quinta-feira, 28 de março de 2013

MANCHA(MANCHA!) - glossário glossario

Olho com os olhos de Leonardo da Vinci
quando vejo uma mulher
de beleza inata.
O belo e a verdade
andam juntos,
despertam admiração
fonte da arte e da filosofia,
do esteta e do douto :
um a cavaleiro do saber
( "homo sapiens sapiens"
que sabe que sabe
a mel, fel e sabre),
- sápido, insípido ("insipidus") e melífico(mellitus")
no céu da boca do provador do doce
colhido na boca da mulher que traz
um travo amargo
mesclado à doçura,
vez que a vida é dúplice deidade ímpia
e nada escorreita,
que espreita embuçada na morte
que se segue ao mínimo mote
à mais insignificante glosa);
Um sobre a cela do cavalo
a saber trotar em torque militar
e outro na arte do  fazer
( "homo faber"
fabular em Kafka,
George Owen
e outros livres assim
a ponto de desperdiçar sem dó
toda a liberdade humana
que não sobeja para o demais em massa
- falida, falhada, abortada,
abordada pelos pilantras com falsos poderes usurpados,
pelintras políticos,
que cavam a demência da vida humana
em si, pois neles abunda o filão,
em minas gerais derramado em derrama
sob solstícios e equinócios
mas sem sentido
excepto aquele sentido do espaço vetorial
que veste os pobres e louco matemáticos
de teses esdrúxulas
abstrusas tal qual a teologia sutil de Duns Scott
e outros dessa envergadura do condor,
mas que mesmo assim
fora do estilo de Píndaro movido a ditirambos
faz o belo
- e do belo que suscita o eufemismo,
que é a beleza,
eufemismo essencial para se tolerar
a vida escravizada
sob as instituições intolerantes e intoleráveis
sempre falidas em massa e espírito santo
ou alma em maldição satânica
tangida pela lira do mísero profeta dos infernos
que foi o caricaturesco e doentio Baudelaire
adorado por captar a decrepitude do europeu culto
alienado de si há séculos
graças aos leviatãs em levante
nas instituições que encontramos
a meio do caminho do barco e do bar
quais pedras ou pedreiras
no sapato do gato de botas
a passo de gaivotas feridas de morte
- asilos institucionaliazados pela violência da lei
que começa na família de felás
que nos transformam, industrialmente,
pela força bruta
oriunda da metáfora tirada
ao centauro Quirão exposto em Maquiavel,
em "Opus" para Príncipes,
ou seja políticos,
os quais, inobstante,
em sua hipocrisia natural,
fingem abominar,
vez que tal obra
é, quiça, apenas uma cartilha
mais extensa e intensa
de obra de Hitler,
na qual se exclui o judeu
e inclui todos os demais seres humanos,
excetuando os mandatários vitalícios,
para maior gáudio do rebotalho
com sua escatologia suja
de corpo fétido e alma penada
lavada na cara lavada de pau).

Ei-la!,  a união maculada do conhecimento e prática,
a filosofia e a práxis poética,
que não está na cesta básica
da plebe ignara e sub-humana
que os mefistofélicos Hitlers,
que são as instituições
vendidas e venais,
com os políticos no comando delas,
- políticos que as criaram para inserir
outra forma sutil de holocausto imperceptível,
senão sob a forma da fábula kafkiana,
em vestes talares e togas negras
em todos os dias do cotidiano
com  inquisidores, torturadores e fogueiras
para queimar as vaidades e abater o orgulho
do ser humano livre
dessa civilização para escravos estúpidos
indo do finito temático
ao infinito matemático:
tudo uma loucura para crônicas pictóricas
de Bruegel e Bosch
entre o pinturesco e o picaresco

