domingo, 18 de novembro de 2012

PARCO (PARCO!) - verbete wikcionário etimologia


Eu sou um poeta
e o poeta é um vagabundo
no mundo imundo, iracundo...
ao menos o poeta que erra,
errabundo é em mim,  

e é assim sim e fim.

 
Errante (errante arameu!)
 caminhante, viandante,
pelo mundo fundo, raso, abundante,
meditabundo(meditabundo!),
medindo, mensurando o mundo,
vou na trilha
que brilha à estrela
com  tal exuberância nas sendas!
- vendo sendeiros, sevandijas(sevandijas!)
colocando vendas negras da noite
em flores amareladas de tinta de palor da lua
que traz um pavor do luar
no ar suspenso, tenso, intenso...
- um medo pânico de avantesmas noctívagos,
noctâmbulos(novagos, noctívagos!) morcegos cegos
sem eco no beco escuro!...
( Escuridão feita de medo!...
dentro da madre,
antes do catre deitar
ao leu sobre as águas vivas da vida ).
Andarilho vou pelo caminho do voo
observando bosta de equídeo
fezes de bovídeos,
boiada que foi
e ficou no odor não tão fético,
oxalá (oxalá!) a exalar do pasto!...
nas crinas das narinas em sintonia fina
(sinfonia, sinfonia refinada!..).

( Aposto no aposto 
do pastor  a posto
no discurso postado
na pastagem  em passagem
em grama ou vagem
pelo ruminar das reses
que não rezam.
Ou estacarão  as reses a rezar
e eu a não ouví-las
nas vilas
mesmo que de oitiva
na oitava com o mel do poeta :
(mel-de-coruja ?)
com violino e oboé
de violinista verde e oboísta azul celeste?!...
Quem sabe, quiçá...!).
 
João Guimarães Rosa era um poeta ;
aliás, é um poeta ainda e par a sempre,
sempiterno e sempre terno,
porque o poeta não morre,
não está no silogismo do homem
( as mulheres não morrem :
ficam viúvas em Sarepta
para pensar as feridas do profeta Elias,
que não as deixarão sem azeite e farinha para pão );
de fato, o poeta é um ínfima porção do homem :
a parte que faz sua parte
no teatro social
no qual é um ator como os demais
e os de menos hipocrisia,
a qual é determinante na vida
para ser em sucedido politicamente
e,concomitantemente, economicamente
que política, direito e economia
estão visceralmente interligados.
Todavia, conquanto o poeta seja imortal
( enquanto dorme um sono sonhado )
o homem, seu fundamento físico-químico e eletromagnético
é mortal, a consonar com o que reza o silogismo
e está preconizado na voz das esfinges
que não fingem
porquanto estão solitárias nos desertos,
ambientadas no Egito,
cujo nicho é o deserto
com parcimônia (parco, parco!) de bicho.
 
De mais a mais, um poeta
antes de ser um escritor
e escriturar sua poesia
sorvida em vida,
( este sorvedouro doudo
que a vida é
posta em ser na literatura de Dostoievski
um poeta-filósofo cujos versos
exalam o bolor (bolor!) da prosa ),

O poeta é um pensador
anterior em gramíneas
ao grande canto do sertão
e às veredas esparsas nos gerais
com reflexos narcisista nas águas azuladas
pelas pauladas
abauladas
e aladas no céu-passarifome-falconiforme,
mas  arraigadas nos pés
de buritis verdejantes
e na exuberância "floreada" da florada
em causa resolvida e revolvida na vida
pelo escaravelho
( um coleóptero que bate asa à gelosia
do poeta romântico Alfred de Musset!)
e na morte em esgrima com  florete
ou pistolas em duelo, dueto no gueto,
cm voz em ondas de aroma de jasmins,
bogaris sob céu gris
levados e lavados os anis vis,
bis bisados. Xis, x-tudo!
 
O poeta é o pensador
que, antes de ter o ser posto por escriba,
existe no homem,
predecessor dos hieróglifos,
coevo aos geóglifos orgânicos
impressos no organismo
pintados nos cromossomos
que dizem como somos
e o que somos
na soma somática do soma!
Aflora em ser na espécie humana,
o pensador, também de Rodin;
floresce o pensador no menino e na menina (Nina!),
assim como o violinista e a violinista,
filho, filha, neto e neta, bisneto, bisneta,
tataraneto, tataraneta...
na mesma infância
em que esteve o corpo e a alma em genes
do homem  e da mulher ontem e sempre
( ontem é sempre!) :
que o menino é para sempre :
o menino, a menina :
 eterna, ela; eterno, ele;
o  homem, todavia,  é passageiro pela vida,
toda a vida!
E da barca de Caronte.
A mulher, outrossim,  é imortal,
não enquanto dura,
mas ainda quando mole.
Eterna na viúva
fica até o fim dos tempos e dos hussitas.
Só não quer ter a "Piedade" sua
na estátua de um Michelângelo
guardados nos meandros da engenharia genética
que fabrica o gênio
não se sabe quando, quanto, nem porque ou o porquê . Por quê?!

João, não o Huss, mas o Rosa, 
ou  a rosa sertaneja,
volto neles em ronda, em  rondó de cavalinhos
para espicaçar a alma do poeta Manuel Bandeira.
O João, a rosa : a rosa escarlate era o João balalão do sertão
tão extenso, intenso, denso, ancho....
O João da Rosa
- dos ventos nas madeixas de ameixas das sertanejas
escreveu do joão-de-barro em casa
( não ao João-de-barro em ninho de passarinho, passariforme)
uma palavra que escreveu, não leu...  :
 "nonada!"
- uma espécie de  fac-símile do vetusto bardo,
cantor em Homero,
ou em meros rapsodos,
 pensador  em Hesíodo,
os quais tinham como brado,
brasão  ou palavrão, do calão,
invocar as musas.
 
