, Elea,
o eleata,
sem Zeno, Zenão, Zenon
outro eleata de escol
de Eléia, Elea
- da escola Eleática de filosofia grega
gregária
( A melodia em idioma ininteligível
faz o amor diluir o belo
erodir a beleza
fora do antro da poesia
que é um teatro e anfiteatro de essências
em sintonia fina com as resinas vegetais
deliquescentes no sistema nervoso vegetativo
autónomo como a vida
livre de pensamentos que não sejam livres
e consequentemente próprios
idênticos ao ser pensante
e pensado
os quais se identificam
e contradizem-se mutuamente
na síntese posta em ser
entre a tese e a antítese
da dialética de Zeno, o eleata )
O amor e a poesia
jamais podem ser inteligidos
porquanto não cabem
no rasto do sapato
que esparge-espago-aspargo pelo chão pisado
pisoteado de ervas daninhas
toda a inteligencia herbícola
- O amor e a paixão efervescente-evanescente
guarda o mistério
sob o véu de Ísis
- a bela Aletheia
com outra nome de Margarida-Goethe
em flor à beira do Rubicão
por onde atravessou César
a cavaleiro de um Apocalipse
caduciforme nas folhas literárias
candente-cadente-incandescente
beligerante centauro
bárbaro sagitário
constelado-consternado a nado do nada
em signo e constelação zodiacal )

Canta
decanta
a decana ave ...
que prediz a perdiz
Por quê perdiz?
Por quê se diz perdiz?!
Vamos perquirir com perspicácia
de acácia
pensante
no sistema nervoso autônomo
que vegeta a vida
- a vegetativa vida
em sistema difuso
perfazendo um périplo
sem sair da terra
onde se agarra
com raízes-mãos
radicais-mães
e radicais livres
( a vida e a morte
estão em preto e branco
no xadrez que deformam
entre os radicais livres
e a farmacopéia
que conspurca o corpo
o todo orgânico
organístico
orgástico
orgiástico
bacante
ó sibila
pitonisa )

Pervagante o vagabundo
pervaga
imundo
pelo mundo fora
errante
errabundo
pervasivo
- perfilado personagem :
um dos arlequins
do teatro social capitalista
niilista
- sem niilismo
no seu ser livre das peias doutrinárias
do niilismo
doutrina de niilistas de azul-céu-chapéu-ao-léu
de madame-cor-rosa
na alva alvissareira
alaranjada
pelo liame intersticial
do espectro
que cobre de cobre o espelho
e especula
a tese do eleata
jactante )

( Ah! o belo na música
- na musa
é mais belo que o amor
porquanto o belo
é que é belo
e não o amor
ou a paixão sinistra
de Romeu e Julieta
- a minha paixão avassaladora
que conjuga
- Eu e um miosótis!...:
querendo dançar
ambos loucos e bêbados
em Baco
Dioniso
Eros e Psiquê
- de Canova
que faz do amor
o belo
que o amor
não é na realidade
mas apenas no ser
em ser ( em-ser )
- idealidade
geometria de Platão-Euclides
desenhada no ar
sem ar
para pulmão-fole respirar
no azul-miosótis de si
musical na sanfona e no pistão
dois arcanjos no sopro
- sopro-substrato à língua-linguagem da música
- em Musa
mitológica ( mitocondrial?!)
e real ( mitocôndria?!)
natural ( em sistema de acordes)
que não inspira o ser
nem tampouco o não-ser
que é a outra porção do ser
negado e positivado
na doutrina do eleata Parmênides
- paradoxo em Zeno
com dialética
dieta seleta
para o regime da razão
do filosofo eleata
poder ler o cosmo
em cosmologia posto :
neste ser
entre o logos
que é lógica
e o véu da aletheia
que vela a face de Ísis
- da deusa energia
sexual-basal
a pervagar em Psiquê
na psiquê do homem
- este amor em promontório
ilha
arquipélago
Galápagos )

