Sugiro a Deus,
se é que Ele continue a ser elencado
entre os seres,
que reinvente, recreie-nos!, crie, recrie - o tempo,
modificando-o, inovando-o no ovo,
( No ab ovo e - abre ovo!
que lá vai o povo!)
que o tempo não seja mais algo fixo,
porém um portal aonde possa passar o ser humano
- portal de entrada e saída
de um mundo que foi real
e continue sendo-o
ao bel prazer de cada um
que vá e venha em revisita
a um tempo que retorne,
agora e hoje ao pretérito
e do passado ao hoje e agora,
não enqunato memória nostálgica,
mas com todo o seu cosmos
que fornecia corpo e alma,
espaço e tempo,
para todos aqueles seres humanos
abrigados na casa daquele tempo
em que o templo, agora em pó,
a consonar com a profecia,
estava em pé com pedra calcando-o
e ao pé do tempo
e da escadaria que corria ao templo
feita criança efusiva,
- templo então em retorno pleno,
na categoria substância,
que sustem a tese de Aristóteles,
- recitava o arcanjo e o serafim
preces sem fim
com récitas para três violinistas azuis-miosótis
e dois violinistas verdes-rãs,
com face no anfíbio,
no sátiro, no fauno...
Sugiro à divindade
que eu possa visitar,
revisitar,
o tempo em que meu filho e minha filha
cabiam no espaço emoldurado
das teias de teses que a aranha esqueceu de arranhar,
- teses, em tese!, de susbstância temporal
que os vetiam com tez de crianças
e eu com um capote de pai inexperiente,
pele incipiente...
Faço esta sugestão,
que é uma eufêmia,
ao Ancião dos Dias :
que eu possa retomar o caminho
( ou ir ao sapato!)
da casa paterna e materna
como quando eu era criança
e podia conviver com meu pai e minha mãe
naqueles tempos de antanho
com fogueira de São João a queimar
e estanho a espocar seu grito de lata
( o grito do estanho no quadro 'O Grito"
- de um Munch boquiaberto
entre a corrosão da ponte
e outras ligas metálicas
que não possuem o metal cassiterita,
de onde vem o óxido originário do estanho).
Liga metálica e não-metálica
de estanho com estranho!,
sugiro ao senhor Deus dos homens justos,
dos homens de bem,
dos virtuosos arrolados em Ética a Nicômaco,
da lavra do filósofo estagirita,
( quão presunçoso sou e solução na solução!
- que tudo apaga com rasto d'água)
que o tempo soprado no oboé da bolha
- como melodia da infância,
insuflada pela oboísta-criança,
crie, recrie, recreie com o universo-tempo
aonde possamos trafegar,
trafalgar, quiçá,
antes que o demônio no homem
tome pé sobre as cristas das ervas escarlates
derreadas no sangue derramado inutilmente
pelo punho-punhal em serviço nas aras,
porque ruim o ser humano é
e tão nocivo
que o santo
é sua pior forma de perversidade
- hedionda!
( Hediondas suas ondas senoidais!
O que não é de onda!...
mas de loca
onde se esconde a louca moréia,
sob arrecifes, restingas:
escolhos que não escolho
olho no olho,
dente no dente...dentina!).
Sujo sugiro ao deus dos totens e tabus,
dos caititus, das urutus , dos urubus,
porém não do que o arcabuz
busca
no rastilho da pólvora
- em polvorosa!
( Goza e glosa
a morte de um grande diabo
que está no mundo
e é o mundo no giramundo
e no redemoinho que enreda
o vento moenda na moenda
- dos glosadores!);
sugiro no giro do redemoinho
d'água e vento,
ao deus do redemoinho,
ao velo velho do vento em espiral...
- a estes com dez denários, enfim,
sugiro, por mim e para fim, esta hipótese :
que o que nos enfileira em leva de prisioneiros do mal
é o grande diabo que mata
quando nos esgueiramos sorrateiros na mata
ou nos protegemos ( e aos genes!)
sob a casamata com paliçada :
ele, o grande diabo,
dá-nos, aos dentes viperinos,
uma dose do mal
que nos envenena
e leva o próximo a morte tóxica :
hemotóxica, neurotóxica.
O estado é o grande demônio
devorador de homens;
não, Rousseau, o homem não é
de todo mal,
mas quando em instituição
ou na forma coletiva
é um diabo fora de controle,
que domina e embriaga seus pretensos controladores,
seus políticos e seus pensantes cientistas geopolíticos:
é a polícia que massacra indefesos,
o juiz que age pelo algoz,
o direito que aniquila as mentes
com seus embustes doutrinários
e seu doutos escravos e mendazes,
pois tudo o que é oficial é mendaz :
mente descaradamente tal qual, ou mais,
que a mais mendaz das marafonas(marafonas!).
O mundo é o grande diabo preto e branco
- em preto e branco crucificado no xadrez,
n'álma das crucíferas
cruzeiras no céu noctívago
e na cabeça da urutu
rastejante qual arroio de rocio
marcadas por patas de rocim com veneno
sob as ervas daninhas
aninhadas na terra chã,
ao rés do chão,
por escabelo dos pés...
Entre nós, a nos separar,
não a nos atar nuns anuns,
no meio do caminho do "pinhéu" onomatopaico do gavião,
a alguns passos dos sapatos,
a urutu nos guarda do nosso amor.
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quarta-feira, 21 de agosto de 2013
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