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Era natal.
Morava então em uma casa grande e velha...
- Amo habitar os extensos sobrados
que não sobram
em sombras sóbrias
nem tampouco em porões sombrios com assombrações
- mui sombrias!
e à sombra dos sótãos
sobranceiros...
Natal.
Não morava na Morávia :
morava em morada enamorada do natal
sob a estrela da noite
que rasgava todo véu negro
dentro da alma da criança.
Meu filho orçava então
pelos dois anos
e ganhara uma metralhadora de brinquedo ( óbvio! )
que emitia um som algo cantante
e uma luz rutilante.
Pu-lo ao colo e fui rua fora
até a casa de mãe.
Irradiava o pequenino
uma alegria contagiante
- protegido por uma armadura de cavaleiro medieval
zelosa no mantenimento daquela felicidade perfeita,
rotunda,
sem barafunda,
do menino
sob meus auspícios,
armado cavaleiro, tamanho meu exagero
no zelo.
Também eu,
que não morava em Belém,
naquela noite de Jesus-menino,
a qual cintilava na estrela
que era a alma do meu menino,
eu também,
naquela noite feliz,
fora consagrado cavaleiro templário,
mais um Pobre Cavaleiro de Cristo!,
pelo Rei de Copas,
herói arquetípico,
arcano.
O rasto desse menino feliz
e seu pai alvoraçado
pode ser rastreado no pó
de algum arcanjo de esquina
bêbado num bar
a dialogar com o poeta
Verlaine em seu paul
- até dar com a face ao rés do chão! :
Ébrio.
Descaído.
Aquele rastro nunca será apagado
da face da terra :
- é raiz eterna no chão plantada!
Radical do chão
eterno
porque Deus andou por cima dele
- daquele solo sagrado!
como o faz toda criança
sobre sapatos e sandálias de adulto
- pé no chão
cabeça nas nuvens do chapéu.
Nefelibata.
Natal.
Um menino-Jesus
e uma menina-Jesus
inclinavam-se sobre um presépio
onde não estava Jesus em menino
que fugira para o Egito
consoante o oráculo do profeta
registrado pela crônica
na expressão do afresco de Giotto
que capta a travessia
do filho indo para aonde o pai chamara.
( "Do Egito chamei o meu filho",
vaticinou o profeta ).
giotto
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binomial terminologia científica afresco fresco giotto di bandone
biografia via obra pinacoteca taxonomia
A matemática é uma linguagem, com gramática específica; enfim,
apresenta uma
norma culta, cujo escopo é o de se comunicar com a natureza (
desiderato, anelo ), dando
ordens, ordenando o universo mental, intelectual, por meio de equações,
cálculos
integrais, diferenciais, análise combinatórias e outras expressões
fundamentadas e demonstrada em teoremas, postulados, axiomas,
proposições, etc.; com razão suficiente?! : princípio onde se funda a
âncora da ciência. A ciência, a filosofia, a linguagem e a língua se fia
todas neste princípio fundante da metafísica, que é de onde provêm a
física, enquanto ciência, conhecimento, erudição.
Por
ser linguagem, cujo objetivo precípuo é comunicar-se com a natureza,
utilizando como ponte ou canal de comunicação os cérebros humanos (
pontilhões)
treinados até o virtuosismo para a tarefa, via escrita e leitura, as expressões aritméticas
vem a prescindir de vocalização ; logo, as vogais gregas, evidentemente, outrossim, as consoantes, utilizadas no seu
linguajar estrito-escrito da linguagem matemática, funcionam como
símbolos, jamais como signos que, necessariamente, não o são, nem de fato e nem tampouco de direito, porquanto as linguagens
matemáticas não recorrem à pronúncia, prosódia, ambas originárias da
fonética.
A matemática, uma linguagem no bojo de varias linguagens,
sanduichadas na língua, não se foca no horizonte da prosa literária ou
dramática, como sói no uso
da língua, senão raramente, podendo, pois,
quedar-se no mutismo, vez que são feitas apenas para a escrita e a
leitura
de matemáticos, exclusivamente para a leitura e escrita, tal qual dizia
Otto Maria Carpeaux, referindo-se a Hamlet de Shakespeare, que dizia ser
obra para leitura e não para representação, devido à sua profundidade e
beleza inacessíveis ao olho e ouvidos humanos, o mesmo se dando com a
Nona Sinfonia de Beethoven, que prescinde de ouvidos falhos, ainda que
absolutos e podem ser "escutadas" ou "ouvidas" dentro do cérebro, de
forma pura, ideal, tocando as idéias de Platão, um universo para dentro
do homem em concavidade profunda.
Os matemáticos, pois, homens que se alienam do homem nesta profissão de
fé,
especialistas, estão, portanto, como quem lê Hamlet e escuta a Nona
Sinfonia, no "escurinho" das ideias, aptos para ler e escrever na
'pauta" musical da matemática, a qual não é um código linguístico
propriamente
dito, porém um
código
de linguagem, semiótico, também, semiológico, esotérico, não acessível
ao
leigo, cifrado, criptografado a
olho nu. Uma griptografia cujo conteúdo de comunicação são símbolos (
os signos ou letras gregas sem função linguística, porém sim função
matemática), além dos sinais: sinal de mais ( soma) , menos
( subtração), multiplicação, divisão,colchetes, igualdade, sinais para
designar diferenças, ou para exprimir o maior o menor,
( maior que...,
menor que ...), etc.
A língua, neste
sentido, é exotérica, enquanto a linguagem ( há variações múltiplas de
linguagens até no bojo de uma mesma linguagem) é esotérica. Endogamia e
exogamia seria uma metáfora antropológica, etnológica, boa para tentar
exprimir as relações abertas ao vulgo ou fechadas num jargão
comunitário.
Esse aparente descaso em relação à fonética, na
matemática, lembra
a mesma atitude do hebreu ante a pronúncia do nome sagrado de Deus que,
em hebraico, era
escrito apenas com consoantes e, destarte, tornava proibitiva a fala,
que é o canto, a vocalização, a entonação, do nome sacrossanto de Deus,
Jeová, Javé, o qual ficava guardada num profundo e misterioso,
respeitoso, temeroso
silêncio, nunca interrompido, jamais rompido. Quiçá tenha uma pitada
desse hábito religioso hebraico no
quase silente, silencioso "alfabeto" matemático-algébrico-aritmético
constituído de signos gregos que cumprem função de
símbolos, - símbolos contextualizados para linguagem matemática. Talvez
seja isto : uma reminiscência das consoantes que não deixavam voz (
vogais) para pronunciar um temerário "Javé", mas sim emitir um
respeitoso e temeroso "Adonai". Isto pode ser objeto gratuito de
especulação ; especular, inobstante, sem entrar em transe com viagens
mirabolantes, cerebrinas, na companhia de nefelibatas inveterados,
contumazes.
