Ela, a bem-amada, quer, de per
si,
Deseja, almeja, arde por sentir
O calor do sol
Que vem dos olhos do amado
Que a olha com ardor,
Aquece-a com amor, paixão,
Como o sol olha para a lua
E ilumina-lhe a face
Com o palor de sua paixão
Em um de seus dois quartos
De luas minguantes e crescentes,
Novilúnio e plenilúnio(plenilúnio!).
Ela, a mui querida,
Doce e dócil até na face
desenhada
Pelo artista da paz,
Mestre em gravuras,
Cujo tema é a paixão do amor,
Dá mais volume à voz,
Se o enamorado está distraído
A fim de que ele a ouça e olhe
E molhe as moles dos edifícios
Por onde caminhou o sol
Enquanto ela desvia a cabeça e o
corpo
dos transeuntes, que separam
uns olhos d’outros olhos,
feito flor a separar sépalas,
pétalas, folhas lanceoladas...
cujo plantio ocorreu no estio
a meio caminho
dos quatro olhos sem óculos
que se procuram ansiosos
do caminho ao cominho,
Enquanto, utilizando outro
recurso
Para encontrar os olhos
Para ela caros e cálidos;
Ela, que, tal qual o vegetal
A se esgueirar, torcer-se
Na dança do caule
que busca o sol,
por vezes retarda o passo
a fim de se livrar
de objetos interpostos...
entre seus olhos e outros olhos
que se miram sequiosos
na miragem da sede do deserto
onde o amor escasseia no oásis.
Enfim, ela faz de tudo!
Para ser amada
Sob a intensidade solar da
paixão,
Submissa em sua missão
Ao viço daquele raio de sol
Que vem acariciá-la no olhar tenso
De quem ela ama
Que é quem a ama
Com a intensidade do fogo da
paixão,
Que, secretamente, secreta nos
hormônios
E não é percebido
Nem nos desvãos dos casamentos
assombrados
Pela esquizofrenia social
Com seus girassóis finados,
Outras naturezas mortas,
Vítimas de assassínios,
Que também, em versão
alternativa,
são atribuídas a alguém
que antes aqui vinha
À vinha dos olhos:
Vincent Van Gogh
Ou outros mestres das artes
plásticas
Qual Rodin a plasmar os amantes
No beijo nu antes do novel beijo
Que a “Art nouveau” besuntou de
tinta
Numa obra de Gustav Klimt,
Cujo nome é “O Beijo”,
Sendo ambas obras de artistas
Cujo amor copiado copiosamente
Já em vão abstraídas estão
Da paixão de quem as animava
Que foram em seu ser dado ao real
pela natureza da carne
e em artefato de tinta e pedra
pelo intelecto dos artistas
que as esculpiram e pintaram
Aquele eu, aquela ela
éramos nós em todos os tempos
Na senda do “pathos”
Naqueles espaços puídos,
Hoje roto na carne,
Mas não na pedra, na tinta
E no amor que nos reveste de luz
Naquela era de paixão febril
Onde e no tempo que eram
E ainda erram os que amavam
Com a destreza e o tirocínio da
paixão.
Então, no Taboão da Serra,
o ser e o tempo
Era, a caminho do encontro,
O que erra por outra geometria
E outra aritmética,
porquanto há muitas aritméticas e
geometrias,
Quiçá sem o algoritmo(algoritmo!)
Que dá o rito e ritmo ao ser-ator
Nos atos atuais ( atos-atores),
No tempo em que vivemos
Agora no ser que atua em nós
E que continua amarrado nos nós
górdios
Do amor que somos
- livres das colônias penais
sociais.
Era e é ela,
ainda, linda;
Outro era o mundo
E a Era do mundo,
Quando Rodin nos esculpiu,
Klimt pintou.
E o mundo, que é,
Ou aparece na fenomenologia do
apaixonado,
Menos e menor que a mulher amada,
Assim continua sendo no amém,
Pois ela é o mundo maior,
Mais vasto, mais casto e em pastoreio;
Mundo que, quando passa,
é detectado de imediato
Pelo campo eletromagnético dos amantes,
Assim como o tubarão
Com a presa que come
Em nome da fome
Detecta o nome
Em forma de ondas senoidais
Na caça que rastreia
E segue qual um caça da
aeronáutica,
Náutico que é
Já no café
Da manhã malsã.
Nautilos.
Minha amada assim, em jasmim,
é :
Uma Cássia, por onde passa a
flora :
“Passiflora”!
( A Cassia é um vegetal
Que plantei no escuro das flores
amarelas,
Tal qual Marília de Dirceu
Vegetou suprema
Nas liras sem iras do poeta conjurado,
Pois o vegetal é mãe da vida
E a dá ao amor,
Que sobe o tom com a paixão
De um tom cantante no coração,
Compondo a natureza do homem,
- o alimento ao ser
No violinista verde da clorofila
Que toca a vida para frente
- sempre,
- sempre-viva erva!
Que o amor é a vida....:
Morto não esparge aroma de feromônio ).
Mas será, Semat, Seshemetka...,
que conheço mesmo
A minha amada
Que sabe a jabuticaba,
fruta que jamais acaba,
minha rainha?!
E ela, conhece-me do mel?!
Faço disto um quesito
porque é fato
Que ela não sabe de mim
Nem o odor da sebe
Que segue em pós
Meus atos na aurora rubicunda;
Nem dela sabe
A minha língua a sal de mar :
E isto é amar,
Que amar sabe a mar
com procelárias cifradas,
Nunca decifradas.
Será que a bem-amada,
Rainha minha
E não do Antigo Egito,
Deitei em tempos remotos
Na Roda dos Enjeitados?!
Ou fiz o que fez Rodin :
Olvidei-a em algumas estátuas
Que esculpi para suprir
O meu cabedal de loucura humana?!...
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