Há uma questão
que envolve o ser e a palavra
ou a voz
o vocábulo
na música
na matemática
na filosofia
e na ciência
que muda a existência
para o lado de dentro do homem
conquanto continue a existir
o universo lá fora
em reverso
do verso
e do anverso
tecidos
numa espécie de histologia
bordejando essência e existência
num liame
com linha reta
e curva de relação
e função matemático-mitocondrial
Por isso a música
com poucos signos
para o intelecto
mas eivada de símbolos
e sinais "diacríticos"
para a sensibilidade
da sensitiva que vegeta
em tudo o que alaga
e é "terra" no humano
assim como a matemática
e outras ciências e arte de essência
( arraigadas na essência do homem
qual erva daninha na terra maninha
em perene prospecção de água no pó
que a ribeira deixou geologicamente
escrita no "álveo abandonado" )
deixa como ser
que é algo transmutado
pela indústria mental do homem
em pausa do silencio pensante
filosofante
- posicionado na poesia
( o belo em ato )
que pervade a matemática
com outra língua-linguagem
que devassa
o ato de amar
no verbo e na carne

Oh! pervaga!
pervagante vaga-lume
vagabundo lúcido
anjo nas trevas
- luciferante

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

DEBUSSY (wikiquote wiki wik dicionario etimologia enciclopedia)


Naquela casa ficou escrito
um pedaço de mim
em cada canto
de Dante
o poeta
que teceu
a teia de aranha
da poesia ali
plantada
folheada...:
Na folha nascida
na folha caída
na folha puída
na asa branca do anjo bom
e na asa negra do anjo mau
- o sal
o salitre
da terra verde
roxa nas flores
nas ervas daninhas
salvando a terra maninha
da derrocada
da folha rota
outonada
oitavada
outonal
tonal
atonal
pentatônica
modal
modal-Debussy
com armadura de clave
- patética sinfonia!...
de Tchaikovsky

Ai! a folha rota
na rota da penumbra
escrita na minha face
apagada
no pé
na pegada
do pó
que o vento lá
varreu
violando
violeta...
Vou
no que voa
a erva no vento
em cheiro
no canteiro
inteiro
do herbolário
da casa
que casa
o passo
passado
com a passada
compassada
do ocaso
na folha
de outono
com sono
amarelo
escrito
na folha
que fora
verde
gafanhoto
- em Chagall
violinista verde
rústico
rude
rupestre
rufando
na fricção
do vento
- eólica
energia
que sopra
a alma
na narina
do homem
- oboé
de anjo
arcanjo
serafim
do mundo
sem fim
sim
( sem
mim
não )

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ELEATA PARMÊNIDES DE ELEA (wikcionario wiki wik dicionario de filosofia filosofico)


