Não espero o tempo
Porque o tempo é ser
E sem o tempo não sou
nem serei face à
estrela matutina,
nem face teria,
pois o futuro
não é tempo
porquanto não tem ser
por substrato :
futuro é mera ficção verbal
expressão para designar o nada,
que atende ao “logos”
no modo de dizer o grego
do heleno que viveu
deu seu ser ao mundo
em tempo de Magna Grécia
quando o homem
para se manter gregário
naquelas ilhas esparsas pelo mar
agregava-se pelo vigor e rigor do pensamento
em língua que logo levou ao “logos”
e daí à lógica do filósofo
o estagirita egresso da Academia
antes de fundar o Liceu
onde perpetrou suas lições,
fundamentou suas ilações
e implantou a filosofia
em seu acabamento final.
O “logos” se rebaixou no verbo do latim
tirante a jasmim de mim
plantado no ar do meu olfato
que busca um fato
até na metafísica
presente ou em ser
na doutrina da química,
da mecânica em asas de mariposas
na chuva em chuá
que cai no anjo da
enxovia
de onde alguém em cela
medita e obtempera algo
que nasce na alga
com a qual sonha
em mar ao longo oblongo
da costa do amor
que segue por caminhos de marimbondos,
entes de corpos oblongos
cujo nome se originou
da fala do tupi
que tudo fala
mas nada diz
porque um povo que diz
mais do que narrar
uma estória
que se encontra em uma lenda
cuja forma vem em tradição oral,
diz do mito
que é o princípio do conhecimento
grafado em forma de história,
então historiologia,
que é o tecido da mente
já presente ( ou em ser)
nos primórdios da evolução
quando o “logos”
eivado de lógica
aborda os princípios do conhecimento
e funda a gnoseologia,
dá face à ontologia,
liberta-se na epistemologia
e se compraz na ética,
conhecimentos fundamentes
depois que o idioma funda a historiografia
para embasar o rumo do pensamento historial
vedado às mentes infantis
ou dos primatas do filo dos orangotangos,
avestruzes, peixes-boi, cabras-montesas,
cães-de-caça, mastodontes extintos
e todos os entes extantes.
( Uma língua nasce e perece
Lambendo o homem
Que a fez calar, falar, cantar
E deu-lhe corpo estrito escrito :
É um cão e um rio
A beijar o homem
Com o riso do ser
E o líquido da água
Que fez Heráclito de Éfeso
Pensar para a urbe e
o orbe).
Nunca aguardo o tempo :
- eu o vivo,
Ovo vivo,
por Trás-os-Montes
onde há um couto encravado
Entre-Douro-e-Minho
E com o rio Douro
A chuá chá
Na chávena do álveo:
Rio Torto
De rito torto a direito.
No tempo sou
E faz do tempo
O meu corpo
Uma alma
Que invade as terras
Do Couto de Ervededo
Que põe o dedo
Na ferida da Correição,
Que era o que era
A província de Trás-os-Montes(Trás-os-Montes!),
Que, a bem da verdade,
Não trazia os montes,
(Nem os trago eu,
Na tragada do cigarro ou da cerveja),
Nem tampouco os levava ao Couto,
Mas sim à Correição
Levava os considerados malvados,
Homens que se comportam
Quais meninos traquinas
( isso não é permitido politicamente,
No direito, que é política em pó de leite0,
-pois, por seus
crimes
Em apontamentos nos Códice Penais
Levá-los-ão ao alazão do Corregedor
Cuja função precípua
Era (puáh!) corrigir o mundo
Dos homens lusos
Ou difusos, cafusos
Que luziam com a lanterna da vida
A pegar fogo por dentro
- antes de serem instituídos por lei
De homens livres
em corpo de bombeiros,
Que é dos bombeiros,
Enquanto homens individuais, de fato;
Todavia , sob lei, passam à corporação,
Porquanto são assim de direito,
O que não é direito,
Mas torto e sinistro
Ainda os destros inatos;
Ou seja, se são
capital de Corporação,
podem ser queimados
Nas fogueiras das inquisições extemporâneas remanescentes...