O idioma não somente pressupõe uma
gramática, mas é também uma semiologia ou semiótica, pois se vale de um
vasto código de comunicação : vestuário, gestual, expressões faciais,
tatibitates, cacofonias, danças, andanças, muxôxos, caras-e-bocas e de
uma infinidade em finitude de
signos e símbolos, com predominância ou prepoderância dos signos ;
enfim,
uma gama de
expressões, um vasto repertório de linguagens que, coladas, em colagem,
possibilitam a expressão de ideias, fatos, pensamentos ou qualquer tipo
de comunicação de várias maneiras, em um número enorme de linguagens e
às vezes até envoltas em formas contrapontísticas, paradoxais,
antitéticas.
As
linguagens, por seu turno, se restringem aos seus objetos e são
essenciais à prática e práxis da ciência, considerando que prática e
práxis tenha seus senões conceptuais, como modo de comunicação do
objetivo ou finalidade divergente ou próxima à discrepância irreparável,
irreconciliável, caso a caso.
A física, a
química, usam quase a mesma linguagem matemática; no entanto, a química,
por seu
objeto diferente da física, se utiliza da geometria e da geodésia de
uma forma diferente da física, pois seus objetos não são o mesmos,
porquanto não são duas ciências ( não existem duas ciências), entretanto
são duas ou mais linguagens a se exprimir sobre o objeto em foco.
Outrossim, os objetos são dois, ou uma gama infindável deles, assim como
de linguagens para expressá-lo e nomeá-los, cada um para cada
linguagem destrinchar, placidamente, conforme a inteligência que se
declina sobre os objetos e domina suas diversificadas.
A
ciência, por linguagens diferentes e refinadas para determinar objetos
de estudos, têm em mira objetos diversos, o que dá a ilusão que temos
mais
de uma ciência, quando o que temos é a mesma ciência, com uma linguagem
específica para cada forma de objeto, utilizando-se de modificações
sutis
na linguagem matemática, geométrica, geodésica, etc, a fim de se
coadunar-se com o objeto enfocado.
A ciência se desdobra em objetos,
porém não em objetos e ciências, pois não há ciências, mas uma única e
una observadora do ser ; - do ser, outrossim, uno, todo (pan), na
certidão lavrada por Parmênides, o eleata; o que há, além da pluralidade
de objetos, são as linguagens para exprimir e estudar os respectivos
objetos e as filosofias, as quais são partidas por lote de cérebros e
tempos escritos : história. As filosofias, sem embargo, são tantas
quanto as subjetividades, assim como as artes, a poesia eterna, furtada,
furtivamente!, da mente de Deus.
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O Brasil é um estado de fato, isto é fato, porém não um estado de
direito, com aparato legal, legítimo; isto não é, nem tampouco pode
ser, pois não tem povo
ativo na cultura e qualificado pela educação para conceber e exercer o
direito, nem sequer se formou aqui uma elite genuína. Somos subjugados
por uma elite espúria que, de elite, só tem a pecha, graças à sua
superioridade política e, concomitantemente, econômica, fundadas, ambos,
no crime. De fato e de direito, não constitui-se numa escol
propriamente dita, mas de uma escória de arrivistas que, num dado
momento, de jogos de dados, no Cassino da história truncada do estado,
tomou de assalto o poder e passou a comandar e a assegurar a sua
hegemonia com seu inúmeros crimes.
É um estado de senhores domésticos,
o Brasil, um estado doméstico, uma empresa ou casa daqueles que dividem
os três
poderes da República entre seus grupos : os grupos do executivo, os
agrupamentos do legislativo e , por fim, os homens agregados ao poder
judiciário ou judicante, cada um dos aparatos de poder sendo mais mais
importante e útil para a outra instância do outro poder que, qualquer
um dos três, ou o trio (assombro!) junto para a população abandonada a
vegetar sem a assistência de nenhum poder, senão for poder para
encarcerá-los ou esquartejá-los tal qual se fez com o alferes
Tiradentes, que acabou agonizante na forca, no patíbulo. O pobre paga
com a vida, a tortura e a execração pública qualquer pequeno delito que
cometa ou caso venha ousar a reivindicar qualquer direito político ou
econômico, porquanto tais reivindicações despertam uma fúria
desproporcional.
Sendo, como o é, este país da Vera Cruz ( de fato! : a verdadeira cruz
está aqui, neste país, às espáduas de seus cidadãos em cidadania, senão a
fictícia) , um estado de fato, estado doméstico, sua política e
economia..., enfim, tudo o
que o estado provê, não é para o povo deste país, porém para os senhores
locados e galgados aos poderes, que, por sua vez, obedecem àqueles cuja
incumbência é a de financiar os poderes, os quais são, a saber : os
grandes empresários e as
Ciclópicas Corporações nativas ou alienígenas; outrossim, as Igrejas, os
donos dos
meios de comunicação, etc., mandantes ou mandatários de fato, que
ordenam o que trazem do "Ordenamento Jurídico" e outras leis
assim"afonsinas": "Ordenações Afonsinas".
Os três poderes não funcionam senão na lógica e logística doméstica,
reinante na
velha Casa Grande simbólica, alegórica, que nunca sai do meio do
caminho ( meio do cainho tombado pelo poeta Drummond, em "Minas não há
mais...") , nem tampouco de dentro do sapato que colheu uma pedra na
metade do
caminho ínvio, tortuoso, escuro de Dante, o cantor do inferno. Boca de
fogo ou forno. Para o povo, não obstante, esses poderes não
tem função alguma ( só se for função zeta!), excepto para punir com
rigor e coibir os mínimos passos dos pobres eleitores, que elegeram
quem lhes toma o dinheiro e bate-lhes com as varas da Justiça. Que
justiça!
Os três poderes de fato são harmônicos, de uma harmonia paradigmática,
raro observar desentendimento entre eles,
pois um "lava a mão do outro" e assim fica tudo em casa, na Casa Grande,
sem conflitos. Para o pobre despudorado a senzala nas favelas e o
pelourinho ( hoje no corpo espinhoso da lei-ouriço ) é a lei vigente na
carne viva, em chagas, após os açoites impiedosos, o exercício pleno da
crueldade, que marca este estado sem direito para a maioria absoluta da
população, ainda tratada como escravos nas Casas Grandes dos Três
Poderes, que podem tudo contra a população escravizada, reduzida a
animais de carga.os poderes agem como se não houvessem abolida a
escravidão neste país para escravos, eufemisticamente denominados de
proletários e outros nomes para o lúmpen-proletariado. eufemismos que
ocultam os fatos atrás do direito que não é para todos, mas para inglês
ler e maravilhar-se.
