( Gás sarin, gás sarin,
que faz dormir os meninos
e mata ditadores
de uma morte pior que a morte,
uma noite mais negra
que a borboleta negra!...
( Que Alá não veja isso lá,
nem Deus isso cá!
Ai! que não vejam
os meninos dormindo serenamente
e os sátrapas desfigurados na morte!
Ou melhor : que Alá não se apiede
desses crimes de homens-feras,
nem os perdoe Deus,
nem Cristo os salve do fogo dos infernos,
do seol, do hades,
de gemer e ranger os dentes
por uma ou duas eternidades!)).
Sou anarquista por não anuir
estar sob governo
(governo é jugo)
de homem ou lei
sobre meu ser individual,
autocrático, livre para o madrigal
da madrugada em odores na madressilva exótica
que silva na víbora-bufadora,
víbora-cornuda ("Vipera latastei!),
no latim do leigo,
"Bothriopsis medusa", "Crotalus atrox",
Cascavel -de-quatro-ventas("Crotaulus durissus"),
na pitonisa no templo grego
e, por fim, no anacoreta há muito nas montanhas,
ou nas tebaidas,
apartado do parto da miséria humana
que viceja na basura
quando dos seres humanos em amplexo social
compartilham do pão da hipocrisia
que grassa sem graça na desgraça
outra endemia e epidemia que grassa
grossa na casca do jequitibá
abaixo do palor do luar
que banha a palha na palhoça.
( Graças ao gás sarin,digo,
por desgraça do gás sarin...
- não, não ao gás
mas aos homens que o criaram
elevaram-no do químico
que somos.,
matamos a morte
- e um desses homens
que criaram ou inventaram o gás sarin
poderia ser eu
- ou sou eu
no plano social).
Sobranceiro sigo, pobre cavaleiro de Cristo,
sigo, templário em sua(minha) indumentária,
sigo a trote para a fogueira
que o rei e o inquisidor soprou
do braseiro do Santo Padre
que descreve um oboé tocando
solitário
- o oboísta à vista
que dista milhas de ilhas verdes
deste mundo cão
com o Cão Maior no céu
e o Cão Menor latindo
na rua da madrugada tiritante de frio,
mendiga,
soror mendicante
- do amor de Deus pai!,
um campesino madrugador,
um lavrador de versos líricos,
(vegetais no lírio de Cruz e Sousa),
um filósofo que de si dá conta,
um médico e auto-medicina
ou xamanismo, medicina chinesa
e outras chinesices, bizarrices, cretinices.
( Não se importa se foi o ditador
que há-de baixar e assar ao inferno mais cruento
da baixada ou baixa do sapateiro
com gases de galos na madrugada
ao escuro do clarim diário
que passa por um argentino enegrecido
Se não foi ele quem fez,
foi o primeiro a jogar a pedra :
isso ele fez
ao baixar a morte
sobre meninos e meninas
que perderam as mil vidas
que teriam;
as mil vidas
que viraram mil mortes
de meninos e meninas
- e ao ditador
que se não os matou
cooperou com a política
dos rebeldes,
que viram a oportunidade
de também dispor de mil vidas
- suas e de seu descendentes
até a quinta geração
ou o tempo que Deus e Alá
definirem em lei de Talião :
dente por dente de cada descendente!
( Mas aqui há mais truta que se imagina:
é toda uma estratégia de general,
política de especialistas,
que os estados, quando unidos, usa
(USA e abusa!))).
Não sou de partir vidraças
evocar atos dos bárbaros vândalos medievais,
pois não odeio, antes respeito,
embora com um travo de escárnio,
a sociedade, república ou monarquia
nas quais a maioria dos homens amam viver,
sonham ou sofrem o pesadelo de conviver
sob o império de outros homens, os políticos,
e a escravidão imposta pelo cabresto da lei,
eivadas de doutrinas e interesses de terceiros,
- terceiros em terçetos, sem sonetos,
nem emendas de sonetos,
- terceiros usurpadores do poder,
aos quais ( quais, quais!)
se dão os nomes eufemísticos
do doce regurgitado pelas abelhas,
que corre nas torrentes das terras de promissão,
lá pelo lado do Jordão
e aqui também, João,
profeta daqui que batiza,
num rio que rumoreja a rumo cantante,
- homem que se alimenta de gafanhotos e mel silvestre,
segundo li em língua dos anjos
solta nos papiros e pergaminhos
quais torrentes de águas de signos linguísticos
que lambe o fogo e o lambe-lambe(lambe--lambe!)
na língua e garganta do lobista perseverante.
( O sarin é um composto organofosforado
substância tóxica utilizada em guerra química.
Os ditadores somente servem para fazer isso:
guerra, armas e violência de todo tipo.
Mas quem são os ditadores:
todos os presidentes, reis, governos, enfim.
Por que, então, não nos livramos dos governos?!
Por que não a Era Dialética
e ainda rumamos jogando runas
para a Era de Sagitária ou a Nova Era?!
Era uma vez uma Era
sem "Vera" nenhuma no latim.