( Entrementes, senhores dementes,
o ser humano continua belo
porque o anjo
que o desentorta
e desentoca
é o poeta
que retoma o clamor do profeta
e evira os queixumes enamorados
pela sua senhora,
tal qual o fazia Dom Quixote de La Mancha,
o cavaleiro andante sem mancha,
ainda que vivendo à sombra da Mancha,
que não mancha ninguém
( quem se mancha
e nos mancha
está no manche dos políticos,
os quais, já nem são mais homens,
mas meros "políticos",
alienações ou aberrações do homem
enquanto indivíduo,
- os políticos s]ao seres sem ser ,
atores, hipócritas,
mergulhados nas trevas do homem
que roda a liberdade
sob o olhar atento da criança
que é esta roda a rodar em ciranda ),
O homem é mais que o profeta
que lhe habita a alma
e muito mais trilhões de galáxias
que as instituições, as quais não passam de meros asilos
para acolher os fracos e derrotados
e para tornar o homem escravo
ou servo da gleba do políticos
( estas bestas do apocalipse!),
porquanto estes últimos espantalhos de palha,
os políticos, e tudo intrometidos, abelhudos,
não logram subverter o profeta
que ainda restou íntegro
mesmo sob a figura e indumentária
e paramentos em versos melífluos
do caricaturesco poeta romântico ou clássico
que não é digno
sequer de lavar os pés do profeta Amós
em sua ferocidade de leão
defendendo a verdade
e a fé no homem,
que é a fé em Deus
e não nas alienações institucionalizadas
e mantidas pela lei cruel dos potentados,
sua corrupção indevassável,
- lei e direito também cognominado, ironicamente,
de estado, reino ou república,
conquanto não passem de feudos
que não pertencem ao povo em rebanho
junto demais  alimárias no pasto,
porém são propriedade ou latifúndios sem fundo
de alguns usurpadores,
pois votamos para eleger nossos ladrões
isentos e imunes à lei.
Aliás, esse fato está registrado em toda a história humana,
uma história natural para bichos de fábula,
quando em sociedade ou comunidade
e para zoólogos, quando fora do fabulário,
sob a políticos que submete o ingênuo zoólogo
que não logo descobre
que a zoologia é uma farsa
travestida de ciência
mas cuja essência é a norma
que os símios investidos no poder
põe na violência da lei
que deve ser cumprida
ainda que pereçamos todos
- os tolos!
que somos coagidos por lei a ser.
( A lei manda não ousar ser
o que somos,
mas sim a não-ser,
apenas a se contentar
em existir
como escravos ou servos da gleba,
ó senhores pais incautos
e pedagogos que fazem as vezes do bobo
fora do recinto da coorte,
sem corte ou censura!,
ó bobos!).

A! o homem livre,
o autodidata responsável por si,
o filósofo emancipado intelectualmente,
o erudito que se auto-educou,
o poeta fútil e vil
que descobriu o profeta
dentro do seu santo dos santos!,
ai! esse (este!) homem pleno,
completo, cabal,
auto-construído, pedra por pedra,
por si mesmo,
segue a passo
e continua a galope desenfreado
até achar a besta,
que pasta dentro de cada político,
seja ele deputado, governador, escritor, médico, cientista
ou filósofo comprado com 30 moedas,
preço do Campo do Oleiro,
- segue à sombra
da espiã que me amava
e no seio da qual eu...- não mamava!
- pois trazia em segredo do degredo
a pistola oculta no sutiã
no lado esquerdo do peito feminil,
peçonha no leite derramado...
- e seu coração era uma adaga
de fino lavor.
Pobre espiã que não se amava,
mas pensava que me amava
e panas mamava
a peçonha da cascavel
que vale mais que o mundo  dos homens,
mais venenoso e pérfido
que todos os diabos!
Pobre mulher
que não sabia amar!
- e não podia, destarte, ser amada
até lavar a peçonha da alma!,
negra noite hemotóxica,
neurotóxica do veneno na veia cava...
que leva à cova...

Malgrado todos os trâmites de Mefistófeles,
o ser humano é sábio
porque o filósofo que há nele
- é toda a filosofia...
- e mais, muito mais! - que toda a filosofia!,
Mesmo porque não há filosofia alguma,
nem grega tampouco gregária,
mas apenas e tão-somente filósofos,
quando os há,
porque são poucos
aqueles que sobram da eliminação
por Jezabel, a espiã que me amava tanto!
Jezabel, Jezabel, bela Jezabel!,
que também fere de morte
profetas que se rebaixam em poetas
e trovadores de antanho
no  canto e chão
a que descem - anjos decaídos,
descaídos ébrios
embrulhados no sono pela madrugada.

