quinta-feira, 1 de agosto de 2013
NARVAL(NARVAL!) - enciclopédia enciclopedia
O riacho corre na terra
e pé ante pé
lava pé
louva a pé
arrasta-pé
lambe pé
de oiti.( O outi
é raiz de ti.
Radícula).
O arroio Lambe-Pé
chora copiosamente ao sopé da montanha
- e da montante à jusante
chora e rola no chão.
Menino traquinas!
Rio é choro no solo
choro alegre com cavaquinho,
puro...puá!
- Chuá! - diz a água
sem mágoa, mansa
- ansata cruz originária de manancial
que entra entranha adentro
sem ser estranha, estrangeira.
Água é mansa mesmo em torrente bravia
- água é Jesus em mansuetude de ovelha
ouvido o balido
nas écoglas dos poetas árcades,
conjurados, - mineiros
na corrida do ouro
tangendo pastorais
nas Minas Gerais
das gemas gerais,
do ouro preto,
bronco, branco ouro,
que doura e douro,
ouro recoberto pelo amarelo das minas
em seus filões
naufragados nos galeões
sob um mar de Espanha
sepultados em água
da terra de Minas Mineral : terra mineral,
que bebe e dá à sede
água mineral a beber;
Minas-terra dos organismos minerais,
em geoglifos nos vegetais, animais
e minerais que unifica
- no amor de terra e água.
Amor : fogo de fusão,
faísca, lampejo,
fiat lux,
paixão, pathos, pacto no sangue,
na concepção que aqui se abre
em novo naipe filosófico. Tópico.
Minas do homem mineral,
solar : no céu abobadado, em arco,
na mão do arqueiro
e na terra radicada na abóbora,
nutriz do fruto da aboboreira
cuja cor corta a corda
do quão se pinta e sulca o desenho.
Cabeça de cavaleiro sem cabeça
- em terra! - sobre a terra!
- a abóbora! - avistada da abóbada?!
Minas Mineral do homem solar e telúrico
em queda para o girassol
que bebe sol e devolve céu
- no carbono que sobe
no que respira a planta,
alma da Gaia.
Peso o pé no que pesa a água
que pisa a torre inclinada de Pisa
- campanário ao pé d'água bravia.
Sopesa o tombadilho em fuga
para um surrealismo em luta
com o diabo dali
pesando no pesadelo Íncubos e Súcubos
entre espaços imensos
vigiados de torres solitárias
no espaço sem olhar algum
de dentro para fora:
espaço em obras de Giorgio De Chirico
que fere de solidão a reciprocidade.
À água e ao pé-d'água
acho o profeta
vestido de mariposa
aprestado para a revoada.
É um pé de água
deitado,
em amplexo amoroso-caudal com a terra.
- Sou eu em soro na orla ribeirinha,
o profeta assim João Batista cognominado.
O ribeirão é um homem em horizontalidade,
homens aos pés,
na fluência fluvial, fluminense,
no sono, no sonho, no sexo...
Homem horizontal
acho o homem no riacho
- até que venha o lenho
que produz a cruz.
A chuva é outro ser humano
na verticalidade, pluvial,
em que embarca a barcarola.
O homem é o plano cartesiano
em pluviosidade
na vertical ao ribeiro:
um pote que bebe as dimensões
que a água toma
e pensa para concluir que existe
na cruz cartesiana
que forma o homem em intelecto e razão.
O ser aquático-humano
meio peixe, metade homem,
no deus que encarna
em escamas na sereia,
centauro d'água.
A mulher é a cruz cartesiana,
crucífera
onde deita o homem
desde os primeiros vagidos
e mesmo antes, no ventre,
- e ainda lá está em repouso definitivo
logo após o apagar da aurora...
- da última alva
indo ao movimento que se desvia do devir
na via "crucis" que vai, vaivém ao nada
empós o nadir.
Nadar, nadar, nadar..., marlin,
que este é o fim
esperado, desesperado sim,
mas por vim
no porvir, enfim.
Nadar, nadar, nadar...
sem natal,
mas com narval,
com um cardume de narval...
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