quinta-feira, 19 de agosto de 2010

INTERIOR HOLANDÊS I


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A vida é uma flor buscando o roxo /
- buscando o roxo na área elipsóide /
da equação algébrica sub sol /
onde um ipê roxo abre a copa em flores /
sob um anum de abraço /
que equaciona o anil do dia no céu da garça alva /
( com a alva na barra da asa da garça branca /
sendo asa um caminho de anum para o céu /
e a flor de laranjeira cheirando vento /
soprado do moinho de vento sob o olhar de Van Gogh ) /
ao anum em corpo de noite /
no bando de tantas trevas voantes /
a olhar lobos em alcateia famigerada /
- noite na toada com violinos e música de Joan Miró /

A vida é uma flor buscando o roxo /
violeta /
violáceo /
violino /
- o violino! /
o violino em notações musicais /
no dueto trágico de violino e voz /
do pobre violinista branco de Joan Miró /
lançado no complexo espaço de um Interior Holandês /
que gira num corpo de violinista /
se contorcendo com o violino /
num complexo de corpo de homem e espaço /
( um violinista que dança /
com a boca em esgar sopra o violino /
com mão toca a corda quebrada /
de um violino partido como um coração amante /
que chora convulsivamente /
genuflexo /
- a tragédia do amor perdido para a morte /
ou pelo abandono /
expresso no canto /
da voz dorida do amante solitário /
e do violino solipsista /
impávido entre os diabos esparsos pelo espaço /
que o violino não violou /
em meio de símbolos em profusão /
com fantasmas e almas em xadrez : brancas e negras /
cachorro e gato entre os deuses pré-egípcios /
além de pedaços de favos de melodias em cores /
e algo de uma aldeia escondida /
miríades de formas que se insinuam /
quase a tatalar asas para anjos e rainhas /
- abelhas-rainhas formigas e mariposas em piloto vôo nupcial /
tudo solto e coeso em sete espaços /
em formas bizarras e cores mescladas /
do surrealismo dormindo em tela do artista catalão /
sonhando pelo aberto dos olhos ) /

A vida é vegetal buscando o roxo /
- buscando o roxo na forma do lilás pequenino /
esculpida no esparso espaço de formas pululantes /
na melodia no quase do silêncio da calada surgindo em formas /
- carregados hexágonos banhados no arroio de mel espacial /
que põe a abelha na colmeia /
e a retira para nadar no ar em volutas /
voar na poça de luz /
mel da rainha e estrela da alva /
- estrela da manhã tinta de vinho /
tintas matizando a deusa /
de longos cabelos no ruivo /
ou no feno e no fulvo esvoaçante /
torcendo tranças no vento em visitação a moinhos de vento /
presas as pás na lança de Dom Quixote /

Entrementes os galos vão e vêm na tecitura da madrugada /
lindeiros em seus cantos /
que demarcam territórios /
no mapa-voz do mundo /
até onde o tempo é água /
no rugido característico da cachoeira de cabelos encaracolados /
dizendo da catarata fragorosa à frente /
no meio ambiente da mata atlântica /
pacífica em aves canoras /
quando e onde o espaço /
é o encontro da barra da alva /
com a barra da treva /
num amplexo de eternos enamorados /
do anum ao anil /

( do anum que cobre o corpo da noite /
e da madrugada toda cantada em lira de galo /
até o anil saído do ovo azul do céu /
num pintainho amarelo de sol /
e outro de girassol /
flor em capítulo ) /

Todavia como sói acontecer a todo grande amor /
o nosso foi destruído no piscar da aurora /

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