sábado, 28 de dezembro de 2013

"HOMO SAPIENS SAPIENS" - verbete glossario

Doutrinas, teses, diagnósticos, conhecimentos, enfim, são interpretações, grosso modo, de vários tipos de expressões,  linguagens e  códigos linguísticos, e não-linguísticos, em signos ou com outras formas gráficas que se utilizem de símbolos, gestos, enfim, uma miscelânea signo-símbolo para uso de exegeta e hermenêuta de relevo, a qual sói ocorrer  nas matemáticas e outras ciências simbólicas, bem com em todas as interações humanas ou entre homem e terra e cosmos, as quais levantam perenemente hermenêuticas e exegéticas, ou exegeses, a serem contempladas  na prática quotidiana: doutrinas de campo ou para o campo levadas pelo sábio, pelo erudito, pelo mestre, pelo entusiasta, pelo filósofo e o cientista, dentre outros afins.
Tais práticas não contemplam, geralmente, oficialmente, canonicamente, a face da gnoseologia, cujo labor é dado às melhores inteligências, pois tal se dá somente quando a comunidade é formada e dominada, em sua maioria, por gente sensata, de preclaro senso prático na aplicação do conhecimento aos fatos e que, destarte, por essas virtudes colossais, entrega a prática e a teoria do conhecimento àqueles cujo mérito é por inquestionável, porquanto as inteligências aplicadas por pessoas cujo mérito é notório são motores essenciais ao progresso da comunidade humana, à sua riqueza espiritual, intelectual e material, enfim, blinda toda a sua economia com um sucesso perene. As economias são várias: economia politica, salvítica, de princípios, financeira, economia do amor. Economia são as leis("nomos") da casa("eco"). Toda ciência e filosofia é uma economia.
Essa prática abordada nos parágrafo anteriores é a mescla de fatos e conhecimentos levantados até o momento do agir, por diversos agentes e entregue aos sábios e engenheiros para envolvimento e desenvolvimento com a tecnologia, que é o fazer falar a ciência nos objetos ou artefatos da cultura. Um só questionamento inovador sobre qualquer vetusta doutrina já a pinta com outra cor enquanto conhecimento, gnosiologia. Já  estabelece definitivamente o matiz da dúvida com seu tom no amarelo-outono das coisas e teorias com folhas decíduas ou em queda de anjos sem pára-quedas ou rede sob o trapézio.
A prática não passa de repetição ritual do mito das doutrinas, função executada pelo homem comum ou o homem de inteligência limitada.Os gênios da natureza, ou filósofos naturais, inteligências nativas, sábios, eruditos, "experenciam"  a praxe, que é a doutrina do filósofo aplicada como engenharia social, política, semiológica, semiótica, metalinguística, sociológico, antropológica, espiritual, enfim;  mas não enquanto elemento de  alienação do homem, posta no mundo tão-somente como ato de pensar, não enquanto tese apenas, porém como superação crítica do pensamento do homem, que se pôs no mundo e impregnou as instituições, a cultura, a civilização; não se trata aqui do homem em sua alienação metafísica : o ato de filosofar e o ato teatral do filósofo, que representa  meramente uma alienação do homem, - o homem que é mais, muito mais que é o filósofo, mormente ao agir  no mundo com o pensamento e o corpo, engajado criticamente ao contexto que narra a história do momento e insere o homem pensante no ritual momentâneo e aparentemente acrítico de forma espontânea e livre: esta é a ação e atitude do homem filosófico ou de inteligência nativa, livre das peias das doutrinas e outras crenças , pois o homem livre do filósofo que é em contexto ( e somente em contexto, or necessidade alheia). Somente assim agindo e pensante o homem é a sabedoria  inata, o senhor de si e da terra e dos demais senhores, que se escravizam pelo barato. O homem livre, livre do filósofo que que dá a persona para clamar no anfiteatro,  não põe  simplesmente o pensamento doutrinário filosófico no mundo, pois este pensamento puro é a alienação do homem no filósofo e a alienação do pensamento no mundo social; pois este pensar  se exprime por meio de doutrina, no mundo; este homem liberto põe o próprio homem, a si mesmo, porquanto antecessor e criador do filósofo, o qual é um mero ator social, uma criação do poeta. Nisso não difere do homem, que  não é ator, conquanto atue, mas livre do papel escrito, que lhe cabe;  pois o homem é livre do daquilo que está escrito, quer seja n Corão, quer seja nos livros da lei, seus códigos e, em posse da liberdade, age, porquanto é o único  ser livre na natureza presa na pressa da brisa e da lira que cobiça por glória,  fama e riqueza na mão do poeta ambicioso.
