segunda-feira, 30 de junho de 2014

AGRURA, AGRURA! - verbete glossario etimo

Com um olho no gato
Pisco
Outro no peixe
Pesco

O gato é presto
O peixe písceo
E a piscina
 sua sina
Sua sauna
- sua ao sol
Lá si dó mi  fá ré
Com atma nas guelras
Se a voz é  sânscrito santo
- e alma, se do  latim
Voa-se à alma-de-gato
Que cato
Em cacos e cactos
Pelos matos.
( Mata Atlântica, mata!
Bioma que abrangia...
- terra e terras onde a mata
Hoje está morta
Abaixo do capim-santo,
Beato o beta Centauri...).

O gato gatuno
É da estirpe
Dos ladrões e assassinos
Alguns dos quais
Tomam assento na elite oligárquica
Transtornados em manhosos políticos
Que são
- somos todos!
( que homem é bicho político
Sacado à  fábula kafkiana)
Sorrateiros caçadores,
Jaguares com peso
Mensurado em onça
( onça troy),
Maquiavélicos  Mefistófeles
Sem fé no feto
Que planta o chão
Ao rés-do-então
Escabelo presente
No ente
Em vida
Que abunda
E afunda
No subsolo
Regado pelo regato
Que é um regalo
Com seu canto de aboio
Percutido em chuá d’água
A soar em litania
Para parusia
( Ladainha
Para a rainha,
Sua majestade, -  a tainha
Peixe bom para frigir,
consoante o dizer do grego aristotélico,
angélico no Aquinate,
mui douto ( ou doudo?)
vivente em terras de tempo
na Alta ou Baixa Idade Média
Que media o que medeia a Medeia
- do poeta trágico Eurípedes
De pé no podes dos artrópodes,
Filo de animais com exoesqueleto...).

Com um olho no gato
Engato uma marcha
Que vê o mundo
Em cosmosvisão 
Que joga lume
Sobre os bandidos em bandos
Que somos em soma
Sem lograr levar o fato
À auto-percepção política
Da espinha ao espinho
Que fere a carne
Na carnificina de ofício
E ofídio na oficina
 e no front ocidental, oriental, parietal...:
os ossos em par
 na calvária craniana...

Com o outro olho
 nadando no peixe,
Ao lançar da rede
Pesco a doutrina de Jesus
A qual nos nutre
Com o pescado de vida
Eterna no sopro
Que expira no soprano
E no sopro do oboísta
Ao oboé
Que é um mel
De melodia.
( Há homens livres das peias
Cuja política
Se sublima na economia salvífica,
Que nos salva da salva dos canhões
E da salvação que vem de fora
Do homem individual,
Única substância aristotélica existente,
Real no caos normal).

Aonde a onda desenha o peixe
Às orlas em areias brancas
 Das dádivas das ervas daninhas
Não se desdenha
O ladrão, o pecador, o criminoso,
Nosso irmão,
Nosso filho,
Vosso felá,
Pequenino  e inocente,
Com culpa menor
Que a minha e a tua
Que o não fomos visitar
Quando esteve preso
- E então era Jesus
Sendo surrado
E coberto com o surrão
Da penitência , da lepra,
Fumando  as cinzas das horas
Numa estrela da manhã
A burilar a poesia de Manoel Bandeira,
poeta da ordem mansa
Da ode dos frades menores
Mais despojados e caridosos...
A qual não escarnece do condenado
Pelos políticos truculentos ,
Facínoras com poder
 de conceber leis injustas
Que ludibriam o direito
E desonra a todos;
Eles, que  são os genuínos  foras-da-lei,
Ficam imunes  a  penas
Embora meliantes
Que perpetram  e perpetuam
os  maiores e mais graves ilícitos,
mas satisfazem os olhos cegos dos tolos
com seus bodes expiatórios,
os larápios de pequena monta,
que se tornam indefesos,
tais e quais os pobres animais maltratados,
Cristos para o matadouro metafórico
Com ou sem uso de pena capital,
Enquanto acumulam o capital
Maximizando os lucros
E minimizando os Marx incautos e incultos
Que  se  quixoteiam  em queixas,
Queixos e queixadas,
Revertidos  em seres quixotescos
Fora do eixo perimetral norte,
Com sorte se tiver consorte
Que os console com sortilégios.
Essa corja no poder
Locupletam-se roubando,
Furtando, espoliando
E  lançando sortes
ao butim do miserável,
do tolo feito Cristo
de bondade e mansuetude.
E esses crápulas ainda se rejubilam,
jactantes,  - ímpios homens
que perfazem a maioria absoluta
contra a qual é  impossível lutar,
bastando desvencilhar-se-lhes
e ver suas armadilhas simplórias
colocadas para pássaros estúpidos.

