quarta-feira, 25 de maio de 2011

TOTEM E ETNIA DO MATO GROSSO PELO TUIUIÚ, JABURI, DE PAUL, PAUL MATOGROSSENSE


Tu, Tuiuiú que és,
- és objeto de olhos
( olho gordo
olho que tudo vê
olho com tampão de pirata...)
os quais te observam de todos os ângulos
de todos os seno e co-senos
falam de ti no balanço das ondas senoidais
que se balançam no ar
na dança da deusa eletromagnética
que se imagina no rádio e na televisão
e no micro-computador pela internet
banda larga asa larga em envergadura de tuiuiú

Tu, tuiuiú pousado
pescador à beira da loucura de paul
( paul de tuiuiú
ou tuiuiú de paul )
símbolo do estado do Mato Grosso
ave-símbolo do pantanal matogrossense...
( Mas o que é o Mato Grosso?
- O Mato Grosso é o homem
que cavou uma etnia topográfica
topológica toponímica
uma etnia telúrica
que veio da terra
e de outras plagas
até pousar ali no Mato Grosso
ao lado do jabiru
desbravando o território
conquistando a terra
constituindo o território
até que venha o estado de Direito
e tome por força irresístivel de lei
de todos os homens que ali estavam de posse do território
tudo o que o homem da terra conquistou por Direito
na guerra eterna do homem contra o homem
no velho dizer ou constatar de Hobbes no Leviatã
monstro eterno que dorme e acorda no homem
Há os homens que roubam ou furtam objetos, coisas...:
estes são os ladrões, os latrocidas....
e aqueles que roubam Direitos :
estes são os reis, os presidentes... )

Tu, tuiuiú és um ser
construído pelo homem de estudo
ou homem de ciência
para objeto de estudo
e vários são estes objetos que és
aos quais o homem te impõe o ser
que é uma posição no conceito
em língua geométrica que te desenha
pela mão dos Rugendas e outros mestres assim artistas
e pelas concepções dos filósofos e cientistas
Assim és objeto de zoologia
de ornitologia, com o ser para ave : "Ave Maria!" ),
de fisiologia e anatomia
até de etnografia e etnologia
quando invades a cultura do homem
( entrarias como totem, se fosse o caso
ou brasão no caso dos reis
dos quais os estados de "Direito" usurparam o trono e a coroa
e consequentemente o brasão de armas
Nos estados de Direito o direito pereceu
ou ficou sendo propriedades de alguns
que tomaram posse do estado
pelo voto popular
ou sufrágio universal
pois dessas frases bonitas vivem os arrivistas
Estas frases os sustentam no poder perpétuo
"lulificado" no Brasil por Lula
- Lula da Silva que não saiu da selva
ou do alcance territorial do silvo da víbora
- a víbora bufadora
ou a víbora do Gabão
que o que é por lá é por aqui )

Tu Tuiuiú sobre tudo voas (sobretudo!)
com tuas loas
à toa e à tona
e sobretudo acima da boa lâmina d'água da lagoa
( lagoa não magoa )
onde se planta a cana do bambu
por si própria plantada
quando no labor de lançar a semente ao vento ativo
juntando o esforço vegetativo ao eólico
a mover o moinho de vento que invento no vento
saindo dos foles e pistões
que tocam com os dedos
todos os ruídos e músicas
no martelo e bigorna dançantes
- dança com ossos ouvintes!
(Tu tuiuiú és água
- água de corredeira....
tu, tuiuiú...não és mágoa )

Tu tuiuiú vais
aonde a canoa desliza sua loa
a loa da canoa em Samoa
Vá passar em vôo raso à lâmina d'água
por onde se esconde a boa cobra constritora! Vá!
- Vá aonde fica emboscada a boa ou jibóia ("Boa constrictor" )
que no idioma tupi bóia sub-laminar
com nome de sucuri-amarela ( "Eunectes notaeus")
- sucuri do paul mato grossense
( Sucuri é vocábulo tupi
cuspido pela língua tupi
- idioma que a língua sensível da serpente saboreia com enzima
co-enzima
porquanto a língua da serpente
é um instrumento preciso de caça e pesca
e captação do mundo circundante
dentro da circunferência ou círculo ou incidência de sabedoria da cobra
que não sabe a sal
senão ao sal que prova nas presas
- nas vítimas agonizantes
no amplexo para outro tipo de sexo
- para o tipo de sexo que alimenta o sexo e a prole
e nutre os genes da serpente )

