quinta-feira, 19 de março de 2009

OTTOGRIBEL : GUERRA E PAZ

A natureza através de suas legionárias ervas / está permanentemente vigilante / esperando o menor descuido para entrar na fortaleza do inimigo / seja a cabana cercada pela onda verde herbácea / ou o castelo medieval petrificado no espaço / tentando se soltar das mãos do tempo / que cava com água ou erva ou sol / ou ainda vem com o martelo frio da noite / e com as picaretas da noite cavando trincheiras para ervas tomarem posição / porquanto ervas tem a natureza de Marte, Fauna e Flora /
Exércitos de ervas estão sempre de prontidão / à porta e nas frinchas das pedras do castelo feudal / ou subindo pelas torres do castelo / em perfeita sintaxe de batalha /
O povo herbáceo da natureza / está em formação de batalha para invadir o castelo / está cercando o castelo por todos os lados / esperando o silêncio e a noite para atacar / tomar de assalto o castelo em estado de sítio / ou a casa dos loucos solitários já quase sufocada pelas ervas / e as casas onde o tempo já cavou todas as trincheiras / onde as ervas já se apossaram até dos tijolos / os quais passaram de artefatos culturais a produtos da indústria das ervas / das flores e dos arbustos e das árvores / que ali bicam o chão com aves /
As ervas sobem paulatinamente / passo a passo até o paço do castelo medieval /
avançam pelas escadarias e muralhas do castelo envolto em brumas / tomam as torres de atalaia / na menor ausência de um passo humano criam canteiros / tomam como soldados uma posição / e atacam com aromas verdes que curam os pulmões / e marca o passo do coração / ervas verdes médicas e farmacêuticas /
Legiões armadas de ervas invadem mosteiros e abadias / e vestem o hábito de monges e monjas / Os monges e monjas verdes trapistas / monjas Carmelitas descalças de Santa Terezinha do Menino Jesus / inspirando os conventos cartuxos e a natureza / a viverem a paz de são Francisco de Assis / o irmão natural com o coração em sinfonia de serafins /
As guerreiras herbáceas emitem mensagens no ar exalando odores / as fragrâncias são seus pés caminhando no ar / arrastando-se de brisa em brisa / plantadas com os pés em todos os ventos / que as levam em corpo e espírito herbáceo / pelas veredas que o olfato capta /
A voz das ervas palmilha no vento / e parte de seu corpo em cheiro está na brisa / na extensão de suas moléculas pelo ar / estendidas como mãos para colher olfatos / e dialogar com outras ervas e abelhas na fauna / e na faina diária tangidas pelo ritmo do violino em floradas / formigas e vespas em jornada / todas escritas e escritoras no vento / desenhistas e pintoras que invadiram a aldeia em obras de Marc Chagall / com seus violinistas azuis celestes e verdes / pintando melodias no vento austral /
A natureza com ervas e arbustos e árvores / busca constantemente invadir as fortificações humanas / seja uma simples choupana ou um palácio majestático /
as ervas hão de invadir / tomar de assalto um dia / quando tudo estiver abandonado aos chacais e às corujas / às urzes e às trepadeiras escalando o paredão de pedra / junto aos lagartos e serpentes / que ficam para sempre no seio da natureza / prontas para repor a vida após a guerra com os homens /
Ervas lançam anjos no ar / plantam anjos azuis e verdes em modo de ataque / e também em discursos herbáceos / emitem pensamentos em atos e vozes verdes de filósofas cínicas / cantando o verde em canções no gosto da clorofila / em coro de anjos naturais / tocando o ar com músicas de cheiro verde / compostas e executadas com maestria / pela orquestra de violinistas verdes / escrevendo músicas nos cadernos do vento / em notações musicais do tempo herbáceo subindo e pintando as paredes com limo e lodo / junto à legião de lacertídeos do tempo mensurado pelo passar do tempo verde do relógio de erva / tempo em que Mozart estava na cor de alma dos vivos / sustentado na alma do ar pelo gesto de mão da clorofila /
As ervas têm a paixão verde de Eros / são Vênus verdes rutilando em fragrâncias / a sensibilidade de Fernando Pessoa ou Federico Garcia Lorca / Holderlin ou Virgílio nas Bucólicas / as idéias de Platão e a liberdade silvestre dos filósofos cínicos /
Formas e naturezas herbáceas têm o bosque todo para crescer / todo o mundo de terra é seu de origem / com escritura nas rochas e nas árvores / por isso seu sentimento de erva expresso em Alexandre Magno / sua clorofila nutrindo a sede de conquistas de Gêngis Khan / a sede verde de Império nos césares de Roma / pois as legiões romanas em sintaxe de ervas anelam por reconquistar a terra / a terra palmo a palmo conquistada pela ferocidade egoísta do homem /
As ervas querem somente reconquistar o reino vegetal / e assim promover a paz mundial
natural / devolver à natureza seu universo verde / eivado de todas as cores eclodindo nas floradas esparsas pelo ínvio caminho / onde muito espinho se esconde em garras afiadas de ervas com veneno pegajoso /
As ervas dos seus olhos / as duas verdes ervas em seu rosto / cintilando em seus olhos verdes-erva / olhos de ervas verdes / ervas na alma verde da vitalidade afinada em equinócio / suas duas ervas em forma de olhos verdes / que também participam como soldados entre as ervas invasoras / estão em formação de batalha com as demais guerreiras bárbaras / gritando com todos os odores no vento / preparadas para invadir o castelo abandonado na aldeia / o meu castelo abandonado na aldeia / porque a natureza caminhando em suas ervas / desejam reconquistar meu coração de homem /
para fazê-lo de adubo no torrão de terra / onde as ervas se agarram pela raiz /
Ervas querem meu coração ao contrário / virado em terra fresca e olorosa / pois assim é a vida / a vida vegetal / a vida vegetativa das ervas / com a qual elas nos sustentam vivos / com a qual se faz a vida / clorofila a clorofila / fio a fio de clorofila no espelho de Narciso do sol / que se debruça e olha / e tem o olhar devolvido pelo olhar refletido da clorofila / que como outro Narciso a se olhar / vê sua imagem refletida no sol / o sol que olharra e vira seu reflexo de Narciso no espelho da clorofila / num flerte cujo amor é a essência da vida /
O tesouro da vida está guardado sob a vigilância perspicaz e perseverante das ervas / que umedecem o solo e a rocha granítica / até despertar a erva da vida / o divino tesouro que vale mais que todo o ouro /
ATIVIDADE MNEMÔNICA : Vide Wikipédia : Torres Castelos medievais - torres de castelos medievais - Wikipédia : Torres de castelos medievais - Wikipédia : idade média - torres de castelos medievais - Wikipédia : castelos feudais da idade média - Wikipédia : castelos feudais da idade média - Wikipédia : castelos feudais na Idade Média - castelos feudais da Idade média - Wikipédia : castelos feudais da Idade média - Wikipédia: arquitetura medieval - feudalismo - Wikipédia : arquitetura medieval - feudalismo - Wikipédia : arquitetura medieval - Wikipédia : feudalismo - arquitetura medieval - feudalismo : Wikipédia - arquitetura medieval - castelo medieval de Óbidos - Wikipédia : Portugal - castelo medieval de Óbidos - Portugal : Wikipédia - idade média - Wikipédia : castelo medieval de Óbidos - Wikipédia : Portugal - idade média - castelo medieval de Óbidos - Portugal - Wikipédia : castelo medieval de Óbidos - Portugal - castelo medieval de Óbidos - Portugal - Wikipédia : Idade média - Wikipédia : Castelo Medieval de Guimarães em Portugal - 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