quarta-feira, 13 de março de 2013

VANIDADE(VANIDADE!) - etimologia etimo

Savonarola não é o que consta
da história,
que é uma historieta para três porquinhos
e um lobo de maus bofes, soprano,
mas aspirante a tenor (barítono?!).

Savonarola foi
o que não narra a história
dos príncipes seculares e regulares
para os quais o que conta
são seus interesses mesquinhos,
nem tampouco o objeto abjeto e abelhudo
dos historiógrafos circunspectos
a ponto de provocar riso
em um cadáver.


Não, não é Savonarola objeto
do  "delirium tremens"
dos historiógrafos de Hegiogábalo
ou Elagábalo, da dinastia Severa,
encetada por Septímio Severo.

A história de uns e outros,
senhores da terra e historiadores,
só contam e analisam
alienações marxianas ou hegelianas da mente
de quem lança
tais objetos
sob nomenclatura de um Savonarola,
que não é um,
porém muitos Savonarolas,
nenhum dos quais é de fato
- um homem ( ou o homem)
que foi engolido pela baleia do verbo da época,
nem o prior
que era em pessoa de teatro
à época que espocou,
eclodiu o fenômeno
no corpo de um homem
sob negra sotaina dominicana

documentado, censurado e queimado
em duas fogueiras
da mais pura vanidade.
Aliás, tudo é vanidade,
já pregava no deserto o predicador.
 
A história dos senhores
e dos seus escravos 

travestidos de historiólogos,
historiologistas, cientistas, anabatistas,
- as histórias destes escravos acima arrolados

são lendas soltas nas línguas soltas,
gestas escritas para o príncipe,
ou governante da época,
seja ele um homem todo-poderoso
ou uma doutrina com seiva de fé
e assento na ciência racional
livre dos outros contextos
que costuram os textos
e que não seja
o seu contexto em texto

velo de ouro
ou pomo de ouro
retirado do Jardim das Hespérides
ou  da boca faminta do poeta maldito
o qual narra sem rebuços

gestas em prosa ou verso,
as quais correspondem em formação de batalha

à cavalaria ou infantaria pesada
ou a sintaxe na legiãos das letras
expostas na gramática da Ática
pelo rapsodo entrincheirado,
emboscado no bosque
ou num ligeiro bosquejo malfazejo
( Pior  que  prior,
só o priorato e o pretor,
o preço do prelado,
do prestidigitador...).

Savonarola era um religioso
altamente intelectualizado,
mas também um fanático,
prisioneiro de uma demência crônica, congênita,
que o vitimou inapelavelmente,
porquanto o Papa o excomungou
e foi, posteriormente,
executado em praça pública,
queimado vivo
frente ao Palazzo Vecchio,
em função de seus diatribes,
sua teimosia, intolerância
e sua severidade doentia.
Aliás,  quase a totalidade dos religiosos,
místicos, intelectuais e outros que tais
são políticos com poder mental,
espiritual...enfim,
com poderio encerrado em signos
e símbolos que dominam as mentes
de quem os ouve ou lê,
pois tem o dom de impor ideias e doutrinas
exercendo, destarte, um domínio absoluto

sobre  soluço de seus súditos súplices.
( Seus exércitos ou legiões mentais
marcham em signos e símbolos
e conquistam, quando em campanha,
o pensamento e sentimento humanos
com a flecha do poeta
que esconde seus tratados filosóficos
em versos aparentemente pueris
que, no entanto, assolam
ou varrem da face da terra,
 sistemas de pensar,
os quais são mitos
que, inobstante, escrevem o teatro
para que o rito seja cumprido,
encenado sob a letra do mito,

no Direito ou na religião,
ou seja, diz e dá regras aos passos

do homem comum
- que somente sabe viver sub judice

ou sob um céu e um dossel de crenças
para crianças.
O mais lhe é vetado peremptoriamente
dentro da história traginarrada
com um terço de tarja,
narrativa que se desenrola,

ou se enrola mais
em rolos de pergaminho

e engrola um glossário
em versos tratados sobre o trato do arminho.
Portanto, intelectuais, místicos, retóricos....
são, de fato, e no ato mítico e ritual,
reis perigosos, belicosos,
escondidos do mundo

por crisálidas de signos
e falenas de símbolos
encobertos pelas mantilhas de trevas da noite,
déspotas que podem ameaçar a hegemonia
dos príncipes reais
que subjugam pela força do gládio,
do helicóptero apache,
do tanque de guerra,
dos drones ou dos dromedários
que dão medo ao medo
dos medos e dos persas

olhando das persianas....
- Enfim, os homens que se plantam em tese
em meio ao caminho de outras majestades,
também usam de aparato bélico eficaz
com cavalarianos e infantaria
- que mataria
sem piedade de Maria,
mãe de Jesus,
o filho sem fé de José,
que não era nenhum pastor
conduzindo um fato,

mas um nato sublevado gentil
que,  não mataria na pradaria
um bando de bisontes berrantes
não-bisonhos nem bizantinos,
mas bi-sonhos e outras bizarrices extante,
se tanto!, que não sei quanto,
nem quantum nem quanta,
tanto quanto e quando
fosse o tamanho do rebanho não-simbólico de homens
- nos cascos!...
sem paz nos pastos).