Sei do Evangelho que li
Que todo  aquele
 que teve seu nome
 lançado ao rol dos condenados
- Era Jesus
A caminho da segunda vida
Nesta terra
De ternura e agrura(agrura!).

(Anteprojeto para o “Opúsculo do Exegeta em Canção de Gesta Useiro e Vezeiro do Nonsense A Fim de Embevecer Poesias de Manuel Bandeira fumado nas “Cinzas das Horas”).
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sábado, 28 de junho de 2014

ACURADAS, ACURADAS - verbete glossario etimo

A diferença filológica(?) entre as línguas portuguesa e espanhola está bem caracterizada em algumas unidades onomásticas, separadas para paradigmatizar o fato e feito historial realizado pelas duas culturas próximas geopoliticamente falando e  tateando para dizer à maneira grega do “dizer”(estudo, conhecimento, lógica no “logos” aristotelizado, ciência, dentre outras insuspeitas lexicografia), tal qual se lê no tratado das Categorias de Aristóteles quando expressa   o filósofo do que é dito e do que é ser, coisas separadas na significação e no apontamento das coisas e expressões cunhadas para colher , recolher as coisas como seres, em “logos” enfeixadas, onde ou de onde são ditas ou estudadas, pensadas, tratadas com ciência ou consciência, num rasgo de epistemologia que rasga o véu que vela as coisas e os seres que as desvelam, fazendo do céu puro , novo, um céu roto, com rasura, um rascunho, enfim, se há fim para o fim.
 As famílias ou etnias que originaram os nomes Lopes e Lopez, por exemplo,  para encetar o assunto citando dois nomes de famílias,   a  consonar  com o que é dito em língua portuguesa, alto e bom som, são bem próximas em toponímia e lingüística , porém sofrem pequenas variações ,  ou quase nenhuma para algumas percepções desavisadas,  senão poço acuradas(acuradas!),  variações advindas do falares e dizeres e cantares  dos  povos diversos que invadiram as península ibérica. Esses falares, cantares são audíveis mormente na prosódia, que, geralmente, por regra quase invariável, sofre  mutação  no fonema final, o  qual  faz a família de português sibilar  Lopes, com fonética terminal em “s” enquanto os irmãos de Espanha  dão ao som desinencial a voz de “z” ao seus Lopez, perfazendo quase insignificante , quase imperceptível diferença fonológica audível tão-somente  na letra “desinencial”, o que, não obstante, abre passagem para outras relações fono-linguísticas  cujo sutil movimento do aparato fonador armado com língua e dentes semelha  mãos e dedos à viola, à harpa dedilhada com languidez românica, fruto da preguiça e indolência pós-guerras vencidas com facilidade e ligeireza pelas empresas então denominadas de Legiões.
 O mesmíssimo fenômeno  fônico se dá com Dias e Diaz, Mendez,  Mendes,  Soares, Suárez que canta o nome no timbre de seu idioma originário.Aliás, até prova em contrário, não me ocorre esses nomes fora do âmbito idiomático de Castela ( Campos de Castilla do poeta Antônio Machado, homem mais importante que os reis católicos de Leão e Castela ou Leon e Castilla, os quais com o poeta vão, mas não com os reis) e de Portugal, que, outrossim,  se espargiu pelo mundo fora com caravelas de cara ao vento da aventura. Venturoso Dom João que nunca saiu do paço um passo sequer de passista da Escola de Samba do Largo do Estácio, cantada por Luiz Melodia!, o qual está em português sem o “s” que seria esperado na língua que melodia o nome; entrementes, o Luis não seque a regra lingüística, porquanto os há de França com “s” , em como os de Espanha com “s” também e os Luiz em Brasil e quiçá Portugal com “z”. Os de  França  passam à Espanha pela família francesa  Bourbon, vêm de conquistas bélicas ou casamentos arranjados. Todavia, fora raros nomes comuns, França distanciou sua voz(vocábulos) da Península ibérica na proporção da distância posta na cartografia. No idioma francês a escrita que visualiza a pronúncia é sempre Louis. Vide Louis Lumière inventor da fotografia colorida e do cinematógrafo. Uma luz, um Lúcifer angélico esse Louis de França.
