A luz matinal
quase dilucular
a coar-se ( escoar )
entre os interstícios das folhas
de algumas árvores e arbustos
as quais enxuga com toalha
tecida no altiplano solar
ou platô...:
- é o primeiro respingo de manhã!
no céu em fogo
discutindo o dilúculo ainda
ao viajar na carruagem de fogo
descrita crível na toada do profeta
hebraico
aos gritos histéricos
em grande clamor
que faz tremer a terra ( terremoto! )
que o indivíduo tem assentada por dentro da alma ( sopro de oboé )
e de pedaços de espírito ( outro sopro de ventania para oboísta tocar
com sutil fôlego )
ou em barco
sem vela com vela de estrela padrão ( cefeidas )
pelos céus do Egito dos faraós
e posteriormente
ou quiçá no mesmo plano de história-mito
( desprezando a cronologia )
com o barqueiro Caronte
cobrando o óbolo ou danake
( moedas da antiga Grécia )
preço pago para o morto poder atravessar as águas do rio Estige
e do rio Aqueronte
afluente do rio Styx
oriundo do mundo dos mortos
Todavia havia a fuga pela planície dos Narcisos
( havia ou há ( e há de fato ou de direito!) ...:
ou hão-de haver
uma população "polpuda" de Narcisos perdidos nela?!... )
e o mergulho na corrente ou torrente do esquecimento
no rio Lete
que se localizava no Hades
aonde bebiam ou tocavam os mortos
a fim de olvidar a vida pregressa
( rio de vodka ou cerveja?!, esse Lethe )
ao bebericar gota a gota
em conta-gotas
até o esquecimento
antípoda da alétheia
que significa verdade ou realidade ou desvelamento
em grego vetusto
Entretanto, havia outra água clara
inodora e incolor ao espelho para narciso do lápis de cor
a qual, outrossim,
se dava de beber ( e ainda bebemo-la
em opção à vodka clara ou a cerveja amarelada )
originária do lençol d'água de outro rio subterrâneo
outro lençol freático ou aquífero
- que descendia e desce decente e mineral
do rio Mnemósine
que tudo fazia recordar
e levava o bebedor à onisciência
no desvelamento
do filósofo e dos deuses e dos poetas
criador dos deuses e anjo
que sopra a inspiração nas narinas do filósofo
em consonância com o ensinamento secreto das religiões esotéricas
que faz ouvir sem ouvidos
o toque do oboé silente e invisível
que vem de dentro do oboísta sem oboé ou melodia
- ritmo que seja!
ou não seja
na harmonia do contraponto
no caminho da fuga de José para o Egito
pelo deserto
no qual todo indivíduo se retira
por um tempo de vida eremita
pára amadurecer ou chegar ao amarelo solar
do fruto no pensamento
com gusanos como alma moventes
dançantes
que morrem quando expostos
ao fogo do sol matinal
e deixam prosperar o fruto
que será a fruta
quando levada às enzimas à boca pequena
ou grande como o deserto
(Não estaria o Letes nos Campos Elísios,
consoante algumas versões rezavam?! )
A aurora é o primeiro fogo solar
o primeiro motor a ligar a luz
( conforme Aristóteles em frase armada há milênios na escrita )
- e a respirar luz ( um ar imaginário em Lúcifer )
como se fora uma motocicleta Kawasaki Ninja
em grande velocidade
a sugar o ar das narinas do anjo
e encher seu motor
que se nutre e "vive" de ar
- ar que é sua alma
sua atmosfera
quase dilucular
a coar-se ( escoar )
entre os interstícios das folhas
de algumas árvores e arbustos
as quais enxuga com toalha
tecida no altiplano solar
ou platô...:
- é o primeiro respingo de manhã!