Para onde os enviam o estado de direito
Em cumprimento de dever
(de casa!,
Caso não saiba),
Batendo o martelo das bruxas
À sinistra do juiz
De fora da realidade
Por sua inexperiência,
subserviência conivente
rapaz
e outros predicados .
Por causa dessa fragilidade
Aqui, na terra da Veracruz,
Onde Vera é uma meretriz de raiz,
Embora existam mulheres virtuosas
Sob tal nome,
Carregando por Cristo ao calvário ( Caveira)
A cruz pesada da terra,
Enxugando-lhe a face torturada com Verônica,
Que são tantas mães, esposas, irmãs,
Nesta Sociedade do Pau ( Pua-Brasil),
Que põe os meninos inocentes nas celas
E soltam os ladrões e assassinos
Para que possam conquistar o poder na terra.
Entretanto e sem
embargo dos espinhos finos,
Da coroa de espinhos,
Diademas dos reis reais,
Que por aqui grassa em peste endêmica,
Pelas terras das freguesias
e Concelhos de Portugal
O tempo se tornou ser
Ao se latifundiar e
minifundiar
por terras afins dos
sem fins,
para lá dos confins,
Ao se encostelar ,
para dormir a sono solto
com as freguesias portuguesas,
com as quais se amasiaram demasiadamente,
Como no caso que foi
Com Soutelinho da
Raia
( freguesia extinta),
Vilar de Perdizes, Cambeses do Rio,
Pitões da Júnias,
Onde nasceu o Mosteiro de Santa Maria das Júnias,
Nome grego tão discutido por exegetas
E filólogos de peso
elefante
Após leitura acurada da Epístola de Paulo aos Romanos.
Deus salve os hermeneutas voadores,
Nefelinatas com
batas, máscaras e capas, sobretudo;
- Sobretudo sobrestados e sobresaltados!
Assaltados, se tanto.
Hoje é tempo
A correr escorreito
pelas cachoeiras em
águas heraclíticas
E a se fixar ao solo,
No torrão de terra
Sobre o qual nascemos
E estamos assentes
Até que a morte venha
E mate com um xeque-mate
Milhares de Xeques árabes
E o gentio miserável
Que povoa o globo
Em Póvoa de Varzim
Peregrina a meio caminho
Entre os rios Douro e Minho,
Que é Minho,
Mas não meu,
Nem teu, Zaqueu,
Teu ateu hipócrita
com véu de mel
Que fez um escarcéu
Para chamar a atenção de Jesus!
Hoje, agora é tempo;
Logo, lógico, é ser;
Porém não no “logos”
Que é tão-somente
Seu dizer no vácuo
Do vocábulo que exprime
O pensamento em signos.
Entrementes não é
Senão voz aveludada,
Ciciada, sussurrada ou em grita
De profeta furibundo
Rasgando túnica, céus e terras
Na representação
Da ira do Senhor
Contra a iniqüidade humana,
Esse opróbrio a vergar o tempo,
Tal o peso em onça
E em calado de navio.
Antes do ser
Que medrou em mim
Não chovia tempo,
Não havia ser;
Depois de mim
Não haverá ser
Dentro de mim,
Nem nas crisálidas,
Falenas...
Porquanto o rio de Heráclito,
Rio crítico,
Terá passado
E grafado marcas fósseis
Ao imprimir o corpo
Onde havia um ser
Que não será mais
Que um geóglifo
Ou petróglifo
Ou hieróglifo
A listar linhagens de faraós
Ou marcas indeléveis de felás.
Não espero o tempo
Sou o tempo
E meu corpo extenso
Vai pela terra em latifúndio
Enquanto meu coração late fundo.
Não acho
Nem sombra de molécula minha ( e doura!)
no tempo que passou por ontem
e não é nada hoje.
Assim é o tempo que ainda não é : o futuro;
Tempo imaginado e construído
Por arquitetos de abantesmas
E engenheiros da
usina do avantesma
Com materiais de fantasmas
Que não têm nem mais asma
Que os incomode na ode da cova rasa.
( Anteprojeto de “Leis para avantesmas em travessia pelo
caminhos dos marimbondos oblongos com Queda Para Amar Imensamente o Mar imenso
de Omar e outros mares que estão para peixe-espada aqui e onde tem buritis:
Veredas”).
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