  No caso ( descaso) do  Brasil, no que se refere às desinências do “s” e do “z”, o que pode ter ocorrido foi, possível ou provavelmente, dentre outras circunstâncias, ter  os nomes enfrentado a barreira dos registros em cartórios, que os modificaram ao sabor do entendimento do amanuense  que os registrou à época ou do padre na pia batismal, lembrando que os padres que aqui chegaram primeiro foram os jesuítas espanhóis, causa bem provável da modificação dos nomes para a oitiva de bigorna e martelo espanhol, bem como tendendo para a grafia do idioma de Castela, o castelhano.  De mais a mais, ao que consta, o nome daso, transcrito em lei tem mais peso ou valor que  o gramatical, isso, ao menos, é o que  reza a lei dos cartórios no Brasil, Terra de Vera Cruz, em verdade, em verdade, consoante repetia Jesus-Evangelho no juramento vetusto da Lei Judaica. A Torah?!
O sabor das palavras faladas, e posteriormente escritas, transcritas,  fazem  a história ao narrá-la e dão o sabor do cantar do povo na prosódia, que, outrossim, provoca a discórdia no diapasão.Com o canto à boca do mel  e o “cachimbo” na escrituração, constituem-se duas culturas diversas: Portugal e Espanha que, por isso, dentre outros inúmeros fatores, que também estão inscritos e podem ser lidos nesse par vocabular, as terras se delimitam pelo sabor do canto e a escrita desenhada e desdenhada: uma desdenha a outra reciprocamente.
O desenho geométrico das duas culturas se encerra quase todo escrito e falado em vocábulos, que narram a história em prosa (crônicas Del Rei de Portugal e Espanha)  e verso( cantares, baladas). Este  fio cultural traçado na língua fonética e morfológica dá toda a cultura, embasa-a, fabrica os poetas e os retóricos oradores, arrasta a ciência em prosa e a religião em verso. Prosa para a ciência e filosofia, que são eminentemente dissertativas,  ou para as novelas narrativas ou romances narrativos-dissertativos,  e verso para a poesia e a rapsódia religiosa, religião é uma rapsódia sobre o tema da teologia rica em  arroubos místicos.
O rito lingüístico que instaura hábitos na bigorna, não se exaure no ritmo que empreende à língua, mas transcende esse patamar com a afecção do mito no texto que fira o contexto com a forma escrita, o desenho do pensamento geometrizado pelo coração da cultura, que é a Hélade de tempos imorredouros, mas mortos no ser do tempo, conquanto vivo no mito dado em contexto, desenha o mapa da nação, o qual difere do mapa geopolítico conquistado com o poder bélico, mantido pela finura política e pelo massacre econômico que tudo reduz a pó quando o deseja assim. É o dito “Não ficará pedra sobre pedra...” palavra do truste econômico,
Da sorte com sortilégio do monopólio, do império de leis costurada pelas armas acostumadas a cobrar almas e vidas, que este é o pensar da milícia, nome que desce aos assassinos profissionais ou matadores de guerra, pois mesmo quando não há guerra aparente no horizonte “de eventos”, há batalhas entrincheiradas no sanduíche da paz mais amena e bonachona.
Quanto maior a diferenciação lingüística, fonética e morfológica, maior a diferença do texto e a fabricação  de contexto diverso na escrita e mais discrepante  o ritmo que toca a nação,mas  umedece no estado de fato e de direito, aonde mandam os reis, travestidos de presidentes e ministros, fantasiados de deputados, senadores e juízes, que não têm vocábulos para dizer a lei a modo do saber grego no dizer daquela língua da sabedoria e de erudição magna, que empalidece no latim e morre nos idiomas romances ou neolatinos, que nada  dizem, no sentido do dizer grego, que era o levante para o conhecimento e a  sabedoria conjugadas no “logos”, que hoje não possui lógica na gramática para dizer do verdadeiro e do falso, tal qual o fez o Filósofo : Aristóteles, a saber; o mestre preclaro e nobre que, ao criar as categorias e com elas dar perspectiva filosofante à língua grega e fomentando a gramática, elevou a língua grega a um patamar nunca dantes imaginado, fazendo da língua um instrumento de lógica formal, embora , lamentavelmente, nos dias de hoje, que correm contra o saber e o conhecimento,  mesmo os maiores gramáticos pouco ou nada  sabem sequer do poder da gramática, nem o que é em sua essência lógico-ontológica e cognitiva, porquanto sequer a vinculam com a lógica e ontologia enunciada no tratado “Categorias”, o  qual veio a lume através da  inteligência cintilante do estagirita, aquela sábia e erudita inteligência suprema que hoje está não está em contexto atual e, por isso, lido como um mestre do pretérito  que tudo errou, pois os leitores analfabetizados, que, em verdade não são leitores, mas cegos para contexto e, portanto, incapazes de ler um texto,  não imaginam sequer, na sua candura,  que todo o conhecimento atual não passará de mero ator morto num futuro breve, já presente no ser do tempo, que incorpora o ser  : as coisas que são e as que são ditas pelo “logos”, que não é mais “logos”, mas uma língua indígena indigente que tão-somente nomeia ignorando o enunciado.
