Não somente a ciência é uma escolha dentro do leque de opções em um contexto dado, mas todo o resto também é uma escolha humana. Essa escolha determina o que é melhor para aqueles que possuem a hegemonia política e oferecem o que é o melhor aos membros que possuem o poder, não aos postulantes. Os postulantes ficam a postular..., digo, a ver navios... no mar seco em terra firme, enquanto os senhores clamam do alto da gávea, alto e bom som, de forma provocante : "terra à vista!".
Quem determina as escolhas são menos os indivíduos e mais os representantes dos indivíduos : seus tiranos, seu grupo social, os oligarcas ou aristocratas que os representam forçosamente enquanto políticos. Políticos aqui destila o sentido lato : todos os líderes são políticos de fato ou de direito, conforme o derrame das leis ou dos fatos,
do universo do direito ou do mundo de fato, não cultural, natural, selvático.
A opção reflete inclusive e, principalmente, o pensamento de um
povo dominado por dentro, através de sua oligarquia em poder do gládio
da justiça cega e vendada e (e também ou), por fora, por meio seus
conquistadores imperiais, os quais a todos ameaçam passar a fio de
espada, caso ousem levantar os olhos ou o pescoço de dura cerviz( "carne de pescoço!" são essa gente de dura cerviz!, ó senhores escribas de requintada hipocrisia, instrumento que os torna aptos aos atos maquiavélicos do governo. Os bons são crucificados e engrossam a fileira dos santos mártires, pois não dobram o cachaço, antes fazem ouvir o dobre dos sinos em trágicos responsos).
Observe o caso gramatical, lógico e ontológico, senão antológico, da sabedoria, do conhecimento típico do grego: a filosofia; o grego da Hélade, um povo "sui generis", que engendrou mentes personalíssimas e inteligentíssimas, para usar da expressão feliz até o sorriso feliz posto por Aristóteles em "A Ética a Nicômaco" e na face do homem que engendrou a fortuna crítica de Drummond, com a locução originária da pena do crítico literário, musical e erudito Otto Maria Carpeaux quando comentava a obra poética-filosófica-política do escritor Carlos Drummond de Andrade, um poeta bem-nascido, alinhado, alinhavado em versos, oitavado em anjo torto. "Gauche". Homem inteligentíssimo e personalíssimo, no dizer de Otto Maria Carpeaux.
A filosofia grega não é o pensamento : a filosofia nativa da Hélade não é o pensamento chinês, nem judaico, tampouco alemão, nem mesmo o pensamento grego; porém uma escolha em contexto da Magna Grécia de uma forma inovadora de pensar, abrir a questão à discussão dialética; uma maneira de abordar a questão questionando-a livremente, de forma ociosa.
'Hodiernamente" não há mais Magna Grécia, Hélade, e nem , concomitantemente, filosofia grega. Restam no resto da divisão do quociente alguns filosofemas. Nada mais. Inobstante, existem ainda filósofos gregos, espíritos livres com o corpo preso ao capitalismo animal, que anima a alma no pasto e o corpo no repasto.
Não obstante sobreviver sem a filosofia grega, que é um processo o mais teórico e abstrato que existe, o pensamento chinês, tecnicamente, ou seja, no fazer, fez o que o ocidente fez e faz tecnologicamente, mesmo antes da Europa romper a barra da alva com a barra do chocolate branco e do sorvete equilibrista no pequeno bastão que o segura ou o amarra (ou Amarna?, Faraó...); bastão esse que prende o gelo no palito, antes de ir ao palato, e que, para conceber tal técnica, não precisa de nenhuma palavra grega ou chinesa ou portuguesa para arrostar a existência ou para amarrá-la à natureza e, consequentemente, à vida que, em parte, é mais que a existência e em parte menos, conforme seja a exegese produzida pelo filósofo vital ou pelo erudito macabro, que busca a morte entre as traças e os carunchos que visitam os alfarrábios, eivados de "bios" (biocultura, bioma) em pântano. Tremedal tremendo!
Sim, asserto que o filósofo é um ser vital porque toda filosofia tem um componente essencial ( jamais acidental) de humanismo, o que não ocorre com as demais formas de raciocínios, os quais são deletérios ao ser humano e ao bicho-de-luz: ao vagalume, ao pirilampo, à mariposa.
O filósofo genuíno não pensa sem a vida : sempre conta com a vida antes e depois de pensar, o que não ocorre com outros tipos de eruditos. O filósofo pensa contando com o homem no processo humanitário, pensa e sonha com o homem feliz de Aristóteles e não o chim infeliz olvidado pela poesia, pintura e pensamento chinês, que não contempla o indivíduo, senão o poderoso mandarim e tipos afins.
O homem oriental está nos tratados chineses como coisa, objeto de uso, não como ser humano, pois não há humanismo no pensamento racional, mas apenas na filosofia, a qual ultrapassa os limites da razão, une poesia ( utopia) e razão fria ( "Scientia rationis"!).
A filosofia grega implanta o homem no homem; cria, inventa o indivíduo.
A criação do homem enquanto indivíduo pela filosofia helena. Puro helenismo!
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