(Ponto futuro só existe na mente humana, sendo a mente algo que transcende a energia e a matéria não está no cérebro mas pura geometria , abstracto , inexistente fora da mente: o nada )
Ponto futuro não existe /
senão como uma expressão que traduz a geometria /
em luz geométrica /
Ponto futuro não é nenhum ponto posto /
nada posto enquanto ser /
( o ser é posto no mundo /
tal qual o ovo põe o pintainho fora da casca /
na escavação arqueológica da vida /
saindo para ser e ter seu ente /
- sendo o ente o corpo físico e químico e eléctrico e eletromagnético /
além de estar pendurado na força da gravidade e outras forças atômicas e sub-atômicas ) /
Portanto nada que existe /
sem que manifeste o ser na existência do homem /
( o ser fabrica a existência e a vida /
assim como as abelhas jataí faz o mel e a geléia real ) /
porquanto natureza não sai da realidade /
como faz o homem /
e vai da realidade à geometria /
que é algo mais mental que real /
ou uma mixórdia de realidade e ficção pontual /
elucubrações exclusivas do ser humano /
e não do ser natural que paira sobre as águas contidas nas plantas /
e nos corpos de todos os animais /
que são mais do que chamamos "animais" ) /
Ponto futuro nem sequer nunca vai existir /
senão enquanto hipótese /
pois o que não existe jamais vai existir /
uma vez que não é a mente humana que vai dar algo à existência /
engrolando na língua na palavra "futuro" /
algo apenas em plano de hipótese /
que não é nem foi nem jamais será /
senão na ficção da mente humana /
que pensa com o que há nos objectos que vê intelectualmente e perceptivamente /
em larga e longa sombra de conhecimento /
e outrossim pensa com o que não há /
sem quaisquer sombras cambiantes de objectos /
no vazio das abstracções e do nada /
que é a parte maior do pensamento do ser humano /
sua extensa noite profunda e sem estrelas para piar luz /
ou pipilar o dilúculo que pintará o céu como uma moça bonita /
com sua beleza que gera a vida /
a roda do do vem substituir o que vai /
no vaivém do tempo que o ser da natureza desfolha /
- um tempo calcado no movimento no calor e no amor sexual /
depois filial maternal paternal /
na paixão que une os amigos e no incomensurável amor ágape /
que anima os santos e as santas /
pois o existir de uma coisa ou ser é algo em si /
e não a percepção da mente humana /
que apenas lê e reescreve o que percebe /
na mixórdia de realidade natural e mundo mental /
( Não obstante, a existência é apanágio exclusivo do ser humano /
porquanto as coisas existem mas não arquitetam ou projetam uma existência /
que é algo interior ao pensamento /
uma ação ou ato do pensamento /
em conflito perene com os fatos naturais /
que se deitam no chão em folhas de outono /
nas árvores ou arbustos que lembram do outono /
anda no lugares sem outono na mente humana /
que não o ode ver porque é cego pelo o que lhes sopram em vocábulos /
desde a escola para todos os tolos saírem iguais /
os produtos de uma fábrica cujo produto é o mesmo ) /
O ponto da geometria é sempre presente /
quando dado em realidade e natureza /
e não meramente na percepção e ciência do homem /
que cria uma mito para tentar alcançar o que é real e natural /
que persegue o conhecimento e a arte com a mente /
que é um reino vasto de fantasia e imaginação inenarrável /
- sendo o mito sua única maneira de abordar parte da realidade e da natureza /
com signos símbolos e sinais que gravam pensamento e percepções humanas /
enquanto ciência e filosofia e poesia e religião /
todos seres saídos do feixe intrincado de símbolos e signos e sinais /
que são a estrutura e simultaneamente o motor da mente humana /
( sendo essa mente algo misterioso e criado pela convivência social e cultural /
que supera o próprio cérebro /
pois o encéfalo e os nervos raquidianos são concretos /
enquanto a mente é abstracta /
um nada de onde emerge o ser e o tempo /
e toda a geometria /
que é o saber e o conhecimento incipiente /
do que em os demais conhecimentos e saberes /
porquanto os saberes vem do cérebro e suas percepções /
são atributos de todos os animais e insectos e quiçá dos vegetais /
