domingo, 22 de dezembro de 2013

LICEU(LICEU!) - glossario etimo verbete


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Toda coletividade humana é uma máfia: o estado é uma máfia; idem o município sob seu alcaide e outros senhores que municiam o poder; toda nação, país, terra de homens pisarem, plantarem-se. O pequeno, restrito grupo de Jesus Cristo e seus discípulos era uma organização mafiosa com seu traidor, suas mulheres, lugares-tenentes e demais ingredientes. Outrossim o Liceu(Liceu!) do filósofo, a Academia de Platão, enfim, toda e  qualquer espécie de comunidade humana não passa de máfia constituída dentro de determinadas leis e fora de outras, naturalmente. Leis de dentro e leis de fora se expelem evidentemente. Muitas vezes são antípodas, conquanto semelhantes e visando o mesmo objeto.
Há vários tipos de máfias em que cabem os estados com seus políticos e povo comandado  a ferro e fogo ( mas dizem sob o jugo das leis!), porém  vamos nos ater ao modelo clássico, tripartite, a saber : O estado dos políticos profanos, mundanos ( estado laico); o estado dos políticos sagrados(teocracia) e, por fim,  o estado do povo. Este último é o estado comandado, subjugado, contraparte dos estados anteriores, os quais são estados comandantes, estado dos senhores laicos e religiosos,  os quais exercem o comando sobre o povo, a saber  : os escravos, servos, cidadãos, os serviçais, lacaios, soldados ( mormente quando generais), guardas... ( médicos, psicólogos, advogados, juízes, escritores, cientistas...) - miríades de trabalhadores sob lei e máscara  férrea, uns com maior , outros com menor ganho remuneratório, consoante o serviço prestado e o valor desse serviço para os estado em comando sempiterno, no eterno da história "glifada" e hieroglifada, não por fada ou para fada na faca que desenha e redesenha a resenha, mas por Francisco, o Grande,  pontífice, e o pequenino de Assis. Pobrezinho! - Das vielas de Assis ao becos  do mundo cão ( Cão Maior e Canis Minor dos minoritas no céu assisado com o cintilar de estrelas cujo genitivo é Canis Minoris : Beta Canis Minoris), latindo em latim vulgar e erudito. 'Entende", sua eminência Pelé ( ou Edson)?! Vide ainda Grifos e Hipogrifos numa revisitação da história real e da história-estória em mescla com o simbolismo das lendas e dos mitos clássicos.
Ocorre, também, a partição dos mercados que  vicejam nesses estados : o mercado negro e o branco, no entrecruzar do xadrez em jogo, falando metaforicamente ou dando a língua à metáfora. O xadrez em movimento não é somente um círculo chinês que não descura os contrastes nem os trastes em poder da treva vetusta.    
A esses estados imbricados servem dois tipos de direito : o penal e o civil. Os demais direitos são extensões destes.
O  Direito Constitucional, por exemplo, é apenas um adorno com princípios que já perambulam pelos direitos penais e civis, os quais tem a função precípua de norma de onde emanam as regras constitutivas da ciência do advogado ( desembargador, ministro...enfim, donos de um naco respeitável de poder sobre o clero, o sátrapa e sequazes ( quase caudilhos)
(  deputados, senadores; e o povo, obviamente que conta para número). Na realidade, não existe Direito Constitucional senão como correlativo dos direitos em tela.
O Direito civil é meramente tecnicista, sem imaginação, de cunho eminentemente prático, prosaico e tem fulcro em argumentos hipócritas. Não conhece a verdade, pois não saboreia a imaginação.É um labor  para advogados medíocres, destituídos de imaginação e co habilidade de desenvolver a  representação teatral do ator ( o hipócrita) nas letras jurídicas. Já o Direito Penal é pura imaginação, dá azo à fuga da ciência e à presença ou presentação da filosofia e, concomitantemente, à verdade ou aletheia no sentido e a gosto dos antigos filósofos que elucubraram a metafísica na Hélade, bela Hélade dos poetas e filósofos refinados, sofisticados, livres, aptos à verdade e ineptos quando sua referência é a hipocrisia do ator. O filósofo não representa : é.O representar o ser e o tempo é do poeta pela via da imaginação. O ator, todavia, representa o que não é : o não-ser e o nonsense. Este último é invenção de poetas recém-nascidos numa rapsódia construída à lua lupina. Lúpus, lúpulo.
A plebe, a gente ordinária, transforma o Direito civil em hipocrisia, em decadência de falastrão, canastrão, truão : uma estúpida mentira com fundo no lugar-comum e no chavão que faz corar a mais simples e corajosa ideia de verdade ou aletheia. já a escol a eleva em nonsense.
O nonsense de Alice no país das Maravilhas. Uma arte para nobres espíritos, descritos exclusivamente em Nietzsche quando esvaziou o ser  "Para Além do Bem e do Mal".( Em andarilho seguido de sua sombra, o homem e o homem segue e a sombra persegue).
O direito civil regula a relação homem e bens, coisas, objetos; o penal a interação entre homens. Ambos são inúteis e não estão presentes nas interações que envolvem seres humanos de inteligência inata, pois apenas os imbecis, cujo espírito é tacanha, prescindem do apoio da bengala que é a sociedade. O corpo saudável e o espírito livre se sente tolhido por essas normas que amarram o homem imbecil que, lamentavelmente, constitui a maioria da população humana.
O vocábulo "imbecil! aqui não tem qualquer conotação de xingamento que pesa nos olhos dos leitores da língua portuguesa falada, lida  e escrita no Brasil, que veste essa cultura.
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