No que tange aos empresários onerados com fortunas de tributos pesados,
tudo não passa de um mito, que não entra em modo de rito, senão no carnaval, mas
apenas em fantasias e alegorias de Escolas de Samba, com seus enredos
dóceis, inofensivos, fingindo na ginga e no canto que tudo vai bem
demais neste país dos carnavais e marchinhas. Quem paga tudo é o povo, os desvalidos, os miseráveis de Vitor Hugo.
Os
empresários sonegam,
mormente os grandes, enquanto a lei fecha o olho e dorme o sono dos
justos, pois os donos das empresas, em geral, são filhos da casa, da
casa Grande, ou apaniguados, e têm
informações privilegiadas, pois o estado é do pai, tios, parentes,
enfim, dos amigos do peito. Por ter o bizarro direito à sonegação, não
se preocupam com a corrupção, que até os beneficia,
pois, em geral, estão no esquema dos processos licitatórios, e o
dinheiro perdido com a sonegação é dinheiro do povo, porquanto sendo
alguns dos principais tributos deste estado, tributos indiretos, não
oneram as empresas, que os recolhe para repassar ao governo, mas antes
disso, quando o repasse ocorre, o que nem sempre é certo, são
utilizados como investimento às empresas, pelo menos pelo tempo que
estão no poder dos empresários.
Os empresários não pagam certos impostos; logo, quem os paga é a
população, que é
furtada, ludibriada por brechas abertas de propósito no direito, que,
num estado que não reconhece o direito a todos, mas somente a alguns,
aos quais é estendido todo direito ( um direito doméstico, concernente a
alguns indivíduos, mas não extensivo ao estado, senão quando
conveniente) é o povo quem se encarrega de todo o pagamento, de
sustentar a sociedade, seus luxos e ociosos.
O povo, que, por sua ignorância, não podem ter dignidade e se
vendem mais barato que qualquer pobre prostituta, não têm instrução
suficiente para entender o processo criminoso que se monta contra eles e
que eles, os homens do povo, e as mulheres, sustentam, principalmente
votando nas mesmas pessoas, eleitas somente para dilapidar o
patriminônio e os recurso que entram no erário e saem nas mãos dos
mágicos políticos e prestidigitadores habilíssimos.
A população é educada e cresce dentro de uma cultura ( conjunto de
valores e artefatos, etc.) que os faz indigentes, intelectual e
fisicamente, ignorantes,
ineptos para ler a realidade e os complôs políticos, e , destarte, são
alijados de qualquer processo social ou consciente; e sendo esta
população constituídas precipuamente destas pessoas tornadas inócuas,
que formam a esmagadora maioria dos
eleitores, que elegem e parecem legitimar sempre os mesmos candidatos,
as mesmas atitudes criminosas dos corruptos e corruptores, quer os meios
de
comunicação esclareça ou não que os candidatos cometeram ilícitos. Os
miseráveis (
sem pai : sem Vitor Hugo) acham normal que os ricos candidatos fiquem
ricos assaltando feito bandoleiros e piratas o erário, pois têm
atavicamente o hábito de crer que a a casa, a Casa Grande , que abriga
os Três poderes, pertence por direito inalienável aos eleitos, porquanto
este modo de
pensar está impregnado nos costumes, consubstanciado, arraigado,
atávico ( é um atavismo avoengo! ), e é parte da
integrante da cultura do miserável, que no Brasil, é o principal
eleitor destes políticos
que estão aí há anos sem fim, perpétuos no poder,
vitalícios.Inevitáveis.
As pessoas instruídas, na terra de Pindorama, do pau-brasil, o pau em
brasa, na metáfora para o vermelho-fogo, não elegem senão um minimo de
políticos, e assim são lesadas pelo poder público, que se aproveita da
empatia que um corrupto ocasiona em outro corrupto ou no corruptor :
esta a relação do povo analfabeto e miserável com maioria sempre eleita
neste país de mandatos eternos, apenas trocando de governador para
deputado ou senador, e outros cargos de favores ou por eleição.
De
mais a mais, lamentavelmente, as pessoas que não votam nestes políticos
em círculos vicioso, são a classe média que, por seu turno, não é uma
classe única, mas possui variegadas segmentos ; classe média baixa,
alta, média-média ( que vai de Medeia a Medusa ) e cuja maioria, em
torno de 60%, (no mínimo!), é constituída de analfabetos funcionais ou
virtuais, além de muitos indivíduos serem afetados pelo atavismo
recorrente, de onde emerge o pernóstico com o ranço que sempre estraga o
pensamento das pessoas aqui, as quais não tem paladar ou gosto algum,
são insípidos e retrógradas e tendem, invariavelmente, a atender os
ditames do costumes, dos péssimos costumes que aniquilam o agrupamento
social deste país de tantos tolos e inúmeros tresloucados.
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Candidatos romanos a cargo público cobriam-se pudibundos com uma túnica
branca que, se o povo, não os quisesse, sujavam a túnica, que
significava que ele não poderia ser útil no cargo pleiteado. Essa
alvura da túnica branca ou cândida, de candura, simbolizando inocência,
pureza, assim-assim como o vestido de noiva ( a palavra, adjetivo,
"cândida", significa branca, alva, sem mácula, numa livre tradução - e
tudo é livre-tradução!, excepto nos casos bizarros e esdrúxulos - e
todos são casos bizarros e...!...).
Neste país ( de Lula lá, que é
daqui, e em Humboldt ; a Lula-de-humboldt é no leste do Pacífico que
vive) os candidatos, que não se vestem em branco-noiva, precisam de
limpar ou ter a ficha limpa, pois grande parte deles a tinham mais suja
que pau de galinheiro. É uma ficha sanitária, mas não aquela fornecida
pela Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), pois os bichos-homens são
mais sórdidos que todo o rebanho bovino mineiro junto.Cabeça por cabeça.
Na
antiguidade "tardia" à beça, os filósofos, a fim de escapar à
decapitação à moda do profeta João Batista, que se olvidou de Salomé, e
da crueldade e amor infinito de que é capaz uma mulher ressentida,
recalcada, criaram a fábula e viraram fabulistas; ou seja, escreviam
livremente sobre os desvalidos e poderosos, divertiam e educavam a
todos, mas não eram alcançados pela fúria mão de ferro dos prepotentes,
dos déspotas sempre no poder. E os bichos das fábulas eram aqueles
príncipes do povo, como ainda o é. Assim os sábios acharam um meio
seguro de rir e zombar da estupidez dos donos dos homens : bichos
mandando e sendo obedecidos por bichos : isso era a fábula, a fábula
humana! : a pior escatologia física.
