Volte a Amarna, Nefertiti,
antes que te tornes erva amarga,
magra amada.antes que te tornes erva amarga,
Maga amada,
torne ao caminho
que leva os pés à Tell el-Amarna.
Retorne
vaga amada,
vago lume.
vá, Vava,
vestida de noiva de Chagall :
amada louvada, Vava-Chagall...
- pintada a cara e o corpo
pelo artista das aldeias russas
congeladas nas noites da Rússsia santa...
- santa em camponeses : santarrões, mujiques,
cossacos bebericando o fogo no samovar...
( Vá, Vava, ao samovar
queimar a língua!).
mandava tudo às favas,
mesmo no tempo
ou templo temperado
com vacas gordas,
se o ciciar das cigarras
cantasse e tocasse o céu
da tua boca.
Lá...(lá,lá,lá, lá, lá, canto álacre
de alecrim do campo
em alegria ali alicerçada...)
porquanto o amor
ainda é um maquiavelismo
descrito etnograficamente
pelos poetas Shakespeare,
Goethe, Drummond
e Fernando Pessoa
quando sai da Ágora
e, anacoreta, foge para o campo
a guardar rebanhos
de Alberto Caeiro.
Todos os poetas
descrevem conotativamente
e denotativamente
a política do amor,
amada de Amarna
viv'alma na aldeia do peito
sob escudo do osso esterno(esterno!)
que o defende do Império Romano
- sempiterno império romano!
de Tell el-Amarna na volta.
À Amarna,
Tell el-Amarna,
aonde o espírito amaina,
Nefertiti és em si bemol
em Tell el-Amarna.
À Amarna volte,
Tell el-Amarna
À Amarna,
Tell el-Amarna,
aonde o espírito amaina,
Nefertiti de ti
farei, faria,
mesmo no tempo
ou templo temperado
com vacas gordas.
Lá...(lá,lá,lá, lá, lá, canto álacre
de alecrim do campo
em alegria ali alicerçada...)
de Tell el-Amarna.
À Amarna,
Tell el-Amarna,
aonde o espírito amaina,
em Tell el-Amarna.
À Amarna volte,
Tell el-Amarna
e de ti farei Nefertiti.
Lá(Lá, lá,lá, lá... cântaro fresco)
os postulantes ficam a postular..., digo,
a ver navios...
singrando em mar seco
e em terra firme,
enquanto os senhores
clamam do alto da gávea,
alto e bom som,
de forma provocante :
"terra à vista!".
( Entrementes, tudo é deserto.
Onde achar João, o Batista?!
ou outro homem
que de verdade seja
e da verdade proceda,
mas não ceda
um fio de seda
que não seja
e abomine a justiça
que não tenha substrato
na equidade).
Vamos ( e vimos!) à Amarna,
de Amarna Tell al-Amarna,
criar uma tese de arqueologia
e educá-la, cultivá-la lá (lá, lá,lá,lá!)
como se fosse nossa filha.
Fujamos de Amarga,
terra em que até a água
não adoça
pois quem determina as escolhas
são menos os indivíduos
e mais os representantes dos indivíduos :
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Vá e volte sempre, bem-amada!
E viva sempre :
sempre-viva erva daninha,
pois a melhor erva é a daninha
porque rainha dos baixios,
pescadora das águas dos ribeiros serenos,
os quais tangem menos água
e amenas cheias
com avenas.
Vá e volte, Vava, ( mas não vote!,
nem faça oferenda votiva,
promessa de ex-voto...)
- volte à Amarna
antes que te tornes erva amarga,
argamassa para a mole do edificio,
magra amada,
de macérrima alma
e nédio corpo no repasto posto.
Dê a volta ao mundo
mas tome o caminho de Tell el-Amarna na volta.
vá, vassala, Vava,
amada vassala
que cala a noite
cálida, calada... a calada!
A calada da noite.
com sol no atol
e lá no lá
e lá no lá
do ré que mi fá
um fato
de cabras
não farei fato, fático, enfático, fatídico...,de cabras
nem farejei em ti, Nefertiti,
Ty, a rainha de Tebas,
rainha Ti,
rainha de ti
abelha-mestra da intriga cortesã,
- rainha em mim.
Minto.
Volte para Amarna, bem-amada,
antes que te tornes herbolária
de um boticárioantes que te tornes herbolária
aonde o espírito amaina
as intempéries que temperam
a alma virtuosa e viva de Vava.
Volte a Amarna, Nefertiti,
antes que te tornes erva amarga,
magra amada.antes que te tornes erva amarga,
Maga amada,
torne ao caminho
que leva os pés à Tell el-Amarna.
