A coisa, a coisa-em-si de Kant, só é em-si em Kant, para Kant, ou seja,
é
tão-somente uma coisa-em-Kant ou no si de Kant e outra coisa ( ou a
mesma com
variações rococó), em Shopenhauer; a saber : a vontade. Em Shopenhaeur a
coisa-em-si a substância que funda o cosmos é a vontade.Para ambos os
filósofos célebres, cerebrais e, por conseguinte, cerebrinos, tal coisa (
a coisa-em-si, kantiana, que para Shopenhauer é a vontade, é o
fundamento do universo.Posteriormente essa vontade ( de potência) se
transforma na metafísica de Nietzsche, discípulo e rival de Shopenhauer,
autero filósofo moral. Nietzsche era de uma severidade doentia para com
a filosofia de Shopenhauer, após sua emancipação filosófica.
Na cosmovisão de Kant, a coisa-em-si, está no fenômeno, por trás do fenômeno, no mundo fenomênico, enfim e não ´pois real, mas dada pelos sentidos nas formas "a priori" de tempo e espaço. É algo que só se pode pensar de forma racional sendo, pois, "objeto" de razão e não dos sentidos, os quais não dão a coisa-em-si, mas o fenômeno, que a encobre como o véu de Maia vela a realidade. O objeto tem dois sujeitos imaginários e apenas um real : o homem ; os sujeitos imaginários dos objetos são : os sentidos e a razão.
Somente sabemos de uma coisa localizada no mundo empírico ( espaço e tempo, sendo, com Kant, espaço por fora e tempo por dentro ; na concepção kantiana, o espaço é a forma externa, a "geometria" ou desenho dos objetos, dentro de um plano euclidiano e o tempo, forma interna de pensar através da sucessão, que, para o ser humano, constitui o passar do tempo, a incessante mudança, mutação ) através dos sentidos que a captam, através da intuição, nas formas apriorísticas dadas pela razão e pela intuição, onde estão os objetos transcendentais, e "a posteriori", ou no mundo físico, onde estão as coisas, que é dada no fenômeno e pela razão ou vontade : a coisa-em-si, imperceptível à sensibilidade ; se os sentidos não a captam é porque estão fora do alcance deles, como é o caso das criaturas microscóspicas e as macroscópicas que não emitem luz, conquanto possam ser deduzidas ou inferidas por outras formas que a razão acha para percebê-las, como o movimento, a gravidade percebida num planeta escuro que gira uma estrela clara. A coisa vista ou observada está em mim e no microscópio ou no telescópio, que são seus dois estados ou estágios de ser e por fim (será fim?), em-si antes e depois do olhar deitado sobre ela desde o referencial ou sujeito.
O absoluto é um conceito, uma concepção humana assim como o nada ou o não-ser, as negações dos objetos ou coisas positivas.Então, as coisas e objetos tem seu lado positivo ( em-si e no mundo concomitantemente ) e fora de si ou do outro lado do ser ser, no caso das relações que trazem os fenômenos, que são essas coisas pegas em-si através do pô-las fora de si : no mundo, na percepção , na apercepção ou pensamento, conceito, dentre outros.
O absoluto não existe, senão como doutrina, abstração, e as coisas somente existem nas relações que incluem as percepções, os pensamentos e outro itens .
O absoluto é o não-ser, o nada, o zero matemático : linguagens que constroem a ciência. Só podemos dizer que os seres são absolutos quando consideramos que existem em-si e fora-de-si, ou seja, no homem e não no universo regido por reações em cadeia ou teia ( o zero, a nadidade, o não-ser que acolhe todas essas negatividades postas pelo puro pensamento em conflito e confronto como o mundo aonde as coisas o são em absoluto, até certo ponto da reta, mas também, ao mesmo tempo, são relativos a partir de outro segmento da reta : isso é que são coisas-em-si ou no homem : o pensamento que vai do positivo ao negativo a fim de estabelecer o paradoxo do conhecimento, pois o conhecimento é um paradoxo do cérebro, regido pela razão e sentidos em perene divergência. No mundo fora do homem ( coisa-em-si sem o homem, para usar a linguagem que elabora a ciência kantiana : o criticismo ) somente existem coisas em relações.
O absoluto, asimo como o zero, o não-ser são apenas um negação que produz a centelha do conhecimento no homem , quando este contrapõe o todo e o nada, desmanchando o positivo a fim de analisá-lo sem as relações que inviabilizam a coisa-em-si, mas dá a coisa-em-si como a crítica que destrói o pensamento cândido, confortável através da crítica epistêmica, que é a filosofia em sua linguagem e objeto.