Orwen, um fabulista moderno,
descreve a Revolução dos Bichos ou da Granja, na qual os porcos tomam o
poder. lembra a Revolução Francesa, a "Primavera Árabe"... - pois em
todas as revoluções o poder escapava das mãos dos porcos no poder e iam
parar nas mãos dos porcos que ambicionavam o poder e viam a chance na
"revolução": uma desilusão sem fim, um "desiluminismo" afilosófico. Arg!
Kafka,
utro fabulista, mais doméstico, u que começa pela política doméstica,
assim como alguns economistas encetam a análise pela economia doméstica,
ou microeconomia, fez uma personagem sua, na obra intitulada "A
metamorfose", dormir à noite como um ser humano angustiado e miserável (
essa a condição de humanos! ) e acordar infeliz e transfigurado em
barata, numa espécie de transfiguração inversa a do Cristo dos
Evangelhos canônicos. Seria Kafka um Cristo apócrifo?! Passava essa
mensagem consciente ou inconscientemente?! Ou é sonho de uma noite de
leitura!, no verão?!...
Estas fórmulas "matemáticas", em linguagem
matemática, dos autores supramencionados, estão aqui até os dias de
hoje, com os bichos prosseguindo no poder até que o poder seja cancelada
e venha o anarquismo sem estado : a morte ou o estado de morte, um
velho mote da literatura e da tragédia. O resto, ponha no quociente,
são arroubos de jovens e idealistas incuráveis!, crônicos! ( Os bichos
não têm arroubos, roubam!; aliás, neste país de Lula-de-humboldt,
elegemos candidatos para nos roubarem, furtarem, controlar e fazer
leis-babás, que nos orientam sem cessar e tolhem vexatoriamente a
liberdade mínima de cidadãos. Somos cidadãos?! - Não, mas massa de
manobras e não massa crítica com zeros e Zenos de Eléia na mesma linha
crítica dos zeros não triviais da função zeta de Riemann e na hipótese
de Riemann).
Nada vai adiantar mudar o candidato se não se muda o
sistema e a cultura, pois sem modificar a cultura direito de roubar o
erário impunemente continuará a vigir pelo costume, que é mais forte que
a lei.
De mais a mais, para se mudar a cara dos eternos ( eternos,
não!, eles morrem um dia!, conquanto seja vitalícios; porém, ficam os
filhos, netos, bisnetos...: uma dinastia maior que a do Egito dos
Faraós! ) candidatos há mister de educar o povo, modificar não somente a
educação, mas também a cultura, que penetra na alma mais que a lei e
faz a crítica severa dos costumes perversos, pervertidos pelos "porcos"
no poder napoleônico, crônico, anacrônico.
Gente posta à margem da
sociedade, na linha da miséria, não tem condições de votar, pois não
possui liberdade nem tampouco dignidade alguma, aqui e algures. Não
podem escolher.
Os cândidos nesta terra das minas gerais roubadas e
furtadas há muito, pela coroa, e a cara de pau de muitos, são truanescos
os candidatos, como, aliás, os quer e exige, o povo : o povo quer
ver-se no espelho, ou seja, suplicando, ainda que seja pelo voto,
prometendo ex-votos, e outras humilhações a que fingem se submeter os
candidatos, para ter empatia, ser como o povo : pedinte, mendigos,
indignos de compaixão!
Tem um candidato que vale do 10, não sei se
vale mil réis ou 1 conto de réis, ou quanto pesa; não sei. Ele fala
manso como quem manca e um Jesus apto a curar coxos, mas parece que
esconde na manga um trunfo.O que me agrada nele é o cinismo grosseiro.
Outro xinga o "coronel", um terceiro traz bigode sem ser à Hitler,
contudo demonstra axiomaticamente um carinho comovente pelo em que ele
imagina ou passa que fez pelo povo ignaro.
Há um outro que foi
"preso" pela lei da ficha limpa,digo, suja, e outro que foi solto na rua
Souto, sem pé nem cabeça, ao léu, de déu-em-déu, em plena campanha; foi
solto ali onde foi solto, outrossim, um certo ou inserto ( em contexto)
João-ninguém sem um vintém, nem um conto de réis, que o valha... - no
valhacouto.
Tem também uma rã que fala! Rã falante! ( Dê esta rã de
presente ao seu filho no dia das crianças! : ela não coaxa no
brejo-das-almas : ela fala! e com boa retórica).
Por fim, o glacial,
mamute da pequena era glacial, que é frio e racional, mas que não
representa o velho mamute que são todos os demais e tem um partido de
luta por trás da estrela que o comando, desde o timão da
Lula-de-humboldt. Este é do PT e tem proposta séria, conquanto o PT,
para sobreviver entre os corruptos que o povo elege e prefere, teve que
se corromper, senão não sobreviveria entre tantos corruptos e
corruptores. Mesmo assim, não há governo mais benéfico do que o de Lula e
o de Dilma : duas e estrelas vermelhas a iluminar o firmamento do
Brasil fabuloso, da fábula da raposa e das uvas e da roupa nova do rei.
Este
país já foi muito cruel, ainda é muito injusto, tem uma dívida imensa
com os negros; impagável. Todavia, sabemos que o único partido que luta
pelo bem deste país é o PT ; basta ver a Revolução dos Bichos antes de
Lula e após a lula-de-humboldt.
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O Egito fez nas pirâmides seus museus contextuais : a arte, o poder
político, a religião, o trabalho excedente, a ciência e a tecnologia
rodeia o diâmetro da pirâmide, assim como a vida do povo e do faraó e
dos
sacerdotes. Na estrutura piramidal toda arte, desenhos, pinturas,
geometrias, filosofia, comportamento e normas do Antigo Egito. Em
companhia do faraó plenipotente vinha toda a vida do Egito na história e
na religião, narrada em hieróglifos e retratos do cotidiano.
O luxo, a soberba e o desperdício, a prodigalidade e a liberalidade do
senhor do Egito em seu derradeiro ato, fazia parte da economia dos ritos
faraônicos, cuja megalomania era patente e cultural. Parece que, com o
sepultamento do
faraó, os egípcios pensavam em comprar, subornar, sabotar, lograr ou
distrair os deuses com uma montanha de ouro, arte, vida e presentes
ofertados sem parcimônia. O faraó era pródigo como todo rico, avesso à
economia, excepto a do povo pobre coagidos por lei de mercado a pagar a
conta, a fim de sustentar a luxúria e volúpia, bem como todos os vícios
dos opulentos.O faraó é a figura nuclear, o cerne da vida egípcia.
