sexta-feira, 20 de setembro de 2013

OUSÍA(OUSIA!) - etimologia etimo verbete

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As metrópoles hoje não mais respiram nem deixam respirar . O asfalto  desdenha a água e não a retém nem a bebe, deixa-a para as bocas-de-lobos entupidas com lixo ( ou luxo de uma sociedade fundada no consumo); não segura a água nas paredes dos prédios de concreto armado : pedra mais dura e seca que a rocha originária, quiçá. Assim vivemos, peixes que somos ou fomos ontem no tempo geológico, sem água para respirar, com as narinas e a garganta seca e entupida por refrigerantes dulcíssimos,  fortuna de carboidratos.

A vida é vegetal, vegetativa, está nas plantas, na “planta” da glicose,  que é a planta, planta  que planta e cultiva a vida, na prancha da natureza arquiteta, e seus cultivos e cultivares que, quiçá, conhece e convive com o Arquiteto do Universo, o Ancião dos Dias. Sem os  gases, como o dióxido, o monóxido de carbono, o oxigênio, o nitrogênio e outros, não teremos “vegetividade” e,  consequentemente, não teremos vida mínima sequer,; vida  em que vige o plantio, o cultivo e  cultivares.
Obviamente o clima é mais importante que a cidade no que tange à temperatura, umidade e outros fatores climáticos; entrementes, a engenharia racional e sensível de uma cidade pode mitigar o clima ou o seu oposto intensificá-lo até a tortura. 

Estamos a morrer por não  sabermos  arquitetar cidades, pois não respeitamo-nos enquanto seres humanos, não amamos nossos filhos e netos o suficiente, nem a  nós mesmo ( que não ama a à sua estirpe, odeia-se ou então  é apenas um insensível ignorante perdido na natureza que o corrói com os germe e a estupidez,  que é sua derrocada, porquanto  quando ignoramos o outro ignoramo-nos inconscientemente e nos colocamos todos em perigo iminente, pois o homem sem o grupo de proteção, sob o qual vive, sendo chefe ou subordinado, não logra subsistir, mas entra em decadência social e dissolução da comunidade com morte certa.  É ensejar a crônica de uma morte anunciada,  processo que leva ao fim do homem pela dissolução da associação sob a qual se protegia e dava-se mútua proteção.

Não respiramos mais, senão mal, com pouca umidade no ar,o que nos mata devagarinho, paulatinamente; estamos distantes dos animais, do verde vegetal, dos odores das plantas, da terra que se ergue no vento e se molha na chuva, que traz mariposas de helicóptero auto-pilotável, mariposa que pousam aqui na minha mão e enchem de emoção o coração, atravessando a massa dos edifícios cujas  moles  podem ser avistadas de longe.

Em Nova York, além do Central Parque, já estão fazendo fazendas pequenas entre os arranha-céus  ou  nas  cercanias deles, pois o homem americano ( não digo povo, note!) é mui pragmático e percebe o prejuízo que as cidades moribundas são ara o homem: prejuízo econômico!,  porquanto é nisso que eles pensam, são obcecados pelo ganho –  otimizar os lucros e, na maioria das vezes, mitigar os custos, ou torná-los o mínimo possível,  com dispêndio de  apenas o necessário, pois as despesas, muitas das vezes, tomam parte considerável do lucro e tornam a operação contraproducente, se não inviável.  

De mais a mais, os norte-americanos, o povo pragmático, o homem pragmático,  está sempre atento e alerta contra os malefícios econômicos, políticos e sociais do desperdício,  pois  este encarece tudo, pesa mais que impostos e são tão graves ou mais que a corrupção porque a corrupção, conquanto  nem sempre seja  possível  de evitar,  pode ser minorada nos seus  danos, pois os bens ou numerários desviados podem ser, em  geral o são,  passíveis de restituição,  ao menos nos países em que as leis vem para viger sobre as cabeças de todos e não tão-somente servir de verdugo e cortar as cabeças da maioria dos cavaleiros sem cabeça, que não são lenda, neste caso específico,  nem metáfora,  mas realidade populacional que enche o espaço do campo e da cidade,  o que não ocorre com o custo da saúde pública que, se negligenciada, gruda a conta da inflação em cada parede de hospital e de empresas, governos, do estado, enfim,  e em todos os sentidos,  porquanto  uma doença crônica, que poderia ser evitada com profilaxia adequada, racionalização,  traz não só despesas várias e prejuízos enormes, bem como ocupa inúmeros profissionais razoavelmente remunerados e se alastra em prejuízos que vão ao bolso do indivíduo, então paciente, e volta ao erário inúmeras vezes para cobra  a conta da incompetência e da estupidez, que é elevadíssima e tomas grande parte da renda e marca com compasso e ritmo as relações sociais e econômicas, além de ser a mostra de políticas equivocadas ou negligenciadas  por um governo que, inapelavelmente,  acabará afetado a administração do próximo governo e, o que é pior, criará um costume de governo que com o passar dos anos e com as repetições, acabará como parte da cultura.

Pelo exposto, pode se depreender, sem dificuldade, porque o homem precisa ter o poder maior que o do estado e dos seus governantes que, em todos os lugares da terra, demonstraram que são fracassos. Todos os governos hoje no planeta terra são contundentes, redundantes, retumbantes fracassos,  motivos de decepções e frustrações do povo ( o homem de seu de categoria aristotélica quando de indivíduo humano virou povo, ou seja, foi-lhe usurpada  pela espada a sua substância então cortada pelou direito, que é a arma do estado, sempre escravocrata. O estado é o império sobre um só povo, ou antes, que transforma um conjunto  de homens da mesma etnia e língua em povo, ou seja, em escravos. Ao perder, ao ser usurpado da sua realidade ( de rei) de sujeito do mundo , o homem, enquanto ser, ousía (ousia!), substância primeira ou substância–prima do mundo,  viu-se  obrigado, coagido a se rebaixar a uma coisa, um povo, uma massa disforme e vária).

