Garça branca desenhada contra o azul do céu
brando de nuvens brancas
retratada quadro a quadro
espaço a espaço
plano a plano
pela vida
- que é o pensamento
e ação natural
( O olho dá o ser
que dá a realidade
em retorno ao ser dado
através da linguagem dos olhos
em diálogo da natureza com o animal
observante-observado )
A graça voante-esvoaçante
a apagar a branquidão-cal ( escuridão para formatar tecido xadrez )
das nuvens em branco-tinta-tinto-tinte ( tinteiro inteiro )
no voo-mostra de que a vida quer ser eterna
- e anela por eternizar-se no indivíduo
porém a oxidação é lei
que proíbe Newton de pensar mais
ao "instilar" pena de morte
em corpo individual
- que malgrado sobrevive no corpo da espécie
( Mendeleiev com a Tabela Periódica dos Elementos
prova que o tempo existe
( Mendeleiev prova intelectualmente
o tempo físico e químico
ao exprimir demonstrativamente
a existência do tempo
nos diferentes "corpúsculos-partículas" atómicas
que se formam na sucessão do tempo
encadeados em períodos
e se alocam, "cristalizam-se" em matéria
num determinado espaço físico
após o surto energético
que cria e dispersa ou fulmina a matéria )
É o tempo no nicho de tempo denominado período
que separa um átomo de outro átomo
que cria ou suscita o primeiro átomo
e, ao suscitar o átomo primevo,
cria o tempo
que é uma função escrita em linguagem matemática-algébrica
para designar inúmeros movimentos
como o calor, o frio, o eletromagnetismo...
enfim as forças ou energias motivos do universo
- berçário do cosmos
O Tempo ou "período" de tempo
no qual o átomo de hidrogénio
se transmuta em átomo de hélio
sendo o hélio um átomo
que difere do hidrogénio
por um eléctron e um próton e um nêutron ( neutrões ) a mais
que o gás nobre ( átomo de hélio)
e se estratifica numa camada ou período
das camadas atômicas-eletrônicas atômicas
que abrigam os elétrons ( electrões ), prótons (protões) e nêutrons ( neutrões )
existindo espacialmente
num espaço-temporal
depois do espaço-tempo envolto no átomo do hidrogénio
geométrica-espacialmente desenhando em torno de matéria
( seu "corpo-corpúsculo" que fez os olhos
mas não o olhar à luz dos olhos )
ocupando outra faixa estratigráfica e real de espaço
circunvizinha ao período e local do átomo primacial de hidrogénio
que o tempo fabricou em outro estrato da sucessão das funções-energias
ao fazer o próximo e subsequente átomo
que dobra o primeiro na "torsão-punção" das energias sobre a matéria
que encurva em ângulos
senos, senóides girantes-gigantes-
utilizando e "otimizando" as discrepâncias de frio e calor
e todos os outros motores
tal qual se faz com a água
a pálida água a mudar de estado
ou de solidez-liquidez-vaporização do "corpo" maleável
fugindo de estado a estado
- do estado líquido
ao sólido e ao gasoso
consoante o bramido do tempo
a espocar em trovão ou luzir em raio ( radiação-radiciação )
e leve o leve "corpo" da água
a um espaço denominado "estado" da matéria
- estado esse que depende da temperatura
que tempera o tempo
com humidade e fogo...
O período fica
o átomo se desintegra
e a energia ou energias inteligíveis como tempo
na memória e na matemática
que imagina funções
e as põe em linguagem fictícia do tempo
que é o movimento em função das forças enredadas
- as energias ficam em cristal de matéria
que se dissolve em água
muda a forma da matéria
que vai na corrente de matéria-energia e energia-matéria
- vaivém que o pensamento humano vem a captar,
ó capitão de longo curso de física-química-matemática-
que vai em captação de água
rio afora
mar adentro...