Ao dominar as linguagens, construindo uma língua, falada
e, principalmente, escrita ( hierático, hieróglifos, demótico, copta, no
caso específico do Antigo Egito dinástico ) , desenhada, conceptual,
sagrada e profana, o
homem, no caso, o egípcio dos arcaicos impérios ou reinos, conquista o mundo a seu redor e tende a se expandir ao cosmos
infinito
através das linguagens-substratos que se estão no fundo abissal da
língua que fala e
escreve, desenha e geometriza, pensa e ri, extrapola a mediocridade ocre
e a vida prosaica do arrivista que sonha em se locupletar
impunemente,consoante há um código oculto e toda sociedade que
proporciona e estimula tal enriquecimento ilícito ou enriquecimento
político.
Amealhar fortuna e poder é a finalidade do político. Ademais
finalidades ou objetivos são conteúdos vazios nos discursos para pobres que
esperam e desesperam esperando pelas suas benesses, quando as há, no
próprio interesse egoísta. O larápio homenageado é o político, o eleito
pelo povo para ter o direito inalienável de roubar, furtar ao erário,
onde a população pinga as moedas lavadas o suor do trabalho. Existe
melhor lavagem de dinheiro?!
A
linguagem ( que são muitas) medem, equacionam, dão significação e
significação à vida; conquistada e dominada a língua, o homem não tem mais
limites no conhecimento ou ciência, pois a linguagem possibilita toda a
arte, que cria a técnica abstrata e concreta e o pensamento contextual,
porquanto a linguagem ( linguagens) tem validade contextual; exilada do
contexto de onde derivaram a língua e as linguagens que a acompanham,
pouco valem para o leitores e hermenêutas, exegetas externos à cultura,
quer seja para ler um livro ou uma frase na língua original, mergulhada
em linguagens, que ficam no fundo e , por isso, passam despercebidas,
não são lidas; estão mortas tal qual a cultura e o homem que a vivia no
dia-a-dia, no rame-rame, fru-fru das onomatopéias. São barradas à visão
do estrangeiro ou do estudioso pela conotação perdida, não mais
passível de reconstrução.
No Egito, civilização cujo excedente de
produção está óbvio na estrutura e tempo que as pirâmides tomavam, como
obras de arte, de vida, e de ciência, religião e pensamento político,
bem como ação : era uma civilização rica, com enormes reservas, das
quais podiam até esbanjar tamanha a opulência do reino. Fausto e fastio observado
nos ritos funerários.
Falavam o demótico, língua do povo, o copta,
que era um grego sórdido, idioma para felás, não obstante escreviam com
arte suprema e superior erudição na língua dos hieróglifos, no qual se
expressa o livro dos mortos e, provavelmente, nas suas linguagens
matemáticas, científicas e técnicas, enfim, que não estão em copta sujo
ou no demótico para simplórios, aonde guardavam em segredo , a sete
chaves, seu conhecimento, sua sabedoria tirada às linguagens cósmicas,
que "falam", e "escrevem" por toda parte, inclusive em geometrias ( as
geometrias não são várias na mesma cultura, nem tampouco em culturas
diversas, independente do grau de maturidade
da civilização, da sofisticação da língua : são de fato uma só
geometria, insulada numa cultura e língua, com linguagens que buscam um
referencial próprio a cada cultura, porquanto a ciência é uma só em
qualquer cultura e
civilização, consoante seu estágio de desenvolvimento e envolvimento
intelectual, pois a ciência é linguagem no bojo de linguagens, no âmbito
de uma língua e um comportamento tocado por uma maneira de pensar o
mundo e o homem em sua axiologia).Não há duas matemáticas, há duas ou
mais abordagens da matemática de um cultura ou de culturas díspares,
insuladas em seu pensar o mundo em linguagens matemáticas desenvolvidas,
bem como várias linguagens para exprimir a matemática numa mesma cultura
ou em cultura alienígena, a qual não tempos como ler e,
consequentemente, compreender em contexto.
Tendo
uma língua culta, constituída de variedades de linguagens subjacentes,
chegado a um grau de refinamento, a uma literatura de primeira
qualidade, que somente alguns homens de alto nível mental, intelectual, é
capaz de compreender e utilizar com proficiência, a cultura
abre as portas à civilização e ao surgimento dos homens inteligentes,
dos gênios, sábios, os eruditos,
tão extraordinariamente dotados de tal grau de inteligência que, tendo
seus feitos intelectuais e técnicos, narrados com pretensões históricas,
pelos homens comuns, ou ordinários, levam a credulidade dos incautos a
passar a narração de história à lenda e ao mito divino,
abrigando, inclusive a crença infantil de que tais homens eram
extraterrestres, pois os extraterrestres são os deuses aptos para
atender a um tempo de alto nível tecnológico, ou seja, justificar com
uma tecnologia miraculosa, oriunda da mente de gênios telúricos, errar
pela seara da poesia épica e da mistificaçao religiosa ou cultura.Uma
línguas que atingiu as raias da erudição, tem um livro fundamental, pelo
menos : Bíblia, Corão, Teogonia, Os sertões, Os Lusíadas, A Eneida, A
Odisséia, As Metamorfoses, Os Upanixades dos Vedas, etc.
Os gênios e
os sábios supremos,
cujos feitos são heróicos e aparentemente impossíveis ou improváveis
de serem realizados pelo simples mortal, no contexto atual, e,
mormente, no contexto de um tempo nu de tecnologia, a menos na
literatura do espaço vazio que a história não pode preencher, nem
tampouco vincular ao que é humano ("demasiado humano" ) entram pela
perna da lenda e saem pelo pé do mito, atendendo os ditames e as
lacunas que o contexto da
cultura que os lê não pode penetrar naquele universo escrito, cifrado
pela cultura que o escreveu e leu em seu mundo único. Então nascem os
heróis, deuses, extraterrestes, consoante o
contexto que lê e reescreve a língua e linguagens dentro de si, como se
isso fosse possível de levar a cabo.
A leitura da Pedra ou estela de
Rosetta é descontextualizada u recontextualizada para à época e o
momento em que vivia Champollion, que não deixa de ser um gênio
extraordinário, um verdadeiro extraterrestre em sentido figurativo,
pois, pelo que se sabe, se existem ( e existem!) extraterrestes, esses
são bactérias ou extremófilos analfabetos, que não lêem em grego,
demótico, copta ou em hieróglifos. Quiçá possam as bactérias ler algo em
geóglifos, nos textos fragmentados e seccionados que a terra produz
desde os primórdios, antes das epopeias humanas-homéricas, da ciência em
verso de Hesíodo. A leitura da Pedra ou estela de Rosetta ainda aguarda
contexto.
A linguagem, que se polariza, modifica-se ,
consubstancia-se em linguagens, sendo essas linguagens a ciência mesma em sistemas para diletantes e profissionais.