Para que o homem, enquanto indivíduo dentro de uma coletividade, tenha poder,  não importa a hierarquia,  é mister que tenha atitude, seja livre para ter atitude, o que não acontece com um povo, que, e geral, mormente no que o povo foi transformado, em massa, não passa de objeto de manobras de demagogos e outros. O homem é maior que o povo, pois o povo começa e termina no homem e não o contrário, conforme se apregoa. Chegou o tempo de acabar com os governos representativos,  que , de fato e de direito, não representam senão alguns grupos no pode r e vinculados aos senhores no poder, forma antiga de dominar pela força  bruta da espada romana, da cruz romana  e do direito romano, que substituiu a vetusta  religião e a adornou com a filosofia menor da Hélade , depois da filosofia maior de Aristóteles. A filosofia entrou na maioridade, na maturidade, na sua plenitude com o estagirita, passando pela juventude com Sócrates e Platão. Portanto, chegou a hora do  governo retornar ao homem enquanto indivíduo livre em cidades-estados em que todos são governantes, utilizando-se, evidentemente, de mecanismos políticos que permitam e tornem viável essa governabilidade. Um homem no governo a cada ano e que não retorne depois a um segundo tempo e governabilidade, pois isso tende a cristalizar a corrupção, que é apanágio do homem, exceto do homem de Aristóteles na Ética a Nicômaco ou nicomaquéia. Mas apenas ali, naquela obra  arrancada ao coração do filósofo.

Por outro lado, as instituições, as, quais hoje são colossais conglomerados,  teias de aranha onde o homem está preso e é morto diuturnamente,  tem que ser menores e submissas ao homem, pois o homem é quem cria as instituições e não o contrário : as instituições, empresas e o que seja, são feitas para o homem, para servir ao homem e não o homem oposto. A oração que reza que o homem passa e as instituições ficam é uma balela, um sofisma grosseiro, maldoso, pois subverte a realidade, aniquila a verdade que é posta por cada indivíduo e que sobrevive às instituições e às belas letras.Nos Evangelhos: é o sábado para o homem e não o homem para o sábado. Será que essa frase poderá instigar os homens-múmias que pensam que dirigem as instituições, mas que, no fundo, são marionetes delas?

Na atualidade quem atua, são atores e sujeitos que  não  o homem, mas as instituições, esses asilos para doentes mentais e enfermos do corpo e da alma: estados, igrejas, empresas, associações, etc. Mesmo o homem aparentemente mais poderoso do mundo, o presidente dos Estados Unidos da América , não tem poder algum, pois somente pode agir se consultar as instituições: Congresso Nacional, a mídia, os grandes bancos que comandam o mundo financeiro e que fazem da economia ma mentira enfeitada, ao invés de uma ciência séria. Quem manda, comanda, é a lei, as instituições também obedecem a lei, instituição magna do direito, elaboradas pelo estado, este ditador universal da terra  onde vive cada indivíduo humano prisioneiro delas.  Não há mais liberdade, nem para onde fugir.Vivemos à época da ditadura das instituições laicas e religiosas. Na Idade Média o comando da Europa tinha seu cerne na igreja Católica, que exercia seu monopólio e seu solilóquio. Hoje são as instituições que forma o estado de direito ou teocrático.

Fomos rebaixados a sujeitos gramaticais, nada mais. Descemos à sintaxe das palavras. Foi revogada nossa dignidade como sujeitos ontológicos e lógicos na proposição da substância de Aristóteles, tempo em que o homem tinha liberdade, pois o filósofo não era, decerto, nenhum nefelibata destrambelhado. Na filosofia do estagirita éramos a substância primeira, de onde  tudo provinha; éramos o sujeito lógico, ontológico, senhores do mundo que moldávamos a nosso talante. Hoje, tigres de papel, sujeitos da gramática, meras ficções de interlúdio, títeres das leis.  Só não nos transformaram em predicados do sujeito porque isso  é mera ficção, conquanto se faça isso por direito ou de direito, pois o direito tem o poder, o condão de ignorar os fatos e viver da ficção jurídica que pode dizer o que quiser que isso vira lei de besouro montanha abaixo, ó Epicuro de Samos! O que somos? Ou nos obrigam a ser?! De Samos não somos, nem do Jardim.

 Não somos mais o ser, a ousia,  a substância (“substantia”),  a essência (“essentia”), o sujeito da proposição, da enunciação, o sujeito da concretude, “einai”?!... Sim , somos; mas as leis venenosas armam sofismas e os mais tolos( a maioria absoluta, que comanda!) crê como uma moça parva ou uma mosca morta.

Finado esse anátema(anátema!), que é o estado de direito, a república, morto o leviatã mitológico que a tudo e a todos domina implacável, o homem ficará somente com o capitalismo, que ele próprio, enquanto indivíduo, poderá dirigir como juiz de si e do sistema e onde os líderes emergirão naturalmente e, destarte,  inaugurarão uma  Era da inteligência inata, pois cada um terá a liberdade de falar e fazer aquilo que melhor sabem ou sabem com maior proficiência.. Somente assim nós todos, cada um de nós, enquanto indivíduos, poderemos dirigir nossa vida e os sistemas que pomos como pomos ( de ouro) no mundo como nossos filhos mentais, os  quais acabam monstrengos que nos devoram com o tempo, numa espécie de mito de Cronos  aos  avessos.

Testemos uma cidade-estado assim, nestes moldes aqui explanados grosso modo em alguma Geonímia.
 
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