Não confio em instituições (nem cofio) ; instituições são, basicamente, fundamentalmente, regras interpostas entre seres humanos, que, com a interposição referida, se transformam : de seres humanos em pessoas ("personas" ), os quais são atores sociais: engenheiros, saltimbancos, religiosos, políticos, professores, poetas, filósofos, arlequins, etc. : pessoas que são e pessoas que não são, no ser do ser e no não-ser do não ou do nada, ao léu do eleata Parmênides, de Eléia, Zenon ( Zeno ou Zenão de Eléia, Elea, outro eleata, filósofo ou pensador da escola Eleática. Criaturas grimpantes do pensamento universal).
As instituições, ou regras, ou norma, quando em conjunto de regras, são, essencialmente, o liame interposto entre seres humanos que, por esse meio, se modificam e, de seres naturais, se transmutam em entes sociais, culturais, mediados pelas instituições ou as regras que constituem essas instituições, enfim, as instituições são, basicamente, essencialmente, constituídas de regras que as rege e rege aos subordinados à essas entidades; a saber : regem os seres humanos que delas dependem, nelas "subsumidos" efetivamente ou pelo efeito do direito na lei ( direito posto ou em ato com a carga pesada das obrigações (direito das obrigações aos "trabalhos forçados" não pelo direito penal, mas sutilmente, pelo direito civil, via contratos, nos quais somente um lado tem voz ativa e o outro lado voz passiva ( a voz passiva dos necessitados, dos carentes, que não tem outro jeito senão se alienarem ou alienar sua força de trabalho à instituições sob pena de não sobreviver, se não o fizerem ).
As instituições são regidas ( e regem homens submissos, vencidos e "vincendos", nos nascituros entesourados no ventre) pelo sistema de regras, ao qual podemos denominar de norma, quando muitas são as regras e estão sistematizadas numa doutrina coerente.
Há muitas gramáticas pensando e funcionando em todo esse complexo : a gramática da língua é uma e o direito ou ordenamento jurídico é outro, dentre o infinito matemático exposto à mente laboriosa, curiosa, ávida de saber.
Existem inúmeros desses sistemas binários, ternários, quaternários, etc., funcionando nas forças alienadas das instituições, que tomam a força do homem e a aplica tecnicamente e intelectualmente.Coexistem gramáticas para a música, a dança, o teatro, a ética, o traquejo social, a etiqueta, a poesia, a ciência, enfim, são regras universais que pervagam por todo o sistema do pensamento, ocultos nos desejos dos sistemas nervoso central, sistema nervoso autônomo e somático.
A filosofia concebeu todas essas gramáticas : o ordenamento jurídico e a gramática nada mais são que aplicações da filosofia.
As regras, originárias dos princípios filosóficos, ou da razão pura, como diria Kant, são interpostas para mitigar o conflito dos seres humanos ( Rousseau, Hobbes) , primeiro transmutando-os, por essa indústria de regras, em pessoas de direito, quer seja "fictas", no caso das pessoas jurídicas, ou naturais, ou culturais : os seres humanos no seu papel social de padre, político, cientista, zelador, juiz, bandido, psiquiatra, sócio, empresário, papa, presidente da república, etc. são entes culturais e naturais a um só tempo, na confusão do papel social com os ditames naturais em fisiologia e anatomia que, outrossim, de certa forma, são ditados e esculpidos pela política ( a vida do homem, enquanto ser cultural, é mais política que a dos animais, em quantidade e qualidade de política.
Todo ator ou atriz social, bem como os escritores das peças teatrais ou poemas épicos, trágicos, dramáticos, cômicos ou dos romances do direito, peças teatrais sociais, urbanas, enquanto ciência e política ( ciência política ou geopolítica, pois o direito é também isso, mas sem se debruçar sobre o objecto exclusivo da geopolítica) é uma arte e uma ciência aplicada, sendo que a própria ciência não passa, em última instancia, de uma aplicação da filosofia, que já vem substantivada e adjetivada, subjetivada e objetivada ( sujeito e objeto; enfim, os predicados e respectivos sujeitos do discurso são os mesmos entes pensados pela filosofia maior de Aristóteles ) na gramática e ordenada eticamente no direito e nos costumes tradicionais, mantidos na tradição oral.
As pessoas jurídicas, por seu turno, são pessoas representadas por outras pessoas : pessoas de pessoas ou representações de representações, assim como o é o Estado, pessoa jurídica de Direito Público, as empresas, pessoas jurídicas de Direito privado.
Aliás, a ciência é uma só, o que mudam são seus abjectos, os quais são geometrizados em conceitos de ser ou figuras. O ser põe as ideias ou concepções em signos : palavras, frase, orações ou em símbolos : figuras geométricos. Figuras geométricas são também símbolos e sinais naturais abocanhados pela cultura.
O ser dá o "logos", a palavra (escrita), o vocábulo (voz), que servem ao estudo abstrato em signos, debaixo de sinos, os quais, por sua parte, abrigam símbolos em seu subsolo onde está assente o significado. As figuras dão ou delimitam as formas espaciais e, com isso, abrem "espaço" à concepção intelectual de tempo : ideia pura, sem forma ou conteúdo fora da mente
( na existência ), pura essência.

O famigerado "Contrato Social" é baseado em regras, que, jungidas num sistema, constituem a norma , a qual rege a cultura e a sociedade. As regras, que a todos escraviza, paradoxalmente a todos liberta enquanto escraviza : liberta o homem do jugo de outrem e de seus governantes, possibilitando a democracia, sonho azul do poeta e do filósofo.
A democracia e o direito são belas poesias, porém não belas realidades : apenas uma ideia utópica da parte da filosofia que guarda a poesia, mas sem essa utopia, nem idealismo, não haveria sociedade, democracia, liberdade de todos ou da maioria ( ou possibilidade dessa liberdade) e nem homem, pois a essência do homem está assente na liberdade individual e coletiva.
O direito leva à democracia.

domingo, 8 de janeiro de 2012

PERVAGAR ( wikcionario wiki wik dicionario etimologia enciclopedia ))