Povos de linguagem oral ou tradição oral não evoluem muito em
conhecimento técnico ou intelectual. Sem o acréscimo do intelecto pelas
linguagens o conhecimento é pífio, repetitivo, travado no limite,
bastardo. É essencial os signos e símbolos e suas gramáticas e normas
diversas para que o intelecto tome à mão sua ferramenta abstrata que
vem constituir um mundo à parte, de linguagens e nas linguagens, as
quais permitem escrever ou desenhar os conceitos que nortearão o
conhecimento, seus princípios de razão suficiente, sua axiomática,
teorética, doutrinas, seu pensamento, enfim, envolto por essas formas de
linguagens figuradas.
O que se fala e escreve numa linguagem ou numa
"dinastia" de linguagens, não pode ser lida, senão restritivamente, em
outro sistema linguístico, que não apresenta senão a língua, mas não as
linguagens e suas mazelas,suas "idiossicrasias", idiotismos,
particularidades intraduzíveis, por próximo que seja povo em etnia, em
tempo e espaço que os separa e circunda.
Essas linguagens também
cria formas ou geometrias e ideias que se sobrepujam conforme a
necessidade e os objetivos. Senão vejamos: arco mongol difere e muito
dos demais arcos, pois as linguagens que o elaboraram tinha um diálogo
diversificado quanto aos objetivos perseguidos com perseverança de homem obcecado.
As pirâmides maias, astecas, toltecas, inca, não guardam
similitude verdadeira com a pirâmide egípcia, conscientemente, porque
são objetos realizados por outra cultura com suas linguagens
inconfundíveis; exceto na leitura que fazemos delas através da ótica
da geometria ocidental e as ideias de Platão, que nos dão a ler o que
está escrito nas linguagens do filósofo da academia e nos "desenhos" com
a arte abstrata de Euclides. Parece até que Platão e Euclides eram a
mesma pessoa, pois as formas de Euclides correspondem às ideias de
Platão e lhe dão formas econômicas de linguagens do desenho,
simplificação que torna a ciência, inclusive a das pirâmides, possível,
senão decorre necessariamente de uma a outra. Esse encontro ou
intersecção ocorre por necessidade, funda toda a engenharia e
arquitetura, o desenho técnico e artístico e fornecem objetos à ciência e
à filosofia : ontogênese.
Lemos o que sabemos e podemos ler dentro de
um contexto linguístico e principalmente de linguagens que a fonte da
leitura não aborda, conquanto na sua aparência externa haja similitude,similaridade,
porquanto mais complexa que a linguística são as linguagens em diálogo e
dialética permanente.
O Egito faraônico tinha uma fortuna fabulosa,
inimaginável, inenarrável, concentrada na pessoa do faraó, que era o
centro ou sol de tudo. O faraó ou a vida e morte do faraó iluminava o
Egito, era mais que o sol. O esporte ou a obsessão do faraó era evitar a
ociosidade da população ; como a riqueza do reino era sem fronteiras,
incomensurável, mormente por ser praticamente do clero , dos nobre e,
mormente, do faraó, que concentrava essa imensa quantidade e qualidade
de bens e serviços, tinha o governante, para manter a paz, evitar rugas e
insurreição, levante,dar trabalho infinito para a plebe ignara e
indócil, que, somente assim, olvidados de si na labuta, mantinha-se
dócil e manso, ocupados que estavam por toda uma vida, na construção da
pirâmide do faraó. Cada faraó mandava construir sua pirâmide, era de
praxe e, decerto, obrigatório, porquanto tal empreitada colossal era
útil aos sacerdotes e aos nobres, que se empregavam como engenheiros,
certamente por esporte, livremente,cujo escopo era exercitar o
intelecto.
A pirâmide em construção centralizava tudo na figura do
faraó : arte, ciência, política, economia, enfim, uma gama de atos e
fatos que movimentavam a vida social e cultural do antigo Egito, ainda
sem egiptólogos, por certo. Essa ardilosa, sagaz, arguta forma de
governar foi copiada pela Igreja católica, que pôs a figura do Cristo
como nuclear , em torno dela girando uma infinidade de artistas,
artífices, sábios, eruditos, arquitetos, engenheiros, teólogos (
intelectuais) e juristas ( Direito Canônico); enfim, um mundo tão vasto
socialmente que é impossível abarcar a cadeia completa de indivíduos e
corporações envolvidas no processo construtivo-político.
A língua,
sem as linguagens submersas, sistemáticas, inconscientes ao homem
comum, cavando cavernas na alma e no espírito do gênio e do sábio, não
faz a ciência, nem tampouco possibilita estudos tecnológicos, porque não
tem lógica, uma das linguagens-berçário; na melhor hipótese, tem uma
técnica, forma rudimentar e incipiente de ciência.A prática e
conhecimento teórico íntimo dessas linguagens é que habilita a ciência, a
filosofia, a tecnologia, que entra no cérebro genial e passa ao largo
da mente infantil do homem do povo, de senso comum.
nomenclatura
binomial terminologia científica verbete glossário léxico lexicografia
etimo etimologia wikcionário dicionário filosófico científico
etimológico enciclopédico onomástico onomástica enciclopédia delta barsa
A
matemática é uma linguagem descritiva do objeto; ela não fala com o
objeto, nem de si, nem tampouco consigo mesma, mas apenas descreve o
objeto "calada", sem emitir opinião ou analisar o objeto. É uma
linguagem sem diálogo, em monólogo. Aliás, assim falam as linguagens da
ciência, ou seja, as variegadas linguagens que caracterizam o objeto da
ciência, que é una como a substância ou o ser e não várias ou "ciências"
como pensa o vulgo e os cientistas atuais em sua carência ou ignorância
epistemológica e ontológica, filosófica, enfim.
Tanto a química, a física, a antropologia, a sociologia, enfim, cada
ramo da árvore da ciência, se apresenta ou apresenta o objeto
travestido em uma das várias linguagens específicas da ciência, ciência
esta que é uma, única, una e não várias "ciências", porém sim seus
objetos e a linguagem usada na ciência para descrevê-la enquanto ciência
debruçada sobre determinado objeto, sempre na forma de monólogo, ao
contrário da filosofia que questiona e fala todo o tempo todo com seus
objetos e mesmo com seus objetivos. A filosofia sobrevive do diálogo em
seu estudo e mais especificamente da dialética, uma forma privilegiada
de diálogo ou de estudo do objeto e do objetivo. A filosofia separa,
porém não se cala sobre o objeto e sobre o objetivo e estabelece tal
diálogo, na forma da dialética de Zeno de Eléia, todo o tempo.
