Tinha um plano de saúde
Mas não saúde
Para dar e vender
Só plano de ter saúde
- da saúde que não tinha
O plano era bom
Para a saúde do médico
E o desenvolvimento do monstro
dentro do estômago do médico
e do monstro de Stevenson
( novelista poeta e escritor que nasceu em Edimburgo e morreu em Apia, Samoa)
Por trás da corporação de médicos ( e monstros )
Saudáveis e afáveis
O plano seria até benfazejo
No planisfério
Se não alimentasse mais o médico
E o corpo de saúde
Que o paciente
a parturiente
o Indigente
de saúde pública
e privada ( privativa)
Face ao contrato-distrato
Que merece um tratado
Sobre o trato e o menoscabo
Que um contraente assume
Para gáudio de outro contratante
Na relação contratual
Na qual somente na ficção jurídica
Ambas as partes estão em pé de igualdade
porque na realidade estão em guerra
na declaração de guerra de Hobbes
ao escriturar o "Leviatã
aquele outro monstro
agora estado de direito
( para si em si maior, major
e de deveres e obrigações
para os demais do "demo"
na democracia risível
que ostentamos )
Porém tinha um porém
O plano de saúde
Ocultava no contrato-distrato-maus-tratos
Em letras não escritas
Sob signos invisíveis
Que não era plano de saúde
Mas de doença
Pois quem tem saúde
Não tem plano para doença
Não sofre “apaixonadamente”
Em “pathos”
( exceto pela bela
- a bela que passa
e deixa um rasto
de beleza pintada por Tolouse-Lautrec
em lupanares
prostíbulos
patíbulos
sacrários )
Do pato da patologia
Em seu quá-quá ( do Pato Donald Disney )
Que penso
Ser onomatopeia tomada de água
- do vocábulo água
Em simples glossário em vernáculo
Coisa –em-palavra para não se dizer em dicionário
algoritmo invocabular
invocabulado
invocado
convocado
vocado
vocar
Nem tampouco em jargão profissional
No bestiário daqueles que fazem profissão de fé
No bule com café
No bulevar sem ar
- imaginário bulevar!
porquanto tudo que é comércio
Ou está para mercar
Mercante em navio
É plano para doença
Apregoando saúde
Como a Sadia
ave da sadia
não é sadia
- e a Sadia
deveria se denominar “Doença”
Perdigão-Perdigueiro-perdiz-
conquanto traga em nomes atraentes
onomatopaico talvez
quiçá onomatopéias invisíveis à leitura a olho nu
- literatura que esconde
a doença na Sadia
que não passa
a Sadia com seus peixes putrefactos
apenas de uma ou mais de uma corporação integrada no sistema
Produtora de doenças
Como tudo o que vem do mercador
Que quer vender
O peixe putrico e mefítico
Como peixe fresco
como como
ou penso que como
Tudo o quese vende
no mercado negro ou branco de fantasma no lençol santista
Não é a verdade da filosofia
Nem a poesia da mulher
A revolutear o corpo tenro
Na flor do amor fetal
fatal
cloreto de potássio
hidrato de animal
na mixórdia da química
com a línguagem na matemática
na álgebra em zebra
listrada
listada
preto no branco
xadrez em retas paralelas
para um plano de espaço euclidiano
- infinitos planos
em intersecção no espaço euclidiano
radiano
em grau-grado-grou
ou...
( Todavia para que isto seja poema
Carregue poesia ao colo
É mister que diga eu
Que um miosótis
- um miosótis-Tereza
que passa pressurosa
pela senda da rosa
Fugiu-fulgiu
Na boca minha filha
Quando ela era
Um pedaço de poesia com todo o mel das abelhas
todas em favos
E todo néctar e pólen e própolis do universo
Assim como era
A era geológica do meu filho
E o período por que passa meu neto
Outrossim na Tabela Periódica dos elementos de Mendeleiev
Como todos os corpos em carne viva
Lá estão
Na faixa dos períodos de tempo
Que constituem o tempo do tempo
Divididos racional e tecnicamente na química
em períodos de tempo
nos quais o tempo existe dentro do tempo maior-imaginado
pelo racionalista filosófico
Conforme provou Mendeleev
Sábio e gênio russo
Que criou a linguagem da química
Cujos caracteres mesclam signos e símbolos
Com figuras geométricas
Em casa de abelha e vespa
Que se ilumina no vocábulo marimbondo
Em lexicografia tupi-guarani
Mesmo lexical para tomar guaraná
Face ao iguarapé guapo
Ao lado do lobo guará
( “Chrysocyon brachyurus” )
Moribundo aguará
Aguaraçu
Nativo canídeo da América do Sul
Diz Wikipédia sobre o lobo-guará
que é uma “relíquia da fauna plistocênica”
( do Plistoceno ou Pleistoceno )
E a ave ciconiforme rubra
guará-pitanga
guará-rubro
íbis-escarlate
no latim "Eudocimus ruber")
Morreu de febre tifóide
causada pela bactéria "Salmonella typhi"
bacilos Gram-negativos
anaeróbios
serotipo "Salmonella enterica paratyiphi"
que inclui várias subespécies
possuem lipopolissacárides
podendo causar o óbito por choque séptico
( Faleceu entre os cavaleiros hospitalares
e os templários
porque tudo o que é posto em mercância
está contaminado pelo conceito-vírus
que faz o homem peregrinar sem fim
( ou até o fim )
entre os produtos da farmácia
e do super-hiper mercado
bares e bazares
e confluentes-afluentes )
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