O paradoxo do fato é o seguinte : um fato não está no presente, pois o que o apresenta ou faz o fato antes de vira a ser fato é o ato, o ato humano.Contudo, não é o ato um objecto exclusivamente humano, porque os animais o possuem, agem, embora Aristóteles discorde, conforme o pensamento rítmico do coração grego, que vestia outro contexto ( interesses de momento e lugar : históricos e geográficos).
O ato está na existência, em natureza se apresenta com a vida dos minerais ( tempo geológico ) os vegetais ( milênios de vida, séculos, anos ou apenas uma estação, etc.), animais ( vários tempos, conforme a espécie ) e humano.
O fato é um paradoxo porque não é algo presente, ou seja, é um não-ser, mas ao mesmo tempo, que está na existência, conquanto não esteja na essência do homem : o pensamento : o ato humano, segundo o evangelho de Aristóteles, o filósofo.
O fato não está no pretérito, pois não existe passado, durante o transcurso da existência, que é um rio corrente, nem no futuro, que é outro tempo inexistente, ou ente de essência ou pensamento, , razão, enfim, ente de inteligencia. Logo, o fato não está no tempo, ao contrário do ato, que todo o tempo está no tempo e no tempo que existe : o tempo presente, tempo de ato, que produz fatos, mas não é fato.
No ato, o homem e a natureza ( minerais : estrelas, galáxias,; bichos e vegetais, dentre as bactérias, fungos, vírus, etc. ) estão juntos ; portanto, o único tempo real é o que existe em ato : o resto é pensamento, fenômeno, fenomenologia.
( O tempo pretérito e o futuro
é tão-somente essência humana
objecto do pensamento
está somente no objecto projectado
- no "projéctil" que o ser humano lança
e no que lêem os sentidos
mas não na existência
cujo tempo é um actor em ato
- actor real é o tempo atual ou que atua
o tempo real ou natural
que escorre nas folhas e nos homens
movido de atos que vão constititui fatos
sendo que apenas os atos estão na existencia
fatos são atos que atuam na maniquéia
a fim de receber a polaridade ausente
a qual move o pensamento verbal
no "logos " ou lógica
que leva às ficções do tempo
imaginado ou memorizado
na forma de passado e futuro
pois o pensamento não registra
nada sem polaridades
- o pensamento é uma nadidade sem o maniqueísmo
é uma máquina da maniquéia )
A inteligência está ancorada no tempo real, atual; as ciências que tem objecto o pretérito e o futuro são literaturas, ciências literárias e não ciências-linguagens como a matemática e a álgebra ou ciências de contar e ritmar como a aritmética ou as aritméticas, que há muitas, nas diversas línguas e contextos de interesses ( contexto e o interesse momentaneo, em tepo real, natural, espontâneo, tal qual o ato que guarda toda a inteligencia, enquanto o fato é meramente o guardião da memória), guardião da arqueologia, paleontologia, historiografia e historiologia, enfim). Não há ciências para tempos arqueológicos ou pré-históricos, mas mito na forma de literatura.
Paradoxo : o fato já existe ( e somente existe) através do ato; o fato é a base irreal, surreal : o fato é um surrealismo cientifico.
O surrealismo é também ciência, é um momento de ato na ciência : gravada, grafada, escrita, desenhada no fato.
A prática ( atos do homem que enseja fatos) é sempre controlado, está sempre sob o controle mediato do homem; o ato é o ato de pensar, o agir humano do pensamento ( nervos, neurônios, sinapses, corrente eléctrica ) é anterior ao mundo, ao universo, tendo o homem como referencial, como o punha o grego, no por o ser na forma grega ( ideia).O fato é uma discrepância, uma dissidência do ato,´só existe para resolver a maniquéia, base da ciência humana e também suporte técnico indispensável aos inventos e inventores.
O ato e infinito, a memória limitada e deformada porquanto não contém senão o finito e parte ínfima do que se passou na realidade do ato, na percepção e não percepção captada então ou deixada de ser observada no momento vital e, portanto, fora da memória. A memória é finita, só cabe uma parte do todo e o ato é infinito, tem e está com o todo, na junção homem e natureza : o ser do homem se movendo e movendo o cosmos interno e, parte do externo, ao seu alcance e talante.
paradoxo: o fato já existiu enquanto ato, agora no passado verbalizado, que a mente simboliza criando a expressão para passado e futuro, que está na mesma cepa da palavra ou do verbo que cava o imaginário e o põe em ciência a circular.
No ato está contido a ideia de infinito matemático ou sua fórmula originária.
O ato no tempo real, vivido, vivo, ao vivo, em que é presença, há presença ( ato é presença de ser e tempo) e fato ausência;o ato alimenta o espírito ou pensamento, real na eletricidade e química do cérebro que está concebendo e recebendo a alimentação dos sentidos e do mundo pelos sentidos. Ato é tempo móvel ou que se move, anima a alma( ( alma é "anima" no latim, no sentido de animal ou à beira desse contexto ; ou estaria sem eira nem beira?).
O ato vem do corpo preenchido com a alma na actualidade, realizante, actuante, actuando, viva, com todos os motivos e nuances que a memória é incapaz e inepta para captar no quase infinito que se abre ao ser do homem atento e posto no mundo e reposto ou recolhido dentro do homem
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