E Vera era a Cruz,
cruz romana para crucificar os iníquos
esparsos aos mil ventos
por este país sem luz nos homens sombrios
sob a Pindorama na floresta amazônica
aonde cavalgam loucas amazonas!)
Pugno pela sociedade dos homens livres,
os anarquistas, os homens livres das peias sociais
e de si mesmos despejados,
leves crianças que se criam ou recriam
obedientes somente a si mesmos,
autocratas que se auto-governam(?!) e vivem em comunidade
com seu pares,
não de utopistas,
mas de realistas,
( mais realistas que o rei!)
que o real é o sal da terra
e o rei o fim da paz no vespeiro
ou no castelo das térmitas.
( O real, concreto volta aos sentidos
na forma da realidade
tal qual o bumerangue.).
Esses estados ou cidades-estados
de homens livres, os anarquistas,
existem de fato,
tal qual o país Basco,
cortado pelos Pirinéus
e banhado pelo Golfo de Biscaia,
bem como a Comunidade Autônoma da Catalunha,
dentre outras nações da terra
impedida de existirem de direito
pelos seus usurpadores ferozes no poder
- no poder de matar, torturar, negar alteridade...
( O estado é a cidade.
Para lá das cercanias da serra
termina a cidade
e com as térmitas
começa o campo,
cinturão verde que separa cidade de cidade
e se junta no estado
enquanto ficção jurídica,
pois então o direito é um mapa
que desenha a geografia do poder
e une o que está apartado
campo a campo
com a língua e os dentes,
as armas, os brasões, os barões
e as garatujas que o jurista proclama
contra o que clama o profeta
e todos os que sentem a realidade na carne cortada
e na vida despedaçada pelo direito dos poderosos,
que é, concomitantemente,
o dever e as obrigações
a que estamos presos por contrato nós,
os homens nos nós górdios gordos.
O estado, fora da cidade,
existe e se impõe
pela fora dos garanchos jurídicos
- dos escribas: doutos, feitores
e verdugos que militam para os reis
no labor de sua leis).
Todavia, Bascos e Catalães
o que parecem querer
é sair da escravidão a leis de uns homens distantes
e passar à subserviência de leis endêmicas,
dando forma ao seu pesadelo de monstro : o estado Catalão. Basco,
com os senhores no poder
e os escravos e servos sob as leis
que regem as mós e a vós regerão.
A voz e as mós em cantochão!
Já os anarquistas aspiram
por um estado sem leis
( lei chama sanção, castigo
e todo tipo de violência e discrimisação e descriminisação
na criminização e na discriminalização :
tudo crime e clima para batalhas judiciais e policiais).
- estados, que nem estados serão,
porque o estado é a outra face do direito,
a face torta e doentia,
de alguém com paralisia facial no Facebook,
ou outra rede social à la Marina Morena
em canto de Caymi... - caído na queda do anjo!...
( o direito seria apenas
direito de homens
e não de estados e governos sobre homens
então minimizados.
será o estado-homem
ou o homem-estado
comandado por cada homem
sem homem no governo,
exceto em casos de excepção
quando de guerra, peste, cataclismos...
quando todos ressuscitarão o morto estado
para defesa e ataque
até cessar a emergência.,
debelar o mal.
( O estado, que é a outra face escura do direito,
a mesma moeda em cara e coroa,
só serve para a guerra e o comércio.
e para se meter na vida do indivíduo humano
tornando-o coisa entre coisas,
tomando-o por coisas não aristotélicas,
com os fins em confins de Maquiavel,
o Mefistófeles do doutor Fausto...:
o ser em desespero, em ânsia,
nas vascas da agonia,
ruminante ao caos
e para o caos indo,
sorrindo para a morte
- na caveira
que devolve o deboche, o chiste).
Um estado livre do jugo da lei
já o pugnou o apóstolo Paulo
( "Saulo, Saulo!..."na estrada de Damasco!
estatelado ao chão!
Derribado. Derrocada.(?!))
salmodiando o amor
na língua dos anjos
falada, cantada pelos poetas e filósofos eruditos
- tocando cítara para a loucura
a escarnecer do mundo
em respeito a si mesmo,
à sua loucura divina,
e não para apontar o anátema no mundo
eivado de ódio e despeito,
embalado por demência diabólica,
metabólica, anabólica...
( O amor é a divindade dada
em data e vênia :
venal e venérea
em Marte e Vênus
que vemos em nós,
nos nós górdios engordados pelo olho gordo do garoto.
Garoto bom. Bombom).
Não sou contra o capitalismo
nem a favor dessa ventania
que anda com pés pesados de elefantes
na madrugada com jangada no arroio de rocio
antes da barca rosicler
que quer ser mulher.
Apenas exijo
um estado novo
para a população de anarquistas
que não passam de umas 5 mil almas mansas,
beatos ascetas
que cultivam a felicidade
apregoada pelo filósofo de Estagira.
Essa terra, cidade-estado, vila-estado,
aldeia-estado que reclamo como minha
e de outros espíritos andarilhos
está dentro de minha alma
imaginada, paginada, projetada
e construída com a teia do espírito,
mas prescinde de uma terra fora
para poder reunir e caber
as aldeias congeladas
em imaginações de outros poetas e filósofos
que precisam regurgitar
todo esse mel na colmeia comum.
