terça-feira, 17 de setembro de 2013

APORIA(APORIA!) - glossario wikcionario etimo



 Aporia, uma aporia constata Aristóteles, o filósofo grego,  o aristocrata por excelência, quando fala que a ciência provêm dos universais, ou da percepção e conceituação do que é universal na substância primeira, que é o indivíduo, o homem individual, de onde tudo emana e que dá nome e número ( os “nous”) ou qualidade e quantidade em contraparte á substância, nas categorias , as quais situam-se  abaixo da substância, que é o sujeito do universo, pois sem ela ( a substância, o sujeito, o subjetivo) o universo não se diz, pois a dicção, o predicado (pré-dicado) origina-se no sujeito, que e a substância primeira, ou o indivíduo , ou seja, o ser humano, o homem enquanto indivíduo. Esse pensar aristotélico pára na Bíblia, no Livro do Gênesis, quando se  diz que o homem nomeia os animais e plantas e tudo o que há na terra. Inclusive as Grandes Dionísias.
Todavia, o universal não se exprime, senão pela singularidade, na substância primeira, que é o indivíduo humano, a concretude; porém há a substância nomeada de substância segunda, que é a espécie, que  é o homem, ou seja, aquilo que o ser  humano individual tem em comum com os demais seres humanos, que caracteriza o homem, diferencia-o do boi, a ave, por exemplo.
Ora, quando Walt Disney veio ao Brasil em 1942 e criou a personagem José Carioca, isso, ao ver os desenhos, me animou a crer que ali estava Aristóteles, sem rebuço. Senão vejamos: a personagem fictícia José Carioca  evoca com perfeição psicológica, corporal, cultural, enfim, o apresenta o tipo do brasileiro universal, ou seja, a espécie de gentílico, se podemos arrumar uma licença poética para fazer o exemplo clarificar o pensamento do estagirita. Claro que, enquanto espécie, o homem brasileiro não  difere em nada do norte-americano, mas culturalmente sim, há uma diferença de comportamento abissal, que toca o corpo e o pandeiro vai bailando junto ao bumbum bate bumbum  ziriguidum , em José Carioca e até faz dançar o caráter do “urso”, para lembrar Helvetius que assinalara : “A educação faz dançar os ursos”. Digo que no circo sim. No picadeiro com as devidas ou indevidas ameaças.
Nota-se que José Carioca é um tipo invasivo, intrometido, afetado, falso, falsário mesmo, mentiroso, que vive e sobrevive  de enganar os outros ( profissão de fé do malandro brasileiro de cultura folclórica), bom de conversa, fácil de fazer  amizade , o que mostra futilidade, leviandade, interesse em passar uma imagem positiva, de pessoa carinhosa, gentil, tudo com um objetivo de tirar o máximo proveito da situação enquanto o incauto não perceber. Vigarista, estelionatário. É um típico Macunaíma : indivíduo de mau-caráter, sem virtude, sem honra ou vergonha, um pária, enfim. O rebotalho. Lamentavelmente é o brasileiro típico, culturalmente formado, mormente daqueles que dirigem  o país : os políticos, que são sempre  d esse naipe, pois os políticos, os detentores do poder são aqueles com os quais o povo tem empatia e, portanto, ganham, no voto, democraticamente, direito de representar esse povo, pois são a cara do povo. O homem brasileiro não é pior nem melhor que o norte-americano, o europeu, o árabe, mas sua cultura, que consideraremos aqui como algo acidental ao homem ( coloquemos a cultura como acidente para evitar dissensões que não interessa ao escopo deste escrito, porquanto  a  cultura,  que  não e a mesma em todos os povos, é que faz essa diferença não essencial, mas acidental.
De mais a mais, estudar a cultura de cada povo não retrataria a cultura absorvida, lida e interpretada por cada indivíduo humano e, portanto , não poderíamos ter ciência, pois se   estudarmos  cada indivíduo teríamos, segundo Aristóteles, tantas ciências quantos indivíduos existem. Por isso, segundo o filósofo, apreendemos o múltipo, que representa o universal em cada indivíduo e desse universal, encontradiço no indivíduo, construímos  os princípios que norteiam  a ciência. Esse universal é a espécie, que conceitua o homem enquanto um conjunto de seres semelhantes, com as semelhantes características físicas e psíquicas essenciais ( substanciais, de sujeito  ou subjetivas, oriundas do mesmo substrato; a saber , a substância primeira ).