Aquilo que preenche ou é conteúdo de linguagens é o ser e o não-ser, o
bem e o mal, o masculino e feminino, enfim, as polarizações, as quais
estão extensas no espaço da realidade natural e sensível, no caso do ser
( ou um, número um, na matemática, aritmética, ou do primeiro átomo ou
átomo de menor número ou massa atômica, na química, etc. ), e no espaço
imaginário ou intelectivo, no caso do não-ser ou o número zero, numeral
que exprime o negativo, o nada, a anti-matéria, na física quântica. São
as polarizações entre o existente e inexistente, ou existência e
essência ( conceitos medievos ), ficção e realidade, que fazem as
linguagens e as movimenta "polarmente", pelos pólos ou em meio à tensão
que preenche o espaço imaginário ou real entre o pólo positivo e o
negativo, zero e o um ( numérico e não numérico ), o todo e o nada,
etc. Esse o motor e torque que move o espaço tenso ou em tensão, quer
seja tensão natural, entre polaridade do imã ou elétrica, dentre outras,
ou intelectuais, no cado do todo e do nada, meras concepções de fluído
ou índole filosófica, em tropel.
O ser, não obstante, é polifônico e não vem se esgotar nas polaridades;
ultrapassa-as, não se quedam apenas naquele espaço do lugar-comum entre a
polaridade positiva ( real, fática, natural, mundana, existente) e
negativa (intelectual, imaginária, inexistente, em essência pura,
sagrada ).
De mais a mais, o ser é visto de vários modos e com muitos atributos que
fazem aparentes modificações na essência da substância, que é imutável
e eterna. O ser para o homem não é somente o que é dado pela realidade
na relação com o fenômeno, mas o que o homem modifica no ser, mormente
ao por o não-ser, que é nada, porém exercita a linguagem abstrata. Na
realidade do pensamento humano o não-ser é outro ser posto, nema espécie
de "anti-matéria", porquanto o pensamento do ser humano vive entre a
realidade e a idealidade , o que existe e o que não existe, contrapondo o
mundo num contraponto que dá no princípio do contraditório, o qual é
essencial à compreensão do princípio da identidade e faz parte dele,
constrói esse princípio desconstruindo-o, na filosofia do
construtivismo, que é a forma que o ser acha de se por integralmente no
mundo.
O homem pensante cria no corpo do ser um objeto que ele, o ser, não
possui como atributo, não concerne ao ser , mas ao homem pensante, ao
modo de Zeno em meio ao paradoxo ou ao labirinto de paradoxos que fecha
seu pensamento a toda rota de fuga ou saída honrosa, honorável,
possível, passível. O ser e não-ser ( e similares), neste diálogo ou
dialética, são dois elementos de linguagens, esteios das linguagens. A
distinção entre o ser e o fenômeno está na origem do pensamento, que não
pode observar o ser ( coisa-em-si) senão por instrumentos ( e portanto
parte de uma observação dependente do objeto utilizado na técnica e
conotação fraca ) e o ser enquanto dado manifestado no fenômeno, que dá
um ser meio real e com outra metade irreal, surreal, em conotação forte,
severa. o estudo filosófico do fenômeno é obra da fenomenologia.
Outrossim, estão em opúsculos.
O objeto da ciência é o ser em sua descrição exata, no conteúdo do que é
exato em linguagens, porém não em realidade; na realidade não há
exatidão, mas caos ; a exatidão é uma platonização ou um tipo platônico,
uma forma de pensamento colocado no espaço e não de realidade, um sonho
de realização, cm tendência à perfeição utópica, idílica, que pode ser
observado na geometria, com suas figuras imaginariamente perfeitas ou
as formas perfeitas de Platão : as ideias. A perfeição em pensar, em
esculpir figuras abstratas, basilares, representando ou postulando
princípios do espaço com seus axiomas, corolários, escólios,
proposições, juízos. O espaço e as idéias, ambos formas concomitantes,
têm, outrossim, seus princípios.
O objetivo da ciência é a técnica ou tecnologia, não realizar um estudo
do ser, mas, principalmente, fazer o ser ou transformá-lo
industrialmente, em artefato, que é outro ser, este da feitura do ser
humano, dado em linguagens de equações e depois realizado pelo homem (
"homo faber") em matéria e energia, assim como os objetos geométricos
são dados na mente com outro objeto e objetivo, modificados, em
indústria, depois em escala industrial ; aliás, o objeto ou o ser
construído ou desconstruído, e o objetivo mudam conforme o ser venha a
sofrer as mutações que a arte, o labor, a engenho e a habilidade do
homem proporciona e põe em objeto inovador, que não prescinde de
objetivo inédito. A inovação do objeto, do pragma, norteia outro caminho
para o objetivo, que , senão, fica defasado, obsoleto, arcaico.
No fenômeno o ser é representado, quer dizer, é apresentado desde o
pretérito, ou no passado, e não está , pois, presente, no tempo, porém
fora do tempo real, que é o presente : sem realidade ou existência,
excepto a existência dos sentidos que o captam, os recolhem ou colhem no
mundo das coisas. Daí, é representado tal qual a luz da estrela que
vemos agora é representada, porque sua luminosidade vem de um passado
remoto, e sua luz observada agora, viajou muito para chegar ao olho
humano, na velocidade da luz. Quiçá, a estrela em foco nem exista mais,
nem esteja mais emitindo. Aliás, todo ato de representar é um ato que
remete ou se refere a tempo pretérito; logo, na representação não há
presente, mas presença do ser que se remete ao passado remoto ou
imediato com presença no pretérito, pois, enfim, o presente já é
passado, quando chega à percepção humana, de ato a fato.
Não percebemos imediatamente, mas mediatamente, porquanto o tempo que se
leva para compor o ato em fenômeno já constitui um tempo pretérito,
como, aliás, dí-lo o prefixo "re"( para trás, no pretérito), que encetam
palavras que exprimem o tempo passado ; senão vejamos: recuar, rever,
requerer, repetir, representar ( tirar do passado ou pretérito e por no
presente como presença do homem pensante, porém nunca como tempo
presente, porque o presente mesmo não é nos dado conhecer, mas apenas
vivê-lo e enquanto vivendo, existindo não há representação da vida em
ato imediato, apenas é possível uma representação da memória de vida,
no fato que deriva do ato.
O presente vivido com o ser a percebê-lo imediatamente, ou a
coisa-em-si, no sentido de linguagem filosófica, não existe, não há, é
impossível, pois a percepção não acompanha a vida, que vem antes (pré),
enquanto o pensamento vem posteriormente (re). Não há presença do ser em
percepção, mas sim na vida. o ser é ausente no ato, porém pode ser
representado no fato, como a luz da estrela cintilante que vemos hoje no
céu, conquanto ela, a estrela, já tenha emitido tal luz há milhões de
anos-luz.