Ele, o escritor-descritor, descobridor,
desbravador em vocábulos, dos sertões de minas,
evocava o nada e o tudo na palavra "nonada".
Este vocábulo era lançado ali
na cabeceira do livro
tal qual estava na cabeceira do rio
ou do homem que lê o "livro de cabeceira"
à cabeceira do rio São Francisco.
Com a locução "nonada"
o aedo sertanejo  fazia o intróito do filósofo satírico
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom escarninho a tudo
que abordava
ou dissimulando, dissimulado sobre a mula
(centauro-muar muar (muar!))
em que montava
com um ar escarnecedor, satírico,
zombeteiro e zonzo,
qual poeta fingidor
que se representava no teatro-homem
ou personagem-homem : Fernando Pessoa,
em seus heterônimos,
em pessoa e em poeta,
em um campo de cajueiro à flor no ar dispersa (persa!),
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo satírico
dando um tom de menoscabo a tudo
( que muito amava!)
ou fingindo um ar escarninho de menininho no ninho
qual fosse outro poeta fingidor
que se representava em Fernando Pessoa,
poeta em versos plácidos
da simplicidade à cor do anil
ou do que tocava no disco de vinil
no mês de abril
que abriu maio em flor festeira,
brejeira no brejo.
 
O bardo sabe
quão mudam e mudas
podem ficar as ideias dos homens-em-política;
as idéias se modificam
se amoldam num contexto
que represam os interesses de época,
época essa que nada mais são
que alguns homens
líderes políticos de um tempo dado
pelo cosmos
mas roubado por alguns homens
( "Prometeus" que roubam
e hão-de roubar
eternamente, perenemente,
o fogo dos deuses ou de Deus,
do Deus de Israel
e, mormente, dos homens da terra).
Há, pois, momentos, períodos de vida
na qual o papel do homem
é declamado em ode ou elegia
de saúde ou doença
no palco ou no front
do que se fala em vida,
que é o falar e calar da biologia
( quando a política faz calar
e o calado na calada );
a pobre biologia, com seu discurso
ou tartamudeio em "logos",
com crédulo sonhando
que a ciência é realidade :
a ciência não é realidade,
mas mera realização
dos homens "sapiens" "sapiens",
no pensador, no filósofo e no poeta
e do " homo faber" no engenheiro,
todos tolos escravos dos políticos,
mas sem o saber.

Em realidade, melancólica realidade,
a biologia é apenas uma locução
verbal (verborréia!) nominal
cujo tema é a vida na voz de alguém,
uma pessoa menor que  homem : o cientista.
O cientista é apenas alienação do homem,
não o homem,
antes a metade de um centauro mítico
dado com dado no jogo de dados do real, natural,
o qual queremos divino.
Queremos deuses em todas as energias naturais.

Locada, do outro lado do bicho biologista, está a poesia
no poeta, outro ser alienado do pensamento humano,
que é menos que o ser humano,
menos que humano,
porém não desumano : humanista, iluminista, enciclopedista
e dista que dista que disto eu entendo não...
mas cujo tom e estro  é diverso
da peroração científica
no verso que versa
sobre a vida
e a morte inelutável.
( A poesia não é mais que vida,
mas a vida pensada, existencial,
exponencial no bardo,
no sublime esteta :
o poema soprado pelo anjo do oboé no espirito :
o oboísta em solo!)

O poeta tem sobrevida
- vivendo na vivenda com víveres
e víboras! ( cobras-de-vidro)
porquanto  é um médico "congênito"
e um filósofo nato, inato,
um erudito natural
que super-aprende,
aprende com na amplidão da solidão de monge.
Sua viva inteligência
( a mais viva inteligência pertence ao poeta erudito!)
permite que o homem vivo no esteta pensante,
cm perspectiva filosofante,
adquira a capacidade de aprender com a natureza,
e outro intermediário e semelhante : o homem;
e a mulher, dos quais ele conhece bem a história genética
e a escrita secular e milenar
que estão em geóglifos nas suas estelas internas,
nos seus livros genéticos gravadas em sânscrito,
latim, grego, hieróglifos,
escrita cuneiforme...

O poeta é o sábio

que sabe escutar os pensamentos dos homens
e das mulheres filistéias,
mas de tanto ouvir
tais poluídos pensamentos
maquinando maquiavelicamente
qual fossem máquinas do diabo-a-quatro
sentem incomodados, desconfortáveis
e  buscam fugir a tais poluentes sonoros,
corre empós silêncios mentais de monjas,
pobres Teresas no claustro,
presas da demência social, política,
que levam a hipocrisia dos atores até o átrio da loucura!
( Ai! desses tagarelas mentais!,
 munidos de aforismos
e falsa moral
para encobrir a imoralidade,
as perversões nefandas...:
O poeta é amoral; não imoral).

O poeta é o filósofo
que pensa usando a imagens do belo
e é o médico de si (medicastro!),
pois não há quem conheça
o mundo vegetal por dentro das plantas,
que são as fontes da vida,
da sabedoria da serpente,
farmaceuta e química
e o conhecimento do douto,
que não é o médico,
esse Esculápio "esculachado" no carnaval do arlequim
do poeta em símbolos : "Joan Miró",
iluminado "Buda" da pintura
em versos não versejados:
Verdejantes no prado e no monte com cabras montesas.

O poeta é o sábio e erudito botânico,
e a própria botânica (há botânicas!: não nanicas),
que sabe e conhece a nomenclatura de Lineu,
que é o sistema filosófico
no âmbito científico
e fala uma língua próxima às plantas
e o astrônomo
sob as leis que penteiam a Cabeleira da Berenice.

O filósofo ou erudito que não é poeta

não sabe à vida,
é um incipiente homem,
sem sapiência plena,
sem maturidade ( amena!),
pois o poeta é um homem íntegro,
integral, completo no plexo,
no amplexo, corpo e a alma...,
quando sabe amar
- uma mulher! : amá-la...
( Amá-la-ei eu...).