no céu em fogo
discutindo o dilúculo ainda
ao viajar na carruagem de fogo
descrita crível na toada do profeta
hebraico
aos gritos histéricos
em grande clamor
que faz tremer a terra ( terremoto! )
que o indivíduo tem assentada por dentro da alma ( sopro de oboé )
e de pedaços de espírito ( outro sopro de ventania para oboísta tocar
com sutil fôlego )
ou em barco
sem vela com vela de estrela padrão ( cefeidas )
pelos céus do Egito dos faraós
e posteriormente
ou quiçá no mesmo plano de história-mito
( desprezando a cronologia )
com o barqueiro Caronte
cobrando o óbolo ou danake
( moedas da antiga Grécia )
preço pago para o morto poder atravessar as águas do rio Estige
e do rio Aqueronte
afluente do rio Styx
oriundo do mundo dos mortos
Todavia havia a fuga pela planície dos Narcisos
( havia ou há ( e há de fato ou de direito!) ...:
ou hão-de haver
uma população "polpuda" de Narcisos perdidos nela?!... )
e o mergulho na corrente ou torrente do esquecimento
no rio Lete
que se localizava no Hades
aonde bebiam ou tocavam os mortos
a fim de olvidar a vida pregressa
( rio de vodka ou cerveja?!, esse Lethe )
ao bebericar gota a gota
em conta-gotas
até o esquecimento
antípoda da alétheia
que significa verdade ou realidade ou desvelamento
em grego vetusto
Entretanto, havia outra água clara
inodora e incolor ao espelho para narciso do lápis de cor
a qual, outrossim,
se dava de beber ( e ainda bebemo-la
em opção à vodka clara ou a cerveja amarelada )
originária do lençol d'água de outro rio subterrâneo
outro lençol freático ou aquífero
- que descendia e desce decente e mineral
do rio Mnemósine
que tudo fazia recordar
e levava o bebedor à onisciência
no desvelamento
do filósofo e dos deuses e dos poetas
criador dos deuses e anjo
que sopra a inspiração nas narinas do filósofo
em consonância com o ensinamento secreto das religiões esotéricas
que faz ouvir sem ouvidos
o toque do oboé silente e invisível
que vem de dentro do oboísta sem oboé ou melodia
- ritmo que seja!
ou não seja
na harmonia do contraponto
no caminho da fuga de José para o Egito
pelo deserto
no qual todo indivíduo se retira
por um tempo de vida eremita
pára amadurecer ou chegar ao amarelo solar
do fruto no pensamento
com gusanos como alma moventes
dançantes
que morrem quando expostos
ao fogo do sol matinal
e deixam prosperar o fruto
que será a fruta
quando levada às enzimas à boca pequena
ou grande como o deserto
(Não estaria o Letes nos Campos Elísios,
consoante algumas versões rezavam?! )
A aurora é o primeiro fogo solar
o primeiro motor a ligar a luz
( conforme Aristóteles em frase armada há milênios na escrita )
- e a respirar luz ( um ar imaginário em Lúcifer )
como se fora uma motocicleta Kawasaki Ninja
em grande velocidade
a sugar o ar das narinas do anjo
e encher seu motor
que se nutre e "vive" de ar
- ar que é sua alma
sua atmosfera
( O motor de uma motocicleta Kawasaki Ninja
é um pulmão para a vida
e um fole para a música
de sanfona
acordeão
ou instrumento de sopro ;
fagote clarinete trompa flauta
flautim ou "piccolo"
No motor e com o motor
fazemos de tudo para fugir da morte
em alta velocidade
e refazendo a respiração do anjo
que é o homem a caminho
o andarilho por trilhas
A motocicleta respira o anjo
antes dele inspirar
antes dele soprar
o oboé em Lá )
O anjo não sopra seu sopro musical
para tocar a sensibilidade
através dos dedos longos em senóides
que um oboé vem a inspirar
( e posteriormente expirar
cessando o movimento da onda senoidal )
no nariz de uma motocicleta com cariz
tal qual faz com o homem
quando alienado no oboísta
na orquestra sinfônica ou filarmôrnica
ou no deserto de Atacama
que ataca cada um
em determinados momentos intensos )
No soprar da motocicleta veloz
se dá o contrário quadrado
quadrático
em raiz quadrado do conhecimento ( linguagem)
e enquadrado assim :
- é a motocicleta que inspira
o ar nos foles do anjo
antes do anjo ter a chance de vir-a-ser
e soprar seu oboé no motor Otto
enquanto primeiro oboísta dado no imaginário :
- um latifúndio sem fundo mental
a soprar vida em terra metálica
ou terra industrializada no metal
da fábrica da Kawasaki
com cor no matiz verde-limão à carenagem :
é essa motocicleta que sopra a vida no nariz do anjo
que enche o pulmão
e o fole de música e vida
- que é mais que Musa ou Música!
