terça-feira, 30 de abril de 2013

NADIDADE(NADIDADE!) - enciclopédia enciclopedia

Pus (tese) o maniqueísmo que recolhi em doutrina no entroncamento da cultura judaica-cristã com a civilização ocidental, especificamente Roma, tempo do Império de Constantino ( ser localizado e temporalizado como espaço intumescido pelo tempo imediato na época do império romano sob  os auspícios do imperador Constantino, que oficializou o cristianismo como religião do estado, então Império Romano) . Evidente que a doutrina do maniqueísmo,  sob outras denominações, já existia desde antes da primeira doutrina, pois  já informava os signos, os quais, para se distinguir, necessitavam de significados e significantes que os diferenciasse.
Na cruz ou crucifico que põe o Império Romana e a doutrina cristã, encontra-se o cristianismo doutrina que dá cobertura teorética , filosófica, em bases de um Platão em doutrina de Aristóteles, uma filosofia acabada, madura, a final,  no fim da filosofia,  agora, perfeita, terminada, burilada,  e utilizada para salvar   um movimento religioso  da carência intelectual. Cristo encontra-se com o Império  romano e,  concomitantemente,  com a civilização ocidental, na cruz, no crucifixo que o torna fixo entre as entidades legais ocidentais. Entre a pena da lei e a proteção do direito romano move-se a instituição cristã no ocidente. A história, em signos, os signos, movem-se assim. Moinhos, redemoinhos outros, culturais.
Necessariamente os signos se opõem, de várias maneiras, para se firmarem e afirmarem o ser que exprimem ; ser este que , para se comprovar,  estabelecer,  por-se  ou ser posto na realidade,  no positivo espaço e tempo em tese ( no lugar), onde está  o ser em presença ( ontologia) para conhecimento, sabedoria e vivência imediata, que este é o modo de se por o ser no tempo e espaço que o circunda e formam, ideiam(idealizam? Idealogam?) o ser, resolvendo  o negativo ao negar o que não se pôs, por impossível, como não-ser, negatividade, ser negativo, uma espécie de cópia na sombra do positivo, um a reafirmação da possibilidade de por e uma da negatividade de não por o nada. Posto o ser dá-se o movimento intelectual da nadidade,  da nadificação, essencial à existência do ser, da ontologia ou o ser enquanto estudo nos signos. Recorre a uma negação de si no não-ser, um seu reflexo, uma reflexão na nadidade(nadidade!).
O ser não costuma ser compreendido mesmo porque não está compreendido e não pode ser apreendido de uma vez em doutrina, devido a sua especial complexidade. O ser está na presença e sentido e percebido complexamente na presença, mas não apreendido pelos sentidos; os sentidos não o apreendem. Sua existência é plena : o ser é o único existente:  a percepção intelectual  o detecta instantaneamente, de imediato;  é, outrossim,  a única essência substante(?) ,  a  qual a intuição e uma sensibilidade ou sensação extra capta. Capta assim como o tubarão capta por meio de sua sensibilidade ao eletromagnetismo.
O ser não pode ser visto ou percebido pelos sentidos comuns, não pode ser concebido intelectualmente devido a sua complexidade em aglomerados infinitos, devido a  sua substância estar vinculada ao tempo, numa espécie de cola.
O ser é a presença no tempo presente, único tempo real, de fato, e no espaço aglomerado pelo tempo natural, real, de fato. O ser aparece no ente, ou seja, no fenômeno observado enquanto objeto dos sentidos. O fenômeno é a aparição e, portanto, concerne aos sentidos. Porém o ente é o fenômeno, a aparição, a manifestação de parte ínfima do ser : a parte que aparece em parte do todo. O ser é o todo e a totalidade pode ser concebida, mas não percebida pelos sentidos. O todo está fora do âmbito do fenômeno; entrementes, a razão pode conceber a totalidade, que é a parte do ser ( uma delas!) compreendida, apreendida  e preenchida pela elucubrações do intelecto humano. Além do todo tem o nada, parte do ser ou outro “ser” , quando denominado: “não-ser”, uma concepção  acurada do contraste que estabelece e sustem o princípio da contradição que, com o ser, se firma no princípio da identidade, pois esta antinomia fortalece e dá suficiência à razão e raiz para assentar o conhecimento.
A raiz quadrada que institui e estatui o princípio da razão suficiente, quer dizer, grosso modo, que é a  razão é suficiente para pensar e encontrar, descobrir, estatuir, instruir e instituir o conhecimento. Esse princípio firmado e afirmado, seguro de si é suficiente para confiar na capacidade da razão em sobreviver no âmbito do conhecimento e mesmo fundá-lo, fundamentá-lo nos próprios princípios que a razão criou sem arbitrariedade, mas com liberdade e emancipação para pensar, perscrutar e escrutinar o universo, sem precisar de nada mais, nem de qualquer instrumento humano ou divino.