 
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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

FALAZ (FALAZ !) - verbete wikcionário etimologia

Buteo magnirostris -Goias -Brazil-8.jpg
Tive que dar notícia
de que o gavião apareceu.
É compulsão minha
extravasar contumaz curiosidade
sobre aquela ave de rapina suspicaz
caçador assaz tenaz,
sagaz, perspicaz...

Precisava falar com alguém
sobre a ave rapaz,
que fez sua aparição
já faz longo tempo
antes de minha ausência
motivada por molesta doença
e quiçá ausência do gavião-pedrês ( "Buteo nitidus")
de penas enxadrezadas no cinza-claro,
- claro! no tabuleiro de clarividente enxadrista
mestre esgrimista na estratégia e tática tácita.

Por onde anda o gavião,
essa ave falconiforme,
fora dos estratos mentais dos zoólogos!?
Em que ninho-nicho ecológico
se furtará do ornitólogo (ornitólogo!),
logo agora que é tempo
e momento templo
varrido pelo vento
dos crisântemos
que não temos?!
Fugiu dos zoológicos do zoólogos!
- Numa fuga quase impossível,
mas passível...)

Aquele gavião sempre aparecia aqui
voava procurando o espelho
da janela de vidro
e se mirava sem noção de Narciso
buscando a efígie da fêmea
a qual viria a ser a visão sem cosmovisão
refletida na vidraça batida e temperada
com o corpo débil de miríades
de  mariposas e insetos dispersos
em cego planar pelos caminhos desmanchados
pela borrasca furibunda no sopro do oboé do vento
que sopra o anjo
na bolha de sabão das crianças
em lúdico entretenimento
sem a libido...

Sumiu uns tempos,
aquele gavião-rapina,
e nem sei se é o mesmo
o que vejo sem pejo
de asseverar que é a mesma ave
de outrora na aurora de outros olhos
então nem tanto tempo de antanho assim,
ó jasmim-de-cheiro em mim!

Planando, o gavião-do-mangue,
não deixou nota para o ornitólogo
sobre planejamento-jumento para voar livre
de sua ciência "frígida" na frigideira.
 
Em muitos atos
o gavião não é objeto da ornitologia
nem tampouco da zoologia
ou das vozes da vida na biologia :
o gavião só é objeto abjeto
dessas vozes (nomenclatura)
para aves falconiformes
na zoologia e na voz maviosa
para atrair aves passariformes também
quando ouvem o ovo novo do bimbalhar
dos sinos de Belém
pequenina da judéia
no natal de Jesus!
( Estrela rutilante no caminho escuro dos homens!)

O gavião-belo
 independe em seu ser de ave navegante
dos atos do ornitólogo,
do pipilar dos zoólogos
e do chilreio matinal dos biólogos
com o logos logo ali
no conhecimento que não  pensa
a ferida de morte
o corte da vida
ceifada em tenra idade.

O gavião a planar
( Não a aquaplanar!)
foi a outra latitude
no risco da terra imaginária
para se livrar do conhecimento em frangalhos
dos impudicos ornitólogos
de cantos putrescentes :
cantos contra a vida-poeta
do poeta lírico que escreveu
toda a sua filosofia rapineira
em versos alelos aos genes
na cor do amarelo
dos frutos maduros e indeiscentes
e das folhas lanceoladas no chão outonal
em outro tom de Vivaldi com violinos em hinos
ao vetusto tempo.

O gavião está fora do tempo
- não é intrínseca ao tempo do verbo;
extrínseca é a ave-nave
do tempo verbal, verbalizado.
(Ave-Maria! : Ave, César!)
Por conseguinte, voou para dentro da ideia
que é uma das formas do tempo ( a ideia!)
-para o interior da ideia de ave de rapina
intrínseca ao pensamento de Platão.
Outrossim, não foi achado achatado
na determinação do artigo
que leva à ideia a uma dieta
de indeterminação ou determinação do indivíduo em tela.

O gavião é um avião
que se refugiou num tempo real
de Gavião-real  ( "Harpia harpyja") :
Está íntegro no tempo da intempérie,
da procela que procede em latim
e precede o tempo abstrato
ao jugo da norma para as desinências verbais,
enquanto no quanto do tempo real
o gavião voa com as procelárias
em bando fictício
ou no mesmo tempo em ato de outros búteos biltres,
biltres bútios,
em dueto de asas abertas à ventania
ao sopro de Éolo no moinho
rodando a paz nas pás
a raspar e rasgar o rapaz sagaz,
assaz no bútio perspicaz,
mas não falaz (falaz!),
como o soldado sem soldo em paz romana.

O gavião-real leal
se eleva na corrente de ar quente
  -"Sursum corda"!...
 
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BÚTIOS (BÚTIOS!) - verbete wikcionário etimologia

Buteo magnirostris -Goias -Brazil-8.jpg
Tive que dar notícia
de que o gavião apareceu.
É compulsão minha
extravasar contumaz curiosidade
sobre aquela ave de rapina suspicaz
caçador assaz tenaz,
sagaz, perspicaz...

Precisava falar com alguém
sobre a ave rapaz,
que fez sua aparição
já faz longo tempo
antes de minha ausência
motivada por molesta doença
e quiçá ausência do gavião-pedrês ( "Buteo nitidus")
de penas enxadrezadas no cinza-claro,
- claro! no tabuleiro de clarividente enxadrista
mestre esgrimista na estratégia e tática tácita.

Por onde anda o gavião,
essa ave falconiforme,
fora dos estratos mentais dos zoólogos!?
Em que ninho-nicho ecológico
se furtará do ornitólogo (ornitólogo!),
logo agora que é tempo
e momento templo
varrido pelo vento
dos crisântemos
que não temos?!
Fugiu dos zoológicos do zoólogos!
- Numa fuga quase impossível,
mas passível...)

