sábado, 16 de março de 2013

TORRE DE MENAGEM(TORRE DE MENAGEM!) - verbete

Compreendi sua homenagem
no dia-poesia-noite-poeta
no recinto onde laboro
exploro o boro
ora outros elementos da Tabela Periódica
concebida por Mendeleiev,
sábio barba-russa
de alto coturno intelectual.

Entendi sua intenção,
sua mensagem
de ancho anjo
mesmo estando protegida
por torres de menagem(torre de menagem!) ,
pois não sou o asno de ouro de Apuleio
descrito em letras garrafais.

Em verdade, o que escrevinho em versos
não é tão-somente poesia,
mas, na realidade, uso da forma poética
e do verso livre
para dizer com liberdade plena,
ou licença poética,
toda minha filosofia,
aos pedaços, naco a naco,
e minhas teses eruditas,
que outros chamam científicas,
pondo, como ponho!, em todo o tecido escrito
a crônica da vida,
a vida crônica,
geralmente escrita como crônica-tempo,
pois Cronos é o deus tempo
e  tempo é o deus vida-morte,
neste vector em tensão
para as cobaias
que somos sociais
na retórica política
fundada na sofística
mais sofisticada
dos sofistas gregos.
Não escrevo para o tempo,
no corpo caloso de Cronos,
mas para a vida
e a mulher que amo alucinadamente.
( Lembro, querida, que Leonardo da Vinci,
gênio universal,
inteligência inata universal,
fazia isso usando da escrita inversa
e símbolos ocultos em sua arte plástica
que podia esconder a erudição
e o sarcasmo cuspido sobre o mundo dos porcos
- de George Owen
autor da "Revolução dos Bichos", uma fábula.
Outro fabular intenso
se derrama na "Metamorfose" de Kafka.
Sim, sou,outrossim, glosador
de obras clássicas e modernas,
porém minhas glosas
não tem ânimo para diatribes
ou críticas circunspectas
nem peito estufado de pomba
para qualquer pompa
- e pomba ( de novo!)  a bicar
 atrás do rasto do milho
ou do farelo no chão da praça).

Faço literatura enquanto polígrafo
versejando
porque assim evoco
e faço ouvir a música das Musas;
desenho as formas geométricas mais livres
no papel que apanha os versos
e os põe desenhados
preto-no-branco, em xadrez,
para enxadrista e galos
frente aos olhos
negros que são seus
- clarões de luar para os meus
em trevas veras, severas.

Fabrico literatura mirando sua beleza inexcedível
no lago espelhado de minha mente
que não tira você do pensamento
nem por um momento.

Pensando no seu sorriso puro,
no seu olhar devolvido
com tanto desprendimento e candura...
- vou menos só pelo caminho ínvio
tropeçando em vilanias
n avila sempre pobre
- de gente!

Você que é mais bela
que o convexo do espectro pode sonhar
e tentar ( que tentação!) por em luz refletida
porquanto não pode defletir
o que há de mais belo em você
- que é a doçura de uma alma
mergulhada no mel do amor
na paixão sem maldade
no amor que pare o anjo
e faz pegar fogo o serafim
que queima em mim...

Grafo, glifo, em desapego da prova
- que a ciência tanto ama!
em sua vanidade risível!
Vã é toda ciência,
toda filosofia...
mas não o nosso amor.
Eu só amo você
e, claro, aqueles
que levam meu sangue
pulsando nas veias.
Não amo mortos
portos tortos
sem nau e náufragos
por baixo das procelárias
serenas na procela cruenta,
sibilante o vento
com se trouxesse o sopro
de um leviatã dantesco
no tombadilho do navio negreiro
que sempre retoma a história
dos preconceitos que mudam
apenas de contexto em época.

Todavia, malgrados os percalços
meu amor por você
está acima de tudo
porque é você que mo devolve
-  você me devolve amor com amor
na maior pureza e inocência mútua.
Eles, os amores do sangue,
apenas querem meu sangue,
vampiros que são,
e não me dão retorno algum
exceto toque de sino em dobre de finados
quando a morte devier.

