terça-feira, 4 de junho de 2013

PARADOXO DE AQUILES E DA TARTARUGA DE ZENO DE ELÉIA - enciclopédia


 A vida é um salto para a frente
ou para trás
dependendo da trégua no espaço
que vai espaçando um abismo
estendendo um grito de pó e pá de ave
- de gavião nas alturas
acima do cume do relevo.

Neste salto de peixe
olho atrás
e mal vejo
meu retrato em menino
já sem viço de vida
puída pelo vício da luz
queimada e ferida de morte na fotografia
- escrita de luz
solar e lunar de soslaio ao sol
geoglifos para Lúcifer decifrar
o enigma
na aparição do enigmático ser
uma esfinge que posa no tempo novel
atrás do rosto roto do albirrostro
ente envolto em espaço-fantasma
pela geometria de Euclides
que veste o nada.

Olho atrás e vejo a ponte
construída dentro das águas do rio
com seus pilares grossos e antigos
fundados no  leito do rio
molhados pelo molho
da correnteza sanfanciscana,
monja carmelita sem sandálias havaianas,
descalça, o pé na alva da areia.

Corredeiras para dourados e surubim,
bagre do bugre,
que naquela terra,
que é parte do meu corpo,
foi o primeiro a perceber o ser
fundeado galeão d'água
na silhueta de Narciso autóctone
distraída à lâmina d'água
fora do mito
e da intelecção de Freud
que lhe lava e leva o rosto
ao roto albirrostro
do homem perdido para a múmia
que lhe preserva o nada,
a nadidade do faraó,
a nadificação do homem
na poeira do anjo
morto de boca aberta
e olhos arregalados
pelo medo e prazer
no último orgasmo
antes de se libertar do ergástulo,
que é o corpo cristão :
anti-nietzschiano,
anti-marxiano, freudiano...

Parece-me que a ponte
já é vetusta conhecida
da minh'alma amarrada às aguas
enlaçada pelo canto noturno das águas
que se entorna na cidade-madrugada
mesmo antes desta alma
estar em mim,
ser de antepassado,
que sou, pois não existe fui
senão no conjugar do verbo;
na realidade o ser é presença
e está na presença no tempo
que é sempre o presente,
conquanto um presente algo roto
com uns instantes de atraso de tempo-luz
na vista do fenômeno
que não vê o ser,
nem o vislumbra num instante de luz,
mas o sabe
no tempo de luz búdico
dado pelo tempo fenomênico
que ilumina o olho
do Buda que olha do interior
do ser que somos
- e sentimos no presente
antes do piscar dos olhos lentos
e da luz no paradoxo da tartaruga de Zeno de Eléia.
Aquela ponte...
- parece que a vi
em outro corpo
com a mesma alma
porém com outro sopro de oboé
insuflado no espírito do oboísta
que sou e sempre fui
- anjo!
às vezes decaído nas folhas amarelecidas de outono,
outras vezes ao pé de mim
dançando na roda da saia
daquele ipê roxo
que abria meus olhos
para o pasto vasto em torno
e o tremedal próximo
escondido no grito da alma-de-gato
e nas pernas longas e finas da saracura-do-brejo
ou outra pernalta alva,
mas não macerada.

Ali eu carreava carradas de vida
que não tenho mais
nem nos sais
minerais
das minas gerais
de campos gerais...

Minha face cava
outra rota de fotografia
para o roto do rosto
era em Era e hera
para outros livros
escritos em geoglifos
e petroglifos pela natureza
em furor de flor
ou fulô
como dizia o avô
de priscas eras
de sinhás moça.

Albirrostro me cega o bico do dilúculo
na barra da alva
que salva lua branca...
Alma alva respirando em outro corpo
até o oboé final
do juízo a final
de todos os homens.

De tudo no veludo
e no dilúvio
fica apenas esse pouco
que deixo escrito
e que já é muito mais
que o universo inteiro
em sabedoria :
Amar e ser correspondido
é o auge da vida
não importa se o espaço é roto
e o tempo breve lapso.


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