domingo, 23 de novembro de 2014

GRAM-POSITIVAS, GRAM-POSITIVAS - verbete glossario etimologia

Somente há Deus vivo
Dentro de mim,
No fauno que sou
E dentro de ti,
Na Flora que és.
Fora de nós
Apenas os mitos gregos
Atuam como Deus em signos
E símbolos geométricos.

Sou eu , preso à pedra filosofal,
Fóssil alquimista
Escrito em gestos de esgrima,
O Deus de quem falam,
A quem oram,
- Quem comanda  Deus,
Que nada mais é
Que o falso ego meu
Colocado ateu
De deu em deu
Abandonado ao léu
No panteísmo do céu
do téu-téu
E outras sombras volantes
De lés a lés
Pelo mar Eritreu
Em périplo: “Periplus Maris Erythraei”
Pelos eritrócidos que são uns troços
vermelhos a mar Vermelho,
mar de Eritreu,
Lépido, no verve dos vermes,
 escorreitos  escoteiros no leito do texto
Por onde  vou  em vôo de latim-planador
domando-O dentro de mim
Até que Ele caia em si
Ou do estado de Deus
Ao estrado que sou ao recebê- Lo em pelo
E não caia, balão de São João,
 no oboé,
Musical,
Óbolo  na boca do oboísta
soprano
Que assopra,
Sopra a sopa cálida da melodia
Soprano soprando
Os ventos  Elísios
Ventrículos  d’alma,
Os quais aspiram ascender em espirais
Pelos Campos Elísios
que inspiram o sopro
de tudo o que musica
e dá corpo ao fagote fracote
E estica cordas ao alaúde
Em apud
Na trigonometria desenhada pelas cordas
Em senos e co-senos do sol matemático-relojoeiro
Pelo que pude
Notar, anotar norte,
Nas minhas notações
Musicais
Que cá cai
Como ais
De um ai-jesus! Beatífico
Que acaba se enrodilhando
Em serpentes que silvam
E assim sulcam o vento venenoso
Com sua peçonha medonha.

Deus em mim
É ser intestino
Nascido no natal
Do meu timo
E tino para os negócios
E ócios
De filósofo
Que sofo,
Sofro
Em Sofia
Que Sophia!
Em companhia
De Jesus.
Oh! Como só fia,
Só pia
No solfejo,
A coruja Sophia,
A Basílica de Santa Sofia,
Hagia Sophia,
Que vejo
Desejo
Almejo
Sem pejo...
- porquanto é corpo teu,
Carne e pedras de tuas pedras...
- de tuas ruas nuas e descalças
Abaixo da lua da madrugada difusa.
A mulher que és,
És em santa, sábia Sofia,
Pia
Na pia batismal
Que te deu este nome abacial
De planta : Cassia.
Cassia, o nome da mulher em vegetal,
Verde do querer verde
Do poeta Federico Garcia Lorca
De corpo inteiro e presente
Em ser de romance
No  seu romance
Ou suas romanças em  “El Romacero Gitano”,
Obra-prima do mestre poeta
De fino trato,
Supramencionado a nado no Guadalquivir
Que vir...
Supranumerário?!... no “Opus Dei?!...

Somente ela,
Que és tu,
Cinamomo ao luar descabelado,
O “tu”  entonado  no discurso subjetivo
Em  verdade verde e veemente
De corpo feminil,
O qual tem poder
Para controlar à vontade
A divindade que há em ti:
Deus no gênero feminino : Shekhinah!,
A morada ( Esposa,  casa, enamorada de Jeová?!).

A mulher, casa aonde entra o homem,
Devora-o em corpo e alma,
Pois a mulher é divina aranha,
Mas devora com a mesma voracidade
Que o louva-adeus
Em seu rito e ritmo de deglutição,
Uma vez que a mulher é a divindade,
- toda mulher é a deusa Vênus,
E o amor algo ato de pitonisa,
Píton que Mata no amplexo no amplexo
Por constrição conspícua...

A mulher que és,  arbustiva, herbácea e multiflora,
Ama e dá a mama
Para que o recém-nascido louva-a-deus
Louve a Deus
Ali ou à Lá,  Alá,  no Shekinah,
Quando já levita frente ao Santo dos Santos
Na terra de todos os santos,
Ali,  que fica ali, logo ali,
Na baía Cabrália,
Ou no golfo aonde  se alimenta,
em seu ritmo ritualístico,
também dos dons espirituais
que lhe são ofertados,
conferidos  nas aras do amor fremente,
o  varão vigoroso  e a virgem imaculada,
seres e filhos dignos do santíssimo.