Tu tuiuiú és já jaburu ou jabiru
consoante a enzima na língua tupi
seja para te provar o sabor
ou temperar o pensamento com o vocábulo
que diz do tupi linguístico
mas não filológico
porque não tem tupi escrito
não há tupi em história
senão conto oral
lenda de boca em boca
que povos de lenda não são povos de mitos
são povos sem poesia escrita
sem histórias de histórias
dissertações doutas
pensamento e literatura erudita
cultura erudita
de gregos e latinos
senhores do mundo sábio
e do mundo do conhecimento
que ainda lhes pagam tributos de senhorio
( o latim frio e científico de Lineu
nem sempre diz do bicho
senão o que descreve o zoólogo
fundado em corpo anatômico
e a dança que este corpo pratica ao viver
mas não tem a enzima na língua morta
para dizer da vida do jaburu
como o diz o aborígine
que convive com o tuiuiú
no brejo fumegante
se há queimada ou coivara
e corre a capivara
de fogo que não é fogo-fátuo)

Tu tuim túrgido tuiuiú
tuim-de-papo-vermelho
Tu tuim tuim-de-papo-vermelho tuiuiú
urubu quase-quase urubu mas não urutu tu serias
tu, tuiuiú já jabiru já jaburu
já a jato sem jato
pelo mato grosso
que enche o papo vermelho
de frugal alimento da mata
do mato grosso
Quem sabe quiçá Goiás?
Tu tuim tuiuiú és pantanal
és ave de paul
palustre pernalta
ave de água
aquática e aquífero ser
em todas as águas e asas sobre águas rasas
Plantado estás na raiz quádrupla ou cúbica dessas águas quedas e mudas
( águas de paul que podem ser até mefíticas)
em consequência do miasma )
na radicação sob a radiação solar
em radical raio aberto nas águas que movem as asas
em "pi" radiano
- águas que fazem viver o animal com motor nas asas
moto contínuo
até a energia sair da quadratura do círculo

Tu tuiuiú já jabiru e tuim
tuim que és de papo vermelho
cuja cabeça-seca chama o "Jabiru mycteria"
( o latim não tem miséria
tem "miseria" que é etimologia
palavra ou voz de onde vem a miséria
evidentemente em conceito fonado e grafado )
Jabiru ou jaburu é outro nome tuiuiú
do jabiru em latim
e não mais no tupi cuspido escarrado inculto
longe da escarradeira ( antigo objeto ou artefato de luxo
- luxo de antanho no lixo de Santo Antão
a um quadro Dali )

Tu tuiuiú, ave ciconiforme,
cujo bico é o "cico" que muda de forma
conforme o "grude " ou hábitos alimentares
ou o olho de pirata piscando no leitor
na língua que fala
no idioma que canta a pernalta
mas não a descreve graficamente
nem em signos linguísticos ou geométricos
com os símbolos a ferir os significados
ou acrescer acepções
No latim científico
há a leitura e escrita do tuiuiú
então com a denominação "Jabiru mycteria"
sendo a família dessas aves oriunda das águas dos "Ciconiidae"
família "Ciconiidae"
pingando dois "is"
no corpo anatômico do vocábulo
que então pode voar fisiológico aos olhos dos ornitólogos
e na concepção de qualquer língua vernacular
que poderá dizer da ave em sua lógica sintática
depois de passar pelo latim nada vulgar
eivado de declinações que foram declinando na voz do povo
e no furo do ovo
por não mais exprimirem o que é necessário
e não as filigranas de ourivesaria e ourives
que ficaram no museu atuante do Direito
cujo mister é viver sob o antigo
( Vida jurídica é vida antiga
- o Direito é um antiquário
uma casa de sebo
uma loja de vender objetos e concepções caducas
- há muito decadentes
Os dentes de Tiradentes
estão ali expostos
ou sua dentadura
junto à cabeça de lampião, o cangaceiro célebre :
o herói das sagas no sertão
reencarnado em signos e símbolos por Guimarães Rosa
o poeta épico do Brasil
Trágico complexo em Diadorim! )

( Os pingos dos "ii" no latim
designam geralmente o nome de família "animalia" nos "iis" pingados
quando Deus levou Lineu a nomeá-los em língua de legião romana
dos anjos soldados que criaram a maior empresa do planeta
- a empresa que é o Império de Roma a Loma Linda
de Albalonga na Itália a Loma Linda na Califórnia
caminha o empório-império de Roma
que fundou a empresa e empório do soldado
que fez e faz e desmancha impérios de soldados )

Tuiuiú pernalta de pescoço nu
preto no anu-preto
( que negro e roufenho é o canto em cor do anu-preto
canto incolor
desta minha ave-símbolo
- ave símbolo de mim
ou longe de mim! )
Jabiru de papo nu vermelho
( tuiuiú por que tuiuiú? )
Brancas plumas que carregam a alva
e pretas pernas pernaltas que ilustram a noite
nas madeixas negras a cintilar na cabeça da morena Berenice
na Cabeleira da Berenice
( Morena para adjetivar a mulher e tecer jargão na geologia
na terra e na água que engrossa o mato
onde o mato é Mato Grosso
na voz grossa do homem telúrico
- de voz grossa e coração puro como as águas livres
as águas eremitas que correm longe dos homens
- dos homens sem inteligência poética
sem Manuel Bandeira
ou Manoel de Barros

