Tenho saudade mesmo
é do tempo em que meu filho
era pequenino!
Ele era todo o amor deste mundo,
neste mundo!
Então eu era bem pobre
- e muito feliz!
brincando com ele,
presenteando-o
e bebericando minha cerveja
com saúde cheia,
toda lua amarela
tomando, bebendo todo o céu!,
enrodilhado na fumaça do cigarro,
espiral a desenhar o vento
e desdenhar as doenças graves
que furarão o futuro
com flor branca.
Saudade de quando minha filha
era aquela menina
que cobria a face com uma frauda alva
e caminhava comigo pela manhã,
mãos dadas,
com o maior carinho!
Ali todo o amor do mundo!,
enovelado, qual um cão inesquecível
num soneto do poeta Mário Quintana
para o livro intitulado " A Rua dos Cata-Ventos".
Era, então, o sol matutino
tão solícito
( sob a umbela de um sol lícito
vivia sem guardar-me da chuva...)
e eu e minha esposa
morávamos ( vamos morar na Morávia, agora?!)
- morávamos bem
com a irmã pobreza de São Francisco de Assis
por companhia ( de Jesus!)
( Ah! O Bom Jesus!( Antônio Conselheiro,
na voz do povo brasileiro!
- canonizado!, ó Papa Francisco!)),
habitávamos a casa
com o pobrezinho de Assis,
sendo eu "pobre feito Jó!"
na exclamação corriqueira de minha mãe,
que também me trazia
o leite e o mel da felicidade
de poder conviver com ela
sem o mal de Alzheimer que a acomete hoje
e a separa de mim com a espada
a lhe cindir a alma
à mão do Querubim guardião do Jardim do Éden!...
Era eu tão pobre de Assis
que não tinha casa,
não tinha nada,
mas tinha minha menina
e meu menino
que eram minha maior fortuna,
- fortuna que perdi
quando eles cresceram,
crestados ao sol do deserto...
( Mas eles ainda são minha maior fortuna!,
conquanto não caibam mais nos sapatos,
nas bonecas, bonecos, carrinhos...
e me deram em grande parte ao olvido
o que é normal
embora eu ainda seja um pai
cada vez com filhos maiores
- o que quer dizer e di-lo:
cada vez mais
sem filhos para amar
- e me amar
com aquele amor pequenino
que só cabe no coração
de São Francisco de Assis,
irmão da divina Pobreza!).
Hoje o quinhão da pobreza
mitigou na mesma proporção
do quinhão de felicidade
e das batalhas ferozes
- do casamento!
( O matrimônio é a primeira guerra mundial
perpetrada pelo demônio feminino
e masculino (Íncubos e Súcubos!)
dirigida ao seu foro íntimo,
sendo este último ( o foro íntimo!)
a primeira guerra mundial
no Front individual).
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terça-feira, 9 de julho de 2013
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