Eu, que não tomava gosto por ninguém ,
Em agosto, naquele agosto,
Fatídico agosto de Augusto
E do mangusto,
- agosto a gosto de um tempo dado
Para jogos de dados
E azar de quem joga
E de quem não joga
Sorte sortida no norte,
Vim a este mundo de alguém
na superfície da efígie
E fundo num Matusalém
Ancho no temporal,
Em setembro, antes dos meados,
criei membros
E rompi do ventre
Livre como um livre-pensador,
Um homem independente,
Emancipado no pensar e sentir
Os gostos e desgostos dos homens
Prenhes de dor,
Prelados nos priorados,
Por aquele tempo
do começo ao fim
tive mui gosto por gente ruim,
com muito bom-gosto
e enorme pesar
Porquanto não há,
Não há, não haverá,
Não houve na couve,
Gente boa
Como a canoa
À toa e à tona d’água
Que na mágoa deságua.
Fui, sou-o inda,
Um profeta a clamar
Aquilo que vigorosamente
jorra da boca do
Senhor
para o exercício da bigorna do profeta,
marte que bate
na bigorna do homem
perdido no périplo do poder
que transtorna o homem
e tudo o que faz
em opróbrio, iniqüidade
e vanidade falaz.
Passei e parei por essas paragens
Qual limo em pedra.
Refleti o sol,
Defleti-o
Na clorofila, na vila,
No Couto e valhacouto...
Achei um rio de riso com riso,
Conciso e límpido arroio,
E pelas suas orlas segui
Aos trancos e barrancos,
Pelas barrancas
Olhando na proa a carranca da barcaça;
andarilho sem tamanhos tamancos
Ri o riso liso do Rio São Francisco
Pululante de peixes
Mas “mar” sem peixeiro ou pescador,
Assoreadas margens,
Matas ciliares mortas,
Cegos os olhos do jângal
Entre a ramagem
Que geme quando venta
Vento de ventas
E de marimbondos a caminho
Dos vespeiros de véspera...Vésper!
Rio, mas o que sei d’ águas e lágrimas
João o soube subidamente,
sabidamente melhor
porquanto a minha
unção
Não vale a de João
Que proferia impropérios
A brandir o gládio sub-lingual.
Sou João em outra história
No corte dos contextos
Que beiram o riso
E o siso que não vem do dente de siso.
Quanto a São João...
São João - esquenta a fogueira da inquisição...
Pelo processo canônico
Que condena o apócrifo
Do profeta Mandeu(mandeus!),
Que vagou no deserto
Em ascese fina:
Sintonia com Deus
É mais que sinfonia
Com Sofonias
Onde o Senhor se escondeu
Até vir um mandeu
A mando de Deus,
Que o escondeu
Em sangue real
Lavado no Rio Jordão.
Olhai os Mandeus,
meus Deus!
Que os homens são ateus
Inconscientes e fideístas hipócritas
Que pregam ao bater do martelo das bruxas
Na bigorna douta em ouvir hipocrisia
Do vento de Zeus
Que zela e sopra moinhos,
Porém não insuflam o ar
Mais ao fundo das narinas
Que tocam os foles
Com a música da vida.
Ah! Há os mandeístas. Há.
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