Mulher, tu, caducifólia,  árvore de vida,
que acalentas com cantilenas
O deus nascido em tua manjedoura,
Cheia de graça e manjares,
Saberás,  como Sophia que és
E sopra  soprana,
Soberana,
O oboé da vida,
-  haverá de saber  conectar,
na fêmea em curva pelo côncavo,
que acolhe,
o óbvio e o óbolo
que é esse deus em ti,
divindade em baía do recôncavo,
O deus em mim,
Convexo ser,
À diva em ti,
e farás, destarte,
 o que for necessário
ao nosso amor
em ligação, ligadura,
o qual só tu és capaz de restaurar
qual fosse o teto da capela Sistina...
um dedo de Deus esculpido por Michelângelo;
- Quanto mais
És capaz,
Portanto, portento,
De restabelecer definitivamente,
Todo o meu corpo,
Em sua fisiognomonia,
Hoje  combalido
por algum mal -  a pior,
o qual  teima em me enviar
em correspondência à laje tumular,
à maneira sem maneirismo
de um Álvares de Azevedo,
em sua lira dos vinte anos,
pois tu, com tua divindade feminina,
Shekhinah, que és
E vestes no viés,
tens potência mais que suficiente
para criar e recriar em mim
a criança que houve
e haverá de vir de ti
para mim, em fisiognomia temporã,
sã rã do deus Pã da manhã louçã,
e para fora da minha destra e sinistra
a vibrar a  espada,
colérico qual
um vibrião colérico
( “Vibrio cholerae”)
Esse flagelo polar
Mostrado na técnica de coloração
Do médico Gram
Para bactérias Gram-positivas(Gram-positivas!)
E Gram-negativas,
ao qual tão-somente  tu
em teu tutano
tens poder de rainha
e maestrina
 a dar  o compasso
marcado  ao ritmo da vírgula
depois do mau do bárbaro a cavalo
e a cavaleiro do fim do corpo
ser  detectado pelas cores
do bacteriologista Hans Cristian Joachim Gram,
as quais identificam a posição
do cavaleiro bárbaro invasor :
a cavaleiro do sol poente
do ente para sempre,
se não for debelado
o corcel, o bárbaro equestre
e o galope equidistante
ao instante-equídeo e orquídea
em que o arrebol  joga a lusco-fusco
o xadrez vida-morte
em preto e branco
da barra da alva
que esbarra na barra de chocolate
do anum da noite
que bebe trevas.
Quem está na plenitude da vida
Não é o jovem,
Mas aqueles que se amam
Para além do galope do cavaleiro colérico
Do bem e do mal
Que desce para estabelecer o Apocalipse
Em companhia de uma amazona
Que  ama e pensa para além do bem e do mal,
Na toada ditirâmbica de Nietszche...
Em  pentâmetro  jâmbico?
O apocalipse, que nada mais é,
Que o deus inato,
A divindade natural
Sem comando de amor,
Que o administre,
Que o nomeie ministro do reino unido do corpo,
Dos estados unidos ou em união
De dois corpos
Macho e fêmea em ato hermético
De conjunção carnal e espiritual,
Pois que este é o cavaleiro
Montado a dois
 no cavalo branco da aurora
e no baio da amazona
Que também veio junto,
Determinados!
 e - para vencer e venceu
-  sempre!
De natal a natal
Ao  deus  Pã,
O qual se vale do pandemônio do mundo
Para reinar, dominar, domar
O fauno que remete à Flora
Sua paixão,
Seu “pathos”,
Seu  pacto  fito-eterno:
De fito eterno.
( Ai! Mas Pã me cansa tanto...!...,
- mais que o pó eterno
Que guarda anjos
E sábios de várias ciências e artes!...).
Dentro de mim e de ti
Esse Deus abortado:
Fora o Fauno : um deus vivo, vital
 e a Flora, divindade da vida,
que dá e mantém a vida no verde
que todos queremos verde.
Eis o casal real de deuses
Em sua casa : a natureza.
Tais deuses são mais reais
 que todo o meu eu
- Por dentro e por fora!
( A mitologia grega
É intrínseca ao ser do  homem,
Está nas entranhas da cultura,
Mas é estranha à natureza
Real em sua beleza
Majestática em sua solitude
Que passa ao homem  como solidão,
Conceito e sentimento interior ao homem,
Externado na  solitude,
Concepção que evoca um corpo no espaço local
Sem companhia de outro corpo
Que o faça companhia fora sombra
Porquanto ali não há outro ser humano,
Sem outro ser qualquer
Que possa mitigar
o sentimento de solidão
expressa na solitude
que opera nas obras de Giorgio De Chirico
como solidão do homem
frente o deserto humano
que é o mundo:
o mundo é parte do homem,
quando cultura,
e parte natureza,
 quando Flora e Fauno).

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