Eu canto Isaías, Jeremias, Oseías
e todos o conjurados!....:
Todos os conjurados
que fazem a  muralha social e política
mover um centímetro cúbico
por século quadrado e enquadrado
pelas legiões de demônios políticos
e seus asseclas e sicários varonis
dos Brasis queimados, esturricados
pela seca de homens
que derramaram o bom leite de sangue
no chão das insurreições,
nos hinos que sublevam
até o operário resignado
e amedrontado pelo fuzil
dos cães mercenários
que se pensam gente
( mas são menos que mastins!)
quando ferem ou humilham o outro
não percebendo ( eles não tem paga para perceber!)
que breve, em outro tempo que não tarda,
a tarja será para seus filhos e netos!
E ele mesmo será esquartejado amanhã
na manhã em manha cinza
tal qual o foi o conjurado alferes Tiradentes,
que não servia mais à tropa
ou aos desígnios frios do rei
e de seus sátrapas imbecis!
Será outro Tiradentes,
que não se sabe quem foi,
que se sabe que deveria
extrair dentes,
nem mesmo se sabe
se sabre tinha,
se é que agora ou antes importava sabre
ou saber do sabre
de de outras coisas
que não se sabe.
( Em mim ri um filósofo cínico,
um Demócrito zombeteiro...
- e olha de cima
um deus epicureu
frente a infâmia humana,
a peste negra endêmica e epidêmica da estupidez
que grassa
em meio ao ambiente político imundo
aonde vai e vive e vige a lei
do rei da canalha ignara, ignóbil, vil, fementida,
pela qual nada sinto,
excepto desdém,
conquanto tenha piedade
da ingenuidade do populacho).
..............................
..............................
.............
Uma beleza nata
é cheia de graça
tal qual Maria Santíssima!:
- ...e a flor em carmim pintada pelo campo!
que oculta a víbora
sempre salvagem
nunca domada,
indômita a tal ponto
que passou a ser o símbolo e gesto
- do diabo ( ou demônio!)
que transfigurou a face do céu e da terra
criando a religião de Deus :
- deu uma religião a Deus
e outra aos pontífices
e outros políticos ímpios
que se fazem de pio :
Pio XII!
( Pia mentira?!...
Prefiro o pio da natureza
no pato, no pintainho, no pássaro).

Essa graça divina de Maria
imprime a dignidade
em suas atitudes naturais,
femininas, divinas,
às mulheres virtuosas
que sopram o oboé
e são belas oboístas
virtuoses no instrumento
que sopram seu anjo de dentro
para fora da música...
Oh! Musa, libérrima, ubérrima...
(A emoção de amar-te
não cabe nas palavras, Cassiopeia!,
- nem  naquele abraço de ontem!
ou de todos que nos daremos!)
..............................
....................................................
A inteligência congênita
traz o belo à baila
e junto vem a verdade ou aletheia,
a consonar com o contexto da língua e cultura
que pode ser grego ou romano.

Todavia há algo feio
e escuro na foice das trevas :
- a morte!

A morte no corpo do morto
é algo assim
qual folha, flor, madeira
sem árvore, erva, trepadeira, liana, arbusto...
- sem inteligência!,
 graça e beleza
pois a morte é a fealdade,
a initeligência do pedaço de pau seco
caído da queda do anjo no galho,
esgalho torto, morto,
sem vida,
sem inteligência
- que é vida!
Por isso a morte é tão rejeitada!,
nunca aceita...

Pior que a morte
é a eutanásia,
morte pelo médico,
indigna morte,
quando não é piedosa
( mas nunca é piedosa!) :
A eutanásia é ato mais abominável
que o suicídio,
pois o suicídio é a decisão do louco,
do desesperado,
ou que quem sabe
o que é melhor para si,
mas, apesar dos pesares e percalços
- o suicídio é uma decisão do ser
revirado em si
no gesto do verme
a se retorcer de dor,
que se mata,
dando fim a uma indignidade.
Já a  eutanásia é fria atitude da razão,
mera economia da morte
- e quiçá da vida
que se desgasta no vegetal fixado em raiz
de sistema nervoso plantado
em alma sem sonar
para morcego voar à noite...
- a noite!,
antes da noite
que está viva
fora dos nervos do sistema
que, nervoso, agarra-se à derradeira erva daninha
- que não passa da primeira filósofa cínica
dominadora dos sistemas
que regem a vida e a morte.

A morte só é bela na "Pietà",
na tragédia, que é sempre uma deusa grega,
e cuja filha é a filosofia,
outra grega divindade,
pois tão-somente na arte está salva da fealdade
- pelo frágil poder do eufemismo,
que me parece atitude feminina-fetichista
com rasgo religioso-político
e poder de cura
pelo amor sublime
ou paixão avassaladora
que subverte a ordem
e dá coordenadas à desordem.

