Toda coletividade humana é uma máfia:
o estado é uma máfia; idem o
município sob seu alcaide e outros senhores que municiam o poder; toda
nação, país, terra de homens pisarem, plantarem-se. O
pequeno, restrito grupo de Jesus Cristo e seus discípulos era uma
organização mafiosa com seu traidor, suas mulheres, lugares-tenentes e
demais ingredientes. Outrossim o Liceu(Liceu!) do filósofo, a Academia de Platão,
enfim, toda e
qualquer espécie de comunidade humana não passa de máfia constituída
dentro de determinadas leis e fora de outras, naturalmente. Leis de
dentro e leis de fora se expelem evidentemente. Muitas vezes são
antípodas, conquanto semelhantes e visando o mesmo objeto.
Há vários
tipos de máfias em que cabem os estados com seus políticos e povo
comandado a
ferro e fogo ( mas dizem sob o jugo das leis!), porém vamos nos ater ao
modelo
clássico, tripartite, a saber : O estado dos
políticos profanos, mundanos ( estado laico); o estado dos políticos
sagrados(teocracia) e, por fim, o estado
do povo. Este último é o estado comandado, subjugado, contraparte dos
estados anteriores, os quais são estados comandantes, estado dos
senhores laicos e religiosos, os quais exercem o comando sobre o povo, a
saber : os escravos, servos, cidadãos, os serviçais, lacaios, soldados
( mormente quando generais), guardas... ( médicos, psicólogos,
advogados, juízes, escritores, cientistas...) - miríades de
trabalhadores sob lei e máscara férrea, uns com maior , outros com
menor ganho remuneratório, consoante o serviço prestado e o valor desse
serviço para os estado em comando sempiterno, no eterno da história "glifada" e hieroglifada, não por fada
ou para fada na faca que desenha e redesenha a resenha,
mas por Francisco, o Grande, pontífice, e o pequenino de Assis.
Pobrezinho! - Das vielas de Assis ao becos do mundo cão ( Cão Maior e
Canis Minor dos minoritas no céu assisado com o cintilar de estrelas
cujo genitivo é Canis Minoris : Beta Canis Minoris), latindo em latim
vulgar e erudito. 'Entende", sua eminência Pelé ( ou Edson)?! Vide
ainda Grifos e Hipogrifos numa revisitação da história real e da
história-estória em mescla com o simbolismo das lendas e dos mitos
clássicos.
O Direito Constitucional, por exemplo, é apenas um adorno com princípios que já perambulam pelos direitos penais e civis, os quais tem a função precípua de norma de onde emanam as regras constitutivas da ciência do advogado ( desembargador, ministro...enfim, donos de um naco respeitável de poder sobre o clero, o sátrapa e sequazes ( quase caudilhos)
( deputados, senadores; e o povo, obviamente que conta para número). Na realidade, não existe Direito Constitucional senão como correlativo dos direitos em tela.
O direito civil regula a relação homem e bens, coisas, objetos; o penal a interação entre homens. Ambos são inúteis e não estão presentes nas interações que envolvem seres humanos de inteligência inata, pois apenas os imbecis, cujo espírito é tacanha, prescindem do apoio da bengala que é a sociedade. O corpo saudável e o espírito livre se sente tolhido por essas normas que amarram o homem imbecil que, lamentavelmente, constitui a maioria da população humana.
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