Há, além dos Lopes e Lopez, familiares numes decantados no recesso e recinto do lar, os Mendes e  Mendez,  Espinosa e  Spinoza ( e ou versus?), Soares e Suárez, Sousa e Souza, nos quais a grita das vogais e consoantes encontram seu instrumento de sopro nas respectivas línguas  faladas e  dentes que ritmam essa fala e o canto na escritura da partitura musical ou da escrita das vozes ( vocábulos), que sopra seus instrumentos melódicos em ritmo com o sotaque que diferencia o falar e cantar mesmo no que se escreve com homogeneidade, no caso de Costa, que se grafa Costa nos dois idiomas. José e José também são sonorizados de forma diversa no canto da língua pátria das pátrias madres. Há o Joseph  de outra voz saxônica sem saxofone e de bretão antigo, bem como mais vetusta no hebraico que não diz, porquanto não é grego, o único idioma que fala e diz o que fala, põe o objeto da fala frente ao dito do ser ou das coisas ( estudo, saber, conhecimento lógico); o hebraico canta ou salmodia no sentido em que José, Jesus e Josué são o mesmo nome, talvez com entonações fonéticas enxertadas. Não entendo o hebraico e, por isso, não posso afiançar nada. Mas quem entende aquela voz morta na garganta dos seus mortos hebreus?!...E o aramaico que se segue ao cantar e desenhar o hebraico em língua para falantes (cantantes) e escribas refinados?!
As cordas vocais são afinadas para o cantor salmodiar  no timbre dos violinos em  harpejos  nas mesmas cordas : Stradivarius naturais, tirados ao conceito das ideias de Platão,  que tem seu mundo real na mente humana, conquanto Aristóteles tanto escarnecesse daquele universo ideal concebido e elaborado por seu mestre, não como  universo posto em Diálogos, mas como erro no discurso que com complexão admite tão-somente a distinção lógica seca entre o falso e o verdadeiro, menoscabando a tensão que se estende infinita entre esse falso e verdadeiro, que é um tanto de bem e mal com uso de outra terminologia dada na lógica formal, cuja validade é informar a língua de certos limites na comunicação, mas não passa ao universo enquanto macrocosmos por demais complexo na física, mormente a mecânica quântica dos pensadores atuais. Os violinos dessas cordas poema dançar o corpo e a alma dos povos e homens individuados que dançarão fisiologicamente e anatomicamente na modificação de seu ser e seu pensar. Enquanto uns dão giros de bailarinos corporais , no corpo de baile, outros, os sábios,  bailam no espírito também e sua dança rodopia em dervixes que demandam mais derviches, pois a música desses violinos em timbre também tece e desenha mapas na laringe, na faringe... e faz-se o canto!; enfim,  em todo o aparelho fonador, que fia idéias de pequenas diferenças em vestes do pensamento de grande monta de diferença quando finalizado o processo do cantar, falar e escrever na língua que separa povos e culturas, políticas e economias, pensamentos e atos mundanos e sacros, enfim,  modifica com a sutileza de um desinência ou de qualquer modificação na palavra sotaque( uma percussão linguística, um toque  rítmico de “tambor” entre a língua e os dentes), toda uma geopolítica que pensa e vive um povo, cindindo com a espada na língua do anjo que carrega a mensagem, o território e tudo o mais que se faz, pensa, ama ou odeia.
Uma nação tem seu nascedouro no berço da guerra das línguas, tal qual ocorrem batalhas incessantes entre as forrageiras que medram do solo ao sol; guerra  surda e muda ( para nossos sentidos) observada pelo naturalista Charles Darwin, que sabia não haver paz entre seres vivos, mas sim competição, seleção natural ou, numa palavra eivada de aridez, -  guerra constante, perene!