Retorne
vaga amada,
vago lume.
vá, Vava,
vestida de noiva de Chagall :
amada louvada...
- pintada a cara e o corpo
pelo artista das aldeias
congeladas nas noites da Rússsia santa...
em camponeses santarrões, mujiques
bebericando o fogo no samovar...
mesmo no tempo
ou templo temperado
com vacas gordas.
Lá...(lá,lá,lá, lá, lá, canto álacre
de alecrim do campo
em alegria ali alicerçada...)
Volte sempre!
E viva sempre :
sempre-viva erva daninha,
a melhor erva é a daninha
porque rainha dos baixios,
pescadora das águas dos ribeiros serenos,
os quais tangem menos água
e amenas cheias.
Volte ( mas não vote!,
nem faça oferenda votiva,
promessa de ex-voto...)
- volte à Amarna
antes que te tornes erva amarga,
argamassa para a mole do edificio,
magra amada,
de macérrima alma
e nédio corpo no repasto posto.
Tome o caminho de Tell el-Amarna.
vá, vassala,
amada vassala
que cala a noite
cálida, calada... a calada!
Nefertiti és em si bemol
com sol no atol
e lá no lá
e lá no lá
do ré que mi fá
um fato
de cabras
não farei, nem farejei em ti, Nefertiti,
de cabras
em Ty, rainha de Tebas,
rainha Ti,
abelha-mestra,
- rainha em mim.
Volte para Amarna, amada,
antes que te tornes herbolária
de um boticárioantes que te tornes herbolária
aonde o espírito amaina
as intempéries que temperam
a alma virtuosa e viva de Vava.
Vá e volte de Vava
Acredite! Edite! Habite!
os postulantes ficam a postular..., digo,
a ver navios...
singrando em mar seco
e em terra firme,
enquanto os senhores
clamam do alto da gávea,
alto e bom som,
de forma provocante :
"terra à vista!".
( Entrementes, tudo é deserto.
Onde achar João, o Batista?!
ou outro homem
que de verdade seja
e da verdade proceda,
mas não ceda
um fio de seda
que não seja
e abomine a justiça
que não tenha substrato
na equidade).
Vamos ( e vimos!) à Amarna,
de Amarna Tell al-Amarna,
criar uma tese de arqueologia
e educá-la, cultivá-la lá (lá, lá,lá,lá!)
como se fosse nossa filha.
Fujamos de Amarga,
terra em que até a água
não adoça
pois quem determina as escolhas
são menos os indivíduos
e mais os representantes dos indivíduos :
os escolhos, os quais não escolho,
pois são seus tiranos,
pois são seus tiranos,
seu grupo social,
os oligarcas ou aristocratas
que os representam forçosamente
enquanto políticos, as escórias, o rebotalho
os oligarcas ou aristocratas
que os representam forçosamente
enquanto políticos, as escórias, o rebotalho
que rescende a alho.
Bugalhos.
( A definição estagirita de políticos aqui
( A definição estagirita de políticos aqui
destila a peçonha em sentido lato :
todos os líderes são políticos
de fato ou de direito,
conforme o derrame das leis ou dos fatos
e dos fados provenientes
a filosofia nativa da Hélade
não é o pensamento chinês,
nem judaico, tampouco alemão,
nem mesmo o pensamento grego;
porém uma escolha em contexto da Magna Grécia,
de uma forma inovadora de pensar,
abrir a questão à discussão dialética;
uma maneira de abordar a questão questionando-a livremente,
de forma ociosa).
Em amarna,
Tell el-Amarna,
Nefertiti já és,
- já és em teu jaez.
(Para o livro "Incursão no Jardim das Hespérides").
todos os líderes são políticos
de fato ou de direito,
conforme o derrame das leis ou dos fatos
e dos fados provenientes
do universo do direito
ou do mundo de fato,
- mundo não cultural,
- mundo não cultural,
mas natural, selvático,
feroz, besta, megatério.
Do megatério é o mundo :
da besta, da fera, do bárbaro tinhoso...
(E pensar, saber com sede
que nós homens
sobrevivemos sob esse jugo animal,
alquebrados em espírito e corpo
sob cangalha...: quebrantados...)).
Corramos ao deserto
onde os escribas de lá(lá...lá,lá,lá,lá,lá...)
estrilam e se estribam
a espargir a notícia
que moramos na cidade
denominada "A Bruxa Amarga",
denominada "A Bruxa Amarga",
um satélite simbólico de Amarna.