enquanto a mente está fora da realidade palpável /
num mundo de pura geometria //
que é a matemática a cavaleiro negro dos números /
da engenharia e de toda a física e química /
de todo o eletromagnetismo /
e da formação da consciência e auto-consciência /
que faz o filósofo e o artista /
o sábio e o cientista /
a ética e a religião /
a economia e a sociedade e a cultura /
e tudo o que é tão-somente apanágio do ser humano ) /
O ponto presente é o único real /
porém o ser humano carrega com o verbo /
um ponto futuro inexistente /que somente a mente põe num mundo /
que é tão-somente o universo mental /
retroagindo a um ficto passado verbal /
através do veículo do verbo /
( o verbo é a máquina do tempo /
construída e em ação na mente humana /
fabricada de triângulos e demais figuras geométricas /
que não traçam uma linha no real /
mas todas no abstracto vazio de onde se originam /
no repouso e ação per´´etua do tudo e do nada /
que é por onde vaga o pensamento de Deus /
que não carece de nenhuma energia cerebral /
ou de qualquer outro tipo de força /
para existir num mundo /
onde a existência é trabalho exclusivo de Deus ) /
O verbo, portanto, suscita uma ficção de futuro /
que só tem existência e pode ser posto como ser no verbo /
enquanto instrumento de revelação do verbo /
que move em palavras e pensamentos a mente do homem /
abaixo abissal das ondas do existente no supra-mundo /
aonde as idéias de Deus paira sobre as mentes /
de Platão e outros filósofos /
que de tanto amar /
puderam sentir mentalmente /
as ondas da mente divina /
No mundo material fático onde vivemos /
vegetais arraigados á terra /
animais arrastando as patas ou tatalando asas de pombas /
na mansuetude de Jesus quando passou por este solo manchado de sangue /
o que posso ver em realidade e no horizonte /
é que uma bailarina de Degas dançando na chuva /
é sempre um ponto presente no quadro /
pictografada pelo artista impressionista francês há alguns anos /
mas que continua viandante com passos no futuro do verbo /
conquanto ancorada no ponto presente onde a obra continua plantada hoje /
que é o mesmo ponto onde esteve arraigada feito erva ontem /
quando o pintor impressionista a pôs a dançar sob sol /
e continuará ignorando o verbo /
pois estará sempre no mesmo tempo /
embora os verbo e os advérbios façam crer com a língua mental /
que houve um tempo captado apenas pelos verbo que se lança no passado /
e outro no futuro /
como uma nave que se move no tempo /
mesmo vendo que o tempo não se move /
mas tão-somente o motor do espaço /
com calor humidade força e velocidade /
e uma infinidade de energias e ventos que movem moinhos de vento /
fazem Dom Quixote arrostar um moinho de vento /
dentro da mente humana /
que é então transplantado do imaginário de um louco /
para a terra natural abraçada a raízes /
por causa dos movimentos do vento e das marés /
dentre outros inúmeros motores /
sobre a ação dos quais o verbo e os advérbios /
sintetizam um mundo ficto /
que é o mundo real da mente /
que se transforma na mixórdia do que pensamos ser o saber /
e o conhecimento humano /
( o saber é de todos os seres vivos /
mas o conhecimento que provêm da mente /
é obra exclusiva de Platão /
e daqueles sete sábios da Grécia antiga /
e dos indianos e judeus e todos o povos /
que criaram sua ciência /
na mixórdia com a religião ou não ) /
Por fim eu queria mesmo /
era usar minha mente /
para ressuscitar um vagalume /
um magnífico coleóptero /
que me deu a honra de pousar na parede do meu quarto chinfrim /
e que inadvertidamente matei /
antes de descobrir que ele carregava o archote /
assim como o anjo da noite e da manhã /
o príncipe de Deus /
e outrossim adejar por três ares /
ou três dimensões do oxigênio /
e me por sob o amarelo das borboletas em vôo gracioso /
e o manto de luz amarela que cobre de sonhos as flores /
que dizem das azinhagas e das sebes /
escabelo dos pés de poeira descalços das Carmelitas descalças /
por Santa Terezinha do Menino Jesus! /
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
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