Aquele gavião sempre aparecia aqui
voava procurando o espelho
da janela de vidro
e se mirava sem noção de Narciso
buscando a efígie da fêmea
a qual viria a ser a visão sem cosmovisão
refletida na vidraça batida e temperada
com o corpo débil de miríades
de  mariposas e insetos dispersos
em cego planar pelos caminhos desmanchados
pela borrasca furibunda no sopro do oboé do vento
que sopra o anjo
na bolha de sabão das crianças
em lúdico entretenimento
sem a libido...

Sumiu uns tempos,
aquele gavião-rapina,
e nem sei se é o mesmo
o que vejo sem pejo
de asseverar que é a mesma ave
de outrora na aurora de outros olhos
então nem tanto tempo de antanho assim,
ó jasmim-de-cheiro em mim!

Planando, o gavião-do-mangue,
não deixou nota para o ornitólogo
sobre planejamento-jumento para voar livre
de sua ciência "frígida" na frigideira.
 
Em muitos atos
o gavião não é objeto da ornitologia
nem tampouco da zoologia
ou das vozes da vida na biologia :
o gavião só é objeto abjeto
dessas vozes (nomenclatura)
para aves falconiformes
na zoologia e na voz maviosa
para atrair aves passariformes também
quando ouvem o ovo novo do bimbalhar
dos sinos de Belém
pequenina da judéia
no natal de Jesus!
( Estrela rutilante no caminho escuro dos homens!)

O gavião-belo
 independe em seu ser de ave navegante
dos atos do ornitólogo,
do pipilar dos zoólogos
e do chilreio matinal dos biólogos
com o logos logo ali
no conhecimento que não  pensa
a ferida de morte
o corte da vida
ceifada em tenra idade.

O gavião a planar
( Não a aquaplanar!)
foi a outra latitude
no risco da terra imaginária
para se livrar do conhecimento em frangalhos
dos impudicos ornitólogos
de cantos putrescentes :
cantos contra a vida-poeta
do poeta lírico que escreveu
toda a sua filosofia rapineira
em versos alelos aos genes
na cor do amarelo
dos frutos maduros e indeiscentes
e das folhas lanceoladas no chão outonal
em outro tom de Vivaldi com violinos em hinos
ao vetusto tempo.

O gavião está fora do tempo
- não é intrínseca ao tempo do verbo;
extrínseca é a ave-nave
do tempo verbal, verbalizado.
(Ave-Maria! : Ave, César!)
Por conseguinte, voou para dentro da ideia
que é uma das formas do tempo ( a ideia!)
-para o interior da ideia de ave de rapina
intrínseca ao pensamento de Platão.
Outrossim, não foi achado achatado
na determinação do artigo
que leva à ideia a uma dieta
de indeterminação ou determinação do indivíduo em tela.

O gavião é um avião
que se refugiou num tempo real
de Gavião-real  ( "Harpia harpyja") :
Está íntegro no tempo da intempérie,
da procela que procede em latim
e precede o tempo abstrato
ao jugo da norma para as desinências verbais,
enquanto no quanto do tempo real
o gavião voa com as procelárias
em bando fictício
ou no mesmo tempo em ato de outros búteos biltres,
biltres bútios(bútios!),
em dueto de asas abertas à ventania
ao sopro de Éolo no moinho
rodando a paz nas pás
a raspar e rasgar o rapaz sagaz,
assaz no bútio perspicaz,
mas não falaz
como o soldado sem soldo em paz romana.

O gavião-real leal
se eleva na corrente de ar quente
  -"Sursum corda"!...
 
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PROCELÁRIAS (PROCELÁRIAS!) - verbete wikcionário etimologia

Buteo magnirostris -Goias -Brazil-8.jpg
Tive que dar notícia
de que o gavião apareceu.
É compulsão minha
extravasar contumaz curiosidade
sobre aquela ave de rapina suspicaz
caçador assaz tenaz,
sagaz, perspicaz...

Precisava falar com alguém
sobre a ave rapaz,
que fez sua aparição
já faz longo tempo
antes de minha ausência
motivada por molesta doença
e quiçá ausência do gavião-pedrês ( "Buteo nitidus")
de penas enxadrezadas no cinza-claro,
- claro! no tabuleiro de clarividente enxadrista
mestre esgrimista na estratégia e tática tácita.

Por onde anda o gavião,
essa ave falconiforme,
fora dos estratos mentais dos zoólogos!?
Em que ninho-nicho ecológico
se furtará do ornitólogo (ornitólogo!),
logo agora que é tempo
e momento templo
varrido pelo vento
dos crisântemos
que não temos?!
Fugiu dos zoológicos do zoólogos!
- Numa fuga quase impossível,
mas passível...)

Aquele gavião sempre aparecia aqui
voava procurando o espelho
da janela de vidro
e se mirava sem noção de Narciso
buscando a efígie da fêmea
a qual viria a ser a visão sem cosmovisão
refletida na vidraça batida e temperada
com o corpo débil de miríades
de  mariposas e insetos dispersos
em cego planar pelos caminhos desmanchados
pela borrasca furibunda no sopro do oboé do vento
que sopra o anjo
na bolha de sabão das crianças
em lúdico entretenimento
sem a libido...

Sumiu uns tempos,
aquele gavião-rapina,
e nem sei se é o mesmo
o que vejo sem pejo
de asseverar que é a mesma ave
de outrora na aurora de outros olhos
então nem tanto tempo de antanho assim,
ó jasmim-de-cheiro em mim!

Planando, o gavião-do-mangue,
não deixou nota para o ornitólogo
sobre planejamento-jumento para voar livre
de sua ciência "frígida" na frigideira.
 