Nada de anomia,
supressão da hierarquia,
da coerção, nada de desordem
e de outras formas de violar a liberdade
- ou o homem,
pois a liberdade
é o homem,
no profeta Amós ou Oséias
a clamar contra a corrupção?!
- Em todo homem vivo.
( O anarquismo é o anarquista
que tem direito inalienável
a uma pitada niilismo
e tudo o que for pensar, agir, sentir o mundo,
desde que não fira seu próximo
em Jesus e no samaritano
- na mulher samaritana
ou na viúva de Sarepta
para sustentar o gigolô profeta Elias!).
Que o mundo magoado
fique para os que gostam de obedecer às leis capítâneas,
os estatutos, preceitos e admoestações alheias
e para os que fazem as leis
e as ignoram completamente,
mas arquitetam um templo de hipocrisias
para atrair e condenar templários
e outros cavaleiros de Deus
montados a caminho de suas guerras
o desmontados à espera da condenação
da inquisição do Santo Ofício.
Quá! - Mais santo é o ofício!
( Que grite o profeta Isaías,
que venha expelir lamentações
o profeta Jeremias sobre as virgens de Sião,
desvirtuadas, vilipendiadas,
que chore o rio e a cachoeira
desce e se debruce em pranto
pelas crianças mortas pelo gás sarin,
- as crianças que não estavam em guerra,
pois as crianças nunca estão em guerra,
excepto as crianças desvirtuadas
pelos jogos virtuais de morte!).
Os iluministas europeus
deixaram este rasto de aurora
esse pé na alva
- essa garatuja na alma
dos poetas e filósofos
que são todos anarquistas,
inimigos dos métodos coercitivos,
amigos da liberdade,
amantes de contemplar a sabedoria filosófica,
seres felizes em conformidade
com o que reza a Ètica a Nicômaco do filósofo estagirita.
Todavia, trata-se de uma nata,
da escol, a fina flor, a elite mental, intelectual,
constituída por homens virtuosos e sábios
que se dominam
porquanto venceram o monstro Golias
que os desafiava e ao seu Deus,
seja o que entendam por Deus,
pois o mais insidioso inimigo
é o próprio homem
que luta contra si
dentro de si,
em absoluta surdina
e despercebido, camuflado,
nas formas do deu Proteus.
Estes homens,
que perfazem uma minoria insignificante em número,
não necessitam de serem domados
por estados, leis, governos
e outros jugos coletivos coercitivos e brutais.
Para esses poucos
é mister e urge
que se crie um estado livre,
algumas aldeias para homens livres
poderem viverem em paz,
produzir em liberdade
ao invés de ter de desperdiçar seu tempo precioso
com escravos
e senhores de escravos,
que, por sua parte,
também são escravos de leis, estados, deuses e dinheiro,
dentre outros,
e não podem prescindir de viver
sob um jugo pesado,
pois entre eles o crime aflora
na primeira paixão,
vez que são fracos,
não tem a virtude da fortaleza,
não os ampara uma inteligência natural, inata...
Não, a ideia de rio
que passa pela minha aldeia mental
imaginada congelada na minha memória
ou nos casulo, crisálidas de fantasmas
que tem com aranhas imaginárias
que arranham a paginação da antologia poética
ou dos ensaios filósoficos
escondidos há séculos
nos Opúsculos do Organista de Sainte-Chapelle,
onde pesa o que pensa a cabeça de Deus
no silêncio que a melodia do organista imaginário interrompe
- e interroga peremptoriamente
rompendo o silêncio de ouro de Deus,
bebo o batismo
no Tabenáculo da divindade
que lança a chama de seus serafins
no coração dos homens da cepa de Saulo
e, então, me lembro,
que não sou anarquista,
nem teísta, deísta
ou Cavaleiro a cavalgar por um Estado Teocrático,
um Reino de Deus....
- que não sou nem solipsita
porque não acredito em nada
que não parte de mim
enquanto ser humano individual
e dos meus irmãos, os homens,
meus filhos e filhas,
netos e netas,tataranetos, tataranetas :
meninos e meninas...
Não creio em nada fora do indivíduo que sou
- e não posso, osso no osso,
crer nos outros indivíduos,
pois não respondo por eles,
mormente quando no poder
a matar crianças com gás sarin
porque quanto mais bela a obra de arte,
a obra-prima expressa pela "Pietà"
de Michelangelo Buonaroti,
mais bela a capela e a catedral,
a mesquita de Santa Sofia,
mais feio, horrendo, hediondos os crimes que ocultam
em sua leda beleza
que funciona como armadilha fatal, letífera. dicionário
dicionario onomástico onomastico filosófico filosofico científico
cientifico enciclopédico enciclopedico etimológico etimologico
etimologia etimo wikcioná´rio wikcionario wikdicionário wikdicionario
verbete glossário glossario terminologia científica cientifica
nomenclatura binomial terminologia nomenclatura taxononia raxinomia vida
obra biografia pinacoteca historiografia lexic léxico lexicografia