domingo, 10 de fevereiro de 2013

FOLIA,FOLIA,FOLIÃ! - dicionário dicionario



Folia, folia, folia
com Lia e Bia e tia
- Terezinha sem a menina em jejum
de não-nome menino Jesus,
na casa dos seus oitenta anos
ou capaz que mais
uma trezena de primaveras,
- que tia Terezinha tem-tenha
ou pode ter
e ser ainda foliã
mas não quer nã...o :não
e canta que encanta assim:
"Não, não, não
não quero,
mamãe ( vovó! - minha avó!) não quero,
não quero-quero
o quero-quero..."
imagino. Imagine!

A foliã que ela era,
mera foliã era
em outra era
a tia na folia de antanho
- que sumiu da fotografia
num Grito de Munch roubado
( ou fugiu da luz de lá de dentro,
no escuro medroso  a medrar
no medo do retrato
que, às vezes, parece um Goya louco,
que fica assim doudo
para pintar os que se pensam doutos
e são doudos de pedra sabão ou pome,
homem, que come o pomo,
mas não o pomo de ouro
do Jardim das Hespérides?
O que te espera :
a caça ou o predador?! :
ambos, emboscados...)

A fotografia dela
desenhou-se no enlace
do preto e do branco do dia,
( que amor é isso de jogo xadrez,
rito de fêmea-macho em encaixe
na caixa e no encaixador),
e fugiu da prisão do retrato
( uma fuga impossível
de outra prisão de Alcatraz;
do alcatraz, pelicano negro...)
como se fora fera acuada
- onça que comeu o retrato
no prato do prático
dentista, ensaísta, jovista, javista,
chauvinista, fascista, passista...
haja vista
que se perdeu de vista
ao avistar "terra à vista!",
marinheiro de marimbondo
oblongo no longo abdômen.
homem, lobisomem do Amém-Rá!
( Arqueiro certeiro no Zen Budismo :
artilheiro com a besta ou o arco
que arca com a arca de Noé
e a Arca da Aliança
perdida na Arcádia
e nos arquétipos de Jung
ou nos arcanos do Tarô cigano ou egípcio...
Psiu! : no cio em cicio
no encontro fatal
de todo macho e fêmea
independente do casamento
e do estado de direito
que sujeita a todos
os "sujeitos" insuspeitos de insubordinados
no peito e nos peitorais amorais
- no seio arfante da Medusa
que me olha feroz
qual cobra a medir a distância para o bote
e o tempo para inocular a peçonha letífera...
atroz criatura de mito
que o amor realizou em rito
de mulher real
subindo as escadas
sem a ajuda de Marcel Duchamp).

A foliã no pensar do fenomenólogo,
tipo Hegel, Marx, Husserl,
que "loga" o logos logo
- logo pensa que existe triste e só
por pensar com o pensar de Descartes
e o mundo  posto entre parênteses matemáticos
por Edmund Husserl,
- assevera a severa fenomenologia,
que não é Husserl,
mas a alienação mental do filósofo,
que é outro folião insípido,
- que o folião não é mais
que o homem alienado
que se fantasia de si mesmo
musical musa no carnaval
( vertido de vestido
no bloco dela, blogue dela)
- tempo e evento, o carnaval,
cujos ventos que sopram oboés
nas ventas dos reis do mundo também,
meu bem, minha boa Medusa,
aquiescem em permitir
fora-da-lei do faroeste a leste
sul e norte, bombordo, estibordo,
barlavento, sotavento,
que todos possam ter
alguns parcos dias de liberdade
com as Parcas
e as danadas Danaides....
- que se danem!,
Danaus sem naus.

Porque para o filósofo
que na maioria das vezes é homem
o pensamento é sobre o  homem
e a mulher é uma  danada dos infernos
exilada para o mundo das trevas exteriores
e dos subterrâneos de Hades
que há-de convir
que não há rio Lethes que aguente
tanta água com mágoa
das mulheres que toleram
o pensamento do homem
como lei da casa ("nomos") :
há sempre um astrônomo, autônomo,
antônimo; enfim, uns gnomos
que se julgam donos do domo
da Basílica de Santa Sofia,
transliterada do grego ao latim,
"fia"(filha) de arquiteto cujo arqui-inimigo
terá a cabeça sob o teto
da otomana Mesquita Azul
e do cálculo do engenheiro
cujo pensamento jaz já
sob as fundações
desta epítome da arquitetura bizantina.
( A mulher é filha(Fiona)
e fiação que fia
o tecido do corpo humano
do copo cultural
e do corpo de Cristo
sem filosofia de cão
Maior ou Menor
para a lupa da abóbada celeste
abobadada e abobalhada
com tanta sandice
contra a Circe
que se fantasia de foliã
e sai na folia
sem nicomaquéia irrisória e grassa
que grassa sem graça
com cem garças
ao escarcéu do céu
e do coruchéu do mocho).

A mulher é a "Hagia Sophia"
e o homem que assobia
da cúpula de Santa Sofia;
porém não a Bia, Lia, Tia Terezinha,
mas a Santa Terezinha do Menino Jesus,
anjo com terra na face,
douta doutro mundo
de um tipo diferente
do que se lê,
quase lesma,
na claustrofobia do Aquinate
e entre os negros monges
e os monges brancos:
ela era descalça
no Carmelo.

Folia, folia, folia,
mas não intramuros
de Santa Maria Novella. 

 O Grito.jpg
marcel duchamp mulher subindo escadas marcel duchamp mulher escadas pintor obra pictorica artista biografia obra vida
medusa de bernini canova dicionario filosofico filosófico juridico jurídico dicionário enciclopédico enciclopedico enciclopédia delta barsa enciclopedia delta barsa dicionario etimológico etimologico etimo etimologia onomastico dicionário onomástico verbete glossário verbete glossario léxico lexico lexicografia vida obra biografia pinacoteca arte medusa gorgona górgona mito mitologia grega mito terminologia cientifica terminologia científica dicionário científico dicionario cientifico nomenclatura binomial nomenclatura munch o grito munch grito

Nenhum comentário:

Postar um comentário