Savonarola, amantíssima musa,
portentosa medusa,
vivificado até o eterno retorno
das ondas vitais,
quando do plantio da Cassia
em imaginárias aléias pela Via Cassia,
em Roma dos romanos,
era um rei poderoso,
ávido de poder,
cujo reino não era deste mundo,
mas enclavado no universo paralelo
daqueles que ousam pensar,
temerários,imbuídos, embasados em fé,
ainda que sobre seu pensar
paire a Moira
que mora
na Morávia
ou Bavária afora,
fora o foro íntimo,
que intimida o rei Midas
e mudas de mim
esparsas em ervas daninhas ao rés-do-chão
com chapéu de céu
por solidéu ou véu vetusto.

( Quando miro-me nos seus olhos
que tem desenhos exóticos
num rasgo de arte japonesa
vejo-me dentro deles
vestido com uma sotaina de frade negro,
  porém, de fato, ou de sonho,

sou um basilisco
que não é mitológico
senão quando não está
postado entre o amor
a nos amalgamar
e a morte a separar
o corpo de algo
que o anima
e deixa-o belo:
A morte é hedionda,
pior que o prior
e todo o priorato
- e de que duas medusas
e dois basiliscos
que acaso se enfrentam
para trazer o ocaso
quando não sabem a mar :
- amar a ponto de orvalho
nos umidificar
no barro e na água
de um fruto
do nosso encontro íntimo
- e feliz em flor no frontão
da catedral que é o nosso corpo
em junção de milhões de corpos retorcidos,
cozidos no negro
- dos lacertídeos
amealhados para formar
uma catedral negra
- noiva da morte
que grita na primeira carpideira,
que, no transcurso escuro do drama da "Pietà"("Pietà!"),
é o primeiro violino em voz lacrimosa
de uma mãe que perdeu seu filho
para o ventre escuro da terra!...:
o filho que passou
- entrou pelo ventre escuro
de seu corpo
em atos de amor febril...
ò Senhor, dá-me piedade da Piedade!...
- que esta mãe
é muito mais que a Piedade
- que as Piedades!..
de uma vida inteira ímpia
- ou pia qual Maria,
a mãe do salvador).

Deixa, que esqueço Savonarola,
na sua barcarola de atilados Átilas,
e deixo endechas
ao prantear a morte de meu sobrinho
que faleceu ao 24 anos
vitimado pelo mal do século : o médico,
assassino que mata por envenenamento
com drogas lícitas.

Mata por imperícia.
Desassisados que recebem título de doutor
quando o douto é o filósofo
que sabe da razão
ou "Scientia rationis!"
e o poeta acurado no sentimento
de um mundo que acusa
a "cognitio fidei"
de um pontífice partícipe da sabedoria
e do conhecimento do mundo
e dos ultramundos
que se derramam
em cósmica visão
de um simples "Sabah"
ou nos hiero gamos,
já curvados pelo tempo
e pela equação de Einstein,
que se busca em luz
na constante de Max Planck...

Oh! hoje, quero a luz
da estrela apagada
na alma violentada
do meu sobrinho morto
pela mão do torto,
à sinistra, no sinistro;
e do destro,
à direita do Direito
sem Obrigações para nababos
e quiabos com baba
que caiba na queixa com barbatimão
e ameixa para gueixa desleixada
deixada às queixadas nas endechas

que não deixam o chão

nem os versos cantantes
do poeta Cruz e Souza
que sofria do sombrio
que era seu mundo
- e que é o mundo
de todos nós
que morreremos pecadores
crivados de dores,
num septenário de dores
de Nossa Senhora das Dores...   
- de dores de Dolores,
dores que só acabam 
com a morte
em negra senda...    

( Do opúsculo em versos tortos para os náufragos que somos após bater no arrecife, o que não escolho : "Endechas com Voz na Primeira Carpideira que não Encetou o Coro Lacrimoso do Primeiro Violino, mais Soturno que Toda a Melancolia...").

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