sexta-feira, 16 de novembro de 2012

BÚTIOS (BÚTIOS!) - verbete wikcionário etimologia

Buteo magnirostris -Goias -Brazil-8.jpg
Tive que dar notícia
de que o gavião apareceu.
É compulsão minha
extravasar contumaz curiosidade
sobre aquela ave de rapina suspicaz
caçador assaz tenaz,
sagaz, perspicaz...

Precisava falar com alguém
sobre a ave rapaz,
que fez sua aparição
já faz longo tempo
antes de minha ausência
motivada por molesta doença
e quiçá ausência do gavião-pedrês ( "Buteo nitidus")
de penas enxadrezadas no cinza-claro,
- claro! no tabuleiro de clarividente enxadrista
mestre esgrimista na estratégia e tática tácita.

Por onde anda o gavião,
essa ave falconiforme,
fora dos estratos mentais dos zoólogos!?
Em que ninho-nicho ecológico
se furtará do ornitólogo (ornitólogo!),
logo agora que é tempo
e momento templo
varrido pelo vento
dos crisântemos
que não temos?!
Fugiu dos zoológicos do zoólogos!
- Numa fuga quase impossível,
mas passível...)

Aquele gavião sempre aparecia aqui
voava procurando o espelho
da janela de vidro
e se mirava sem noção de Narciso
buscando a efígie da fêmea
a qual viria a ser a visão sem cosmovisão
refletida na vidraça batida e temperada
com o corpo débil de miríades
de  mariposas e insetos dispersos
em cego planar pelos caminhos desmanchados
pela borrasca furibunda no sopro do oboé do vento
que sopra o anjo
na bolha de sabão das crianças
em lúdico entretenimento
sem a libido...

Sumiu uns tempos,
aquele gavião-rapina,
e nem sei se é o mesmo
o que vejo sem pejo
de asseverar que é a mesma ave
de outrora na aurora de outros olhos
então nem tanto tempo de antanho assim,
ó jasmim-de-cheiro em mim!

Planando, o gavião-do-mangue,
não deixou nota para o ornitólogo
sobre planejamento-jumento para voar livre
de sua ciência "frígida" na frigideira.
 
Em muitos atos
o gavião não é objeto da ornitologia
nem tampouco da zoologia
ou das vozes da vida na biologia :
o gavião só é objeto abjeto
dessas vozes (nomenclatura)
para aves falconiformes
na zoologia e na voz maviosa
para atrair aves passariformes também
quando ouvem o ovo novo do bimbalhar
dos sinos de Belém
pequenina da judéia
no natal de Jesus!
( Estrela rutilante no caminho escuro dos homens!)

O gavião-belo
 independe em seu ser de ave navegante
dos atos do ornitólogo,
do pipilar dos zoólogos
e do chilreio matinal dos biólogos
com o logos logo ali
no conhecimento que não  pensa
a ferida de morte
o corte da vida
ceifada em tenra idade.

O gavião a planar
( Não a aquaplanar!)
foi a outra latitude
no risco da terra imaginária
para se livrar do conhecimento em frangalhos
dos impudicos ornitólogos
de cantos putrescentes :
cantos contra a vida-poeta
do poeta lírico que escreveu
toda a sua filosofia rapineira
em versos alelos aos genes
na cor do amarelo
dos frutos maduros e indeiscentes
e das folhas lanceoladas no chão outonal
em outro tom de Vivaldi com violinos em hinos
ao vetusto tempo.

O gavião está fora do tempo
- não é intrínseca ao tempo do verbo;
extrínseca é a ave-nave
do tempo verbal, verbalizado.
(Ave-Maria! : Ave, César!)
Por conseguinte, voou para dentro da ideia
que é uma das formas do tempo ( a ideia!)
-para o interior da ideia de ave de rapina
intrínseca ao pensamento de Platão.
Outrossim, não foi achado achatado
na determinação do artigo
que leva à ideia a uma dieta
de indeterminação ou determinação do indivíduo em tela.

O gavião é um avião
que se refugiou num tempo real
de Gavião-real  ( "Harpia harpyja") :
Está íntegro no tempo da intempérie,
da procela que procede em latim
e precede o tempo abstrato
ao jugo da norma para as desinências verbais,
enquanto no quanto do tempo real
o gavião voa com as procelárias
em bando fictício
ou no mesmo tempo em ato de outros búteos biltres,
biltres bútios(bútios!),
em dueto de asas abertas à ventania
ao sopro de Éolo no moinho
rodando a paz nas pás
a raspar e rasgar o rapaz sagaz,
assaz no bútio perspicaz,
mas não falaz
como o soldado sem soldo em paz romana.

O gavião-real leal
se eleva na corrente de ar quente
  -"Sursum corda"!...
 
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