As coisa, quando e somente postas ( em-ser) pela mente humana, são absolutas;no entanto, fora da negação mental são relativas.Quando no mundo, são absolutas e relativas, a um só tempo, no espaço . Todo absoluto (doutrina) e relativo ( coisas no espaço-tempo naturais) são questões puramente concernente às linguagens, que é uma realidade fora da realidade e que não são nada em-si, mas tudo no fora-de-si ( no homem enquanto alienado no pensamento que dá um papel social ao pensador, inclusive ao de Rodin).
Não existe, pois, coisa-em-si; a coisa é múltipla, pois é enfeixada em várias relações : coisa, objeto, artefato, negação da coisa, antinomia... A coisa-em-si, no que é, é o mesmo que o conceito de não-ser, nada, zero ou outras negações que corporificam as doutrinas, são objetos ocultos de doutrina, sem os quais( objetos) não há doutrina, que o pensamento humano é sustentado dentro de uma tese maniqueísta ( a gramática da doutrina é o maniqueísmo, qualquer que seja a doutrina; o maniqueísmo é a coluna vertebral da doutrina, sua estrutura, arcabouço ), a qual podemos observar de fato, em natureza, conquanto esse transplante ao mundo natural, não passa de uma ilusão que alimenta doutrinas, pois a doutrina é uma expressão sempre maniqueísta, não está no mundo, mas em nosso ser, contra o qual, por ser uno e o todo, na conformidade do elata Parmênides, a doutrina se funda no que ela ( doutrina) põe de contraste e sombra, em negatividade humana-pensante que apaga ou empana preclara a positividade natural, a fim de conhecer, porquanto não há conhecimento humano, exceto do ser dos eleatas, fora do maniqueísmo, o qual sempre se constitui em doutrina, cujos objetos são o que nega e os quais,objetos, fundam a linguagem que desenham. Entenda-se por maniqueísmo aqui não a doutrina religiosa apenas, que tomamos como paradigma, mas todo sistema binário que se nega e afirma, que põe o contraditório.
A coisa não é construída em natureza para ser em-si ou para-si, mas para as ralações, inclusive as de "corporificação". A coisa é com outras coisas, seu ser é moldado nas relações, incluso de percepção e pensamento, da qual a coisa não depende e não fica em-si ou fora-de-si por isso. O pensamento que tende a negar o universo é que a põe em si. A coisa não é para si, nem em-si, mas para as relações perpetradas no cosmos. Ao se fazer, para se construir, e para construir o conhecimento, o pensamento tem que se afirmar negando a coisa, tingindo-a com a antinomia, o paradoxo que ridiculariza o conhecimento do crédulo...
Se o que Kant pensava da coisa-em-si era seu substrato ( átomos, matéria e como era formada pelo tempo e no espaço desenhada na geometria do espaço pensado pelo homem, dentro dos postulados figurados concepção ou conhecimento erudito do espaço matemático-geométrico desde Euclides, que logrou amalgamar matemática, desenho ( espaço em formas) e postulados filosóficos, também dados nos axiomas ) então era em-si somente enquanto não havia artefatos ( microscópios ) que a perscrutassem, pois o conceito de coisa-em-si é equívoco, vez que as coisas não são para si, mas para as relações.
Não é possível coisa-em-si, mesmo nós em nosso ser-em-si , pois ainda ser não há o em-si absoluto, mas relativo, conquanto somos coisas num "período" e espaço desenhado pela geometria que conhecemos em Euclides em doutrina postulada dentre as inúmeras que se entrelaçam à vida e a dar a conhecer nossa vida, corpo, história, cultura, linguagens, lendas, mitos, em meio às outras coisas, que somos ou fomos, em arcabouço doutrinário, no decurso da história que no contamos, mas que também não é em-si, pois o em-si é somente o ato de negação que possibilita o advento do conhecimento, que somente possui essa forma negativa de conceber.
Aliás, essa maneira de pensar é exclusiva da cultura ocidental européia, originária na Magna Grécia, na Hélade, encetada por um poema de Parmênides de Eléia, o eleata, mestre e fonte da escola eleata, de onde surgiu Zeno. Não houve outra vertente dessa forma de conceber. O pensamento do mundo inteiro não andou por ainda anda o pensamento grego denominado de filosofia, mas que, em verdade, abarca miríades de linguagens elaboradas para a ciência, que sob tal abordagem, parecem ciências, quando só há uma ciência e várias linguagens para a ciência, consoante requer o objeto.