O anjo é um tipo de geometria do espaço para indicar parte do existente, o homem no anjo,que é o existente, o ser existente, existente enquanto homem, pois anjo não existe, é um ser apenas, um ente de essência, não de existência, pois esta dicotomia, bifurcação,bipolarização, enfim, a dualidade no sistema binário, é o universo do homem, universo fechado ao universo existencial, universo essencial, de ser, não de ente, que guarda o universo fenomênico; o ser não tem tisnada de fenômeno, enquanto o ente é a manifestação do ser no fenômeno. É a imaginação ganhando asas ("asada", dando azo e não somente asas á imaginação, fora das acepção provida pelo dicionário do wikdicionario do wikcionario, da etimologia, do logos grego).
Isso, essa imaginação a dar asas à si mesmo : à imaginação, é, em certo sentido limitado, que é o anjo : um homem com apetrecho tecnológico natural-cultural de pássaro : heróis míticos como Ícaro, deuses como Eros, Cupido, a deusa alada da Vitória (de Samotrácia), "alguns" "espécimes" de deuses ou "sub-divindades" egípcias com asas-algo-delta...querubins, dragão e outras entidades aladas ou com algo similar a asas nas espáduas : sobre omoplatas o omelete de outro ovo do povo.É a imaginação intervindo na criação do pensamento : o pensante, aliás, é este anjo alado, para ser redundante, mas explícito, zeloso no explicitar. O anjo é o homem em sentido lato, na acepção não acolhida ainda pelo dicionario etimológico.
O anjo representa com imagens, fora da geometria explítica e implícita ao desenho básico, o conhecimento, é a mensagem do conhecimento, dual, maniqueísta, que só pode conhecer estabelecendo fronteiras entre o tudo e o nada, positivo ( o que se pode por, o que é possível ou pode ser posto no mundo equanto ser no ente que se manifesta) e o negativo ( o que não pode ser posto na existência e que, portanto, fica ancorado na essência, na essência do sujeito que põe a si no mundo enquanto essência do homem, que afirma o que existe e o que não existe, mas não pode por o que não existe de fato no ato de por o que é material; põe apenas a energia em forma geométrica da idéia do que há no mundo e o que é possível por ou se pode por enquanto essência, como o Direito, e existência, como o fato, dado no ato humano, que se põe afirmando ( realizando, tornando possível ou passível de por aquilo que pode ser posto como ser e não como ente, que depende do fenômeno, de fatos naturais a que precedem atos encadeados : naturais, primeiramente e humanos, em seguida, que a natureza precede o homem) ou o plano, que é a forma, ( o plano de Euclides é formal, junta linhas e constrói o espaço "a priori", à moda do jargão do filósofo Kant ),que é um ente formal; o plano euclidiano é um ente formal, representado graças ao encadeamento de fenômenos que liga o homem e a natureza; o plano é uma idéia ou ideário do universo percebido, recebido pelos sentidos, enquanto espaço kantiano-euclidiano "a priori", das formas lembradas platonicamente do universo, pois o homem é o universo em microcosmo com toda a sua memória e inteligencia e imaginação, as quais depende da memória ou do exercício mnemônico, conforme dizia o divino Platão ao asseverar que as idéias eram meras lembranças e o conhecimento recordar, recordação.
As formas antropozoomorfas da religião não passam de equação na forma passada, em outro contexto matemático-lógico-logístico, historial, com outra linguagem, usando somente símbolos ou figuras geométricas não-econômicas ( a geometria é uma figura econômica, filosófica, conceitual, ideal, exprime a ideia, não a realidade, que demanda imagem e a função da imaginação a atuar, sem economia de álgebra, economia matemática de termos linguísticos, semânticos, etc).
O anjo ou arcanjo é a expressão de uma cultura e uma etnia comum; a cultura e etnia que não possui a figura desgeometrizada do anjo é originária de outra cultura e etnia ou não teve o encontro cultural-étnico com a cultura (mente, inteligencia) do arcangélica ou com a carga genética expressa pelo corpo no amplexo do amor produtivo ou salvífico, que deu em prole sumária ou numerosa.
Na figura do arcanjo pode se ler toda uma cultura desde seus primórdios, sua língua, seus signos vocálicos, fonéticos, os quais são sombras (luz escrita na sombra ) da imagem do anjo, que projeta o pensamento, no qual vem jungida a imaginação, memória, entendimento, enfim, tudo o que a cultura priorizou e lançou na base semiótica e semiológica, quando da formação da mente, que é uma repositório de signos e símbolos, arquétipos, enfim.