Aqui o anjo muda a direção vetorial do sopro vital
ao soprar no anjo morto
decaído entre as folhas do outono amarelo
um ar
que já se transformou em fumaça
- que o anjo natimorto fuma
A motocicleta vem tracionar
uma vida ao oposto
que se enceta com a morte
e é soprada pelo pistão
- novo arranjo de anjo
para banjo
com "Fiat lux"
de latim em vulgata
na faísca da ignição
que recria o universo
em colônia
numa cultura
que faz falar a técnica
- dá "logos" ( lógica) à técnica
na tecnologia
que diz o "logos"
nos verbos da língua e das matemáticas
e álgebras filosofantes
a erigir uma geometria própria
ao esquecimento de Euclides
Montado sobre este cavalo em força
ou de força bruta
de elmo-capacete
cavalga célere um
cavaleiro medieval
um cavaleiro templário
um cavaleiro do apocalipse
um piloto de motocicleta
- enfim, todos em mixórdia contextual
em Dom Quixote de La Mancha!
a galopar sobre a cela
do rocim!
- todos estratificados numa camada contextual da história
arqueologia
separados em estratos
mas paradoxalmente juntos
unidos em um
num ser perfeito
que carrega a história no alforge
- todos eles unidos pela intersecção
intercontextual
que os fazem muitos
e o mesmo cavaleiro
a buscar o Santo Graal
ou a Vitória alada
-(de Samotrácia!!! )
ou o que seja
que Dom Quixote buscava incessantemente
irracionalmente
- na busca de todo indivíduo
inindividuado
comunitário
nos cavaleiros
que se mesclam
em um ser eclético
ao gosto de Hegel e Marx
filósofos do ecletismo sintético
da indústria do pensamento
- indústria de rouco e ronco de silêncio
com diálogo de violino e piano em pianíssimo
sob sono e sonho
e solitude de aranhas e moscas
em suas teias de aranhas sujas
- pesadas nos grânulos flutuantes de poeira
que a respiração dos anjos trazem
dos longos anos de vida
desses longânimos seres
feitos da mesma matéria-metafísica dos cavaleiros
que por aqui passaram
por fim no piloto de uma Kawasaki Ninja
na limonada e no limão em cor matizada
( Estes são singelos apontamentos
para um anjo respirado
ou aspirado
interceptando o vento ( velho moinho)
antes de chegar às ventas do anjo
antes da sístole e diástole
através da respiração do motor
turbo ou turbo-compressor
- um artefato nato-cultural :
com origem no motor Otto
inspirado no amor do oboísta
que toca o oboé baixo em Dó
para o anjo quedo
junto ao outono escrito
no chão rodado pelas folhas descaídas
( o outono é o anjo decaído
face em folha amarela-letárgica )
- outono desenhado em norma para geometria ou álgebra
geoglifado-hieroglifado em signo amarelo
ao rés-do-chão com símbolo em letargia
com folhas ou flores em decomposição amarelo-letárgico
de plantas decíduas
que desceram com o anjo
para o qual sopra em silêncio sepulcral
um oboé "d'amore" em Lá
e responde
em responso
outro oboé "piccolo" em Fá...
Sopra, ó oboé barítono! :
- sopra a alma na fase outonal de Vivaldi
também no pistão de uma Kawasaki Ninja! )
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