( Excerto do Opúsculo " Livro de Lei Proibido para Imbecis e Idiotas Endêmicos e Epidêmicos, mas não Vedado às Ervas Daninhas porque são Filósofas Cínicas e não Estúpidos Acríticos!") Olho como os olhos de Leonardo da Vinci
quando vejo uma mulher
de beleza inata.
O belo e a verdade
andam juntos,
despertam admiração
fonte da arte e da filosofia,
do esteta e do douto :
um a cavaleiro do saber
( "homo sapiens sapiens"
que sabe que sabe
a mel, fel e sabre),
- sápido, insípido ("insipidus") e melífico(mellitus")
no céu da boca do provador do doce
colhido na boca da mulher que traz
um travo amargo
mesclado à doçura,
vez que a vida é dúplice deidade ímpia
e nada escorreita,
que espreita embuçada na morte
que se segue ao mínimo mote
à mais insignificante glosa);
Um sobre a cela do cavalo
a saber trotar em torque militar
e outro na arte do  fazer
( "homo faber"
fabular em Kafka,
George Owen
e outros livres assim
a ponto de desperdiçar sem dó
toda a liberdade humana
que não sobeja para o demais em massa
- falida, falhada, abortada,
abordada pelos pilantras com falsos poderes usurpados,
pelintras políticos,
que cavam a demência da vida humana
em si, pois neles abunda o filão,
em minas gerais derramado em derrama
sob solstícios e equinócios
mas sem sentido
excepto aquele sentido do espaço vetorial
que veste os pobres e louco matemáticos
de teses esdrúxulas
abstrusas tal qual a teologia sutil de Duns Scott
e outros dessa envergadura do condor,
mas que mesmo assim
fora do estilo de Píndaro movido a ditirambos
faz o belo
- e do belo que suscita o eufemismo,
que é a beleza,
eufemismo essencial para se tolerar
a vida escravizada
sob as instituições intolerantes e intoleráveis
sempre falidas em massa e espírito santo
ou alma em maldição satânica
tangida pela lira do mísero profeta dos infernos
que foi o caricaturesco e doentio Baudelaire
adorado por captar a decrepitude do europeu culto
alienado de si há séculos
graças aos leviatãs em levante
nas instituições que encontramos
a meio do caminho do barco e do bar
quais pedras ou pedreiras
no sapato do gato de botas
a passo de gaivotas feridas de morte
- asilos institucionaliazados pela violência da lei
que começa na família de felás
que nos transformam, industrialmente,
pela força bruta
oriunda da metáfora tirada
ao centauro Quirão exposto em Maquiavel,
em "Opus" para Príncipes,
ou seja políticos,
os quais, inobstante,
em sua hipocrisia natural,
fingem abominar,
vez que tal obra
é, quiça, apenas uma cartilha
mais extensa e intensa
de obra de Hitler,
na qual se exclui o judeu
e inclui todos os demais seres humanos,
excetuando os mandatários vitalícios,
para maior gáudio do rebotalho
com sua escatologia suja
de corpo fétido e alma penada
lavada na cara lavada de pau).

Ei-la!,  a união maculada do conhecimento e prática,
a filosofia e a práxis poética,
que não está na cesta básica
da plebe ignara e sub-humana
que os mefistofélicos Hitlers,
que são as instituições
vendidas e venais,
com os políticos no comando delas,
- políticos que as criaram para inserir
outra forma sutil de holocausto imperceptível,
senão sob a forma da fábula kafkiana,
em vestes talares e togas negras
em todos os dias do cotidiano
com  inquisidores, torturadores e fogueiras
para queimar as vaidades e abater o orgulho
do ser humano livre
dessa civilização para escravos estúpidos
indo do finito temático
ao infinito matemático:
tudo uma loucura para crônicas pictóricas
de Bruegel e Bosch
entre o pinturesco e o picaresco