Na Escala de tempo Geológico,
o tempo de formação da terra,
em estratigrafia geológica,
a marca ou parâmetro para o movimento da crosta terrestre
é, antes das rochas estratificadas,
a vida a se espargir abundantemente sobre o planeta
nos períodos
porquanto o homem também vive envolto num período
com a matéria que as energias criaram
dando empuxo ao período
em que o ser humano é matéria cristalizada
- fito-zoo-mineral
na água que o plasma em forma ( paleozóico ser das palmeiras
e dos palmípedes a pé no "quá-quá"
onomatopeia de marreco e ganso para água
( em aquático e aquífero )
Outrossim o tempo é dividido
em geologia,
para fins de mensurar o tempo na ciência,
em escala geológica de tempo ;
a saber : éons eras períodos épocas e idades
Para mensurar o tempo em que a vida chega à rocha
graças à rocha magmática
e á rocha em estado de água mineral
que banha o mar vermelho no corpo enfiado
( mar interior ao escarlate
donde "late" o coração
em cor corrente carmesim sim
em eritrócitos hemácias hemoglobina trombina...
que são escolhos no mar adentro
mar adentro
- com arrecifes coralinos pelas Antilhas dos piratas
Na escala geológica de tempo estratificado em rochas sedimentares
o tempo conta período para a vida útil
ou a meia-vida de um átomo
de um homem
um animal
um fármaco.. :
o tempo tem como paradigma-parametrial a vida
do átomo ao homem
que pensa na vida
Assim os períodos focalizam a vida
o surgimento da vida
sempre em antropogênese bíblica
Após o período Paleógeno vem o neógeno ou Neogênico ( Neogéico )
no qual ocorre a expansão dos mamíferos
e o advento dos hominídeos
Outrossim, período, em linguagem cientifica,
nomeia a vida
tal qual a história "vive"
do antes e depois de Cristo
- o ressurreto
o que retornou à vida!
A primeira e maior medida de tempo em escala geológica é o éon
No éon Arqueano
a abordagem fere o tempo mais antigo, remoto
só atingido pelo raciocínio puro do intelecto humano ( "a priori" )
que faz do tempo uma máquina
( - a verdadeira máquina do tempo é o tempo! )
O eón Arqueano
contempla um tempo longínquo
anterior à vida biológica
( há outras formas de vida nas rochas
que não conceituamos como vida
Depende de abrir ou alargar a concepção de vida
sem ir ao metafórico-matemático-
O segundo éon ( Éon ) foi o Proteozóico
e o derradeiro o Farenozóico
- tudo tempo com voz para dizer da vida
nos períodos em que se circunscreve a vida
- que é o mesmo que tempo-de-vida
ou tempo vital
na forma que o grego diz com "óico" ou "oidos" "eidos"
gregos gregários dizeres
que dão a ideia (forma, o entorno da matéria ) de vida animal
no "zoo" de "farenozoico"
A Tabela Periódica dos Elementos
exprime a "vida" ou a formação da vida
na formação dos átomos
no tempo que cava o espaço
no mover vital
- com o motor da vida
que tudo move ( tempo-calor-frio-humidade-seca.
aproxima ( amor-paixão-imã-
e separa ( forças de repulsão-ódio-desprezo... )
O tempo se fecha em matéria
nos espaços que constrói com energia
mas continua fluindo
construindo e ruindo
rumo ao que denominamos futuro
Que a vida é eterna
ou para fluir eternamente
já vaticinaram os vates de todos os tempos
em todas as liras
com todas as iras
que a morte causa
( ocasiona?)
Ao menos no ser humana
a vida não veio para ser passageira
Basta ver a alegria de um menino
em algum dos cumes de sua infância
( que é toda uma culminância
e exuberância do ser! )
para se concluir
que a felicidade apregoada na Ética de Nicômaco
é uma miséria comparada
a mais simples e modesta expressão de alegria de um menino
à sombra ou ao sol-luar da infância
( essa estrela inteira!... intraduzível
ainda em linguagem de poesia
com laivos de equação agnóstica à Kant
que não equacionou em linguagem matemática-algébrica)
Todavia a vida
ou a natureza que da energia migra para a matéria
e vice-versa quando versa em universo
uníssono sono em tono ( toada trítono moda ária tónus...)
é trágico grego
- poeta cuja poesia
esmorece até achar a cor da morte
no coração que para
sem para-queda
para anjo torto ou reto
na geometria escolhida
Marconi que viajava já nas ondas senoidais do radio
desde pequenino cheio de graça
( da graça que Deus concede ao ateu
e a todo menino feliz
fechado no seu mundo exclusivo
cercado de proteção milimétrica
dos que o amam intensamente )
- neto de boticário
sobrinho de farmacêutico e médico proeminente em intelecto
e saber de ofício ( e de ofídio!
