terça-feira, 18 de junho de 2013

VERTENTES(VERTENTES!) - etimologia wikcionario glossario

Não existe a verdade, senão como verdade de cada tempo, cultura e civilização. Esta verdade tem duas vertentes(vertentes!): a individual, dos gênios e sábios e a social o coletiva das pessoas vulgares do dos governos, que é uma derivação daquela.
Não há verdade absoluta, nem tampouco tão-somente relativa, porque o absoluto não se encerra ou termina no relativo e vice-versa : a tensão é maior, porquanto não envolve somente uma tensão, mas zilhões delas encadeadas no universo mental e natural. Aliás, o universo pensa em ação musical  tanto quanto o homem pensante pensa sem ação muscular. O cosmos, sabem-no os poetas, é um pensar (dançar) das musas trágicas, cômicas e líricas, viradas para o desenho ( escrever, esculpir, colorir) e para a dança, que é a mesma arte de desenho, só que com todo o corpo físico, ao invés de ser, com a anterior, com o lastro espiritual ou mental, co envolvimento menor do corpo: isso no sentido didático e conceptual, pois na realidade o corpo  físico, químico, elétrico e eletromagnético é sempre todo envolvido nos atos dos viventes.
A verdade não é  coisa-em-si, não há verdade-em-si; a verdade-em-si ou a coisa-em-si é algo inexistente, fora do universo, abrigado tão-somente na mente humana que representa o mundo de Shopenhauer ou Kant, mas não a verdade, mesmo porque a coisa ou a verdade não pode estar em  si, existir em si, mas somente no mundo, pois está no mundo e, portanto,  não é um ser construído pela mente : não  um construto mental.
Por outro lado, o conhecimento exclusivamente humano da coisa-em-si, ou seja, da coisa  incognoscível, que o filósofo Kant percebeu que não podemos conhecer ( com os sentidos), mas apenas conceber( com a razão) é o conhecimento mais profundo e fundamental do ser humano enquanto entidade filosófica : é a verdade presa nas malhas das linguagens  que a limita e a consciência de um conhecimento e desconhecimento refinada, maximamente sofisticada, que aborda os princípios e o fim do conhecimento e o delimita. Os cientistas não estão cônscios disso porque vão colher fatos e não estudam a razão em seus atos e sua fenomenologia.
Meros coletores de fatos, os cientistas e inúmeros filósofos não logram conceber algo tão complexo e, por isso, movido por despeito, apelam para  impropérios, como o fez Nietzsche, cospem no que não podem  conceber e confundem conceber com conhecer. Os fatos e ficções da ciência, quando envolve a biologia e outras ciências que não apresentam os fatos a olho nu já foram rigorosamente e com competência magna, além de toda uma polifonia esplendorosa por escritores, romancistas, artistas, poetas como Dostoievski, Goethe e filósofos da envergadura de Nietzsche, que está, muitas vezes, mais próximo da ciência do que da filosofia, conquanto, indubitavelmente, seja um filósofo e um erudito e não propriamente um cientista : muito livre para ser um cientista :  é um criador de valores, não um mero guardião da axiologia. As mitocôndrias não diferem da Aglaia de Dostoievski, da Anna Karenina de Liev Tolstoi, nem os cromossomos da arte dos impressionistas, os ribossomos do Fausto do Goethe, etc.

Não existe estudo sem o homem, portanto, não haveria verdade ou conhecimento da verdade, que é próprio do homem. Contudo, esse conhecimento da verdade não é a verdade, pois a verdade é contextualizada. Ás vezes, até perigosamente. Serve à ditaduras e coisas piores e outras formas que toma a geometria do horror, sempre fundada na vaidade.
A coisa ou o ser, se separarmos assim as concepções, existem no universo, que é um conglomerado de coisas e seres reais, naturais ou apenas seres ( essência) mental, com fictícia realidade arraigada  na mente, graças à imaginação e enquanto conceito humano que pressupõe filosoficamente existência e essência como concepções distintas : o ser sendo um estado mental e a existência um estado natural.
O universo e o conhecimento não se misturam, bem como os fatos e os atos, porquanto o conhecimento é um  conjunto de atos da razão e da a sensibilidade...da inteligência, enfim!, que se transmutam de atos em fatos humanos. Artefatos, por exemplo, e a própria ação de conhecer é ato humano transformado em fato cultural. Existem, evidentemente, os fatos e atos  naturais, que tudo estribam, os quais apenas observamos e às vezes intervimos quando podemos tecnicamente. Tais fatos e atos naturais  apontam o ser e natureza, no túnel do tempo presente no labirinto do olhar ou do não-olhar : nem sempre presenciamos a presença do ser na Terra, muitos menos em todo o cosmos, mesmo estribam razão enquanto humanidade e não penas indivíduos.
 Todavia, nada existe ou é em si; não há ser em si, nem coisa em si, mas ser em mente ou na realidade mesclada à idealidade  percebida  no mundo, cujo manifestação perceptível se dá no fenômeno : uma epifania,  da qual muitos fazem uma ufania. Coisas existem sobrepostas em coisas, seres e seres e na miscelânea que os sentidos fazem delas ou nelas: também na arte de desenhar ( escrever, pintar, esculpir estátuas, signos, símbolos, imagens) e dançar ( esculpir, escrever poesia no ar). Dançar, outrossim, é música das Musas severas e dos músculos que embalam a bailarina que Degas pintou, desenhou...
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