( Entrementes, senhores dementes,
o ser humano continua belo
porque o anjo
que o desentorta
e desentoca
é o poeta
que retoma o clamor do profeta
e evira os queixumes enamorados
pela sua senhora,
tal qual o fazia Dom Quixote de La Mancha,
o cavaleiro andante sem mancha,
ainda que vivendo à sombra da Mancha,
que não mancha ninguém
( quem se mancha
e nos mancha
está no manche dos políticos,
os quais, já nem são mais homens,
mas meros "políticos",
alienações ou aberrações do homem
enquanto indivíduo,
- os políticos s]ao seres sem ser ,
atores, hipócritas,
mergulhados nas trevas do homem
que roda a liberdade
sob o olhar atento da criança
que é esta roda a rodar em ciranda ),
O homem é mais que o profeta
que lhe habita a alma
e muito mais trilhões de galáxias
que as instituições, as quais não passam de meros asilos
para acolher os fracos e derrotados
e para tornar o homem escravo
ou servo da gleba do políticos
( estas bestas do apocalipse!),
porquanto estes últimos espantalhos de palha,
os políticos, e tudo intrometidos, abelhudos,
não logram subverter o profeta
que ainda restou íntegro
mesmo sob a figura e indumentária
e paramentos em versos melífluos
do caricaturesco poeta romântico ou clássico
que não é digno
sequer de lavar os pés do profeta Amós
em sua ferocidade de leão
defendendo a verdade
e a fé no homem,
que é a fé em Deus
e não nas alienações institucionalizadas
e mantidas pela lei cruel dos potentados,
sua corrupção indevassável,
- lei e direito também cognominado, ironicamente,
de estado, reino ou república,
conquanto não passem de feudos
que não pertencem ao povo em rebanho
junto demais  alimárias no pasto,
porém são propriedade ou latifúndios sem fundo
de alguns usurpadores,
pois votamos para eleger nossos ladrões
isentos e imunes à lei.
Aliás, esse fato está registrado em toda a história humana,
uma história natural para bichos de fábula,
quando em sociedade ou comunidade
e para zoólogos, quando fora do fabulário,
sob a políticos que submete o ingênuo zoólogo
que não logo descobre
que a zoologia é uma farsa
travestida de ciência
mas cuja essência é a norma
que os símios investidos no poder
põe na violência da lei
que deve ser cumprida
ainda que pereçamos todos
- os tolos!
que somos coagidos por lei a ser.
( A lei manda não ousar ser
o que somos,
mas sim a não-ser,
apenas a se contentar
em existir
como escravos ou servos da gleba,
ó senhores pais incautos
e pedagogos que fazem as vezes do bobo
fora do recinto da coorte,
sem corte ou censura!,
ó bobos!).

A! o homem livre,
o autodidata responsável por si,
o filósofo emancipado intelectualmente,
o erudito que se auto-educou,
o poeta fútil e vil
que descobriu o profeta
dentro do seu santo dos santos!,
ai! esse (este!) homem pleno,
completo, cabal,
auto-construído, pedra por pedra,
por si mesmo,
segue a passo
e continua a galope desenfreado
até achar a besta,
que pasta dentro de cada político,
seja ele deputado, governador, escritor, médico, cientista
ou filósofo comprado com 30 moedas,
preço do Campo do Oleiro,
- segue à sombra
da espiã que me amava
e no seio da qual eu...- não mamava!
- pois trazia em segredo do degredo
a pistola oculta no sutiã
no lado esquerdo do peito feminil,
peçonha no leite derramado...
- e seu coração era uma adaga
de fino lavor.
Pobre espiã que não se amava,
mas pensava que me amava
e panas mamava
a peçonha da cascavel
que vale mais que o mundo  dos homens,
mais venenoso e pérfido
que todos os diabos!
Pobre mulher
que não sabia amar!
- e não podia, destarte, ser amada
até lavar a peçonha da alma!,
negra noite hemotóxica,
neurotóxica do veneno na veia cava...
que leva à cova...

Malgrado todos os trâmites de Mefistófeles,
o ser humano é sábio
porque o filósofo que há nele
- é toda a filosofia...
- e mais, muito mais! - que toda a filosofia!,
Mesmo porque não há filosofia alguma,
nem grega tampouco gregária,
mas apenas e tão-somente filósofos,
quando os há,
porque são poucos
aqueles que sobram da eliminação
por Jezabel, a espiã que me amava tanto!
Jezabel, Jezabel, bela Jezabel!,
que também fere de morte
profetas que se rebaixam em poetas
e trovadores de antanho
no  canto e chão
a que descem - anjos decaídos,
descaídos ébrios
embrulhados no sono pela madrugada.