A leitura do anjo ao olho nu põe à sombra o universo subliminar da mente formada e em formação "geológica", geoglífica, hieroglífica e alfabética da cultura e do gene que a apanhou, que a colheu, recolheu, depositou em si.
O anjo põe a ciência toda nas formas "geometrizadas", espacificadas e temporalizadas através da mostra desenhado do espaço contido num plano (geométrico), a figura imagística do anjo, a qual se segue a geométrica e, posteriormente, na evolução das formas de exprimir o pensamento abstrato, com maior requinte e sofisticação, os signos puramente abstratos, que nada mais tem com a imagem originaria que lhes serviu de simbolo, que deu sombra ao simbolo, que é uma forma ampla, ancha, a compor o significado e o signo, que se emancipa do símbolo, inaugurando uma leitura e escritura de signos puros, livres dos conteúdos, uma evolução da geometria espacial em geometria abstrata, algébrica, literal, sem raiz real, com radical nos símbolos e signos, que se dicotomizam em significado e significante, respectivamente, sucessiva e simultaneamente.
O arcanjo arrasta a tradição de uma cultura, não de forma oral, mas escrita, considerando escrita símbolos e signos, pois a imagem desenhada dá origem ao simbolo geométrico e a geometria faz pensar nos signos, indo a mente de abstração menor a abstração maior, assim como foi a filosofia de Aristóteles a Epicuro.
O anjo põe e tira o ser, vai do ser ao nada ou não-ser de Parmênides, perturbando e inquietando o pensamento grego desde os primórdios com o paradoxo do ser e não-ser : o ser que é tudo, o todo o " hem panta" do eleata celebrado ao não-ser ou nada do mesmo sábio eleata : Parmênides de Eléia, na Grécia antiga : terra puída.
O anjo inquietante, no pensar do eleata, é o nada, dado em contraposição ao ser como não-ser; que, posteriormente, toma a forma do zero na matemática algebrizada na cabeça do árabe, leitor dos doutos gregos ; já o homem é o todo (universo hermético: macrocosmo sumário )dado à existência e à essência, possível e, evidentemente, passível de ser posto ( " o ser é somente uma posição", diz Kant, ou seja, algo possível, passível de se por, de realizar; sendo o realizar um por em natureza ou na cultura.
O direito, por exemplo, é posto na cultura, por ser um ato cuja substancia é a mente; uma invenção, não obstante, é posta em natureza e em cultura, respectivamente, por ser um ser "ambidestro" ou ambivalente, a pervagar pela cultura e a natureza, vez que sua produção é parte pensada, escrita e realizada em equações ( equações são anjos em signos, já em escrita e não mais em desenho, imagem ou somente símbolo, mas já amealhando outra faceta do ser, do ser que é dado em vários cubos sucessivos no feixe de relações espaciais; são mensagens, mensageiros) na mente e, posteriormente, passados ao engenheiro ou técnico que transforma a natureza ou as substancias naturais conforme o molde dado nas equações e transfere o pensamento e a cultura que projetou o pensamento no artefato cultural, que, destarte, e com esta arte, ou inteligencia realizada, põe o ser realizado na natureza e cultura.
Aliás, no que tange à ciência ( ou ciência-anjo, que evoca o título de doutor angélico de Tomaz de Aquino, exímio teólogo católico que moveu um tempo o pensar do ocidente ) ela se bifurca entre o que é de direito e o que é de fato, como já distinguia Kant; entre o que é de direito e o de fato, inobstante, está o olvidado ato, que é o que move o mundo desde o Big Bang.
Aristóteles já se referia ao ato na abordagem do primeiro motor, o qual ligou o cosmos ao fogo, faísca, luz, na explosão inicial. "Fiat lux", diz a bíblia em latim.Todavia, na assertiva do filósofo, o ato é atributo exclusivo do homem ou da inteligencia.
O anjo é a mensagem clara, assertiva de nossa mente, de como funciona nosso pensamento dentro do âmbito cultural, historial, etnológico, antropológico, enfim, dentro dos "apertos" dos objetos ou no âmbito labiríntico dos objetos que desenham e desdenham a ciência através da epistemologia e outros meios de ceticismo salutar. São os diabos do bolor.
No arcabouço do arcanjo, no debuxo, toda a cultura etnológica, etnográfica, todas as rasuras epistemológicas em ranhuras, fissuras parietais, orbitais. Anjo, arcanjo genético e memético.