A filosofia, sendo quase sempre negativa, ou seja, uma forma única de pensamento que elabora uma linguagem ao contrapor as noções do positivo ( o ser posto, existente) e do negativo não-ser, nada, zero, inexistente ) faz do "logos", a língua, e da a lógica, a linguagem, a qual tem a função de exprimir a realidade e seu contraponto, dentro de uma lógica que é a gramática ou linguística.
A ciência se funda na positividade, e por isso, por definição, é acrítica, unilateral; a filosofia, por sua vez, põe o outro lado, fundamenta a negatividade, pois o positivo é o possível e necessário, mas tem carência de uma postura crítica, mesmo que, na maioria das vezes, a filosofia se torna objeto de zombarias, devido às posições absurdas oriundas do exercício da retórica metafísica, uma linguagem complexa, porém aberta em demasia, arejada excessivamente, emancipada a ponto de colocar postulados tão arrojados que beiram ao temerário e, não poucas vezes, ao ridículo, construindo com o máximo de inteligência o máximo de ilusões a fim de atender a vontade do filósofo que pensa em dois contextos ( para citar dois contextos e não toda a gama) : o individual e o coletivo e todas as linguagens que a filosofia apresenta, a saber : a gnoseologia, (gnosiologia), epistemologia, noética, ética, ontologia e outras linguagens da filosofia, dentre elas a geometria e a estética..
Essa tensão metafísica e física, da existência e essência, é que mantém vivas e acesas as chamas da ciência e da filosofia, que são complementares, suplementares.
A botânica, que é, não uma ciência, mas a ciência, tem uma lexicografia, uma nomenclatura(binomial), uma terminologia científica ou jargão, uma cladística, enfim, toda uma linguagem e um objeto : os vegetais, que a distinguem das outras linguagens, que outrossim falam para outros objetos de ciência, fechados hermeticamente numa linguagem para o objeto. A filosofia, por seu turno, é uma linguagem que se funda no negativo e que por isso tem vários objetos, conforme seja ontologia, gnoseologia ou outras linguagens críticas ou que negam os objeto, os objetivos, e investiga a substância, as relações de sujeito e predicado, na gramática.
A ciência não pode ser crítica porque ela não se olha, com nõs não nos olhamos, senão no espelho ou à lâmina d'água, e nos perdemos de paixão pela imagem no complexo do mito de Narciso, nosso mito primordial, fundante.
A filosofia nega o objeto e a linguagem a fim de acurar ambas e induzí-las a se constituir em acervo crítico. Ambas dialogam pela linguagem. A filosofia usa da dialética de Zeno de Eléia, o eleata, na linguagem, que é uma linguagem também, enquanto a ciência promove o diálogo com interlocução dialética. A filosofia desmancha e desmatela o objeto, bem como critica a linguagem, pois tem como objeto o pensamento.
Na cosmovisão de Kant, a coisa-em-si, está no fenômeno, por trás do fenômeno, no mundo fenomênico, enfim e não ´pois real, mas dada pelos sentidos nas formas "a priori" de tempo e espaço. É algo que só se pode pensar de forma racional sendo, pois, "objeto" de razão e não dos sentidos, os quais não dão a coisa-em-si, mas o fenômeno, que a encobre como o véu de Maia vela a realidade. O objeto tem dois sujeitos imaginários e apenas um real : o homem ; os sujeitos imaginários dos objetos são : os sentidos e a razão.
Somente sabemos de uma coisa localizada no mundo empírico ( espaço e tempo, sendo, com Kant, espaço por fora e tempo por dentro ; na concepção kantiana, o espaço é a forma externa, a "geometria" ou desenho dos objetos, dentro de um plano euclidiano e o tempo, forma interna de pensar através da sucessão, que, para o ser humano, constitui o passar do tempo, a incessante mudança, mutação ) através dos sentidos que a captam, através da intuição, nas formas apriorísticas dadas pela razão e pela intuição, onde estão os objetos transcendentais, e "a posteriori", ou no mundo físico, onde estão as coisas, que é dada no fenômeno e pela razão ou vontade : a coisa-em-si, imperceptível à sensibilidade ; se os sentidos não a captam é porque estão fora do alcance deles, como é o caso das criaturas microscóspicas e as macroscópicas que não emitem luz, conquanto possam ser deduzidas ou inferidas por outras formas que a razão acha para percebê-las, como o movimento, a gravidade percebida num planeta escuro que gira uma estrela clara. A coisa vista ou observada está em mim e no microscópio ou no telescópio, que são seus dois estados ou estágios de ser e por fim (será fim?), em-si antes e depois do olhar deitado sobre ela desde o referencial ou sujeito.