Eu canto Isaías, Jeremias, Oseías
e todos o conjurados!....:
Todos os conjurados
que fazem a  muralha social e política
mover um centímetro cúbico
por século quadrado e enquadrado
pelas legiões de demônios políticos
e seus asseclas e sicários varonis
dos Brasis queimados, esturricados
pela seca de homens
que derramaram o bom leite de sangue
no chão das insurreições,
nos hinos que sublevam
até o operário resignado
e amedrontado pelo fuzil
dos cães mercenários
que se pensam gente
( mas são menos que mastins!)
quando ferem ou humilham o outro
não percebendo ( eles não tem paga para perceber!)
que breve, em outro tempo que não tarda,
a tarja será para seus filhos e netos!
E ele mesmo será esquartejado amanhã
na manhã em manha cinza
tal qual o foi o conjurado alferes Tiradentes,
que não servia mais à tropa
ou aos desígnios frios do rei
e de seus sátrapas imbecis!
Será outro Tiradentes,
que não se sabe quem foi,
que se sabe que deveria
extrair dentes,
nem mesmo se sabe
se sabre tinha,
se é que agora ou antes importava sabre
ou saber do sabre
de de outras coisas
que não se sabe.
( Em mim ri um filósofo cínico,
um Demócrito zombeteiro...
- e olha de cima
um deus epicureu
frente a infâmia humana,
a peste negra endêmica e epidêmica da estupidez
que grassa
em meio ao ambiente político imundo
aonde vai e vive e vige a lei
do rei da canalha ignara, ignóbil, vil, fementida,
pela qual nada sinto,
excepto desdém,
conquanto tenha piedade
da ingenuidade do populacho).
..............................
..............................
.............
Uma beleza nata
é cheia de graça
tal qual Maria Santíssima!:
- ...e a flor em carmim pintada pelo campo!
que oculta a víbora
sempre salvagem
nunca domada,
indômita a tal ponto
que passou a ser o símbolo e gesto
- do diabo ( ou demônio!)
que transfigurou a face do céu e da terra
criando a religião de Deus :
- deu uma religião a Deus
e outra aos pontífices
e outros políticos ímpios
que se fazem de pio :
Pio XII!
( Pia mentira?!...
Prefiro o pio da natureza
no pato, no pintainho, no pássaro).

Essa graça divina de Maria
imprime a dignidade
em suas atitudes naturais,
femininas, divinas,
às mulheres virtuosas
que sopram o oboé
e são belas oboístas
virtuoses no instrumento
que sopram seu anjo de dentro
para fora da música...
Oh! Musa, libérrima, ubérrima...
(A emoção de amar-te
não cabe nas palavras, Cassiopeia!,
- nem  naquele abraço de ontem!
ou de todos que nos daremos!)
..............................
....................................................
A inteligência congênita
traz o belo à baila
e junto vem a verdade ou aletheia,
a consonar com o contexto da língua e cultura
que pode ser grego ou romano.

Todavia há algo feio
e escuro na foice das trevas :
- a morte!

A morte no corpo do morto
é algo assim
qual folha, flor, madeira
sem árvore, erva, trepadeira, liana, arbusto...
- sem inteligência!,
 graça e beleza
pois a morte é a fealdade,
a initeligência do pedaço de pau seco
caído da queda do anjo no galho,
esgalho torto, morto,
sem vida,
sem inteligência
- que é vida!
Por isso a morte é tão rejeitada!,
nunca aceita...

Pior que a morte
é a eutanásia,
morte pelo médico,
indigna morte,
quando não é piedosa
( mas nunca é piedosa!) :
A eutanásia é ato mais abominável
que o suicídio,
pois o suicídio é a decisão do louco,
do desesperado,
ou que quem sabe
o que é melhor para si,
mas, apesar dos pesares e percalços
- o suicídio é uma decisão do ser
revirado em si
no gesto do verme
a se retorcer de dor,
que se mata,
dando fim a uma indignidade.
Já a  eutanásia é fria atitude da razão,
mera economia da morte
- e quiçá da vida
que se desgasta no vegetal fixado em raiz
de sistema nervoso plantado
em alma sem sonar
para morcego voar à noite...
- a noite!,
antes da noite
que está viva
fora dos nervos do sistema
que, nervoso, agarra-se à derradeira erva daninha
- que não passa da primeira filósofa cínica
dominadora dos sistemas
que regem a vida e a morte.

A morte só é bela na "Pietà",
na tragédia, que é sempre uma deusa grega,
e cuja filha é a filosofia,
outra grega divindade,
pois tão-somente na arte está salva da fealdade
- pelo frágil poder do eufemismo,
que me parece atitude feminina-fetichista
com rasgo religioso-político
e poder de cura
pelo amor sublime
ou paixão avassaladora
que subverte a ordem
e dá coordenadas à desordem.

( Excerto do Opúsculo " Livro de Lei Proibido para Imbecis e Idiotas Endêmicos e Epidêmicos, mas não Vedado às Ervas Daninhas porque são Filósofas Cínicas e não Estúpidos Acríticos!") 

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