A ação livre, liberta o filósofo de seu papel alienado de si, alheio a si, no mundo como pensamento de morto, ou vivo, mas focado numa personagem teatral social, política, pois traz a doutrina ao rés-do-chão, comunica-a ao homem comum, o qual é o ser alienado que, se libertado  da sua inconsciente ou cônscia alienação, pode e muda o mundo social ao seu talante e ao seu redor com a força inconteste da água que a tudo derriba em caminho de amotinada, pronta a desbancar uma Revolução pra Além da Francesa e outra Revolução para Além da Industrial. 
Aliás, a  Revolução Francesa é uma guerra à parte, enquanto a  prática é imitação pura, arremedo; a praxe, criação, espontaneidade. A prática é a resignação à utilidade, a servidão à doutrina do utilitarismo inglês; a praxe a conjuração ( mineira). Os antigos filósofos gregos pensavam suas doutrinas e a punham imediatamente em praxe quotidiana. Haja vista os cínicos, os eleatas, os estóicos, os filósofos do Liceu e da Academia, creio, os pitagóricos, dentre outros. Os profetas hebraicos faziam o mesmo com seu proceder profético, o que leva a crer que conheciam as atitudes daqueles vetustos filósofos que uniam o inútil ( a filosofia) ao desagradável ( a imprecação e outros gestos teatrais exagerados, levados ao extremo, levados a cabo.Levados!!!).
Os seres humanos naturalmente inteligentes desenvolvem uma ou inúmeras doutrinas durante o transcurso de suas  vidas produtivas, doutrinas essas com fulcro é uma única ideia "platônica", a qual dá o seu ser ao pensamento do homem individual que a criou e desenvolveu e responde aos estímulos e sacolejos do contexto, cujo tecido é mui mutável, fato que faz dos discípulos do sábio, além de divulgadores e estudiosos do pensamento do homem são ( santo) banhado em rio de saber inato, um perene ato de colocar, recolocar e colar mesmo em contexto essa doutrina que atravessa os milênios na muda mão dos amanuenses que, não poucas vezes, a muda, modifica, reconduz ao contexto temporal, retira-a morta da teia da aranha antiga. Haja vista a doutrina de Jesus Cristo e Buda! - Toda a Bíblia! que prescinde de um novo passa-olho nos trechos revisitados pelo olho vivo e nu do bebê que lê Esdras.
No que tange aos homens de inteligência adquirida, não-nata, não-natural, como a do sábio, mas artificial, formada e fortalecida pela cultura, esses somente ganham de dom serem discípulos fiéis ( quando fiéis!) quando se limitam humildemente  apenas a dar sequência dialética ao seu pensamento bordado e constituído ao sabor dessas  doutrinas, as quais lhes emprestam o conhecimento limitado de quem não o pode produzir. As inteligências artificiais (artefatos culturais)  têm apenas  opiniões sobre tais doutrinas, pois não são doutos, nem tampouco ditosos eruditos, quando muito limitados eruditos, mas de imensa utilidade ao atuarem com humildade como  meros repassadores do que pregam os doutrinadores,  seres de inteligência inata que criam a mente ou desenvolvem o intelecto ilimitadamente todos os dias, da aurora à noite, até de madrugada, no fio do orvalho hialino que beira o arreio e da loucura e ao arrepio da demência descrita por Erasmo de Rotterdan e Michel de Foulcaut, ouvida na voz grafada em livros dos seus tempos.
Pensa-se ( e nem sempre é fato, mas ato de pensar, imaginar) que, tendo três homens envolvidos no ato do conhecimento, levantam-se três doutrinas, no mínimo, quando a inteligência nata dos indivíduos envolvidos é limitada ao invés de universal e vasta na cultura, pois a inteligência natural quando limitada não vai além de uma voz, não traz a polifonia encontradiça em Dostoievski e sábios geniais desse jaez, os quais evocam e criam inúmeras doutrinas tecidas em torno da doutrina-mãe ou mestra que envolve contexto e perene mutação de ritmo e rito, bem como mito, a fim de poder expressar as necessidade prementes e renovadas do mundo social construído por cérebros de vasto gênio nativo.