Em muitos atos
o gavião não é objeto da ornitologia
nem tampouco da zoologia
ou das vozes da vida na biologia :
o gavião só é objeto abjeto
dessas vozes (nomenclatura)
para aves falconiformes
na zoologia e na voz maviosa
para atrair aves passariformes também
quando ouvem o ovo novo do bimbalhar
dos sinos de Belém
pequenina da judéia
no natal de Jesus!
( Estrela rutilante no caminho escuro dos homens!)

O gavião-belo
 independe em seu ser de ave navegante
dos atos do ornitólogo,
do pipilar dos zoólogos
e do chilreio matinal dos biólogos
com o logos logo ali
no conhecimento que não  pensa
a ferida de morte
o corte da vida
ceifada em tenra idade.

O gavião a planar
( Não a aquaplanar!)
foi a outra latitude
no risco da terra imaginária
para se livrar do conhecimento em frangalhos
dos impudicos ornitólogos
de cantos putrescentes :
cantos contra a vida-poeta
do poeta lírico que escreveu
toda a sua filosofia rapineira
em versos alelos aos genes
na cor do amarelo
dos frutos maduros e indeiscentes
e das folhas lanceoladas no chão outonal
em outro tom de Vivaldi com violinos em hinos
ao vetusto tempo.

O gavião está fora do tempo
- não é intrínseca ao tempo do verbo;
extrínseca é a ave-nave
do tempo verbal, verbalizado.
(Ave-Maria! : Ave, César!)
Por conseguinte, voou para dentro da ideia
que é uma das formas do tempo ( a ideia!)
-para o interior da ideia de ave de rapina
intrínseca ao pensamento de Platão.
Outrossim, não foi achado achatado
na determinação do artigo
que leva à ideia a uma dieta
de indeterminação ou determinação do indivíduo em tela.

O gavião é um avião
que se refugiou num tempo real
de Gavião-real  ( "Harpia harpyja") :
Está íntegro no tempo da intempérie,
da procela que procede em latim
e precede o tempo abstrato
ao jugo da norma para as desinências verbais,
enquanto no quanto do tempo real
o gavião voa com as procelárias (procelárias!)
em bando fictício
ou no mesmo tempo em ato de outros búteos biltres,
biltres bútios,
em dueto de asas abertas à ventania
ao sopro de Éolo no moinho
rodando a paz nas pás
a raspar e rasgar o rapaz sagaz,
assaz no bútio perspicaz,
mas não falaz
como o soldado sem soldo em paz romana.

O gavião-real leal
se eleva na corrente de ar quente
  -"Sursum corda"!...
 
nomenclatura binomial wikcionário glossário verbete léxico lexicografia história geografia ornitologia ornitologo zoologia zoologo biologia biologo botanico botanico terminologia cientifica dicionário cientifico filosofico etimologia etimologia etimo enciclopedia encielopedico vda obra biografia poesias poemas literatura mitologia ave  arte ciencia filosofia cientista sursum corda latim pax antologia poética pinacoteca

INDEISCÊNCIA - verbete wikcionário etimologia

Buteo magnirostris -Goias -Brazil-8.jpg
Tive que dar notícia
de que o gavião apareceu.
É compulsão minha
extravasar contumaz curiosidade
sobre aquela ave de rapina suspicaz
caçador assaz tenaz,
sagaz, perspicaz...

Precisava falar com alguém
sobre a ave rapaz,
que fez sua aparição
já faz longo tempo
antes de minha ausência
motivada por molesta doença
e quiçá ausência do gavião-pedrês ( "Buteo nitidus")
de penas enxadrezadas no cinza-claro,
- claro! no tabuleiro de clarividente enxadrista
mestre esgrimista na estratégia e tática tácita.

Por onde anda o gavião,
essa ave falconiforme,
fora dos estratos mentais dos zoólogos!?
Em que ninho-nicho ecológico
se furtará do ornitólogo (ornitólogo!),
logo agora que é tempo
e momento templo
varrido pelo vento
dos crisântemos
que não temos?!
Fugiu dos zoológicos do zoólogos!
- Numa fuga quase impossível,
mas passível...)

Aquele gavião sempre aparecia aqui
voava procurando o espelho
da janela de vidro
e se mirava sem noção de Narciso
buscando a efígie da fêmea
a qual viria a ser a visão sem cosmovisão
refletida na vidraça batida e temperada
com o corpo débil de miríades
de  mariposas e insetos dispersos
em cego planar pelos caminhos desmanchados
pela borrasca furibunda no sopro do oboé do vento
que sopra o anjo
na bolha de sabão das crianças
em lúdico entretenimento
sem a libido...

Sumiu uns tempos,
aquele gavião-rapina,
e nem sei se é o mesmo
o que vejo sem pejo
de asseverar que é a mesma ave
de outrora na aurora de outros olhos
então nem tanto tempo de antanho assim,
ó jasmim-de-cheiro em mim!

Planando, o gavião-do-mangue,
não deixou nota para o ornitólogo
sobre planejamento-jumento para voar livre
de sua ciência "frígida" na frigideira.
 
Em muitos atos
o gavião não é objeto da ornitologia
nem tampouco da zoologia
ou das vozes da vida na biologia :
o gavião só é objeto abjeto
dessas vozes (nomenclatura)
para aves falconiformes
na zoologia e na voz maviosa
para atrair aves passariformes também
quando ouvem o ovo novo do bimbalhar
dos sinos de Belém
pequenina da judéia
no natal de Jesus!
( Estrela rutilante no caminho escuro dos homens!)

O gavião-belo
 independe em seu ser de ave navegante
dos atos do ornitólogo,
do pipilar dos zoólogos
e do chilreio matinal dos biólogos
com o logos logo ali
no conhecimento que não  pensa
a ferida de morte
o corte da vida
ceifada em tenra idade.

