sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

MONTES ZAGROS(MONTES ZAGROS!) - verbete


Os únicos psiquiatras que li
foram o humanista Erasmo de Rotterdan
e o filósofo Michel Foucault;
os outros eram reles,
ralé mesmo :
meros médicos,
médios, medos-persas
da Média, terra
com termo nos Montes Zagros;
merovíngios
sem trono e cetro,
sem solidéu,
de déu-em-déu
feito as andorinhas pelo céu,
em escarcéu,
ao léu do téu-téu,
que não é réu,
confesso.
( Reles, reles, reles
é toda a realeza
face à beleza da Medusa
que me faz de pedra
com seu olhar
de dentro da noite negra
em seus olhos negros
e seus cabelos nigérrimos
com cabedal de víboras...
Arrogante olhar de menosprezo!).

Goya, outrossim, era acurado psiquiatra,
assim como Bruegel, o velho,
nas crônicas pictográficas,
nos debuxos e gravuras
que punha à mostra
a loucura do tempo
na barca ou nau dos insensatos.
Os outros, pseudo-psiquiatras,
meros charlatães que vendem pílulas
cheias de medo e placebo
para um sono dogmático-pragmático
de Kant antes do canto do cisne.
(Que sinto pela Medusa!?!:
dizem os homens e as mulheres
- que é amor,
paixão desabrida;
sei eu só,

somente eu,
em foro íntimo,
que não intimo,
nem julgo feito juiz,
- sei! que é  paixão desabrida
em todas as línguas de fogo

em todas a línguas cantadas
pelos pelos dos arcanjos e serafins
que se queimam
neste cadinho...:cadinho cabal!
Paixão tão intensa!
- que a tensão entre nós
é a um tempo
de atração e repulsão
como dois lados do imã
a se atrair e se repelir,

concomitantemente,
mas nunca a se trair,
pois o amor jamais trai,
- mas mais atrai
que todo o pólo magnético da Terra,
que roda o pião,
ó Judas Iscariotes!,
reles criatura!,
vívido em tantos homens vis
e mulheres vãs
que vagam em vão
sem o fogo da paixão verdadeira,

verdadeira como a pomba-verdadeira!
- Veraz!
(Verás que é veraz
o fogo que me queima
em serafim me transtorna
e transforma, traspassa :
- por uma só medusa
e não por meia dúzia
de mulheres que vegetam
no país de Elão,
onde jorra o deserto
- em miragens!).

Assim como não há lugar
para psiquiatras
depois daqueles sábios e eruditos,
não  há lagar
para se mirar
céus e terras
se a Medusa
não estiver
entre eu, o telúrico,
e o luar celeste
- lua que luta
branca-de-nuvem, no início do dia,
pálida, esgarçante,
dainte do sol que enxuga
as lágrimas da noite
que passei sem ela
na cama ou na lama,
não importa a gama,
mas assáz a dama
- da noite
de um catalão, Joan Miró
a me mirar
no arroio de rocio em cio
da madrugada dos galos em gesta,
trovadores em amores.
(Reles, reles, reles
é qualquer estrela de escarcha,
qualquer alteza
face a altivez da Medusa!

- musa minha).


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