Todavia, quando os cérebros em interação são o médico, que clinica, o outro médico, cuja função é preparar o exame ou leitura do paciente por meio de aparato tecnológico e, por fim,  o paciente, se os três forem, como sói ocorrer, pessoas comuns, incapazes de averiguar uma doutrina,  senão sob leitura limitada e fundada mais em opinião que em doutrina, não haverá o levante de nenhuma doutrina; apenas se cuidará de opiniões falíveis, inseguras. Portanto, o que deveria (ria!) engendrar infinitas doutrinas, às vezes não dá senão uma trídua opinião de espião 007, centrada em  obediente opinião de bom moço-agente secreto de Hollywood; sendo a opinião algo mais leve que o pensamento, com leveza e até leviandade para com as doutrinas alheias ao seu chapéu, as quais "medram" no tempo e no homem, que é o tempo vivo, mas possuem o defeito crasso e crônico da solidão sob crânio. Inevitável!
A comunidade dos homens e sua cultura parecem destruir a consciência inata, a liberdade nata de pensar e, concomitantemente, mata no nascedouro, ao que parece, a inteligência natural, substituindo-a por escola, ou seja, por doutrinas alheias ao  cérebro que as  recebe e que as plasma em transplante como se fora sua ou seu coração valente de valete no poker a bater acelerado, mas em ritmo sadio de pandeiro e passista.
O saber do sábio nativo ( todo sábio é inato, congênito, não genético, nem genérico) é a natureza dada na baba do quiabo, na rebarba do diabo, entre  ente natural e o artificial, advindo a cultura e da natureza.
Entretanto, essa sabedoria não passa à tradição, nem sequer está na cultura do tempo; é um saber de alguns indivíduos desprezados pela comunidade científica oficial, um saber exclusivo e espontâneo, cujos sapientes são compungidos por lei, brasão  e armas ao silêncio em vida, coagidos com unhas e dentes do senhorio do tempo, os quais  fazem o povo crer que essa espontânea ( gaia ciência) é uma sabedoria irreal quando, em verdade, a sabedoria ou inteligência inata da nata dos intelectos jamais se torna oficial ou canônica, mas vem viger no apócrifo, pois há os homens sábios, "avis rara", versados na ciência e dotados ( superdotados) na onisciência do humanismo-iluminismo, os quais são seres humanos reais e se preocupam com entes humanos de fato, não com ficções ou grandiosas realizações de engenheiros da robótica; tais seres da ficção científica ou jurídica são tidos pelos visionários como Nietzsche como homens do futuro ( ou máquinas, submarinos em Júlio Verne, em outro verve), ou seja, seres ficcionais de um tempo que não há no presente ( nem pode!), nem haverá no futuro, que será presente tal qual o presente tempo de hoje, agora, pois o tempo é vital quando realidade e imaginário enquanto idealidade. O tempo é o deus vivo no homem em transcurso de vida :  Cronos, crônica são algumas de suas manifestações. Tempo é parcela de vida injetada no conhecimento, mas não no conhecimento dos homens, a erudição filosófica, artística ou científica, porém sabedoria, que é a prova da vida no conhecimento ou erudição artificial ( a ciência, tecnologia, filosofia) criada pelo ser humano em cultura, desenhada pela língua para falar, escrever, ouvir, calar ou dançar com signos e símbolos, esculturas no ar, no papiro, na pedra, na estela, no obelisco, no pensamento geométrico, etc.
Os escritores ou ficcionistas do tempo descrevem o homem em ficção enquanto ser do tempo futuro; abordam o inexistente ; o filósofo profundo, em contrapartida, põe este homem fictício na realidade do homem comum, o simples, o simplório, cuja realidade e idealidade é apresentada ao tempo ( presente) como animal de fábula : um ente humano ridículo e quase sub-humano que não logrou a provar os sabores da natureza e, portanto, por esta desfeita, não atingiu o ápice da condição humana que é  ser sábio, ou o provador da  natureza :  O degustador, o farejador, o observador astronômico, a olho nu ou vestido, o sentimento do tato, o ouvinte do vento
que tateia a tez. Não um mero animal alienado nas fábulas que, "mutatis mutandis", são o pensamento, a filosofia, a ciência, as atividades intelectuais e físicas do ser humano íntegro, integral no sábio. "Ecce homo". "Homo sapiens sapiens", aquele que sabe que sabe  que sabe e que não sabe que não sabe : o sábio. O ser vivo que prova, degusta, mostra e demonstra a verdade, descobre a aletheia. Aletheia!
Existe apenas um homem : o sábio natural. Os demais, que provêm da cultura e lhes presta culto, são meras ficções : homens artificiais, artefato humanos construídos politicamente pelos instrumentos tecnológicos da cultura: língua, rituais,  artefatos, instituições... : o mundo do homem está fundado nessas duas interpretações intercambiantes, interativas.
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