O gavião a planar
( Não a aquaplanar!)
foi a outra latitude
no risco da terra imaginária
para se livrar do conhecimento em frangalhos
dos impudicos ornitólogos
de cantos putrescentes :
cantos contra a vida-poeta
do poeta lírico que escreveu
toda a sua filosofia rapineira
em versos alelos aos genes
na cor do amarelo
dos frutos maduros e indeiscentes ( indeiscência?!...)
e das folhas lanceoladas no chão outonal
em outro tom de Vivaldi com violinos em hinos
ao vetusto tempo.

O gavião está fora do tempo
- não é intrínseca ao tempo do verbo;
extrínseca é a ave-nave
do tempo verbal, verbalizado.
(Ave-Maria! : Ave, César!)
Por conseguinte, voou para dentro da ideia
que é uma das formas do tempo ( a ideia!)
-para o interior da ideia de ave de rapina
intrínseca ao pensamento de Platão.
Outrossim, não foi achado achatado
na determinação do artigo
que leva à ideia a uma dieta
de indeterminação ou determinação do indivíduo em tela.

O gavião é um avião
que se refugiou num tempo real
de Gavião-real  ( "Harpia harpyja") :
Está íntegro no tempo da intempérie,
da procela que procede em latim
e precede o tempo abstrato
ao jugo da norma para as desinências verbais,
enquanto no quanto do tempo real
o gavião voa com as procelárias
em bando fictício
ou no mesmo tempo em ato de outros búteos biltres,
biltres bútios,
em dueto de asas abertas à ventania
ao sopro de Éolo no moinho
rodando a paz nas pás
a raspar e rasgar o rapaz sagaz,
assaz no bútio perspicaz,
mas não falaz
como o soldado sem soldo em paz romana.

O gavião-real leal
se eleva na corrente de ar quente
  -"Sursum corda"!...
 
nomenclatura binomial wikcionário glossário verbete léxico lexicografia história geografia ornitologia ornitologo zoologia zoologo biologia biologo botanico botanico terminologia cientifica dicionário cientifico filosofico etimologia etimologia etimo enciclopedia encielopedico vda obra biografia poesias poemas literatura mitologia ave  arte ciencia filosofia cientista sursum corda latim pax antologia poética pinacoteca

INDEISCENTES (INDEISCENTES!) - verbete wikcionário etimologia

Buteo magnirostris -Goias -Brazil-8.jpg
Tive que dar notícia
de que o gavião apareceu.
É compulsão minha
extravasar contumaz curiosidade
sobre aquela ave de rapina suspicaz
caçador assaz tenaz,
sagaz, perspicaz...

Precisava falar com alguém
sobre a ave rapaz,
que fez sua aparição
já faz longo tempo
antes de minha ausência
motivada por molesta doença
e quiçá ausência do gavião-pedrês ( "Buteo nitidus")
de penas enxadrezadas no cinza-claro,
- claro! no tabuleiro de clarividente enxadrista
mestre esgrimista na estratégia e tática tácita.

Por onde anda o gavião,
essa ave falconiforme,
fora dos estratos mentais dos zoólogos!?
Em que ninho-nicho ecológico
se furtará do ornitólogo (ornitólogo!),
logo agora que é tempo
e momento templo
varrido pelo vento
dos crisântemos
que não temos?!
Fugiu dos zoológicos do zoólogos!
- Numa fuga quase impossível,
mas passível...)

Aquele gavião sempre aparecia aqui
voava procurando o espelho
da janela de vidro
e se mirava sem noção de Narciso
buscando a efígie da fêmea
a qual viria a ser a visão sem cosmovisão
refletida na vidraça batida e temperada
com o corpo débil de miríades
de  mariposas e insetos dispersos
em cego planar pelos caminhos desmanchados
pela borrasca furibunda no sopro do oboé do vento
que sopra o anjo
na bolha de sabão das crianças
em lúdico entretenimento
sem a libido...

Sumiu uns tempos,
aquele gavião-rapina,
e nem sei se é o mesmo
o que vejo sem pejo
de asseverar que é a mesma ave
de outrora na aurora de outros olhos
então nem tanto tempo de antanho assim,
ó jasmim-de-cheiro em mim!

Planando, o gavião-do-mangue,
não deixou nota para o ornitólogo
sobre planejamento-jumento para voar livre
de sua ciência "frígida" na frigideira.
Em muitos atos
o gavião não é objeto da ornitologia
nem tampouco da zoologia
ou das vozes da vida na biologia :
o gavião só é objeto abjeto
dessas vozes (nomenclatura)
para aves falconiformes
na zoologia e na voz maviosa
para atrair aves passariformes também
quando ouvem o ovo novo do bimbalhar
dos sinos de Belém
pequenina da judéia
no natal de Jesus!
( Estrela rutilante no caminho escuro dos homens!)

O gavião-belo
 independe em seu ser de ave navegante
dos atos do ornitólogo,
do pipilar dos zoólogos
e do chilreio matinal dos biólogos
com o logos logo ali
no conhecimento que não  pensa
a ferida de morte
o corte da vida
ceifada em tenra idade.

O gavião a planar
( Não a aquaplanar!)
foi a outra latitude
no risco da terra imaginária
para se livrar do conhecimento em frangalhos
dos impudicos ornitólogos
de cantos putrescentes :
cantos contra a vida-poeta
do poeta lírico que escreveu
toda a sua filosofia rapineira
em versos alelos aos genes
na cor do amarelo
dos frutos maduros e indeiscentes (indeiscentes!)
e das folhas lanceoladas no chão outonal
em outro tom de Vivaldi com violinos em hinos
ao vetusto tempo.

