terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SEGMENTO DE RETA(SEGMENTO!) - glossario verbete



Nada, nem o pensamento,
que é algo como o ponto
e o segmento de reta,
ou seja, quase nada
posto e contraposto
a gosto e  desgosto
da geometria,
exprime a vida no vivente,
contente ou descontente
ilumina o sentimento de vida,
a sensação de estar vivo,
o frêmito inenarrável
de partilhar de tudo
que corre no universo
aonde nada,
voa, anda , corre, medita
o corpo vivo,
cheio de um  espírito
que roda o pneu na alma
pneumática na árvore
ao escorrer em látex
do tronco ferido da seringueira
e, posteriormente, de Charles Goodyear,
até encher de ar
ao pneu do bólido de fórmula 1
guiado pelos foles com ventos musicais
que animam piloto e automóvel
em matérias diferentes
mas com espíritos similares
aos lares de onde provêm
e vem a prover os suportes tecnológicos
entre as mãos da natureza e da cultura
que lutam em um cabo de guerra.
 Nada,  nem tudo o que o pensamento revestido,
 travestido de palavras e conceitos possa exprimir
expressa a sensação mínima de estar vivo:
a expressão, mesmo a dos maiores poetas,
filósofos e grandes escritores
e artistas que sinalizam a vida
por outros meios de simbolização e linguagens.
Nada disso chega perto da expressão da vida,
mesmo quando vivos e coevos
os autores e atores da vida
no seu berro em sintagmas
mais cálidos que magma.

Pegureiro, pegureiro,
o caminho do toureiro
sem eira nem beira
está mensurado pela jeira do campo
e pelo  lírio que ruboriza
o vale da torrente do Cédron,
por onde correu o Rei Davi,
por onde perambulou Jesus
em grande luz
antes de apagar-se na cruz
do lusco-fusco ao fogo-fátuo.

Pegureiro, pegureiro,
o caminho é ligeiro
e pisa nele a pisada
que pesa o caminhar
sem pesar de pé
de arameu errante
diáspora fora
sôbolos ribeiros de  Babilônia
por onde se achou Camões
quando em achas de vida
em combustão de paixão,
mas não nas hachuras
de uma professora que tive.

Evoco numa prece
que desce, cresce
e que diz,
ó perdiz,
perdida perdiz!,
que a força glicêmica,
motriz, matriz,
que chacoalha a vida
com o triplo de energia vital
do que a glicose é capaz
sequer de armazenar :
- Esta eufêmia é o amor :
explícita paixão
que arrebata o vulcão
e se organiza no orgasmo
que vai num átimo
da música de Buxtheude a Bach
no Órgão sagrado
onde se acha escondido em geoglifos,
mas queimando em achas de luz
para leitura dos sábios
e pastores apaixonados,
o opúsculo do organista de Sainte-Chapelle
e os ensaios em versos
com baladas,  romances, sagas e gestas
com perspectivas filosofantes
de poetas e novelistas genuínos
que foram organistas de sonhos
da Igreja de Santa Maria Novella
e a deixaram lá
em lá maior
esse frenesi de vida vibrante
cujo empuxo é o amor em flor
deixado deitado em campos de lírios amarelos
e fulvos no olhar
a que não falta ferro e fogo
retirados ao vale do ribeiro do Cédrom
e posto nos livros iluminados
dos Mosteiros da Ordem de Cister
aonde o sonho de Cristo
se retirou para dormir em paz
ao bimbalhar dos milênios.
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