Nossa única opçã?:
A escravidão(escrevidão!)
sob a oligarquiaa casta, a classe
em poder do gládio da justiça
- cega, vetusta e vendada
em poder do gládio da justiça
- cega, vetusta e vendada
( e vendida como meretriz!),
com mal de Alzeihmer,
demência que assola os macróbios,
ou por meio de seus(nossos! Nossa!)
ou por meio de seus(nossos! Nossa!)
conquistadores imperiais,
bichos de fábulas
bichos de fábulas
cuja função precípua
é ameaçar passar a fio de
espada
todos que ousem levantar os olhos
todos que ousem levantar os olhos
ou o pescoço de dura cerviz,
conjurado! - dos poetas árcades
das |Minas Gerais o ouro!
Não o ouro do tolo português
dos tempos da Devassa(devassa)!
( "carne de pescoço!"
são essa gente de dura cerviz!,
ó senhores escribas de requintada hipocrisia :
instrumento que os torna aptos
aos atos maquiavélicos do governo.
Os bons são crucificados,
decapitados, degradados, degredados...
e engrossam a fileira dos santos mártires.
( "carne de pescoço!"
são essa gente de dura cerviz!,
ó senhores escribas de requintada hipocrisia :
instrumento que os torna aptos
aos atos maquiavélicos do governo.
Os bons são crucificados,
decapitados, degradados, degredados...
e engrossam a fileira dos santos mártires.
Ah! o Bom-Jesus (da Lapa) :
Antônio Conselheiro!...:
Deus no sertão
outro João
ao modo de Deus
ser tão bom
e não à moda de viola dos homens,
outro João
ao modo de Deus
ser tão bom
e não à moda de viola dos homens,
entidades dos males :
seres "animales"
do reino "animalia",
animados por males
que obscurecem os vales
que pastoreiam ovelhas
que balem(bale?)...
Bales?!, no defectivo...
Balidos...abalados!
- se abauladas as cabeças!
perdidas-pendidas na curva do pensamento!).
( Observa com erva
o caso gramatical,
lógico e ontológico,
senão antológico,
da sabedoria,
do conhecimento típico do grego: a filosofia;
o grego da Hélade,
um povo "sui generis",
que engendrou mentes
personalíssimas e inteligentíssimas,
para usar da expressão feliz
até o sorriso feliz posto por Aristóteles
em "A Ética a Nicômaco"
na face do homem que engendrou a fortuna crítica de Drummond,
com a locução originária da pena do crítico literário,
musical e erudito,
Otto Maria Carpeaux
quando comentava
a obra poética-filosófica-política do escritor
Carlos Drummond de Andrade,
um poeta bem-nascido,
alinhado, alinhavado em versos, oitavado em anjo torto.
"Gauche".
Homem inteligentíssimo e personalíssimo,
no dizer "escorreito", gramaticalmente,
do polígrafo Otto Maria Carpeaux.
o caso gramatical,
lógico e ontológico,
senão antológico,
da sabedoria,
do conhecimento típico do grego: a filosofia;
o grego da Hélade,
um povo "sui generis",
que engendrou mentes
personalíssimas e inteligentíssimas,
para usar da expressão feliz
até o sorriso feliz posto por Aristóteles
em "A Ética a Nicômaco"
na face do homem que engendrou a fortuna crítica de Drummond,
com a locução originária da pena do crítico literário,
musical e erudito,
Otto Maria Carpeaux
quando comentava
a obra poética-filosófica-política do escritor
Carlos Drummond de Andrade,
um poeta bem-nascido,
alinhado, alinhavado em versos, oitavado em anjo torto.
"Gauche".
Homem inteligentíssimo e personalíssimo,
no dizer "escorreito", gramaticalmente,
do polígrafo Otto Maria Carpeaux.
Drummond, um homem para Amarna
( um só! : dois sós em si platônico, proto-kantiano),
para amá-la com gaia ciência,
gai saber : a saber.
( É mister ter muita coragem
para se escrever
ou se descrever tal qual se é :
personalíssimo,
para se escrever
ou se descrever tal qual se é :
personalíssimo,
se se é personalíssimo
até no ciciar da cigarra
feito foi e estilo
feito foi e estilo
Carlos Drummond de Andrade;
isto o que ele foi e fez
isto o que ele foi e fez
é muito mais que escrever ou descrever,
mas inscrever-se. Engajar.
mas inscrever-se. Engajar.
Drummond
podia não ser
e não era o maior de todos os poetas,
nem tampouco o melhor;
todavia, certamente era um poeta cujo estilo é inconfundível, único,
- personalíssimo!
e não era o maior de todos os poetas,
nem tampouco o melhor;
todavia, certamente era um poeta cujo estilo é inconfundível, único,
- personalíssimo!