O gavião está fora do tempo
- não é intrínseca ao tempo do verbo;
extrínseca é a ave-nave
do tempo verbal, verbalizado.
(Ave-Maria! : Ave, César!)
Por conseguinte, voou para dentro da ideia
que é uma das formas do tempo ( a ideia!)
-para o interior da ideia de ave de rapina
intrínseca ao pensamento de Platão.
Outrossim, não foi achado achatado
na determinação do artigo
que leva à ideia a uma dieta
de indeterminação ou determinação do indivíduo em tela.

O gavião é um avião
que se refugiou num tempo real
de Gavião-real  ( "Harpia harpyja") :
Está íntegro no tempo da intempérie,
da procela que procede em latim
e precede o tempo abstrato
ao jugo da norma para as desinências verbais,
enquanto no quanto do tempo real
o gavião voa com as procelárias
em bando fictício
ou no mesmo tempo em ato de outros búteos biltres,
biltres bútios,
em dueto de asas abertas à ventania
ao sopro de Éolo no moinho
rodando a paz nas pás
a raspar e rasgar o rapaz sagaz,
assaz no bútio perspicaz,
mas não falaz
como o soldado sem soldo em paz romana.

O gavião-real leal
se eleva na corrente de ar quente
  -"Sursum corda"!...
 
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ZIGUEZAGUE (poesia em zigue-zague de cobra) - etimologia

O sinuoso silêncio da serpente
desenha inaudível signo-senóide

em pêndulo de morte

- pêndulo de Foucault


O insidioso silêncio da serpente...

leva ao jardim edênico

e faz descair almas no Hades

onde há-de ir todo indivíduo terrenal


O silente silvo da víbora

oculta na folha da vide

escarnece a vida em carne viva

com a morte na peçonha

mesclada ao elixir da vida

que mata na mata

e cura à saracura

e ao cura na Cúria

no limiar do miar

do gato gago ao galgo


O silvo na selva

da cobra silvestre

se enrosca na brisa

em amplexo senoidal

de ondas no movimento

nada lento do seu corpo

escamoso, flexuoso, tortuoso...


A picadura da mamba negra

abre a boca da noite escura

para a alma alarmada

libertando-a do jugo físico

- horto morto


No Santo ofício destes ofídios

a arte de ofender e matar

é um ofício oficial e oficioso

se se transplantar a planta da cobra

para a cultura "xamanística"

ou quiçá de Sá Carneiro

holística ou mística

no bastão ( brasão) de Esculápio

que cura e morre

que este deus não é imortal

e vem se consonar

com o silogismo cruel do filósofo


Nos riscos que narram mitos

no véu negro

que cobre a cabeça da mulher,

na noite obscurecida

pela alma de Joan Miró,

o Serpentário parte em cabeça e cauda

a Constelação  da Serpente

narrando o inenarrável mito

do deus Esculápio,

patrono da medicina,

porquanto na peçonha da víbora

está a a diferença entre vida e morte

e toda a farmacopéia.


A Cabeleira da Berenice

é o mito narrado em riscos

que tracejam aglomerados constelares

no céu noturno

e depois desce lépido

com pincéis e pastéis

a  tingir os cabelos da mulher,

véu nigérrimo e exuberante

no tempo do viço :

Coroa Boreal

"Corona Borealis"

as madeixas negras

que coroam em rainha

toda  mulher na noite

- A noite bela dela

está no vigor de seus cabelos bastos!

Negror a mergulhar,

mar a amar...


Cássia, Cássia, Cassiopéia! :

a planta da mulher

cujo  silvo e hemotoxina é produzido

e engarrafado nos silos da clorofila

na raiz-terra

( radical do radical no eco :

casa do ser

a rastejar e esvoaçar

entre o a serpente e o homem)

onde se esconde a víbora letífera

de peçonha neurotóxica

e se mostra na mostra dilucular

o céu (véu, chapéu, capuz, gorro, solidéu...)

a coroar esta rainha

com Coroa Boreal constelada

aonde a senhora e virgem mítica,

na geometria imaculada

da Virgem Maria do geômetra cosmológico,

em divina Conceição ( concepção),

que simboliza a mulher em todas as faixas etárias,

pisa a cabeça da serpente

no céu preclaro do cristão

e também do mouro e judeu,

pois o céu foi Deus quem deu

para coroar todas as cabeças descobertas

sem corolários

ou presunção de verdade


Cássia, Cássia, Cassiopéia:

o amor está nos olhos

quedos neste brinquedo,

folguedo...

- neste folgar!


( Ei-la! : a poesia em ziguezague ( zigue-zague) de cobra

um serpentear pela água do rio

que desemboca no ar 

em ondas senoidais).


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domingo, 11 de novembro de 2012

FEÉRICAS - etimologia


Mister (é) inventar a paz
ou descobrí-la lá onde brilha e canta :
descobrí-la no colibri, lá na brisa,
cobrí-la na aragem natural
que corre mundo
até onde vai o mundo
e chega ao fim-do-mundo
para o indivíduo duo,
- dual em dueto;
solista, solipsista
ou em coro angélico no cantochão,
a consonar com a paz
anagógica na figura da pomba cubista de Picasso,
tonante na caixa de ressonância do violão,
em bandos de banjos
à mão ( às macheias!) e nos dedos dos anjos,
anjos-dáctilos ...
que dedilham banjos anchos

( ganchos, Sanchos Pança...)
...
- por Júpiter...! Capitolino,
no monte com mote do deus
em tempo e templo Capitólio,
no teatro, anfiteatro, município
das minas gerais do pobre Aphonsus
a ouvir os responsos dos sinos
em ais nas catedrais drásticas
nas atitudes dos gárgulas em Notre-Dame...

 
( Ah! há a paz nos vegetais, deveras...
Aloé, Cássia! : "Aloe vera! ).