O absoluto é um conceito, uma concepção humana assim como o nada ou o não-ser, as negações dos objetos ou coisas positivas.Então, as coisas e objetos tem seu lado positivo ( em-si e no mundo concomitantemente ) e fora de si ou do outro lado do ser ser, no caso das relações que trazem os fenômenos, que são essas coisas pegas em-si através do pô-las fora de si : no mundo, na percepção , na apercepção ou pensamento, conceito, dentre outros.
O absoluto não existe, senão como doutrina, abstração, e as coisas somente existem nas relações que incluem as percepções, os pensamentos e outro itens .
O absoluto é o não-ser, o nada, o zero matemático : linguagens que constroem a ciência. Só podemos dizer que os seres são absolutos quando consideramos que existem em-si e fora-de-si, ou seja, no homem e não no universo regido por reações em cadeia ou teia ( o zero, a nadidade, o não-ser que acolhe todas essas negatividades postas pelo puro pensamento em conflito e confronto como o mundo aonde as coisas o são em absoluto, até certo ponto da reta, mas também, ao mesmo tempo, são relativos a partir de outro segmento da reta : isso é que são coisas-em-si ou no homem : o pensamento que vai do positivo ao negativo a fim de estabelecer o paradoxo do conhecimento, pois o conhecimento é um paradoxo do cérebro, regido pela razão e sentidos em perene divergência. No mundo fora do homem ( coisa-em-si sem o homem, para usar a linguagem que elabora a ciência kantiana : o criticismo ) somente existem coisas em relações.
O absoluto, asimo como o zero, o não-ser são apenas um negação que produz a centelha do conhecimento no homem , quando este contrapõe o todo e o nada, desmanchando o positivo a fim de analisá-lo sem as relações que inviabilizam a coisa-em-si, mas dá a coisa-em-si como a crítica que destrói o pensamento cândido, confortável através da crítica epistêmica, que é a filosofia em sua linguagem e objeto.
As coisa, quando e somente postas ( em-ser) pela mente humana, são absolutas;no entanto, fora da negação mental são relativas.Quando no mundo, são absolutas e relativas, a um só tempo, no espaço . Todo absoluto (doutrina) e relativo ( coisas no espaço-tempo naturais) são questões puramente concernente às linguagens, que é uma realidade fora da realidade e que não são nada em-si, mas tudo no fora-de-si ( no homem enquanto alienado no pensamento que dá um papel social ao pensador, inclusive ao de Rodin).
Não existe, pois, coisa-em-si; a coisa é múltipla, pois é enfeixada em várias relações : coisa, objeto, artefato, negação da coisa, antinomia... A coisa-em-si, no que é, é o mesmo que o conceito de não-ser, nada, zero ou outras negações que corporificam as doutrinas, são objetos ocultos de doutrina, sem os quais( objetos) não há doutrina, que o pensamento humano é sustentado dentro de uma tese maniqueísta ( a gramática da doutrina é o maniqueísmo, qualquer que seja a doutrina; o maniqueísmo é a coluna vertebral da doutrina, sua estrutura, arcabouço ), a qual podemos observar de fato, em natureza, conquanto esse transplante ao mundo natural, não passa de uma ilusão que alimenta doutrinas, pois a doutrina é uma expressão sempre maniqueísta, não está no mundo, mas em nosso ser, contra o qual, por ser uno e o todo, na conformidade do elata Parmênides, a doutrina se funda no que ela ( doutrina) põe de contraste e sombra, em negatividade humana-pensante que apaga ou empana preclara a positividade natural, a fim de conhecer, porquanto não há conhecimento humano, exceto do ser dos eleatas, fora do maniqueísmo, o qual sempre se constitui em doutrina, cujos objetos são o que nega e os quais,objetos, fundam a linguagem que desenham. Entenda-se por maniqueísmo aqui não a doutrina religiosa apenas, que tomamos como paradigma, mas todo sistema binário que se nega e afirma, que põe o contraditório.
A coisa não é construída em natureza para ser em-si ou para-si, mas para as ralações, inclusive as de "corporificação". A coisa é com outras coisas, seu ser é moldado nas relações, incluso de percepção e pensamento, da qual a coisa não depende e não fica em-si ou fora-de-si por isso. O pensamento que tende a negar o universo é que a põe em si. A coisa não é para si, nem em-si, mas para as relações perpetradas no cosmos. Ao se fazer, para se construir, e para construir o conhecimento, o pensamento tem que se afirmar negando a coisa, tingindo-a com a antinomia, o paradoxo que ridiculariza o conhecimento do crédulo...