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domingo, 22 de junho de 2014

NOÉTICA, NOÉTICA - verbete glossario etimo

Não sei se Deus é tão-somente uma fala
Ou um teatro com falha
No rito e no mito
- que imito e emito,
Apito, agito
Vou ao Egipto
De jipe
Porque do Egito
Evoquei meu filho
Sobre o jumento
Que levou também José
E a Virgem Maria
Que faria a viagem
No bago da vagem
Ou pelo gosto da aragem
Que carrega ao colo
O planador e seu piloto em solitude de montanha...
- tamanha a solitude tacanha!
Que a solidão abocanha
E ganha a picanha e a piranha
N’água de ariranha
E aranha que arranha
O eu com teia
E cadeia de vida.

Não sei de Deus;
Sei que o ermitão
que tão-só sou ao sol
É um deus vacante,
Vacum no gado
Que vaga em vaca
Aos arredores das dores
Erigida no altar soerguido em Betel
( Beta Betel  havida à  Betelgeuse)
Pelo patriarca bíblico Abraão,
Senhor da Arca
De Noé e da Aliança
Que rói a rua
 e rui em Noé
 sem noética(noética!)
- noética de nauta no naufrágio
De frágil nau Catarineta
A nu ( anu, Anúbis?) no romance da Nau Catrineta
E em todo romanceiro
Gitano ou medieval
Que me sonha em baladas
Em anteprojeto para o poeta Cesário Verde
Que pinta um livro pinto
De Violinista Verde
Tocando nas cordas com baqueta
A melodia que jorra natureza fora
Em noturno para Alpha Centauri
E Beta Centauri
Caçadas por Órion
Na abóbada celeste
Que reveste o olho
Que vê o pior piolho
E o molho de rocio
Que roça o solo
De clarim clareado a lua ou sol
Sonolento no lento movimento
Que é a manhã com mingau de fubá
Ou à míngua no que minguou
Da lua quarto minguante
Andante com sua companheira estrela
Atrelada à cauda
Ou rescaldo.
No que tange a lira
Quanto ao Abrão de Sarai
Este não era de Deus
Na fé da terra
Até que seu nome mudou
Com o feito de fé
Para  Abraão, então homem de Deus,
Que o mísero Abrão
Era mero  homem da terra,
Laranja da terra,
Homem de terracota,
Com pés sujos , no barro metido
Tal qual os deuses
Ao modo de Ball
E outros que tal
Adorados como ídolos
Em estátuas chamadas de Balains :
Deuses com pés de barros
E cabeças no oco
- do pau oco
Onde se metem alguns santarrões
E outros glutões
Que se dizem  Aquinates
- De araque.
Não passam de basbaques.

Sei ,também, de ouvir sinos de Belém
Ao bimbalhar natalino,
que há um deus me esperando
Na balada narrativa de seu amor infindo ,
Numa mulher  nua,
Crua arrancada em pedaço de favos
Da lua que luta ao palor do luar,
A qual se me dá sem pudor
na volta do semi-círculo lunar
Que faz uma circunferência
Pelo contorno da equação
Que desenha o desdenhar do barco de ouro
da lua minguante
Que doura o céu noturno
Espelhado nos olhos da mulher na noite
Pintada na palheta do catalão Joan Miró
Que amava as negras madeixas bastas
As quais vestem a  cabeça aromática
da dama da noite
com a Coma da Berenice
em notável noturno,
 Chopin ao piano, ma belle,
Que caça a noite em Cássia.
( A fala, que hoje recolho à bigorna,
Era canto trágico grego,
Depois escorreu em mel pelos cantares lunares e solares
E, por fim, caiu em nossos corações
Que de dois
Viraram com a  viração
Em “cor uno”
Que não  pressiona nem impressiona
Olhos de impressionistas à Monet
Mirando nenúfares e catedrais góticas,
porém cala fundo no coração
de grande calado,
à meia-nau de profundidade,
no casco do navio,
entre proa e popa,
no ponto mais baixo da quilha,
- quase afogando a trágica Ofélia de Shakespeare
Que com choque espia
O pecado que espreita
De embocada na sotaina negra do dominicano
Absoluto no luto
Ou alva do monge cistercense
Em nonsense na luta
Contra a barra da alva
Que teima em por uma estrela beta
À Betelgeuse que ilumina caminhos de Betel
Com e estrela Rígel,
Uma Beta Orionis,
Constelaçãode Órion,
Que abre caça no que é céu
Refletido em mar
Que de muito amar
Amargou a erva e a hera.
( Sei no seio do torrão em mim
Que Deus Alpha, Beta, Gamma...
No brilho aparente de sua magnitude visível
Na abóbada que livro do livro
E coloco em anteprojeto).
( Anteprojeto com Baladas para os Poetas e as Poesias de  Alphonsus Guimarães e  Jorge de Lima, Mestres com Magnitude Alpha, Beta ou Gamma, a consonar com a Uronometria da Musa da Astronomia).
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