Um sábio que atingiu a maioridade intelectual
ao atuar nas belas letras da poesia.
Nem Dante ou outros poetas maiores possuíram essa sorte,
essa ( aquela) solidão ao falar para o deserto à frente...Nem Dante ou outros poetas maiores possuíram essa sorte,
o deserto de João
- de João Batista, o profeta do Dia do Senhor!)).
Em Amarna,
Tell el-Amarna,
o rei Aquenaton
levou a arte ao delírio
- fato que apagou o lírio
e calou a lira
e calou a lira
até do pensamento
que move o vento
e as folhas
nas quais o vento
calça e calca como sapatos
no menino que gosta
de folgar com os sapatos dos adultos.
Pensamento de menino
não é ânfora grega
tampouco filosofia grega.
( A filosofia grega não é o pensamento : a filosofia nativa da Hélade
não é o pensamento chinês,
nem judaico, tampouco alemão,
nem mesmo o pensamento grego;
porém uma escolha em contexto da Magna Grécia,
de uma forma inovadora de pensar,
abrir a questão à discussão dialética;
uma maneira de abordar a questão questionando-a livremente,
de forma ociosa).
(Sim, asserto que o filósofo
é um ser vital
porque toda filosofia tem um componente essencial
( jamais acidental) de humanismo,
o que não ocorre com as demais formas de raciocínios,
os quais são deletérios ao ser humano e ao bicho-de-luz:
ao vagalume, ao pirilampo, à mariposa.
O filósofo genuíno não pensa sem a vida :
sempre conta com a vida antes
e depois de pensar,
o que não ocorre com outros tipos de eruditos.
O filósofo pensa contando com o homem no processo humanitário,
pensa e sonha com o homem feliz de Aristóteles
e não o chim infeliz olvidado pela poesia,
pintura e pensamento chinês,
que não contempla o indivíduo,
senão o poderoso mandarim e tipos afins.
O homem oriental está nos tratados chineses como coisa,
objeto de uso,
não como ser humano,
pois não há humanismo no pensamento racional,
mas apenas na filosofia,
a qual ultrapassa os limites da razão,
une poesia ( utopia)
e razão fria ( "Scientia rationis"!).
A filosofia grega implanta o homem no homem;
cria, inventa o indivíduo.
A criação do homem
enquanto indivíduo
vem ao mundo pela filosofia helena.
Puro helenismo!
é um ser vital
porque toda filosofia tem um componente essencial
( jamais acidental) de humanismo,
o que não ocorre com as demais formas de raciocínios,
os quais são deletérios ao ser humano e ao bicho-de-luz:
ao vagalume, ao pirilampo, à mariposa.
O filósofo genuíno não pensa sem a vida :
sempre conta com a vida antes
e depois de pensar,
o que não ocorre com outros tipos de eruditos.
O filósofo pensa contando com o homem no processo humanitário,
pensa e sonha com o homem feliz de Aristóteles
e não o chim infeliz olvidado pela poesia,
pintura e pensamento chinês,
que não contempla o indivíduo,
senão o poderoso mandarim e tipos afins.
O homem oriental está nos tratados chineses como coisa,
objeto de uso,
não como ser humano,
pois não há humanismo no pensamento racional,
mas apenas na filosofia,
a qual ultrapassa os limites da razão,
une poesia ( utopia)
e razão fria ( "Scientia rationis"!).
A filosofia grega implanta o homem no homem;
cria, inventa o indivíduo.
A criação do homem
enquanto indivíduo
vem ao mundo pela filosofia helena.
Puro helenismo!
Em amarna,
Tell el-Amarna,
Nefertiti já és,
- já és em teu jaez.
Eu caí da boca
- caí do céu da boca
quando disse aquelas palavras tortas
à Nefertiti
na solidão e solitude
na solidão e solitude
de nós dois em duo.
Solidão e solitude tangida
a lira do lírio
a lira do lírio
advinda, adventícia
ou em Parúsia.
Parusia?
Balada alegre
álacre alegria de alecrim
do campo em alarido de flor,
alarido de Alarico
alarido de Alarico
e seus bárbaros a cavalo
à cavaleiro do horizonte
que leva ao Jardim das Hespérides.
( A cavalo valho mais que o vale;
a cavaleiro vale mais o valete
do senhor da vale e do valete).
O vento bonachão
toca a folha da cássia
e a face de Cássia se abre
num sorriso puro de criança
quando a brisa compõe a melodia
dentro do ouvido dela,
quando a brisa compõe a melodia
dentro do ouvido dela,
pois nela há uma anjo plantado no jardim
- um arcanjo que ama um menino
e uma menina em desenho de dança
na ora pictórica de Degas
um artista nas "adegas",
vergado pelo vinho do Minho e Douro.
