No que se põe existência
Há um lançar para fora
Quando está dentro o objeto
Do campo subjetivo
Ou um já estar fora
Que é o que propriamente
Se chama “existência”
( sendo “ex” fora
E “ente”, de existente,
Manifestação do ser ou fenômeno),
Na chama do que ama
E está com a amada, o amado Jorge,
Que seja este nome para todo nome de homem,
A portar lança e espada
Sob o elmo, a armadura de cavaleiro
E outros apetrechos,
A matar dragões estrangeiros
- e brasileiros : os “dragões da inconfidência”,
Os quais estão mais
Para graça ou chiste,
Vez que os demais
Desmaiam na ficção européia ou chim(chim!).
Tenho eu, inobstante o hino,
Que caiu do céu de um Heine vivo,
alguns reparos palpáveis
A fazer no que concerne ao conceito de existência
Porquanto nunca a concepção
Deixa de dissentir um pouco
Com o que está assente nas acepções do vocábulo.
Fí-los, os tais reparos,
em outro outono das letras minhas
quando ainda de gatinhas.
Os filósofos, em geral, estão no campo oposto,
Pensam pela oposição do anverso : mero luar
Em noite de plenilúnio,
Pleno palor.
Como não sou filosofo,
Nem como na tigela deles,
Mas sou apenas eu,
O que sou, a dar adeus
A Adar e a Deus,
( Mês embolístico , intercalar,
do calendário lunissolar judaico),
- e dar a deus também
( ao deus-dará)
E ao ser humano que viceja,
- uma paleta do meu pensamento
Que dissocia existência de ser
O que dissente
de algumas tramas mentias
dessas traíras
que acusam “ filosoficamente” o golpe
e o ressentem juntos a outros outubros
que buscam o revide ,
porquanto não é de seu feitio
a conjuração em prol do bem comum,
o qual é pertença de Platão,
que promove uma mutação
que se passa
Antes da páscoa
E da uva-passa
Mutação essa
Que faz o infante se deitar no berço
E levantar homem
Pronto ao levante,
Que traz também o sol
Do arrebol.
( Oh! Porque são muitos os modos
E motos do ser,
Já asseverava o estagirita,
Longe da Rita,
Mulher que irrita :
Megera ).
Sou um conjurado tardio
E estou entre os poeta árcades
Das minas gerais,
Cujo filão foi o maior
E mais rico veio
Que veio destas terras
Em perenes guerras,
Pois esta é a sina do homem,
Que opõe à mulher
E à criança ao colo,
Junto ao colar,
E , ainda, ao menino anão
Que não chegou à maturidade do homem.
Sou dos poetas lnconfidentes,
Até os dentes,
Que por cá cantaram
Junto ao canto do galo.
( Isso, ao menos em sonho,
Que na realidade amarrada
A uma máscara de ferro
E muitas grilhetas e grilhões,
Em milhões e tostões,
Nada logrei ser de mim :
Nem saí para a existência,
Tal qual o fez o Cavaleiro da Triste Figura
Ao pé da lua
Que lutava contra São Jorge
Ou outra canonização beatífica(beatífica!).
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