Quem é feliz,
filistéia,
cava um fosso
entre si e o mundo.
filistéia,
cava um fosso
entre si e o mundo.
Mas quem é feliz,
ó filistéia?!:
- A aléia!
Feliz quem opta por viver em paz
consigo mesmo
a esmo no ermo de si
rumo à ermida
sanduichado entre o sol inclemente
( diferente de Alá,
que é clemente )
e a areia fervilhante
a ferir a sandália
do monge andarilho
em trilho no brilho do sol
- puro estribilho de calor e luz!
E com luar no ar suspenso
ó filistéia?!:
- A aléia!
Feliz quem opta por viver em paz
consigo mesmo
a esmo no ermo de si
rumo à ermida
sanduichado entre o sol inclemente
( diferente de Alá,
que é clemente )
e a areia fervilhante
a ferir a sandália
do monge andarilho
em trilho no brilho do sol
- puro estribilho de calor e luz!
E com luar no ar suspenso
apenso no que penso
ao pensar as mazelas
da noite escura e gelada
no deserto das sombras e miragens.
no deserto das sombras e miragens.
Quem é feliz,
filistéia,
o é apenas em solidão e solitude
de ambientes desérticos
Impossível ser feliz com todos,
em comunidade,
o é apenas em solidão e solitude
de ambientes desérticos
Impossível ser feliz com todos,
em comunidade,
ainda que em aldeias-fantasmas
com infra-estrutura para eremitas,
ou com qualquer outro ser
- quer seja a amada ou o abade!
ou com qualquer outro ser
- quer seja a amada ou o abade!
não há felicidade!
Quem quer ser feliz,
Oh! filistéia!,
cerca-se em uma floresta
tendo como entretenimento
ler em mente,
longe do azáfama dos museus de mortos-vivos,
a pinacoteca de Cézanne.
Outrossim, não recebe ninguém
nem por correspondência
porque quase todos são estúpidos
loucos sem o pão da poesia.
Todavia, é bom anfitrião
para os não-estultos
Quem quer ser feliz,
Oh! filistéia!,
cerca-se em uma floresta
tendo como entretenimento
ler em mente,
longe do azáfama dos museus de mortos-vivos,
a pinacoteca de Cézanne.
Outrossim, não recebe ninguém
nem por correspondência
porque quase todos são estúpidos
loucos sem o pão da poesia.
Todavia, é bom anfitrião
para os não-estultos
não maculados pela peste endêmica,
epidêmica, que assola o homem
esse infeliz fauno em zoológico
ou no papel alienado de zoólogo.
Quem é feliz,
filistéia atéia,
não recebe filisteu
nem tampouco filhos seus
( dos filisteus! )
porquando usufruindo de plena paz
Quem é feliz,
filistéia atéia,
não recebe filisteu
nem tampouco filhos seus
( dos filisteus! )
porquando usufruindo de plena paz
com corpo e alma serenos
ser humano assim saudável
é visto na ótica do papalvo
como algo desconcertante,
anormal,
indecifrável,
como algo desconcertante,
anormal,
indecifrável,
- uma aberraçaõ da natureza!,
pois num mundo humano em abalo sísmico
movido por espasmos epilépticos
síndromes de pânico
e tantos outros transtornos a distorcer o homem
pois num mundo humano em abalo sísmico
movido por espasmos epilépticos
síndromes de pânico
e tantos outros transtornos a distorcer o homem
no monstro do espelho desfocado
e o leva a ser o legado do mísero enfermo
trapo de corpo e alma rotos
com o que restou de espírito
afetado pela grande demência humana :
a estultícia perene
caduciforme
precoce
- sintomática na pieguiçe pegajosa
e o leva a ser o legado do mísero enfermo
trapo de corpo e alma rotos
com o que restou de espírito
afetado pela grande demência humana :
a estultícia perene
caduciforme
precoce
- sintomática na pieguiçe pegajosa
porosa indecorosa
sem a rosa no rosicler da alva
que enceta outro dia glorioso
para os quesão felizes
tendo a mão da saúde
a esculpir o corpo
a alma e o espírito
com mão e mente de Rodin
ou o escultor italiano Antônio Canova
nas Três Graças
que se dançam
antes da dança
( Ah! a pieguiçe vem sempre a par com a estupidez
sua companheira necessária! ).
Quem é feliz,
ó filistéia,
não precisa de felicidade
- a qual é um mero vocábulo
que não dá voz a nada
no ser humano disperso
( Ah! a pieguiçe vem sempre a par com a estupidez
sua companheira necessária! ).
Quem é feliz,
ó filistéia,
não precisa de felicidade
- a qual é um mero vocábulo
que não dá voz a nada
no ser humano disperso
em cantos e lamentações de profeta bíblico
em eterna diáspora.
Quem é feliz,
filistéia?! :
A lampreia?!,
quando servida em cardápio para o homem
- esse glutão
insaciável
de necessidades infindáveis
no dizer ou "logos"de economistas
em eterna diáspora.
Quem é feliz,
filistéia?! :
A lampreia?!,
quando servida em cardápio para o homem
- esse glutão
insaciável
de necessidades infindáveis
no dizer ou "logos"de economistas
os quais são os inventores da ciência do rico
e cujo maior feito heróico
foi levar as necessidades ao infinito
para acordar com o espírito matemático
de infinita abstração
para o inexistente numeral
que tão -somente existe
sob a mente e a mão do homem
a grafar signos e símbolos
compondo as várias linguagens
sob gramáticas e semiologias
( Esses inventores de ilusão
( Esses inventores de ilusão
em seu pensamento mágico
justificaram a riqueza de alguns homens de sorte,
meros arrivistas sem valor,
mas com muita mais-valia e capital,
confundindo essa abastança irracional
meros arrivistas sem valor,
mas com muita mais-valia e capital,
confundindo essa abastança irracional
com a riqueza das nações
quando de fato são a pobreza da humanidade
sem perspetiva filosofante
ao modo do filósofo Marx
que desfez a ciência de rico,
perscrutando-a
escrutinando-a...
quando de fato são a pobreza da humanidade
sem perspetiva filosofante
ao modo do filósofo Marx
que desfez a ciência de rico,
perscrutando-a
escrutinando-a...
mas criou o regime doentio
do comunismo
- mais deletério ao homem
que o mais selvagem capitalismo )
Quem é feliz,
filistéia,
sabe à colmeia e mel
vive com corpo e mente sã
desintoxicado
mercê de exercício de paz perene
livre dos insanos, insumos,
que trescalam odor de guerra e política
ao semear tais demônios capitais
Quem é feliz,
filistéia,
sabe à colmeia e mel
vive com corpo e mente sã
desintoxicado
mercê de exercício de paz perene
livre dos insanos, insumos,
que trescalam odor de guerra e política
ao semear tais demônios capitais
( em "caput!")
por onde vão deixando rastos
levando sua vanidade
por onde vão deixando rastos
levando sua vanidade
nos genes e nos memes
- porquanto esta é sua cruz romana
( ou filistéia?,
- Dalila! )
Quem é feliz
não recebe o filisteu,
ó filistéia bela!;
- porquanto esta é sua cruz romana
( ou filistéia?,
- Dalila! )
Quem é feliz
não recebe o filisteu,
ó filistéia bela!;
contudo, quem sabe um filisteu
filho teu
ache o fio de Ariadne
que permita fugir do labirinto
por onde erra o minotauro
- juiz, sacerdote e verdugo
de todos os aglomerados humanos
aonde a intolerância é sempre-viva
no berço vegetal
animal e mítico de Asterión,
sobre o qual escreveu Jorge Luis Borges.
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