Mas mais: e muito mais e mas
para maior glória da paz
e "ad majorem Dei gloriam" ,
cujo acrônimo é AMDG
lema que frutifica em lima (laranja)
na santa Sociedade de Jesus,
sempre em companhia de Jesus
desde o basco santo Ignácio de Loyola :
paz por dentro e por fora do homem
tal qual no vitral exegético da catedral
gótica ilustrada, exegética,
em teologia lunar,
teogonia solar
e epifania de luz
de Jesus em agonia na cruz
e na luz que nada na via crucis,
"crucis" via do dia-a-dia
que nada adia
no medrar sem medo das três crucíferas
graças às três graças
e as três garças
originárias da munificência divina
e também, após o pó de Belém,
 em Canova esculpida...
- quase em vida na pedra deste outro Pigmalião!

 

( Oh! ò Vera,
aloé, Vera!
( "Aloe vera"),
a paz na mulher
é "vera" no latim
que late "Aloé vera"
quando nomeia a babosa
( "Aloe vera" ),
mas ama Vera, deveras,
porque a babosa é um bálsamo
e tem apenas relação plantar com a Cássia
( "Cinnamomum cassia"
ou "Cinnamomum aromaticum")
ou a acácia enfunada em flor :
a verdade do latim
e a mendacidade na mulher
em latitude latina
e atitude floral...).
Mister, ego,
ego meu, egocêntrico,
que haja preeminência da paz
ao longo e além da envergadura da asa da pomba
em dulcíssimo tatalar em voo
sobre a cabeça de Jesus recém-batizado por João
coroando com o lilás da trombeta de anjo
exuberante na glória matutina
prefigurando já na manhã sã, malsã,
um reino de amor
porquanto a paz é o mesmo que o amor
com outras nuances na palavra,
em outra acepção
e atitudes, gestos, atos humanos...:
a paz não cabe numa palavra,
numa locução verbal ou nominal,
nem em muitas frases,
nem tampouco nas orações dos livros longos e sagrados
com todos os tomos

( tomos que somos nos alfarrábios

côlonias de traça e caruncho )
que o mulos carregam nos lombos,
pois se assim fosse o fosso
o mar vermelho não daria passagem
sem profundo pesar do pélago
aos pés enxutos dos judeus errantes
que acorriam ao mar
que late a escarlate em policromia
mas não mia
nem tampouco mama
senão em italiano
belo idioma que chora e mama
na poesia de Tasso, passo a passo
com o calor do Vesúvio...
Se assim o fosso fosse
o Rubicão secaria ( transudaria?) os pés de César
antes da travessia e ante a travessura
que César faria
( Ou César fará?! ).

 
A natureza sabe e fabrica essa paz amorosa
ornada até no mel de flor de laranjeira
ou no ato do predador,
da besta atrás do alimento
e não de matar por puro ato gratuito ;
contudo, nós, humanos,
vê-la ( à paz) podemos
apenas pela vela a velar os olhos
com o véu das luzes diáfanas,
feéricas ( feericas), com cores tamisadas
nos vitrais das catedrais góticas,
ou em trevas densas, pesarosas,
onde não podemos ver...
ou mesmo antes das luzes estivais e trevas espessas
no xadrez das barras do dia e da noite
a apascentar a alma com luminárias :
templo em tempo de lusco-fusco
ao sabor, a saber, amargo nas boninas,
bonitas em Anitas.

 
( A paz assente no belo
na beleza da alma e corpo são,
em plenilúnio de lua, sol e sal (mineral),
porquanto o corpo são produz a alma sã,
com a mente sã sumo e unguento aguento
e vice-versa enquanto o campeão, o vencedor prosa.
A mesma paz ausente
do bello gálico
porque paz não é pus ).

Quiçá juntando razão e paixão
façamos o amor brotar
nas vergônteas que brotam da paixão de Eros,
à erótica, no sensualismo do amor,
ou na erupção exuberante da paixão ágape.

( Havia a via crucis
com uma paz de pinha
na poesia inebriante, inebriada de Paul Verlaine
e do Paul dos Beatles,
besouros de ouros,
escaravelhos dos velhos hieróglifos,
insígnias, selos, cartuxos dos faraós do Egito
tais coleópteros).

 
Unindo amor e racionalidade
talvez possamos por,
enquanto ser alienado de nós,
o amor no mundo,
não apenas na alienação do mito,
mas como realização da práxis
- não de Marx,
nada de Marx
que sua utopia pia
fez na foz;
tampouco de romana pax
- não de Marx,
e sua entropia
que antevia aquilo que em "crucis via"
era do vozerio do profeta a via
dolorosa que havia
antes do ato em "persona"
de criar sua utopia
sem o "pathos" da criança Sofia,
que tem um pacto de amor com a paz.
 
( Paul , o grande paul,
amo o paul imenso,
profundo como o sono dos justos,
acertados em saúde;
o paul esparso em garça e saracura,
algo altas peraltas ...:
Pernaltas?!
Perna longa, perna-de-pau...
Perna de paul!)
Mister criar a paz ingente
nas gentes, urgente nos agentes,
ao invés de obnubilá-la
no lá lá lá nu do blá blá blá blau
a obnubilar a paz cá e lá.

( Cá já há a paz.
Caju lá e paz de Alá lá.
Cá...cá, lá o lá lá lá da paz
dita, maldita no maldito Modigliani
e no tio Sam, suntuoso,
ungulado na besta...: besteira!).

Paz no pacífico
oceano que ano a ano amo
sem recorrer a pacifismo
ou outra doutrina para embalar surfista em onda...:
a paz é a rainha de Nossa Senhora de Fátima!,
porém não de Lourdes,
que é minha mãe
- Maria de Lourdes
filha de Castro
e cônjuge de Gribel.
Gilson, meu pai,
meu filho
e meu espírito santo,
o consolador
que Jesus deixou
em sua imensa piedade....
e mansidão de rio doce
onde mana maná de leite e mel,
não no leito,
mas no leite que emana da fonte de Lourdes...

 
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