À mulher que amo
receio ferir até com um olhar.
Aspiro cuidar dela
assim como se fosse ela,
em seu elan,
a criança mais dócil e doce
embora seja mulher plena
máxime em beleza
e virtude de virtuose
ao "dizer" com os dedos,
em companhia do vilonista verde,
que é a vida,
a qual é o vegetal,
sistema de pensar natural,
e com o violino e hino,
em tocata nos ombros,
onde deita, encostado, apaixonado
( outro Romeu que nao eu,
shakesperiano-kafkiano)
qual o violinista azul de Chagal
de doces, tristes olhos cerúleos,
- empunhando a baqueta
- que diz, por fim,
ao que deve tocar
o que tocar
num Stradivarius,
ébrio de paixão,
- Stradivarius silente há tempos
à espera do virtuose ( da virtuose!)
mais perfeito(a)
no feito de tocar violino
- a feitio
do olhar do menino,
que é o melhor olhar,
o mais belo olhar
- flagrado no olhar do meu neto
de 3 anos de idade
- e encantamento mágico!
( O virtuose ou a virtuose mais perfeita
- é o nosso amor em exercício!,
fora do plano platônico-catatônico
e máscara de ferro da hipocrisia
- que querem por social!)
A mulher que amo
- muito!
está na planta da Cassia
- ela é você,
que me lê às escondidas,
sem codinome de medusa...
- Tu que plantas quantas(?!) na razão
e vai ritmando o batuque do meu coração
(teu! : o meu coração que é teu!)
que sob a batuta de maestra
nada teme viver e amar
- mais mar que bar! (Bar-bar!).
Somente a ti,
para lá do Paráclito,
e da parábola na boca de Jesus
e na pena de Descartes,
- amo;
e amo-a mais que ao gamo("Dama dama")
na floresta fléctil, flébil....
( Que pena, soturno Descartes!,
que descartou a vida,
tal qual fiz
até encontrá-la
no vegetal que sustenta
com o doce da glicose e sacarose
o amor que dá bons e deliciosos frutos
- que ninguém furta
nem pode se furtar,
mas sim deve se fartar
se não for pusilânime...
- a ponto de perder uma chance única
de viver mais e melhor
- e por mais tempo).
Quero com você compartilhar
a fonte do nosso amor
que jorra no mundo
quando você passa
em direção ao elevador
( ...E era uma vez uma manhã...
...e era outra vez uma tarde...
com você passando
ou com sua ausência
que escurece o escuro ...).
Ajude-me, amada,
a te dizer que te amo
sem te ferir
- sem ruir nossas vidas
nem as vidas
de nossos filhos e cônjuges...
Ajude-nos! - para que este amor imenso
intenso, tenso!,
não passe em branco
- de nuvem no longe do céu
ou ao largo, no horizonte,
onde em ode se avista
o idílio nas montanhas
posto pelos olhos em distância,
sob a guarda do princípio da incerteza
- de Heisenberg.
( P.S.: Sei que lerás este bilhete;
lê-lo-á com carinho
- ou espanto!?...
Depois o apagarei
a fim de que olhos ciganos
de basbaques
não manche este manche
que leva nossa paixão
a bombordo,
a aproar em bom porto).
sexta-feira, 8 de março de 2013
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