- que a serpente do paraíso edênico
é o anel que forma a farmácia ( Pharmacia )
no traje grego do "Pharmacon"
e se enrosca no ofício
do ofídio ao boticário
- todos à boca da noite da mamba negra
no xadrez material
do qual é tecido tempo e espaço
por dentro e por fora
do olho e da luz
e das trevas nos cabelos encaracolados
do belo exposto na mulher jovem e bela
cujas madeixas cobrem a pele da noite
trançam o renovo do espaço e tempo
em xadrez com cor
e sem cor
- para corpo
e coração )
Marconni, Marconi Freire Martins,
dileto amigo,
diletante em todas as artes e ciências
mestre e douto e erudito
faleceu sem atendimento médico
provavelmente no hospital
ou fundação hospitalar
que trazia no frontispício
o nome de seu tio médico
que fora uma lenda local
no exercício da medicina
( O mito "do" Esculápio
Asclépio
do deus grego Apolo
e do centauro Quíron
floresce assim
- é um assim sim-sempre-sempiterno
nas ervas que ficam esparsas ao largo
provando a vida
da qual provê aos muares equinos suínos lebres
herbívoros em geral
a qual, vida, no homem que carregamos em corpo e alma hostil ao pasto
à pastoral de Baudelaire,
saboreamos enquanto indivíduos
e enquanto vivos permanecemos
fora do coração do mito-rito
e do Buda em estado de nirvana
plácido
ao fundo da flor do lago em placidez de garça
parada à luz
refletindo e rebatendo o sol
no branco do olho do espectro
- no olho de Lúcifer
a cintilar noite e dia
no estofo xadrez do olho
que fabrica a visão
e o deus vivo
- na água corrente e queda
caída em anjo do azul precipitado
em chuva
de garças na volúpia das mariposas )
Contudo
pior que morte física-química-eletromagnética
que nos desliga da parte branca da luz do cosmos
é a vida que vivemos
- vivemos vidas alheias
sendo personagens de dramas dos outros
abrigando no cérebro ideias de outros pensadores e poetas
- outros que não nós
Acorrentados a doutrinas
não pensamos ao vivo
nem com coerência
- pois nossa cor
é roubada doutrinariamente pela ciência
- nossa cor é furta-cor lesada
pela ditadura das pesquisas
que nos aniquilam
enquanto seres pensantes
e sapientes
- sapientíssimos somos
mas não sabemos
ou nos enganam
acenando com cientistas
e outras autoridades
donas dos vários poderes
que nos fazem crer
ser três ( podres odres! )
Eis a tragédia que Ésquilo
Eurípedes ou Shakespeare ou Goethe
não registraram
em elegia sem dó maior
A comédia que Aristófanes não leu
nem tampouco escreveu Plauto
( hoje todos os Plauto's e Goethe's "vigentes"
enquanto autoridades reconhecidas por lei (" Dura lex!'...)
arrumam palcos de anfiteatro
na profissão de fé do sociólogo-aprendiz-de-
ou médicos advogados engenheiros
inviáveis ao luar luarescente
ou quando luarescendo sem irisar
ou não-irisado em arco ou abóbada... :
A morte atual é metálica
- é metal que diametralmente acaba com a mente
Hoje a morte é mental
com menta e pimenta na encomenda
- da especiaria
( ou especialidade-cátara?!
Há outra heresia no catarismo atual
dos sempre santos
déspotas governantes
de todas as nações
nos proibindo por lei
- sempre marciais e bélicos?! ) )
A natureza espelhada no lago do menino bem-nascido
e na bela estampa da donzela em flor de miosótis trémulo
diz que a vida é eterna
e a morte melo dramática em demasia
para merecer um panegírico de Nietzsche
- o filósofo-filólogo trágico
( O filósofo é outro poeta trágico
com a tragédia narrada em ditirambos dionisíacos
sonhos apolíneos e faustianos...
- todo o surrealismo metafísico de Giorgio de Chirico
- o artista trágico
o poeta trágico em geometria e cores )