A prova para a ciência
não é um princípio,
mas o fim de tudo:
fim aristotélico-tomista.
Para mim, no entanto,
é tão-somente o princípio da incerteza
ditado por Heisenberg,
pois nada provamos
senão em contexto.
Fora do texto contextualizado
a prova é uma inexistente Lilith,
mulher mítica
feita do mesmo barro  do barítono Adão.
Loas para Goa ou Samoa
na canoa do pescador
que rema - remador!

Os que aspiram me ler
não imaginam ao aspirar
que inspiro você,
pois você é meu ar,
minha inspiração,
minha respiração,
- você, com seu cheiro natural,
mesmo porque não escrevo para eles
e sim para mim escrevia
antes de descobrir o amor
que nos envolve
no laço e no anel
que dá a volta de circunferência.

Agora para você escrevo, existo,
pois é o único ser vivo
que me interessa
e que para mim está vivo
- viva!
no amor que nos amalgama.

Não me importa as pessoas no mundo
fazendo profissão ou artigo  de fé
da hipocrisia, das picuinhas, da mesquinharia...
estas pessoas que não são mais seres humanos,
mas personagens de uma civilização para escravos :
são, lamentavelmente,  a sujidade no mundo
com sua molície
seu lixo mefítico
sua escatologia pútrida
nos movimentos peristálticos
não somente dos intestinos constipados...

Somente me interessa
seu corpo são,
sua alma santa
e nosso amor
que é uma casa sólida
a nos abrigar das intempéries
e do mundo dos infelizes servos da gleba,
pobres vassalos,  vilões,
sob seus suseranos
nas instituições postados de atalaia;
- instituições que são feudos
em outro contexto
não lido no texto,
portanto não medievo,
escrito por um incauto
que se pensa poeta
ou esteta que erige uma literatura
ao nível de Dostoievski.

Nós não  podemos viver mais separados
- você com seu cônjuge
e eu com minha esposa
em divórcio de vozes e corpos,
porquanto não sou mais eu somente,
nem tampouco você
- você em sua solidão e solitude
de corpo e alma,
senão na dor da separação mútua,
Somos nós,
- nós górdios,
unidos, inseparáveis,
- no céu e na terra
e onde houver mais espaço
e poção de hora no relógio
que é um percussionista do tempo.

É mister desfazer,
desmanchar nossa separação
arrostando os ritos
e mitos sociais
e os interesses
que fazem do amor
um comércio do amor
na limitada troca ( ou escambo)
de sexos e bens econômicos
dentre inúmeras outras coisas incômodas
para o corpo e o espírito sublevado
pelo amor apaixonado
perdidamente
no entender desta cultura para felás
e títeres inanimados
dançando nas cordas,
emitindo voz pelo ventríloquo...
- e não do poeta dormido
ou do filósofo que se suicidou
dentro de uma das suas aldeias interiores
- aldeias para duas mentes
e duas mãos
que se constroem ,
se esculpem, se pintam, se escrevem
e se operam reciprocamente,
que assim é o amor em ato,
- uma oposição ao tédio amarelo
triste no centauro
em que se transfigurou
o casamento mítico
exercitado apenas em rituais vazios,
frios como a mão da morte
sobre a testa
e na tez  do morto exposto.

Quem sabe a mar
- sabe amar.
A sabedoria é sentir o mundo
e sentir o outro,
não se confunde com a erudição
que é um não saber,
não provar com os sentidos,
mas com provas
que a ciência cadencia
no contexto que marca indelevelmente o tempo
e os homens no texto da crônica
às vezes  viva na liberdade dos seres emancipados,
porém na maioria das vezes
morta no imbecis
que toma conta do mundo
para que ele seja sempre imbecil
no povo e no governo.
( Mesmo os escritores canônicos,
os quais têm poder,
porquanto são e vivem a usufruir
da companhia e da amizade
dos  imbecis e estúpidos no poder
temporal ( do século) e espiritual

( da regra de São Bento)
e conseguir tudo com politica,
partilham do governo,
pois todo escritor é um poder à parte do mundo,
comandado pelos bichos de fábulas.
Inobstante,  os apócrifos
vão, de forma vã, em sua vanidade de homens
- que somos!
na soma ou no soma do corpo sem alma,
- vão em vão tentando mudar o mundo imutável
no concerto social, sexual e político...).

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