 A ciência, com o universal, que é uma percepção e conceituação intelectual, colhe a concretude com o aparato da abstração, ou seja, deixa de ser ciência de fato para sê-lo de direito, pois afasta a realidade concreta e estuda a abstrata, só chegando a concreção quando no embate profissional, se muito. A ciência, de fato, é uma demonstração de princípios  científicos, mas não ciência, pois prescinde dos fatos singulares , graças ao intelecto  nobilíssimo de Aristóteles que a colocou nestes trilhos a milênios, pois não havia outro caminho possível  e tão econômico quanto o método que se utiliza do universal, que é mera abstração, e tem que abandonar a concretude em nome da necessidade de economia, sem a qual não poderia haver ciência funcional. A ciência é como a estatística  vive de amostras da população, pois é impraticável estudar todos os indivíduos da população e, destarte, sim, poder fazer ciência e não mera amostra.Entrementes, sejamos dissidentes ou dóceis meninos, é esse universal que faz a ciência, catado na singularidade do indivíduo, pois sem  indivíduo não há homem e nem, evidentemente, ciência, que é produto do homem em correspondência com sua cultura, a qual  responde.
O homem(espécie) brasileiro é, destarte, desenhado, conceituado, lido da alta arte do poeta, do artista Disney ( e a política dos Estados Unidos ), lido enquanto espécie, ou seja, substância segunda, que é a espécie e, concomitantemente, mostra a substância primeira, de onde se tira a segunda, que não existe sem a primeira, sendo a substância primeira ou o sujeito ou o indivíduo humano, o ser humano individual, que faz nadar o universo em suas águas internas e externas, via mares, coaduna-se perfeitamente com o pensamento aristotélico sobre as categorias que é constituída pela metafísica e posta ( em tese) pela tabuadas categorias do filósofo do Liceu.
De fato, não temos ciência, porquanto essa ciência fundada no universal não passa de uma amostra estatística da ciência, pois a ciência completa, verdadeira está no estudo do cientista e da  maior quantidade ( e com toda a qualidade) de indivíduos que o cientista solitário ou em conjunto(ou equipe) que pode existir; no caso da ciência por amostra estatística que o cientista político estuda, não deixa de ser ciência, mas é incompleta e pode ser objeto de manipulação por parte dos políticos, pois é uma ciência voltada para a política, no sentido que cuida do universal para estudar por abstração a complexa  teia e Ca   déia em trama viva na realidade natural ou social, econômica, consoante for o objeto da ciência.
A ciência de fato, real é do indivíduo cientista em interação livre entre o indivíduo objeto de estudo ou a substância estudada e o sábio que  o(a) estuda  movido ela paixão e não por interesses políticos, econômicos,  etc. A ciência fundada exclusivamente nos princípios que levam à uma mostra do universal é política; logo não é cabalmente legítima, mas maculada; a ciência pura é individual, não encarna conotação ou denotação política. É o estudo o eremita :
Nietzsche escrevendo, Shopenhauer meditando o budismo e o hinduísmo, Kant elucubrando na solidão e solitude ,  no silêncio de  suas teses uma doutrina bem sopesada  e, claro, Aristóteles elaborando todo co corpo da filosofia que, praticamente, foi criado por ele com pano de fundo em seus mestres e nos  mestres de sues mestres : os pré-socráticos e os que precederam ou forma preceptores do pré-socráticos.
Toda a  filosofia e ciência contemporânea tem esteio nas obras de Aristóteles. Não obstante, o homem comum não pode saber disso porque não tem leitura suficiente para entender o filósofo; sabe-o, tampouco,  sabe o cientista e o professor de filosofia, pois estes não têm bagagem literária mínima para apreender  o que um saio antigo e de vasta, perspicaz inteligência tem a dizer a todos os tempos,  quando o tempo cai sobre um homem de gênio e erudição e se transforma em ser.
Ou não seria essa contemporaneidade inaudita de Aristóteles de Estagira apenas um emaranhado de contextos que se mesclam irremediavelmente na tradução, um diálogo de tramas dos tempos que se interpolam,  que se encontram numa mente moderna e tende a ler o próprio universo contextual num mundo antigo, num homem de outro tempo e outras tramas conceptuais?! Não seria ao resultado da intersecção dos tempos? Das leituras e da imaginação do literato, do esteta que se mete a exegeta, hermeneuta, comentarista e tradutor do filósofo?

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