O fenômeno tem liame com a sensibilidade, que dá o ser representado, ou o
não-ser, que se passa por ser, porquanto fora do presente não há ser
presente, não há ser algum, mas apenas não-ser. O ser é, enquanto coisa
em si, ou seja, coisa no homem, no tempo presente, algo vivido ou
experenciado no homem e pelo homem, no tempo em que o homem atua, vive,
existe; tempo vivo, vital, que pode e é vivido, no ato, porém não
pode ser percebido : é imperceptível, não passa pelos sentidos, e
tão-somente toma fumos de conhecimento, naquilo que não perceptivo, não
sensível, ou seja, na apercepção do intelecto que, assim, outrossim,
conhece a coisa em si, não no sentido kantiano, que mira a razão ou de
Shopenhauer que atira na volição como ser em si. Trata-se de um ser
pensado, não vivido; parte existente, parte essencial. o ser não está em
presença senão da vida, a qual não percebemos; no entanto, refugiamos
na apercepção intelectual para realizar esse ser, compô-lo de pensamento
e de realidade mista, não fenomênica. Vivemos no presente, mas somente
percebemos e experenciamos o mundo e o tempo como pretérito, no tempo
passado para a memória, a qual cumula fatos, ou fabrica fatos conhecidos
dos atos vividos.
A coisa-em-si é um não-ser no fenômeno, algo em natureza que que não
partilha a coisa com a sensibilidade, pois o ser sensível do homem não
percebe, imperceptível que é a coisa, que é um ser em si, não para o
outro, não para a percepção, mas para a apercepção intelectiva; porém a
coisa percebida pelo intelecto em si ( intelecção coisa ou ser de
intelecto ), tem expressão na imaginação, em parte, e em parte na
razão, a.qual põe o quadrado e a raiz do quadrado : a quadrada,
quádrupla, hermética em si como a coisa-em-si.
Primeiro temos medo do escuro
sem tempero de lua
Posteriormente emerge o medo da morte
e por fim acabamos com o mais sombrio dos medos :
o medo de nós
só traduzido me linguagem individual conotativa
no medo em mim
de mim mesmo!,
pois eu posso me matar,
perpetrar suicídio após uma loucura irreversível;
logo, tenho o poder de me assustar
até o auge do pânico
melhor que qualquer demônio ou espírito obsessor
uma vez que sou o deus Pã
- o deus silvestre
no jângal dentro de mim
que aparece de chofre
ocasionando o terror pânico
que no jargão médico-psiquiátrico
é o transtorno ou a síndrome de pânico
O recém-nascido, a criança,
têm medo do escuro
que não temperou lua no céu noturno,
de mamífero fechado em olhos
para luz aberta em lua temperada
com o trevo das trevas
que arregalam os olhos
ao menor facho de luz
ao archote : tempero de luz
Cada noite de intempérie,
intemperança natural,
na madrugada longeva,
que vai e vem no balouço do ar
pelas ondas sonas dos galos,
que, destarte, forma um arroio,
- mais medo de mim
é adicionado à trilha da calada,
em passo de horas sombrias
sobre a alfombra orvalhada
com o arcanjo negro
a brandir trevas
sobre um corcel retinto
Do berço ao mausoléu
a luz corre atrás da volúvel borboleta amarela;
porém a escuridão
amarga as ervas do sono,
suscita um tempo para margaridas amargas
e espicaça as abelhas melíferas
O terror macabro
lúgubre no ubre da noite em Via Láctea
é um betume pintando meus olhos
enquanto o pânico em mim
que sobe na surdina de mim contra mim
adiciona um anelo de amarelo ao meu temor
infundado no fundo do fundamento
que me funda na pedra em radical
para medrar o medo em pau
- Pau D'arco!
Entrementes, os meus medos medonhos,
não são arremedos do pavores tribais
dos arianos originários da Assíria,
Líbia e Fenícia,
reinos da época do medo e dos medos
do povo da Média
os quais se exprimiam
em língua do tronco indo-europeu
em cantos de cem versos à Média
aos montes Zacros
e ao país do Elão
Os Medos da Média:
- um povo todo de medos!
Um povo de dar medo!
Horripilantes bárbaros
ginetes sectários do horror
( Os meus medos
não são os seus medos
nem tampouco os nossos medos nos ossos
- os meus povos
são povos incomunicáveis
insólitos
inéditos )
Nadamos do ventre
no líquido amniótico
à cova rasa
na faixa de luz.
Cardumes somos
em travessia nos arroios de umidade do ar
em ponto do orvalho
em carradas de luz.
Viandantes entre as sombras do deserto
e a luz que medeia o andarilho ao claro do luar
- entre as quais atravessa o ser humano
sanduichado entre duas mortes
ou regiões de sombra
que precede à natividade
e, após a travessia,
com os pés plantados na alfombra de luz solar,
e a cabeça tendo por chapéu o dossel verde da vinha,
encontra as águas frias
na região do encontro oeste
ensombradas no que pisa na alcatifa
e no tinge o chapéu negro do dossel da noite
temperado com estrelas alfas e deltas
( É a célebre e breve travessia
de este
ou da morte para a vida
em exíguo caminho de luz
até o oeste
quando as trevas voltam a cobrir tudo
inclusive a vida e a morte
do sul ao norte )
Com uma das mortes no breu
em trevas de antes da travessia pela luz solar
e a outra ao abrigo da sombra
que apaga a última luz,
caminho em passamento para a escuridão glacial
ensaiando primeiros passos de bebê pela luz
sob as veredas banhadas em águas claras de estrelas enfileiradas
que esta é a estrada por onde passa a vida
com sua força e alegria imorredouras
dourando a própria luz
com o frenesi da vida pululante
ululante nos lobos e no vento
- uma alcateia a ulular ao luar
que cintila em espelho nas escamas do dourado
peixe pescado no Rio São Francisco
pelos canoeiros com tarrafas ou anzol
O medo de mim
que jaz em nós
aumenta a cada lustro
e paralisa tal qual o veneno da vespa negra
que imobiliza a aranha
a fim de servir de pasto à cria
da vespa negra assustadora
detentora de temível tecnologia tóxica
cuja arma é uma peçonha
desenhada na química com geometria em linguagem
da farmácia da natureza
e da ciência do homem consumado
O pior pânico
é o medo interno
- o medo de mim!
medrando cada vez mais
na medrosa flor a medrar
na inflorescência amarela
em lividez de lua
assustadiça
de mais a mais
- para o mais
indo cada vez mais
enfronhar-se no tempero preto e branco
de vida e morte
ao sol a este
e sombra à oeste
da tulipa negra
O terror pânico
o temor supersticioso e cioso
do homem mais próximo de mim
- que sou eu mesmo!
esse ser dado à boca da besta
à fera predadora
persecutória
letal
em modo de caça
perseverando atrás da presa
- a infeliz vítima
que posso ser eu
vitimado por mim mesmo
na selva negra embuçada de trevas da noite
do medo sem dó menor
em dó maior
em concerto para piano e orquestra sinfônica ou filarmônica
de Mozart ou Tchaikovsky