Se o que Kant pensava da coisa-em-si era seu substrato ( átomos, matéria e como era formada pelo tempo e no espaço desenhada na geometria do espaço pensado pelo homem, dentro dos postulados figurados concepção ou conhecimento erudito do espaço matemático-geométrico desde Euclides, que logrou amalgamar matemática, desenho ( espaço em formas) e postulados filosóficos, também dados nos axiomas ) então era em-si somente enquanto não havia artefatos ( microscópios ) que a perscrutassem, pois o conceito de coisa-em-si é equívoco, vez que as coisas não são para si, mas para as relações.
Não é possível coisa-em-si, mesmo nós em nosso ser-em-si , pois ainda ser não há o em-si absoluto, mas relativo, conquanto somos coisas num "período" e espaço desenhado pela geometria que conhecemos em Euclides em doutrina postulada dentre as inúmeras que se entrelaçam à vida e a dar a conhecer nossa vida, corpo, história, cultura, linguagens, lendas, mitos, em meio às outras coisas, que somos ou fomos, em arcabouço doutrinário, no decurso da história que no contamos, mas que também não é em-si, pois o em-si é somente o ato de negação que possibilita o advento do conhecimento, que somente possui essa forma negativa de conceber.
Aliás, essa maneira de pensar é exclusiva da cultura ocidental européia, originária na Magna Grécia, na Hélade, encetada por um poema de Parmênides de Eléia, o eleata, mestre e fonte da escola eleata, de onde surgiu Zeno. Não houve outra vertente dessa forma de conceber. O pensamento do mundo inteiro não andou por ainda anda o pensamento grego denominado de filosofia, mas que, em verdade, abarca miríades de linguagens elaboradas para a ciência, que sob tal abordagem, parecem ciências, quando só há uma ciência e várias linguagens para a ciência, consoante requer o objeto.
A filosofia, sendo quase sempre negativa, ou seja, uma forma única de pensamento que elabora uma linguagem ao contrapor as noções do positivo ( o ser posto, existente) e do negativo não-ser, nada, zero, inexistente ) faz do "logos", a língua, e da a lógica, a linguagem, a qual tem a função de exprimir a realidade e seu contraponto, dentro de uma lógica que é a gramática ou linguística.
A ciência se funda na positividade, e por isso, por definição, é acrítica, unilateral; a filosofia, por sua vez, põe o outro lado, fundamenta a negatividade, pois o positivo é o possível e necessário, mas tem carência de uma postura crítica, mesmo que, na maioria das vezes, a filosofia se torna objeto de zombarias, devido às posições absurdas oriundas do exercício da retórica metafísica, uma linguagem complexa, porém aberta em demasia, arejada excessivamente, emancipada a ponto de colocar postulados tão arrojados que beiram ao temerário e, não poucas vezes, ao ridículo, construindo com o máximo de inteligência o máximo de ilusões a fim de atender a vontade do filósofo que pensa em dois contextos ( para citar dois contextos e não toda a gama) : o individual e o coletivo e todas as linguagens que a filosofia apresenta, a saber : a gnoseologia, (gnosiologia), epistemologia, noética, ética, ontologia e outras linguagens da filosofia, dentre elas a geometria e a estética..
Essa tensão metafísica e física, da existência e essência, é que mantém vivas e acesas as chamas da ciência e da filosofia, que são complementares, suplementares.
A botânica, que é, não uma ciência, mas a ciência, tem uma lexicografia, uma nomenclatura(binomial), uma terminologia científica ou jargão, uma cladística, enfim, toda uma linguagem e um objeto : os vegetais, que a distinguem das outras linguagens, que outrossim falam para outros objetos de ciência, fechados hermeticamente numa linguagem para o objeto. A filosofia, por seu turno, é uma linguagem que se funda no negativo e que por isso tem vários objetos, conforme seja ontologia, gnoseologia ou outras linguagens críticas ou que negam os objeto, os objetivos, e investiga a substância, as relações de sujeito e predicado, na gramática.
A ciência não pode ser crítica porque ela não se olha, com nõs não nos olhamos, senão no espelho ou à lâmina d'água, e nos perdemos de paixão pela imagem no complexo do mito de Narciso, nosso mito primordial, fundante.
A filosofia nega o objeto e a linguagem a fim de acurar ambas e induzí-las a se constituir em acervo crítico. Ambas dialogam pela linguagem. A filosofia usa da dialética de Zeno de Eléia, o eleata, na linguagem, que é uma linguagem também, enquanto a ciência promove o diálogo com interlocução dialética. A filosofia desmancha e desmatela o objeto, bem como critica a linguagem, pois tem como objeto o pensamento.
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