( Ela faz mel do violinista verde
que traz de oitiva
que traz de oitiva
do tempo estival
quando se atravessa um trecho do vau
à cavaleiro da aurora preclara
que aclara Amarna,
a Amarna do amor
a Amarna do amor
de uma senhora e um senhor,
sendo a senhora
rainha da beleza e da bondade,
da virtude e do bom-senso,
da virtude e do bom-senso,
esteta de bom-gosto
cuja compreensão e percepção da arte
foi refinada na leitura
de filósofos como Adorno, Benjamim e Nietzsche
- ó amada!,
mui amada em Amarna :
Amarna, Tell el-Amarna!).
No substrato do corpo
no substrato da língua
que sopro no oboé de bolhas do menino
que sopro no oboé de bolhas do menino
e escrevo na alma do poeta,
que é substrato da poesia,
danço nas adegas de Degas,
Bodegas(bodegas!).
Por fim de balada,
de balada a balada
ou para por termo à balada
quero que saibas
de balada a balada
ou para por termo à balada
quero que saibas
que os homens virtuosos
vem dissentir por lindes,
mas é só dissenso,
não conflito químico.
Por outro lado
da balada abalada
os homens presos à sua cobiça
da balada abalada
os homens presos à sua cobiça
se amarram às lindes
e amargam sonhos
de véu de Amarna
pois vivem sob o véu de Maia e Maria
e tem visões
que são meras miragens do deserto.
de véu de Amarna
pois vivem sob o véu de Maia e Maria
e tem visões
que são meras miragens do deserto.
Em Amarna, Amarna Tell el-Amarna
Aquenaton, aquetaton,
aquietado o inquieto
o irrequieto quieto,
quedo, mudo
e contemplativo, o esquivo,
e contemplativo, o esquivo,
o esquisito quesito
feito em substância de homem e faraó
do Vale do Nilo,
senhor do crocodilo....
(São tantas energias, tantas!,
que nem tantas são mais
- mas tantras... :
tântricas, senhor Shiva,
tântricas, senhora Shakiti,
par envolvido na dança do amor
que engendra o cosmos
e faz fluir Kundalini
a serpente de energia vital.
Tantra não são tantras, deva Xiva;
nem por isso quero colo
de lexicólogo ;
quero o quero-quero
que vaga em bando estridente
que vaga em bando estridente
ou o solitário de déu-em-déu
procurando mel de companhia de Jesus
em outra ave da espécie
e um pé de Cassia
para aplacar a sede de parar o voo no ovo
em sendo pretérita a solitude
do quero-quero
que quero muito
embora se aparte de mim
que quero muito
embora se aparte de mim
por uma voo de pássaro
e a Cássia, o cinamomo,
por um plantar de árvore
na economia marginal da água
- socializada por Marx
e outros "arquis-inimigos" da paixão .
e outros "arquis-inimigos" da paixão .
(Paixão : poesia do poeta e da poetisa
- almas lançadas no rol das condenadas
graças à razão prática
que de Kant ilumina e aliena
graças à razão prática
que de Kant ilumina e aliena
o rastilho de pólvora do direito,
esse eito(Eita eito!)).
Se fosses liana,
ao invés de cassia em flor amarela...:
- abracadabra!
- envolverias meu caule lenhoso de árvore
com seu amplexo livre,
não divorciada da terra,
mas das convenções inflexíveis
estarias apartada,
libertada do ergástulo,
da enxovia fria.
Venha, amada,
venha de Amarna
onde somente jazem ruínas
de corações despedaçados;
haveremos de nos achar em Cremona
aonde Amati fabricou violinos
- doces cantores do amor italiano.
Lá nossos corações se enramarão
no canto dos Stradivarius e dos Amatis.
Lá haveremos de nos amar em paz
sob a melodia do violinista azul
que canta o céu do teu amor de mulher
e o verde violinista da terra
onde se enterra a raiz
da minha paixão de homem
- ébrio por teu corpo e alma feminina.
Que chorem, riam e reinem os violinos
bem-nascidos das mãos dos mestres de Cremona
que já tocaram nossos corações eternos na ternura
desde os momentos imemoriais
que existiram em Amarna,
Tell el-Amarna,
quando ainda nem eram violinos,
mas ensaios para violinos
na concepção de Nicola Amati
e Antonio Giacomo Stradivari.
(Para o livro "Incursão no Jardim das Hespérides").
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