Tu, tuiuiú, saiba; aliás, não saberás que :
o ornitólogo te olha
o poeta te ama
o zoólogo estuda-te e se esquece enquanto animal ( "animalia!")
o taxionomista te classifica
o filósofo te pensa
põe a "tese" do ser em ti
faz-te ontologia
o latinista te viu
porquanto há talhado em conceito o nome "jabiru"
que pode ser provado num latim
não sei se pós-Roma
ou de que macarrão italiano
se pagão ou cristão
mas há que há um jaburu descrito no latim
que viajou mundo com suas legiões romanas em sintaxe
sempre a guerrear e espargir as cinzas da semiologia
pelas diversas culturas autóctones
por onde passou a cultura de Roma no latim
que depois levou a Bíblia na vulgata

Tu tuiuiú tuim "jabiru mycteria"
filho de três línguas
dois vernáculos
és ave de longo bico preto
ave que abre a envergadura nas asas dos olhos
que olham a ti tuiuiú
- és um "tu" volante
"jabiru mycteria" de beleza exuberante
conquanto a palavra jaburu diga do feio e desajeitado ser
és uma iluminura tipo as medievais
para os olhos e a mão do artista contemplativo
na beleza do poeta que voa em ti tuiuiú
e cujo vôo abre os olhos para a alva grafada nas penas
e a noite de anum pernalta nas pernas
que plantam a raiz quádrupla em terra
e na água que move os motores da vida
por dentro e por fora das aves
que então voam e navegam naves
( Aves são naves suaves
e naves são : "ave Suástica!"
- um tipo de cumprimento febricitante
para soldados em guerra )

Ui! tuiuiú
tu que és o tu
o tu meu
- o meu "alter ego" ou eu nas águas
com asas e rêmiges
sobre as águas em que nado imagino que nadas também
( não sei se nada o jaburu
pois sei de raso o jabiru
apenas que em corpo e penas é tuiuiú
- tuiuiú que dá o tom do tu discursivo
e faz ouvir a toada das águas
quando há toada das águas em torrente quente espumante
soantes sonantes e consoantes
ou o silêncio de selênio dos pauis
- do paul da garça
e assustadiça saracura do brejo
que se sacode magra
e com as penas longas e finas
a pisotear e molhar brejo
nas almas do caboclos )

Tu que és o tu do tuiuiú
és a vida em água e terra em mim e ti
- tu e eu tuiuiú somos
voamos amamos e vivemos
por mim e por ti
através da ponte interativa do tu e do eu
no tu do tuiuiú e eu meu
que ego sou ou ego carrego
como um corcunda de Notre-Dame às costas
( o ego pesa e essa gravidade faz a corcova
que não é a do dromedário
nem tampouco do indivíduo em idade provecta
- o macróbio ou Ancião dos Dias )
És enfim todos os tu fora da geometria que desenha o tuiuiú
em outro ser de terra e água
outro ego em Adão contra o qual faço guerra por terra e água
e em Eva que amo para tirar terra e água do ventre dela
na girândola dos demônios Íncubos e Súcubos
que amam e batalham nos homens
sempre plantados na terra da guerra declarada a Adão
pelo amor devotado à Eva
e mormente a Lilith
senhora dos desejos carnais
- senhora dos carnavais
desde antiguidade pagã
arfar com afã
no interlúdio sexual
único interlúdio prazeroso da vida
que se torna doloroso
ao nascer o rebento
que sempre é Cristo
e sempre será crucificado
pela via "crucis" que a vida põe até na mais humilde crucífera
que tange o chão
beijando o rés-do-chão
a fonte da erva daninha ou bonina
verdura ou fruta ao rás do chão
melancia sem correspondente enzima no corpo humano
mas eivada ou grávida de melanina
( ou o nome não foi posto "em tese" pela melanina
substância spinozista que dá a cor à polpa da melancia
fruta fresca esparramada languidamente pelo chão do sertão
tão procurado pelo luar dos poetas?! )

Tuiuiú, tuiuiú
tu és água
e desta água farei meu poema!
Tu, tuiuiú, és água
e sobre esta água erguerei uma poesia aquática!
uma ave pernalta e um paul por baixo do vôo
pois água é alma
alma é vida
que se bifurca no latim cristão e pagão
em alma do outro mundo
e alma presente neste mundo
- que é a água
a alma presente no mundo atual
no mundo que atua junto ao homem então vivo
então transbordante de água
por dentro e por fora
no suor e no sangue!
... e o tuiuiú que voa
voa em água benta
pela igreja da natureza
- é a água que o faz voar
e me faz viver
- é a alma do latim que anima
"anima" muito o animal
que pode ser inseto no latim
Amém

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