A razão é livre para pensar, ponderar, julgar,  podendo  conhecer o universo independentemente de quaisquer circunstâncias, vencendo mesmo os contextos, que são os maiores entraves à razão, quando pura, conforme a queria Kant, o moderno Aristóteles, que acaba com outra Era da filosofia.
O ser é o objeto dos objetos da ciência.O ser é presente, tempo presente em espaço presente para o ser humano, que é a parte do ser que observa o ser ou os seres e o nada ou nadas que co-existem entre os seres sob linguagens matemáticas, poéticas, literárias, dissertativas, obras de artes em signos e símbolos diversos dos da escrita, em outro tempo histórico : a história dos signos e símbolos dos artistas , da obra de arte.
O tempo do ser é o presente : tempo real, existencial, de tensão. O pretérito é um não-ser tecido e casulo pela memória, não passa de continuidade da linha do presente. O futuro não existe, senão como imaginação, obra do homem, artefato, obra de arte, mas não ente natural dado na manifestação do fenômeno ou o presente de onde o ser emerge em ente e ser aos pedaços para o intelecto e a intuição sensível e não-sensível, mas sensitiva, para usar uma expressão difícil de exprimir a relação ou feixes de relações do ser no espaço e tempo presente, reias, naturais, do ser, da presença, da vida, da existência, da essência.
O homem constrói os tempos fictícios : o futuro, pela arte de imaginar e o passado, pelo exercício mnemônico.
A memória são as marcas do tempo presente, da presença, traduzida em marcas pelo abstrato geométrico, que é outro corpo do homem : o corpo abstrato. A imaginação é a miscelânea das lembranças desenhadas na memória e dos traços geométricos criativos, que transformaram a natureza em abstração, ou seja, erigiu um tempo e espaço e um ser transcendental, que transcende a história em concepção. A geometria é uma economia da natureza, do mesmo modo que os signos em relação aos símbolos e imagens.
O ser é o outro do homem ou o outro ser, ou o outro homem, ou o homem supremo : Deus, ser supremo, ou seja, o homem que observa livre a manifestação do ser (epifania) no tempo e espaço, como matéria e energia  ( o todo, a totalidade recolhida em concepção filosófica) e como o signo do zero, o símbolo do nada ( o nada absoluto e relativo ao todo, colhido no "logos", "in verbis" enquanto conceito  filosófico de raiz quadrada) e o terceiro e primeiro observador privilegiado : o homem, referencial e referência do ser, para quem o ser abre o conhecimento e as intuições sensíveis e insensíveis.
O ser é uma trindade, santa trindade. Trimúrti. Isso em doutrina. No desenho apresenta outro aspecto facial.
A doutrina do maniqueísmo ( aqui chamada de maniqueísmo meramente para contextualizar o texto dentro do entendimento contextual ocidental) nasce com os signos, escritos ou não, pois nas diferenças que os interpõe está o contraste do bem e do mal e de todas as demais polaridades estabelecidas pelas leis da natureza com rigor de rúpia.Rúpia! A oposição suscita um conhecimento e uma sabedoria transcendental, metalingüística, pois permite, na avaliação do jogo do ser e não-ser e suas regras, conceber o todo e o nada, abrir a janela do mundo abstrato e de outros universos paralelos, já descrito nos DNA ( ácido desoxirribonucléico), o verdadeiro escriba, o mais sábios e erudito, que vive fechado dentro do ser humano. Templo.Convento dos Cartuxos, Cistercenses : monges brancos e monges negros no xadrez da regra e do século,que separaram os homens em  regulares e seculares, a consonar com o clero e seus prelados.
O tempo do ser não é o mesmo tempo do fenômeno, pois o tempo fenomênico é virtual, não é real, no sentido em que passa pelos sentidos e perde esse tempo para chegar ao ser humano, não é imediato, mas mediato os sentidos. O tempo do ser é imediato, sem perda de tempo presente para um pretérito constituído pelo desgaste de passagem pela sensibilidade humana ou animal. O tempo da televisão é o tempo do fenômeno, assim como o da visão das estrelas, etc. para se bem explícito.
O tempo do teatro é tempo do ser, da presença, do presente.Por isso, Theodor Adorno, com sua reginada sensibilidade de filósofo da arte aborda o teatro em tempo ontológico. Seu foco, como todo filósofo, é o ser no tempo, a presença vital. isso entendo também como parte da práxis, que difere da prática, vez que esta leva o futuro, uma ficção, no corpo do pragma que sobrecarrega o tempo presente com fardos que o tangem para o além  o passado e o futuro. Ficções temporais da mente humana ensandecida, não viva, alienada do tempo ontológico : tempo de conhecimento, sabedoria, fruição da beleza e da vida.
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